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Re: GEOPOLÍTICA

Enviado: Sex Fev 12, 2010 10:40 am
por Marino
Seria um artigo de 'geoeconomia", mas...
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Espanha deve ser o coração da crise

Liana Verdini



A crise grega pode não ter o potencial de arrastar para a insolvência os demais Piigs (Portugal, Irlanda, Itália, Grécia e Espanha, que em inglês se chama Spain). Pelo menos é o que avalia o economista americano Paul Krugman, professor de economia e assuntos internacionais na Universidade Princeton, para quem a economia grega é muito pequena, bem como a portuguesa e a irlandesa. “Em termos econômicos, o coração da crise é a Espanha, que é muito maior”, escreveu o em seu blog no The New York Times. E continuou: “Se a Itália for pega, isso muda”.

O professor de Princeton frisou que o problema espanhol não é consequência de irresponsabilidade fiscal. A crise espanhola é resultado de “choques de assimetrias” causados pela união monetária sem integração fiscal e do mercado de trabalho. Depois de 2000, o preço dos imóveis na Espanha disparou, provocado pelos expressivos investimentos alemães. O boom inflou também os salários e produziu o aumento da demanda por bens e serviços espanhóis, que se traduziu em uma inflação mais alta na Espanha do que na Alemanha e na França, por exemplo.

“Quando a bolha estourou, deixou a Espanha com uma demanda doméstica reduzida e crescentemente menos competitiva na área do euro devido aos altos preços e aos custos trabalhistas. Se a Espanha tivesse sua própria moeda, ela teria se valorizado durante o boom imobiliário e se depreciado na crise”, explicou Krugman. Quando a crise estourou, a Espanha apresentava superavit em seu orçamento, situação que rapidamente se inverteu devido à queda na receita e ao aumento das despesas para limitar o crescimento do desemprego.



Portugal

Com problemas fiscais severos e já citado como um dos próximos a enfrentar uma crise, Portugal anunciou esta semana um ajuste em seu orçamento. Na peça entregue à Assembleia da República na quarta-feira, o primeiro-ministro, José Sócrates, propôs as linhas do Programa de Estabilidade e Crescimento, a ser apresentado à União Europeia. Nele estão as medidas para “equilibrar as contas públicas, alcançando um deficit inferior a 3% do PIB até 2013”, disse ele. O orçamento de 2010, segundo o primeiro-ministro, deve “promover o crescimento, o investimento e o emprego, e retomar rapidamente o caminho de equilíbrio das contas públicas”.

Sócrates afirmou que o investimento público será mantido nas áreas com maior capacidade de ajudar na recuperação econômica, no emprego e na modernização da economia: parque escolar, rede hospitalar, construção de barragens, creches e lares e infraestruturas de transportes e comunicações. Além disso, “os apoios ao emprego continuam a ser essenciais, quer no estímulo à contratação, quer na defesa do emprego em setores mais expostos à crise internacional, quer na melhoria do acesso à proteção social dos desempregados”, concluiu.

Re: GEOPOLÍTICA

Enviado: Sex Fev 12, 2010 11:26 am
por marcelo l.
http://blog.estadao.com.br/blog/arielpa ... &tb=1&pb=1

“Pode vir para cá investir. Aqui não vão te desapropriar nem te carregarão as costas com impostos, nem confiscarão teu dinheiro”. Essa promessa, ouvida por 1.500 empresários no V.I.P. Hotel Conrad, na elitista Punta del Este, Uruguai, não foi pronunciada por um expoente do neoliberalismo, mas sim, pelo ex-guerrilheiro tupamaro e floricultor José Mujica, presidente eleito do Uruguai, de esquerda, que tomará posse no dia 1 de março.

O almoço de Mujica com os empresários realizado nesta quarta-feira no Conrad teria sido uma imagem considerada “delirante” há exatamente 40 anos. Na época Mujica vivia na clandestinidade, assaltando bancos para financiar a guerrilha do Movimento Tupamaros, que pretendia tomar o poder para implantar uma sociedade socialista.
No entanto, quatro décadas depois do período em que Mujica se esgueirava pelos esgotos de Montevidéu para fugir das tropas do Exército que o caçavam, o ex-guerrilheiro acena com “segurança das regras do jogo”, elemento que tornou-se escasso na região.
De quebra, a reunião foi em Punta del Este, balneário que há quatro décadas foi alvo da "Operação Verão Quente", um dos diversos ataques da guerrilha tupamara.

Além de empresários uruguaios ali estavam americanos, europeus, brasileiros e um contingente de 400 empresários argentinos, interessados no Uruguai, país que tornou-se um dos pontos mais “previsíveis” da região ao longo dos últimos anos.

MANDRAKE E A GALINHA
“Estamos pedindo que apostem no Uruguai. Não estamos dizendo isso de forma desinteressada. Ao contrário! Estamos profundamente interessados! Não somos o Mandrake...não somos ricos”, ilustrou Mujica, de 74 anos, com sua folclórica ironia.

“Quanto mais aumentam os investimentos, mais aumenta a arrecadação tributária para os grandes investimentos sociais que queremos fazer”. Segundo Mujica, aumentar os impostos sobre a riqueza seria um ato kamikaze: “se fizermos isso, estamos fritos, pois estaríamos matando a galinha dos ovos de ouro”.

A galinha já está colocando ovos há um certo tempo no Uruguai, país onde o investimento externo cresceu de apenas US$ 200 milhões que foram colocados no país no ano 2000 para US$ 2 bilhões que desembarcaram em 2008.

No próprio dia da posse Mujica se reunirá com diretores da Tata Motors, o gigante automotivo da Índia, empresa que quer transformar o Uruguai em uma plataforma para seus produtos em toda a região.

O discurso de Mujica – que planeja juntar prosperidade econômica com equidade social - foi interpretado como uma diferenciação expressiva de vários de seus colegas da região.
O trecho “Aqui não vão te desapropriar” foi encarado como uma clara alusão ao presidente Hugo Chávez da Venezuela, país onde atualmente investir constitui em um elevado risco.
Outro trecho, “nem te carregarão as costas com impostos” foi entendida como uma referência ao governo do casal Kirchner, na Argentina, que nos últimos anos aplicaram inéditos tributos para as exportações de diversos setores, especialmente o agrícola.

“Senhores empresários, estamos pedindo a vocês que apostem no Uruguai e joguem junto com o Uruguai. Não podemos gerar riquezas com decisões parlamentares. A riqueza é filha do circuito do trabalho”, disse o presidente eleito. Segundo Mujica, eleito no segundo turno em novembro, a característica mais negativa do Uruguai foi “a baixíssima taxa de investimentos”.

O presidente eleito também afirmou que “as regras serão claras e não vamos confiscar seu dinheiro”. Além disso, sustentou que investir no Uruguai “não é uma aposta no escuro”. E de quebra, afirmou que é o país onde “é mais fácil conviver”. E concluiu com um convite: “venham investir...mas também venham viver aqui!”

Mujica, de todos os presidentes sul-americanos no poder, foi o único selvagemente torturado e preso por longo período de tempo (possui sequelas no organismo decorrentes daquela época). Ele ficou na prisão durante 13 anos seguidos (e outro ano adicional antes dessa fase, mas conseguiu fugir para ficar uns meses em liberdade antes de ser novamente preso). É também o único presidente que participou de uma guerrilha de forma ativa.

Mujica esperava reunir não mais de 500 empresários no almoço. Mas, nas últimas semanas, os pedidos de lugares extras continuaram aparecendo em grande quantidade. Finalmente, 1.500 empresários – interessados em ver Mujica de perto e ouvir seus projetos – compareceram ao repasto no Conrad.

Os mais de 400 empresários argentinos que participavam do evento (quase um terço do total) ovacionaram Mujica no final do discurso.

O empresário italiano Cristiano Ratazzi, presidente da Fiat Argentina, indicou que o Uruguai tem o desejo de “ter uma continuidade institucional e constitucional. Seguir uma linha, ao contrário da Argentina, que a cada dez anos joga fora tudo e vem alguém novo dizendo que tudo o que foi feito atrás foi um desastre, que eles são os criadores de um novo país, e que nessa função podem passar por cima da Constituição e dos contratos”.

O encontro ostentou o nome de “Os empresários no Projeto Nacional: desenvolvimento e redução da pobreza”.

Após o discurso, Mujica recebeu 150 propostas de investimento por parte dos empresários que participaram do almoço.

Além de Mujica, respaldando o evento também estiveram os líderes dos partidos da oposição, entre eles os ex-presidente Julio María Sanguinetti (do Partido Colorado) e Luis Alberto Lacalle (candidato derrotado na eleição contra Mujica, representante do Partido Nacional, também conhecido como “Blanco”).

Re: GEOPOLÍTICA

Enviado: Sex Fev 12, 2010 6:14 pm
por Carlos Mathias
Tenho muita simpatia pelo Uruguai. :)

Re: GEOPOLÍTICA

Enviado: Sáb Fev 13, 2010 10:52 pm
por Penguin
http://www.terra.com.br/istoedinheiro/e ... 2393-1.htm


De mãos dadas com o perigo
A amizade explícita entre o Brasil e o Irã revela a ponta de uma parceria econômica e militar cada vez mais arriscada

Denize Bacoccina


Imagem
Amigos e Sócios: Lula e Ahmadinejad, que já se encontraram em Brasília, terão nova reunião em Teerã e estão fortalecendo laços financeiros

Na semana passada o Brasil foi colocado num papel de destaque no cenário político internacional. Enquanto o mundo discutia a adoção de sanções econômicas contra o Irã, o governo brasileiro remava na contramão e defendia o diálogo com um país que acaba de anunciar seu plano para enriquecer urânio a 20% “para fins médicos”. “Sanções não vão ter resultado”, afirmou o chanceler Celso Amorim. “Há campo ainda para negociar.” A participação do Brasil nesse debate deve-se ao fato de o País estar ocupando uma cadeira rotativa no Conselho de Segurança Nacional das Nações Unidas. Uma cadeira que dá ao Brasil a possibilidade de evitar o consenso na aplicação das sanções – algo desejado pelos Estados Unidos –, mas não com poder de veto. Portanto, a posição de Amorim não passa de uma opinião. No entanto, o Brasil foi citado pelo chanceler iraniano Manuchehr Mottaki como um possível intermediário no processo de troca de urânio a 3,5% pelo combustível enriquecido a 20%, revelando uma proximidade perigosa entre os dois países.

A defesa do programa nuclear do Irã coloca o Brasil numa posição delicada. Quando o presidente Lula recebeu o iraniano Mahmoud Ahmadinejad em Brasília, em novembro do ano passado, ele tentou vender a ideia de que se tratava apenas de uma missão econômica. E, de fato, os iranianos estão interessados em investir no Brasil, inclusive comprando terras para agricultura, em projetos na área petroquímica e em outros setores. No ano passado, o Irã comprou US$ 1,1 bilhão e vendeu apenas US$ 14 milhões ao País.
Mas a imagem do presidente Lula ao lado de Ahmadinejad pode também passar a ideia de uma parceria que vai além da economia, entrando no terreno cinzento da cooperação militar. Em março do ano passado, um acordo secreto assinado entre os dois países desafia as sanções impostas pelos Estados Unidos ao Irã, ao abrir negociações com o Export Development Bank of Iran, o BNDES deles, incluído na lista negra de Tesouro americano. O acordo permite uma triangulação nas exportações, o que possibilitaria burlar as atuais restrições americanas. Não é crime, pela lei brasileira, mas mostra que o Brasil escolheu um lado na briga. Não é necessariamente o que vai colocar o Brasil junto de seus mais importantes parceiros internacionais. EUA e França, por exemplo, condenam o Irã. E a visita do presidente Lula a Teerã, programada para maio, se for mantida, pode ocorrer em meio ao endurecimento das sanções contra o país do Golfo.

Re: GEOPOLÍTICA

Enviado: Sáb Fev 13, 2010 11:16 pm
por Francoorp
mas nao so o Brasil falou isso, a China e agora ate a Russia.

Mas Tambem:

http://pbrasil.wordpress.com/2010/02/12 ... ontra-ira/

e voltando atras no Itamaraty:

http://pbrasil.wordpress.com/2010/02/12 ... -iraniano/

Re: GEOPOLÍTICA

Enviado: Sáb Fev 13, 2010 11:27 pm
por Carlos Mathias
O USAntiago é o mais aplicado macartista do fórum, Purple Hart nele já!!!! :lol:

O dia que ele postar alguma notícia positiva do GF eu dou uma bananada cascão prá ele, é só buscar aqui em casa lá pelas 13:00 durante esse verão fresquinho que tá aqui no Rio. 8-]

Re: GEOPOLÍTICA

Enviado: Dom Fev 14, 2010 12:49 am
por WalterGaudério
Carlos Mathias escreveu:Tenho muita simpatia pelo Uruguai. :)
Tenho muita simpatia por um bife de chorizo no Uruguai.

Re: GEOPOLÍTICA

Enviado: Dom Fev 14, 2010 4:30 am
por Bolovo
Carlos Mathias escreveu:O USAntiago é o mais aplicado macartista do fórum, Purple Hart nele já!!!! :lol:

O dia que ele postar alguma notícia positiva do GF eu dou uma bananada cascão prá ele, é só buscar aqui em casa lá pelas 13:00 durante esse verão fresquinho que tá aqui no Rio. 8-]
A Purple Heart é pra quem é ferido ou morto em combate. Com o Santigo é o contrário. Ele merece uma Congressional Medal of Honor. :mrgreen:

Re: GEOPOLÍTICA

Enviado: Dom Fev 14, 2010 6:01 am
por pafuncio
Quem diria, o Jacques é um mártir !!! :mrgreen:

Re: GEOPOLÍTICA

Enviado: Dom Fev 14, 2010 9:21 am
por suntsé
O BRASIL TEM QUE FAZER O PRAGMATISMO INTELIGENTE, APOIAR O PROGRAMA NUCLEAR DO IRÃ SABENDO QUE OS PREJUIZOS PARA NÓS SERIAM MUITO MAIORES QUE OS BENEFICIOS (NENHUM AO MEU VER) È BURRICE E NÂO PRAGMATISMO.

Re: GEOPOLÍTICA

Enviado: Dom Fev 14, 2010 12:53 pm
por Penguin
São Paulo, domingo, 14 de fevereiro de 2010

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Indústria recua e dificulta inserção global
Peso do setor na economia encolhe entre 1970 e 2007, diferentemente do que houve em emergentes como China e Índia

Países que pretendem ser mais relevantes no mundo não podem prescindir de sua indústria, diz ex-secretário de Política Econômica


PAULO DE ARAUJO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Em um movimento contrário ao de países emergentes que estão ganhando maior relevância na economia global, o Brasil tem visto um encolhimento relativo de sua indústria.

Segundo estudo do Iedi (Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial), a participação do setor industrial no valor adicionado (PIB menos tributos) do país passou de 29,21% em 1970 para 23,73% em 2007, perda de 5,48 pontos percentuais (veja quadro).

No mesmo período, em países emergentes como China, Índia, México e Turquia, o setor industrial passou a responder por parcela maior da economia. Na Coreia do Sul, que deixou de ser considerada país emergente pelo FMI, a participação da indústria passou de 8,67% para 37,28%.

Para Rogério César de Souza, economista do Iedi, o declínio da indústria dificulta a inserção do país na economia global e limita o crescimento no longo prazo. "Os países que tiveram expansão anual acima de 5% nesses anos são justamente aqueles em que a indústria ganhou espaço", disse.

A perda de peso da indústria não é particularidade do Brasil. Processo semelhante ocorreu em países desenvolvidos, como França e Reino Unido.

"A diferença é que o Brasil ainda está distante dos níveis de renda de outros países mais avançados", disse Souza.


Setores em extinção
No Brasil, houve cadeias que praticamente entraram em extinção, como a da indústria naval. Nos anos 70, o país foi o segundo maior produtor global de navios. Posteriormente, inflação acelerada (que prejudica indústrias cujo ciclo de produção é longo), crise mundial e uma legislação que dificultava a importação de componentes levaram o setor naval para um vale, diz o professor da UFRJ Floriano Pires. "Quase todos os estaleiros fecharam, e o Brasil ficou 15 anos sem produzir navios oceânicos."

A indústria naval só foi retomada em 2004, com a encomenda de plataformas e navios de apoio pela Petrobras. Agora, o setor vê um boom de pedidos para atender o pré-sal.

Também a indústria de bens de capital foi ficando cada vez mais para trás. "Nos anos 80, fomos o quinto maior produtor de máquinas e equipamentos. Agora, estamos na 15ª posição", afirma o presidente da Abimaq (que reúne os fabricantes de máquinas e equipamentos), Luiz Aubert Neto.

Para o professor da Unicamp e ex-secretário de Política Econômica Julio Gomes de Almeida, um país que quer ser mais agressivo no cenário global não pode prescindir da indústria. "É preciso retomar as bases da competitividade, com um sistema tributário mais adequado e maior aposta em inovação."
Cade a reforma tributária?

Re: GEOPOLÍTICA

Enviado: Dom Fev 14, 2010 1:46 pm
por marcelo l.
Do nuevamayoria

EEUU: defensa en Haití y recomposición con Brasil
Feb-10-10 - por Rosendo Fraga

La política de EEUU hacia América Latina confirma su interés por Brasil, defiende la actuación en Haití, muestra preocupación por Irán y reduce la asistencia. Al presentar las cartas credenciales el nuevo embajador en Brasilia, Thomas Shannon, plantea que su país ofrece una opción al acuerdo militar con Francia, cuando Rusia en 2009 pasó a ser el primer vendedor de armas para América Latina. Días antes, la Secretaria de Estado (Hillary Clinton) destacó el liderazgo regional del país, anticipó que habrá acuerdo comercial bilateral y anunció que visitará el país antes que lo haga el Presidente Obama en 2010. Por su parte el jefe de la inteligencia de EEUU, Denis Blair, sostuvo que Brasil es la historia exitosa de la región, al mismo tiempo que mencionó al narcotráfico y el populismo como las amenazas en América Latina. Las críticas por la actuación en Haití y los reclamos a diversos países latinoamericanos para que salgan las tropas de EEUU, llevaron al jefe del contingente militar norteamericano a anunciar que permanecerá en el país hasta que deje de ser necesario. Días antes que las potencias mundiales decidieran endurecerse con Irán por su decisión de seguir adelante con el plan nuclear, el Subsecretario del Departamento de Estado para América Latina, Arturo Valenzuela, dijo que a su país le preocupan las relaciones de los países latinoamericanos con aquel país. La reducción de 540 a 465 millones de dólares del monto asignado al Plan Colombia y de 550 a 410 del destinado a la Iniciativa Mérida para México, se entiende en el contexto en el cual para el nuevo presupuesto aumenta la asistencia de EEUU para Asia -y especialmente para Afganistán y Pakistán-, Medio Oriente y África y sólo baja (10%) para América Latina.

En México aumenta el record de muertos por los narcos, en Costa Rica gana la candidata oficialista y un bloguero cubano es el más leído del mundo. En los primeros cuarenta días del año los muertos por el narcotráfico mexicano superan los 1000, siendo Ciudad Juárez el epicentro de la violencia, donde hay 10.000 huérfanos por ella. La población de esta ciudad en su desesperación reclama la presencia de cascos azules y la influencia de los carteles mexicanos se extiende a otros países de la región. En Costa Rica ganó las elecciones presidenciales del 7 de febrero la vicepresidenta y candidata oficialista (Chinchilla), una social-demócrata que ha evolucionado hacia posiciones más conservadoras. La inseguridad y el narcotráfico serán su prioridad, al sufrir el país el embate del fenómeno de violencia que afecta a América Central. Un bloguero cubano es el más leído del mundo con 7 millones de lectores, al mismo tiempo que el castrismo reclama contra la apatía de la población. En Nicaragua, el gobierno de Ortega, en sociedad con Venezuela, compró un canal de televisión opositor.

En la región andina, Chávez se radicaliza a medida que se profundiza la crisis economía y en Colombia Uribe enfrenta escollos para su reelección, participando en la Cumbre de UNASUR. El gobierno venezolano se respalda más en Cuba, que envía una comisión dirigida por un ex jefe de inteligencia, que incluye incorporar asesores cubanos las unidades militares, lo que genera malestar en las Fuerzas Armadas. Chávez cumplió 11 años en el poder anunciando que se quedará otros tantos, al mismo tiempo que también festejó los 18 de su fracasado intento de golpe que lo proyectó políticamente. Decreta también la emergencia eléctrica, teniendo para ello asesoramiento de Argentina. En el Tribunal Constitucional colombiano han surgido objeciones al referéndum que convocaría Uribe para hacer viable su tercer mandato consecutivo. Organizaciones de derechos humanos de EEUU denuncian la reactivación de los para-militares y el Presidente minimiza el hecho, al mismo tiempo que tiene lugar el golpe contra el narcotráfico más importante en diez años, en un operativo conjunto con los EEUU, que debilita la influencia de los carteles mexicanos en América del Sur. Uribe asiste a la Cumbre de UNASUR que se realiza en Quito, siendo su primera visita a Ecuador desde la crisis bilateral en marzo de 2008. En esta reunión se analizará la coordinación de la asistencia a Haití y se pediría a EEUU que deje la reconstrucción en manos del gobierno de Haití, cuyo Presidente (Preval) estará presente.

En el Cono Sur, Brasil acentúa su rol como potencia mundial, Piñera dice ahora que su primer viaje será a los EEUU y en Argentina el ex Presidente Kirchner supera un problema de salud. En 2010, China vuelve a ser el primer socio comercial de Brasil, desplazando a EEUU al segundo lugar como sucedió en 2009. El gobierno brasileño negocia con Argentina más protección frente a las importaciones de China, al mismo tiempo que comienza a disputar a este país la influencia en África en la adquisición de materias primas. El ministerio de Relaciones Exteriores anunció que el país no enriquecerá uranio de Irán y el canciller dijo que seguía creyendo en el dialogo con este país por el conflicto nuclear. Las grandes empresas proponen un pacto de gobernabilidad para la campaña electoral -en la que ha irrumpido el ex presidente Cardoso en apoyo del candidato opositor (Serra)-, afirmando que para 2014 el país será la quinta potencia económica del mundo. En Chile, tras comunicarse telefónicamente con Obama, el Presidente electo (Piñera) anunció que su primer viaje será a los EEUU y no a Brasil y Argentina como había dicho. Ha manifestado también la intención de que su país sea un freno a la influencia regional de Chávez, junto con Colombia. En Argentina, el problema de salud sufrido por el ex Presidente Kirchner no impide que siga siendo él quien ejerza el poder efectivamente junto con su esposa.

Re: GEOPOLÍTICA

Enviado: Dom Fev 14, 2010 2:01 pm
por Francoorp
La reducción de 540 a 465 millones de dólares del monto asignado al Plan Colombia y de 550 a 410 del destinado a la Iniciativa Mérida para México, se entiende en el contexto en el cual para el nuevo presupuesto aumenta la asistencia de EEUU para Asia -y especialmente para Afganistán y Pakistán-, Medio Oriente y África y sólo baja (10%) para América Latina.


Ja começa a pesar todos estes frontes, devem reduzir em um para nao faltar no outro... antes podiam se permeter de manter financeiramente todas as frentes ao mesmo tempo, agora nao.
En Nicaragua, el gobierno de Ortega, en sociedad con Venezuela, compró un canal de televisión opositor.

Usa-se o metodo capitalista para tudo hoje em dia... comprar e comprar!!
El gobierno brasileño negocia con Argentina más protección frente a las importaciones de China, al mismo tiempo que comienza a disputar a este país la influencia en África en la adquisición de materias primas.


Realmente se nao entrarmos na Africa agora, a China pega tudo!! :shock:

Re: GEOPOLÍTICA

Enviado: Dom Fev 14, 2010 2:57 pm
por 1maluquinho
Possuir um vasto imperio é facil,basta ter poder para isso...Administra-lo nesses dias enxutos desnutre a maquina...O grande polvo cresceu tanto e ramificou seus tentaculos.Com suas ventosas a tudo suga...Manter todas as bases e frentes o torna vulneravel...Todas as grandes civilizações começaram a desmoronar no apogeu da magnitude de sua excelencia...Ao longo da jornada de conquista colecionaram ressentimentos e animozidades....Segura a turba agora que eu quero ver Obama Bin Laden ou seria Barac Osama???....Brasil...Associar-se com quem nada tem a acrescentar e so quer usufruir é adquirir para si os problemas e carencias dos outros.. :mrgreen: LA GARANTIA SOY IO MY HERMANO

Re: GEOPOLÍTICA

Enviado: Dom Fev 14, 2010 3:14 pm
por Bourne
Marino escreveu:Seria um artigo de 'geoeconomia", mas...
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Espanha deve ser o coração da crise

Liana Verdini



A crise grega pode não ter o potencial de arrastar para a insolvência os demais Piigs (Portugal, Irlanda, Itália, Grécia e Espanha, que em inglês se chama Spain). Pelo menos é o que avalia o economista americano Paul Krugman, professor de economia e assuntos internacionais na Universidade Princeton, para quem a economia grega é muito pequena, bem como a portuguesa e a irlandesa. “Em termos econômicos, o coração da crise é a Espanha, que é muito maior”, escreveu o em seu blog no The New York Times. E continuou: “Se a Itália for pega, isso muda”.

(...)
Quando se coloca em um mesmo bolo países com estruturas econômicas heterogêneas e com uma política fiscal fragmentado convivendo com uma política monetária unificada em que as determinações estão além do seu domínio cedo ou tarde dá cacá. No fundo, reflete na fragilidade do euro frente ao cenário internacional e em relação a moedas nacionais.

Dizia a uma bom tempo, me ridicularizaram no começo, mas os FRANCESES, ingleses, canadenses e norte-americanos que li observavam a formação da desgraça estavam corretos.

P. S. esperem a reação do Banco Central Europeu. Vai afundar o resto da Europa por causa do perigo representado pelos PIIGS (não gosto da sigla). Além do mais os países em boa situação vão ter que usar o cartão de crédito para salvá-los.