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Re: Operações Policiais e Militares

Enviado: Qui Mar 27, 2014 7:24 am
por Sávio Ricardo
FCarvalho escreveu:
henriquejr escreveu:Em 3 meses 51 policiais baleados, dos quais 20 foram a óbito! Alguém ainda tem dúvidas de que vivemos praticamente uma guerra civil? Esse numero de policiais mortos deveria ser inaceitável para qualquer país dito civilizado, aqui no Brasil é uma notícia que não provoca nenhum alarde!
me pergunto quando foi que algum dia, alguém que vestisse farda neste pais teve a sua importância ressaltada antes de morrer. :roll:
por que seja de morte matada ou morte morrida, farda no Brasil só ganha destaque, para o bem ou para o mal, depois que Inês... digo, o milico és muerto...
e não tenho nenhuma dúvida sobre isso.
pode morrer dez, como podem morrer mil, tanto faz. ninguém no stabilishiment dá a mínima. e a sociedade menos ainda. pois cada cachorro sabe apenas abanar o seu próprio rabo.
quem será o errado nesta história afinal?

abs.
Concordo Carvalho.

Se cabe algum complemento. Acho que na nossa sociedade não é "o cachorro que abana o rabo, e sim o rabo que abana o cachorro."

Re: Operações Policiais e Militares

Enviado: Qui Mar 27, 2014 7:40 pm
por cassiosemasas
dizem que foi um corretivo de que policiais aplicaram ao cidadão! a se a moda pega!

Re: Operações Policiais e Militares

Enviado: Sex Mar 28, 2014 5:54 pm
por gral
cassiosemasas escreveu:dizem que foi um corretivo de que policiais aplicaram ao cidadão! a se a moda pega!
Se a moda pega? Isso é prática corrente, há pelo menos 20 anos, até onde sei.

Re: Operações Policiais e Militares

Enviado: Sex Mar 28, 2014 6:25 pm
por jumentodonordeste
gral escreveu:
cassiosemasas escreveu:dizem que foi um corretivo de que policiais aplicaram ao cidadão! a se a moda pega!
Se a moda pega? Isso é prática corrente, há pelo menos 20 anos, até onde sei.

Eu mesmo já presenciei isso.
Por mais cruel que seja, fiquei dias rindo.

Re: Operações Policiais e Militares

Enviado: Sex Mar 28, 2014 10:14 pm
por Skyway
Cruel? Isso é hilário! :lol:

Re: Operações Policiais e Militares

Enviado: Sáb Mar 29, 2014 10:51 am
por henriquejr
Acontece mesmo, hoje com bem menos freqüência do que a alguns anos atrás.

Uma vez, no Carnaval (micareta), uma patrulha pegou dois jovens com uma suas ponchetes cheias de lança-perfume. Pegaram os lanças colocaram nas partes intimas dos jovens. O que poderia ter ocasionado apenas um desconforto temporário, se transformou em graves queimaduras nas genitais dos jovens! Resultado: os acusados se transformaram em vítimas, e os policiais envolvidos se f$&@%!

Re: Operações Policiais e Militares

Enviado: Qui Abr 03, 2014 10:27 am
por cabeça de martelo

Re: Operações Policiais e Militares

Enviado: Seg Abr 07, 2014 9:11 am
por prp
Chama a polícia!! [003]

Sai o diretor, entra o policial

07 Abr 2014




Diante da violência, PM assume colégios de Goiás, em medida criticada por especialistas
Demétrio Weber



NOVO GAMA E VALPARAÍSO (GO)- Um grupo de adolescentes se perfila em formação militar, enquanto uma soldado armada os passa em revista. Nenhum deles masca chicletes. As garotas não usam batons ou esmaltes chamativos. Nas conversas não se toleram gírias. Todos são obrigados a cantar o Hino Nacional na chegada, a caminhar marchando e a bater continência diante do diretor. Não estamos num quartel, mas num dos dez colégios da rede estadual de Goiás cuja administração começou a ser transferida para a Polícia Militar desde janeiro, numa medida desenhada para amainar os repetidos casos de violência ocorridos numa região desassistida a apenas 40 quilômetros do Distrito Federal. Duas das escolas sob o novo regime ficam nas cidades de Valparaíso e Novo Gama. Ali, a maioria dos professores é a mesma do ano passado, e a metodologia pedagógica continua sob responsabilidade da Secretaria estadual de Educação. Mas o diretor de cada unidade é um oficial da PM, assim como a equipe encarregada de manter a "ordem". Todos fardados e com armas na cintura.

A escolha dos colégios não foi em vão. O entorno do DF convive com problemas crônicos de violência. Desde 2011, a Força Nacional de Segurança Pública reforça o policiamento. Em Valparaíso, o Colégio Fernando Pessoa já apareceu no noticiário policial depois que um ex-aluno foi assassinado a tiros ali. Em outra ocasião, uma professora sofreu um sequestro relâmpago ao sair do prédio.


‘OPERAÇÃO LIMPEZA' PARA CONQUISTAR COMUNIDADE

A vice-diretora do Fernando Pessoa, Glaucia Ermínia dos Santos, foi mantida no cargo e afirma que o cenário "é outro" desde a chegada da PM:

— A questão disciplinar mudou gritantemente. Tínhamos problemas de tráfico de drogas e prostituição. Professores tinham medo dos alunos. No Colégio José de Alencar, no Novo Gama, relatos semelhantes.

— Era tudo bagunçado. Tinha gente usando drogas nos banheiros. Agora até o bairro está mais seguro. O melhor é sair e ver uma viatura na rua — diz a estudante Erisvânia Chagas, de 15 anos.

Em ambas as unidades, um mutirão chamado de "operação limpeza" foi posto em prática com o evidente intuito de conquistar a comunidade. As paredes foram pintadas; as pichações, apagadas. Os próprios alunos se tornaram responsáveis por sessões de vistoria nos banheiros e pela checagem da sala: se tudo não estiver arrumado, ninguém sai. Até a lista de ausentes à aula é compilada pelos estudantes, no caso um deles, o chefe da turma. Se um professor falta, nenhuma turma sai mais cedo.

O código de conduta segue os moldes do que vigora nos colégios da Polícia Militar de Goiás (CPMG). Até os cortes de cabelo devem obedecer a certos padrões. Contato físico "que denote envolvimento de cunho amoroso" é proibido.

— No início eu me revoltei, odiei. Hoje adoro, não troco por nada — sustenta Luísa Roriz, de 16 anos, que estuda em Valparaíso.

O apoio entusiasmado pode esconder temor a repressão. O código classifica como transgressão disciplinar grave "denegrir o nome do CPMG ou de qualquer de seus membros". Quem conversa com alunos percebe o receio que têm de fazer críticas. Estudantes que davam entrevista ao GLOBO foram interpeladas por uma policial da equipe disciplinar no momento em que uma delas reclamava da exigência de ficar em pé durante solenidades.

— Não há dúvida de que a escola, para funcionar bem, deve ter normas claras e ser exigente. Mas isso nada tem a ver com militarização — critica Wanderson Ferreira Alves, professor de políticas educacionais na Universidade Federal de Goiás (UFG). — Experiências exitosas no mundo fizeram o caminho inverso, aproximando a escola da comunidade e horizontalizando relações hierárquicas.

Frederico Marinho, pesquisador de segurança pública na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), chama a transferência de escolas para a polícia de "maquiagem ideológica", "tentativa de doutrinação dos alunos" e "aberração":

— Não tem nada a ver com segurança. Diretor do Colégio Fernando Pessoa, o capitão Francisco dos Santos Silva defende o modelo adotado pelo governo de Marconi Perillo (PSDB). Ele é formado em Pedagogia e foi professor da rede estadual antes de se tornar policial. E diz que um dos objetivos é melhorar a nota da escola no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), método avaliador do Ministério da Educação.

— O caminho é simples: a disciplina consciente. A gente faz (o aluno) pegar o gosto (pelo estudo). No sábado tem grupo de estudo na biblioteca. Em breve, vamos começar um cursinho para o Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) — afirma. — Gírias como "ô, véio" não podem (ser empregadas). Aqui a gente só usa a norma culta.

Diferentemente do que ocorre na rede pública, os colégios da PM goiana (aos quais se somaram os dois de Valparaíso e Novo Gama) cobram uma contribuição "voluntária" de R$ 40 a R$ 70 mensais. O dinheiro é administrado pela Associação de Pais da unidade e, segundo a PM, destinado a melhorias na infraestrutura, em equipamentos e na contratação de professores de reforço. O Ministério Público em Valparaíso, contudo, acionou a Justiça no início do ano, devido a informações de que o pagamento da taxa seria compulsório, assim como a exigência de uso de uniforme, um kit de R$ 400. Uma liminar da Justiça garantiu o caráter espontâneo da taxa. O comandante de Ensino da PM de Goiás, coronel Júlio César Mota, sustenta que houve um mal entendido e que a contribuição é voluntária:

— Quando o pai percebe que a contribuição está transformando a escola, a adesão é muito maior. Chega a 100% em algumas unidades. O pedreiro Cleuber Bispo da Silva, de 44 anos, diz que faz questão de pagar.

— Meu menino mudou de comportamento. Passou até a arrumar mais o quarto — descreve o pedreiro, cujo filho, de 11 anos, está no 6º ano do ensino fundamental do Colégio Fernando Pessoa. O coordenador geral da rede Campanha Nacional pelo Direito à Educação, Daniel Cara, avalia como "um desastre" o processo que está sendo registrado na rede estadual de Goiás:

— Trabalhei em escolas públicas nas regiões mais violentas de São Paulo e acompanhava as rondas que a polícia fazia. Elas já eram temerárias... Imagine uma administração da PM! A polícia não faz bem nem seu trabalho de segurança pública, que dirá educação. Essa medida reforça o sentimento de desigualdade entre as escolas. É um instrumento antirrrepublicano. Precisamos combater a desigualdade, não institucionalizá-la.

Outro a condenar a medida é o ex-comandante do Batalhão de Operações Especiais (Bope) do Rio de Janeiro e antropólogo Paulo Storani.

— É a certificação do fracasso de um processo pedagógico no Brasil. É aquele pensamento: "ah, não temos como resolver o problema? Então chama a polícia". Estão dando o gerenciamento da escola a um órgão que não tem essa função — raciocina. — A população tinha uma expectativa, é o desespero de querer qualquer coisa para melhorar uma situação. Pode melhorar em curto prazo, porque cria disciplina, mas não resolve nada a longo prazo.

Re: Operações Policiais e Militares

Enviado: Seg Abr 07, 2014 12:52 pm
por Clermont
Uma Força Federal.

José Viegas Filho - Blog do Noblat, 07.04.14.

Mais uma vez assistimos à convocação das nossas Forças Armadas para dar conta de problemas de segurança pública que a desgastada Polícia Militar do Rio de Janeiro não consegue resolver. É necessário reconhecer que temos um problema estrutural na nossa maneira de garantir a boa convivência no país - e não só no Rio de Janeiro.

A repetição dessa situação mostra que, na verdade, ainda não encontramos a solução para o problema da segurança pública. O que mais salta à vista é a inexistência de uma força policial federal, que deva obediência ao Presidente da República. A nossa Polícia Federal é apenas investigativa. Caso ocorram situações que a Polícia Militar estadual se revele incapaz de resolver, chamamos as Forças Armadas.

Ora, essas situações são frequentes na mesma proporção em que a Polícia Militar estadual seja débil, ou mal treinada, ou não tenha suficiente organização para atuar eficazmente, ou tenha perdido o respeito do povo.

Não é preciso dizer que em algumas delas há níveis elevados de corrupção e muito pouco preparo no que concerne ao respeito aos direitos humanos.

Então as Forças Armadas são chamadas pelo governo do Estado, em sintonia com o Governo Federal, para cumprir uma missão que, a rigor, não é delas e não corresponde à sua verdadeira razão de ser, que é a defesa da nossa soberania. A elas cabe também a garantia da lei e da ordem em última instância, mas convenhamos que tem havido um número alto de "últimas instâncias".

E convenhamos também que não é desejável envolver as nossas Forças Armadas em situações de conflito em zonas urbanas de grande densidade populacional, assim como não é recomendável expô-las às mesmas tentações de corrupção que contribuem tão poderosamente para o desprestígio de tantas polícias estaduais.

As debilidades da Força Nacional, que consiste em colocar em ação efetivos de diferentes polícias estaduais, com diferentes graus de treinamento, sem unidade de doutrina, com pouco tempo para adestrar-se e com deslocamentos caros e demorados, são claras e conhecidas. Tanto é assim que, mais uma vez, ela não foi chamada a atuar no Rio de Janeiro, e sim, em seu lugar, foram chamadas as Forças Armadas.

Parece-me claro que o Governo Federal precisa ter uma força policial sob o seu comando e que essa força não seja a mesma que deve defender o povo brasileiro em seu conjunto contra ameaças externas. Estou certo de que isso corresponde ao sentimento das nossas próprias Forças Armadas.

Essa Força Federal deve ter a mesma disciplina, lealdade e correção das nossas Forças Armadas. Deve ser robusta, bem adestrada e incorruptível. Sua missão maior é a de reconstruir uma relação de confiança mútua entre a polícia e o povo; entre o policial e o cidadão. Deve ser respeitável e fazer-se respeitar. Deve ter a seu cargo a defesa civil, em caso de catástrofes e calamidades. E deve obedecer a regras de engajamento inteiramente compatíveis com o respeito aos direitos humanos e à dignidade da pessoa. Essas regras devem ser claras e democraticamente estabelecidas.

Como formar essa Força? Abrindo um voluntariado para os integrantes das Forças Armadas que desejem realizar dentro do país o que suas instituições de origem fazem externamente: Proteger o povo brasileiro e defender a sua segurança. Assim teremos uma Força imediatamente pronta, com unidade de comando e praticamente sem custos em termos de pessoal e material, com o aproveitamento de quarteis já existentes.

É claro que a renovação paulatina da Força Federal deve dar-se através de concurso público anual aberto a toda a sociedade civil para o provimento dos cargos e funções iniciais de uma carreira baseada no mérito.

Assim teremos também Forças Armadas mais enxutas e profissionais, dotadas de equipamentos modernos e de grande mobilidade tática e estratégica, aptas a defender a nossa soberania e a participar com brilho dos esforços internacionais em prol da paz.

_________________________________

José Viegas Filho, embaixador aposentado, foi ministro da Defesa.

Re: Operações Policiais e Militares

Enviado: Seg Abr 07, 2014 1:51 pm
por Sávio Ricardo
Clermont escreveu:Uma Força Federal.

José Viegas Filho - Blog do Noblat, 07.04.14.

Mais uma vez assistimos à convocação das nossas Forças Armadas para dar conta de problemas de segurança pública que a desgastada Polícia Militar do Rio de Janeiro não consegue resolver. É necessário reconhecer que temos um problema estrutural na nossa maneira de garantir a boa convivência no país - e não só no Rio de Janeiro.

A repetição dessa situação mostra que, na verdade, ainda não encontramos a solução para o problema da segurança pública. O que mais salta à vista é a inexistência de uma força policial federal, que deva obediência ao Presidente da República. A nossa Polícia Federal é apenas investigativa. Caso ocorram situações que a Polícia Militar estadual se revele incapaz de resolver, chamamos as Forças Armadas.

Ora, essas situações são frequentes na mesma proporção em que a Polícia Militar estadual seja débil, ou mal treinada, ou não tenha suficiente organização para atuar eficazmente, ou tenha perdido o respeito do povo.

Não é preciso dizer que em algumas delas há níveis elevados de corrupção e muito pouco preparo no que concerne ao respeito aos direitos humanos.

Então as Forças Armadas são chamadas pelo governo do Estado, em sintonia com o Governo Federal, para cumprir uma missão que, a rigor, não é delas e não corresponde à sua verdadeira razão de ser, que é a defesa da nossa soberania. A elas cabe também a garantia da lei e da ordem em última instância, mas convenhamos que tem havido um número alto de "últimas instâncias".

E convenhamos também que não é desejável envolver as nossas Forças Armadas em situações de conflito em zonas urbanas de grande densidade populacional, assim como não é recomendável expô-las às mesmas tentações de corrupção que contribuem tão poderosamente para o desprestígio de tantas polícias estaduais.

As debilidades da Força Nacional, que consiste em colocar em ação efetivos de diferentes polícias estaduais, com diferentes graus de treinamento, sem unidade de doutrina, com pouco tempo para adestrar-se e com deslocamentos caros e demorados, são claras e conhecidas. Tanto é assim que, mais uma vez, ela não foi chamada a atuar no Rio de Janeiro, e sim, em seu lugar, foram chamadas as Forças Armadas.

Parece-me claro que o Governo Federal precisa ter uma força policial sob o seu comando e que essa força não seja a mesma que deve defender o povo brasileiro em seu conjunto contra ameaças externas. Estou certo de que isso corresponde ao sentimento das nossas próprias Forças Armadas.

Essa Força Federal deve ter a mesma disciplina, lealdade e correção das nossas Forças Armadas. Deve ser robusta, bem adestrada e incorruptível. Sua missão maior é a de reconstruir uma relação de confiança mútua entre a polícia e o povo; entre o policial e o cidadão. Deve ser respeitável e fazer-se respeitar. Deve ter a seu cargo a defesa civil, em caso de catástrofes e calamidades. E deve obedecer a regras de engajamento inteiramente compatíveis com o respeito aos direitos humanos e à dignidade da pessoa. Essas regras devem ser claras e democraticamente estabelecidas.

Como formar essa Força? Abrindo um voluntariado para os integrantes das Forças Armadas que desejem realizar dentro do país o que suas instituições de origem fazem externamente: Proteger o povo brasileiro e defender a sua segurança. Assim teremos uma Força imediatamente pronta, com unidade de comando e praticamente sem custos em termos de pessoal e material, com o aproveitamento de quarteis já existentes.

É claro que a renovação paulatina da Força Federal deve dar-se através de concurso público anual aberto a toda a sociedade civil para o provimento dos cargos e funções iniciais de uma carreira baseada no mérito.

Assim teremos também Forças Armadas mais enxutas e profissionais, dotadas de equipamentos modernos e de grande mobilidade tática e estratégica, aptas a defender a nossa soberania e a participar com brilho dos esforços internacionais em prol da paz.

_________________________________

José Viegas Filho, embaixador aposentado, foi ministro da Defesa.
Sobre este assunto, já ouvi dizer (não sei se tem um misero pingo de veracidade nisso) que existe, existia ou existirá, um projeto para transformar a PRF nisso ai, basicamente uma policia ostensiva da união.

Como eu disse... posso estar falando uma besteira sem tamanho, só estou comentando o que eu ouvi, aliás, li por ai.

:roll:

Re: Operações Policiais e Militares

Enviado: Seg Abr 07, 2014 2:26 pm
por Clermont
Sávio Ricardo escreveu:Sobre este assunto, já ouvi dizer (não sei se tem um misero pingo de veracidade nisso) que existe, existia ou existirá, um projeto para transformar a PRF nisso ai, basicamente uma policia ostensiva da união.

Como eu disse... posso estar falando uma besteira sem tamanho, só estou comentando o que eu ouvi, aliás, li por ai.
Projeto, não sei, apenas suponho que não. Caso contrário, alguém teria citado isso em discussões anteriores. Agora, em si mesmo essa idéia já foi discutida em outros tópicos. Pessoalmente, do meu ponto de vista de "chutador leigo", a ídéia parecia muito simpática.

A Polícia Rodivária Federal usa farda; é hierarquizada (embora, neste exato momento, eu nem saiba quai são os graus hierárquicos, do recruta mais baixo, até o "sumo-sacerdote" que comanda a força :oops: ); é boa de gatilho; então, por quê não reforçar o número de pessoal; dar-lhes um bocado mais de armamento; mudar o nome deles para alguma coisa "sexy" do tipo "Força Federal Ostensiva de Aniquilação de Vagabundos" :shock: e dar-lhe o mesmo papel que o ex-ministro Viegas defende?

Re: Operações Policiais e Militares

Enviado: Seg Abr 07, 2014 2:37 pm
por Sávio Ricardo
Clermont escreveu:
Sávio Ricardo escreveu:Sobre este assunto, já ouvi dizer (não sei se tem um misero pingo de veracidade nisso) que existe, existia ou existirá, um projeto para transformar a PRF nisso ai, basicamente uma policia ostensiva da união.

Como eu disse... posso estar falando uma besteira sem tamanho, só estou comentando o que eu ouvi, aliás, li por ai.
Projeto, não sei, apenas suponho que não. Caso contrário, alguém teria citado isso em discussões anteriores. Agora, em si mesmo essa idéia já foi discutida em outros tópicos. Pessoalmente, do meu ponto de vista de "chutador leigo", a ídéia parecia muito simpática.

A Polícia Rodivária Federal usa farda; é hierarquizada (embora, neste exato momento, eu nem saiba quai são os graus hierárquicos, do recruta mais baixo, até o "sumo-sacerdote" que comanda a força :oops: ); é boa de gatilho; então, por quê não reforçar o número de pessoal; dar-lhes um bocado mais de armamento; mudar o nome deles para alguma coisa "sexy" do tipo "Força Federal Ostensiva de Aniquilação de Vagabundos" :shock: e dar-lhe o mesmo papel que o ex-ministro Viegas defende?
Pra mim seria ótimo esse aumento de efetivo, fiquei como excedente no concurso do ano passado e seria a chance de ser chamado... :mrgreen:

Re: Operações Policiais e Militares

Enviado: Seg Abr 07, 2014 3:07 pm
por Sávio Ricardo
Existe mesmo um PEC pra isso:

PEC 151

Tramita na Câmara Federal um Projeto de Emenda Constitucional que transformará a Polícia Rodoviária Federal em Polícia Federal Ostensiva, o que significa dizer que a hoje Polícia Ostensiva das Rodovias passaria a atuar em todo o território nacional, sem a restrição da faixa de domínio de BRs, dando de imediato mais 10.000 mil homens para o Governo Federal utilizar de forma estratégica nas mais diferentes situações. “Com a mudança teríamos uma polícia que hoje já faz o papel de Polícia Federal Ostensiva de fato, mas não de direito, com participação nos mais diversos tipos de operações, apoiando em ações estratégicas para a União com seu efetivo e com mobilidade.”

A PRF possui delegacias espalhadas em todo território nacional e atualmente possui cerca de 10.000 homens que atendem mais de 60.000 km de rodovias federais. “O efetivo da PRF hoje é subutilizado em rodovias sem interesse estratégico para a União, tendo muitas vezes dois policiais atendendo centenas de quilômetros de rodovias, o que acaba não garantindo a mínima eficiência do trabalho de policiamento e dificultando o reforço nas áreas de fronteira e demais ações realmente importantes para União.”

Com a aprovação deste projeto, sem a necessidade de qualquer concurso público, o Ministério da Justiça teria em mãos uma polícia que já está presente em todo o território nacional, podendo prestar um melhor serviço à sociedade. “A PRF já é hoje a Polícia de Fronteira do Brasil, sendo responsável por mais de 60% das apreensões de drogas do país, atuando na maior parte do tempo apenas em rodovias. Com a possibilidade de atuação fora das rodovias esse policiamento se tornaria ainda mais eficiente.”

Durante os últimos anos a PRF vem trabalhando em conjunto com os demais órgãos federais e estaduais em ações como o Combate ao Trabalho Escravo em fazendas, trabalho conjunto com o Ministério do Trabalho e Emprego; o Combate às plantações de drogas em conjunto com a Polícia Federal e Polícias Ambientais; Combate ao Contrabando e Descaminho em conjunto com a Receita Federal; cumprimento de Mandados em todo território nacional em apoio aos Ministérios Públicos Federal e Estaduais; além de inúmeras outras ações que já a colocam na situação de Polícia Ostensiva a serviço da União. “Esse projeto vem apenas sacramentar algo que já é a realidade hoje dessa polícia.”

A PRF continuaria com uma Divisão de Policiamento Rodoviário que atenderia as rodovias consideradas estratégicas para a União e criaria a Divisão de Policiamento de Fronteiras (DPFron) e a Divisão de Operações Especiais (DOE). “A Divisão de Policiamento de Fronteiras atuará, em conjunto com outros órgãos, principalmente no combate ao tráfico de drogas e armas. A Divisão de Operações Especiais será a responsável pelo deslocamento de policiais em ações de segurança por todo o território nacional. Ainda manteremos a Divisão de Policiamento Rodoviário garantindo a segurança das rodovias consideradas estratégicas para o país e podendo atuar como fiscalizador dos convênios realizados com os governos estaduais para o policiamento das demais rodovias federais.”

A base parlamentar demonstra com dados concretos que a sociedade e a União só teriam a ganhar com esta mudança e ainda aponta a proximidade da Copa do Mundo e das Olimpíadas que aumentará ainda mais a necessidade desta transformação. “Com a Copa do Mundo e as Olimpíadas se aproximando, o país precisará desta polícia que possui uma grande especialização no trabalho de escolta de autoridades, no trabalho de policiamento de fronteiras e na capacidade de mobilidade de seus homens. Podemos lembrar, por exemplo, os Jogos Pan-americanos de 2007 onde a PRF foi o grande destaque realizando durante os jogos dezenas de milhares de escoltas, centenas de prisões com suas equipes táticas, e quase a totalidade das apreensões de drogas e armas.”

O projeto depende ainda de aprovação da Câmara e do Senado antes de ir para a sanção presidencial, mas sua efetivação já está bem adiantada.



Abaixo a alteração do artigo 144 da Constituição Federal conforme PEC 151:


"Art. 16. Acrescentem-se ao texto constitucional os seguintes artigos 144-B, 144-C, 144-D e 144-E:

“Art. 144- B. A Polícia abrange:

I - a Polícia Federal, dirigida pelo Chefe de Polícia, nomeado pelo Presidente da República, na forma da lei, para mandato de dois anos, permitida a recondução por igual período, é constituída pela:

a) polícia judiciária federal, instituição nacional, permanente e regular, essencial ao Estado, organizada com base na hierarquia e disciplina, estruturada em carreira única, dirigida por membro do último nível da carreira policial, eleito pelos pares, na forma da lei, para mandato de dois anos, nomeado pelo Presidente da República, permitida a recondução;

b) polícia ostensiva federal, instituição nacional, permanente e regular, essencial ao Estado, organizada com base na hierarquia e disciplina, estruturada em carreira única, dirigida por membro do último nível da carreira policial, na forma da lei, para mandato de dois anos, nomeado pelo Presidente da República, permitida a recondução.

(...)
Em anexo a proposta completa.




O Projeto tem o apoio da Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal, conforme trecho da reportagem abaixo sobre discussão de alteração do sistema de segurança pública nacional:


COMISSÕES / Segurança Pública
09/02/2010 - 21h14

O Senado fez nesta terça-feira (9) a primeira audiência para discutir uma proposta de emenda constitucional do senador Tasso Jereissati (PSDB-CE) que reestrutura os órgãos de segurança no país...

A audiência foi promovida pela Subcomissão de Segurança Pública, que funciona no âmbito da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). Marcos Leôncio Sousa Ribeiro, representando a Associação Nacional dos Delegados da Polícia Federal, afirmou que a PF já está sobrecarregada, com pessoal insuficiente, e não deveria receber novas atribuições - no caso, os policiais rodoviários.

Ele sugeriu que, a exemplo do que é feito hoje em países da Europa, o governo crie uma Polícia Federal de Segurança, que cuidaria das fronteiras, dos portos e aeroportos. A PF trabalharia apenas como polícia judiciária, dos crimes federais, como tráfico de drogas e de armas e crimes contra a União. Nesse caso, a atual Polícia Rodoviária poderia ser incorporada à nova Polícia Federal de Segurança.

(...)

reportagem completa no link abaixo:

http://www.senado.gov.br/noticias/verNo ... licativo=2
Eli Teixeira / Agência Senado
(Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

Re: Operações Policiais e Militares

Enviado: Seg Abr 07, 2014 4:38 pm
por rodrigo
PRF é insuficiente para as rodovias, assim como o DPF é para suas missões. E ainda querem ampliar as competências?

O Viegas está palpiteando sobre esse assunto porque virou lobista de empresas de equipamento militar.

Re: Operações Policiais e Militares

Enviado: Seg Abr 07, 2014 4:48 pm
por irlan
Não se se eu vi na internet ou no jornal,mas acabaram de treinar 2800 PMs aqui do RJ para abordar gays...