Programa de Obtenção de Navio Anfíbio - PROANF

[ABULDOG74]

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[gabriel219]

O problema não foi se ter pensado no longo prazo, isso é obrigação das ffaa's, que não podem e não devem pensar a defesa apenas para os próximos 4 anos. O problema é que no curto prazo nunca houve interesse real e efetivo de se resolverem as coisas por parte de quem tem tal obrigação. E como planos e planejamentos estratégicos são sempre mais bonitos de se ver e mostrar, fica mais lega na propaganda... e principalmente, não se precisa gastar um centavo sequer, então estamos como estamos.

A MB jamais irá abrir mão de operar um Nae convencional. Se não for o A-12, será o A-13 ou A-14 daqui a vinte ou trinta anos. Mas será.

Quanto a um NPM, isto também será feito, desde que a MB resolva primeiramente a questão do Nae, que é, em termos práticos, inegociável e "imexpivel" para o almirantado. Um NPM só existirá na MB quando e se tal equação for resolvida. Depois da renovação da esquadra, claro.

abs.

É exatamente isso, Carvalho. Pensaram tanto no futuro que se esqueceram do presente, isso as 3 forças.

Acharam que o PROSUPER iria sair antes de 2010 e se deram mal. C

É o ditado, melhor se prevenir do que remediar.

[FCarvalho]

As ffaa's na prática, caíram no canto da sereia do governo. E quando se deram conta do conto do vigário em que foram apanhados, já era tarde demais.

Viva-se com isso.

abs.

[P44]

Desculpem a ignorância, mas que tipo de navio é que vcs designam como "NPM"????

[FCarvalho]

NPM > designação da marinha para Navios de Propósitos Multiplos = Classe Mistral, Juan Carlos I, América...

abs.

[Lord Nauta]

NPM > designação da marinha para Navios de Propósitos Multiplos = Classe Mistral, Juan Carlos I, América...

abs.

Talvez no futuro distante teremos um navio desta classe. Por enquanto vamos de Bahia e ex-NDD US Navy.


Sds


Lord Nauta

[gabriel219]

Mesmo com Whidbey Island class ou Perry, já estaríamos bem, mas com o Pelileu estaríamos ainda melhor.

Um bom plano de financiamento para adquirir o Pelileu e o um NDD ex-US Navy, até 2025, seria possível. Mas como disse, aqui é melhor gastar mais de 60 Bilhões em eventos esportivos, 15 Bilhões em artistas fracassados por via Lei Rouanet ou até 59 Bi para evitar um impeachment legal.

Imagina, somente esses 15 Bi nas mãos da FFAA e que eles pensassem em curto prazo (Leo 2A4, Marder, NDD's, Fragatas por oportunidade e etc).

A maior parte da culpa é do Governo, claro, mas há sim uma parcela de culpa dos comandantes das Forças por jurarem que políticos falavam a verdade quando F-X2 e PROSUPER acabariam antes de 2010. É no mínimo inocência e verba tinha para adquirir navios ótimos por oportunidade e houve várias oportunidades.

Abs

[FCarvalho]

NPM > designação da marinha para Navios de Propósitos Multiplos = Classe Mistral, Juan Carlos I, América...
abs.

Talvez no futuro distante teremos um navio desta classe. Por enquanto vamos de Bahia e ex-NDD US Navy.
Sds
Lord Nauta

Nós temos um problema sério quanto a este tipo de navio. Primeiro temos de resolver o problema da esquadra, que vai ficar para depois de 2020. Depois temos de resolver o problema do Nae, que só vai ser resolvido, ao que parece, para depois de 2030.
Agora, imagino que quando chegarmos lá, e formos pensar no assunto, teremos de resolver todos os outros problemas deixados de lado e não solucionados em 2016.
Tá difícil.

abs.

[joaolx]

Depois temos de resolver o problema do Nae, que só vai ser resolvido, ao que parece, para depois de 2030.

Com 70 anos nessa altura, será viavel?

[Crisaman]

O problema é essa história de pacotes imensos e mirabolantes. Comprar tudo de um mesmo fornecedor. Escolta de 6000 toneladas, navio de apoio e patrulheiros oceânicos num pacote só.

Ao invés disso deveriam ter feito um acordo para mais 5 NPo Amazonas, 5 ou 6 fragatas de 3700 a 4000 toneladas e um navio de apoio. As fragatas poderiam ser Meko A200 ou uma versão moderna das La Fayette. Navio de apoio Italia, Espanha, Holanda entre outros tem bons projetos.

O almirantado está sendo meio megalomaníaco nesse sentido.

[FCarvalho]

Depois temos de resolver o problema do Nae, que só vai ser resolvido, ao que parece, para depois de 2030.

Com 70 anos nessa altura, será viavel?

João, eu tenho cá para mim que, se as coisas não mudarem radicalmente até o fim desta década, o destino do SP é a sucata. E a MB vai se ver forçada a ter de optar por, ou uma compra de oportunidade (muito difícil), ou a proposição de um projeto novo nacional somente para a partir de 2025, com entrada em operação bem depois de 2030. Simplesmente não dispomos de recursos para tocar tantos projetos ao mesmo tempo. Não há, como de fato nunca houve interesse real nisso.

Concordo com o colega Crisaman, os projetos da MB tem de ser desmembrados e colocados em perspectiva da nossa realidade. E como tenho insistido por aqui já algum tempo, primeiro temos de conseguir ser uma boa guarda costeira, depois pensamos no resto.

O problema é que o almirantado brasileiro não quer nem conversa com isso de "ver a marinha do Brasil reduzida a uma 'guarda costeira' "

E esse é o nosso maior problema. Não somos nem uma coisa e nem outra.

abs.

[P44]

NPM > designação da marinha para Navios de Propósitos Multiplos = Classe Mistral, Juan Carlos I, América...

abs.

ah, Valeu

[FCarvalho]

A marinha está tentando formar um cluster naval no RJ, mais uma vez...
Neste aspecto cabe ressaltar que as mudanças promovidas no planejamento da modernização da esquadra e dos meios relativos à FFE aparentemente abriu-se mão de qualquer iniciativa de incluir a BID e a indústria naval nacional no aporte de soluções para os meios previstos no PEAMB original.

Hoje basicamente não se pensa mais em NPM, ou outros meios de apoio á FFE, hora baseados apenas e tão somente no Atlântico e no Bahia, os únicos navios que realmente possuem condições de operação seguras em atividades operacionais em alto mar por tempo prolongado.

Neste sentido, pensar as alternativas que podem ou poderiam ser oferecidas pela indústria naval e BID para os próximos vinte anos seria uma questão não apenas de sobrevivência e desenvolvimento de uma base militar naval segura e longeva, mas e também, uma condição sine qua non de apoiar uma marinha que se pretende verdadeiramente de águas azuis.

Diversos atores extra regionais tem expandido suas ações - diplomáticas, comerciais e militares - no TOM Atlântico Sul, se que com isso os seguidos governos brasileiros demonstrem qualquer sensibilidade com o tema.

O mar que está a nossa frente pode até continuar a ser ignorado por nós e nossos governantes. Mas não seremos ignorados para sempre por ele.

abs

[FCarvalho]

Aparentemente o Proanf voltou à atenção do almirantado no recém divulgado plano para o reequipamento da marinha.
Continua a ideia de construir navios em estaleiros brasileiros, sem contudo descartar a possibilidade de aquisição por oportunidade.
Diante dessas duas opções, segundo o AE José Augusto Viera, chefe da DGMM, indicou que a MB envidará esforços para conseguir navio(s) anfíbio de forma a complementar e/ou substituir a frota atual.
Sabe-se que os dois NDCC ingleses já contam com mais de trinta anos de serviço, e embora sejam bons navios, sua carreira está no fim. Resta ainda o NDCC Matos Maia que recentemente passou por processo de PMG mas não se sabe se voltará ou não à esquadra. Por fim, temos os dois navios realmente "novos" que apoiam a esquadra e o CFN em relação as suas missões. Estes tem uma vida longeva ainda pela frente. Mas fato é que também em no máximo 15/20 anos precisarão ser substituídos. E como não temos o costume de planejar nada aqui em tão logo escopo de tempo na seara da administração público civil, é de esperar que a alta gestão naval comece desde já a planejar a aquisição e/ou desenvolvimento dos meios necessários desde agora.
A FFE atualmente possui na Brigada Anfíbia sua maior estrutura operacional, o que faz com que ela completa esteja por volat de 7 mil combatentes:

Comando
Cia Comando Bgda Anfíbia
Batalhão Inf Fuz Nvs (3)
Batalhão de Artilharia (Cmp/AAe)
Batalhão Blindados (Rec/Anf/VBTP-SL/SR)
Batalhão Engenharia
Companhia de Comunicações
Companhia de Desembarque
Companhia de Polícia Naval

Na primeira versão do PAEMB estava previsto a construção de 5 navios de transporte e 4 NPM que deveriam substituir até 2031 os meios existentes à época. O que pesa hoje para a MB é essencialmente a aquisição de navios por oportunidade que possam substituir os 3 NDCC que ainda existem. Neste sentido, e tendo em vista as necessidades acima da FFE, no que tange a capacidade de transportar uma brigada anfíbia completa, estamos muito longe de vislumbrar tal condição. Se muito, talvez perseguir no curto e médio prazo obter meios que façam a projeção de uma Unidade Anfíbia, nucleada em 1(um) batalhão inf de fuz nav + meios de apoio ao combate + apoio aéreo. Para tanto, os meios existentes hoje são insuficientes.

Para saber a quantidade exata que a MB se pretende para resolver esta questão, ainda há de se esperar pela publicação da próxima edição do END, junto ao PAED e PND além do Livro Branco da Defesa, ainda neste mês,

Quanto a compra de oportunidade elas, neste momento, podem ser escassas, para não dizer de solução duvidosa e funcional apenas a curto prazo.

Com a crescente demanda por novos navios e a manutenção de um mínimo de capacidade naval na Europa, e também USA, frente ao crescimento da marinha chinesa e a recém retomada operacionalidade naval russa, há de convir que será bem complicado encontrar nestes fornecedores tradicionais quem queira se desfazer de meios navais neste momento.

Apenas a Itália estará dando baixa em navios anfíbios no curto prazo, vide a entrada em serviço do seu novo NPM. É o caso dos três navios da classe San Giorgio, comissionados em 1987, 1988 e 1994, ou seja, dois com mais de 30 anos e um com 26 anos. Ou seja, há de se pensar na validade da compra.

Os demais países europeus que contam com navios anfíbios não tem planos para dar baixa em seus meios, ao contrário, a pressão é não somente pela manutenção como pela ampliação e modernização do que existe. Holanda, França, Espanha, Reino Unido e Alemanha que são os principais players com marinhas capazes de realizar projeção de meios anfíbios não tem navios usados neste momento a serem baixados, e que possam ser negociados. Sobra os USA.

No caso americano, existem muito exemplares de navios anfíbios que podem ser negociados via FMS, mas como de praxe, são navios via de regra antigos e muito utilizados, o que exigiria custos adicionais de os trazer de volta a ativa e garantir-lhes uma vida operacional adicional para a MB. Novamente, é uma solução de curto prazo, e que não resolve efetivamente a falta de meios da MB.

O Atlântico e o Bahia juntos conseguem no máximo transportar um batalhão de inf e tropa de apoio relativamente pequena. São 850 + 450, totalizando 1300, que a depender da organização da UAnf, podem ser lançados em missões de cunho muito limitado, se for o caso de operações militares reais. Já em termos de missões secundárias é uma tropa que pode fazer diferença. Mas essa não é a condição almejada para uma força como o CFN.

abs

[FCarvalho]

ESCOLA DE GUERRA NAVAL
CMG ROGERIO PINTO FERREIRA RODRIGUESA IMPORTÂNCIA DE UM NAVIO MULTIPROPÓSITO PARA A ESQUADRA BRASILEIRA.
Rio de
Janeiro2016

http://www.redebim.dphdm.mar.mil.br:808 ... 0013ea.pdf