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Re: Notícias desde Espanha

Enviado: Qua Out 04, 2017 2:19 pm
por P44
Declaração de independência da Catalunha "dentro de dias"

Sandra Salvado - RTP04 Out, 2017, 10:55 / atualizado em 04 Out, 2017, 16:31 | Mundo

A Catalunha vai declarar independência face a Espanha "dentro de dias", disse à BBC o líder do Governo regional. Na primeira entrevista após o referendo independentista de domingo, Carles Puigdemont indicou "vai agir no final desta semana ou no início da próxima". Para as 21h00 (20h00 em Portugal) está prevista nova declaração pública do responsável. Entretanto, os partidos independentistas pediram a convocação de uma sessão plenária para decidir se avançam com a declaração de independência. Uma sessão que deve realizar-se na próxima segunda-feira.

O chefe do Governo catalão garante que a declaração de independência está por dias. Poderá ser já no final desta semana. "Provavelmente faremos isso quando tivermos os votos contados e então agiremos no fim desta semana ou início da próxima", afirmou.

Citando fonte governamental, a imprensa espanhola e as agências internacionais avançam que Carles Puigdemont fará uma declaração esta quarta-feira às 21h00 (20h00 em Portugal).

Questionado pela BBC sobre o que fará se o Governo central espanhol intervir e tomar o controlo da administração regional, Puigdemont afirmou que "cada semana, após cada erro [de Madrid], ganhámos mais apoio da sociedade. Uma maioria da Catalunha que não aceita esta situação. Portanto, um erro maior, como tomar o controlo das nossas finanças ou prender membros do nosso Governo, incluindo eu próprio, seria um erro que mudaria tudo".



Partidos independentistas pedem sessão ao Parlamento

Os partidos independentistas Juntos pelo Sim (JxSí) e a Candidatura de Unidade Popular (CUP) pediram ao Parlamento que marque uma sessão para discutir a questão da independência e os resultados do referendo. Uma sessão onde poderia ser declarada a independência desta região de Espanha, avança a imprensa espanhola.

Os partidos independentistas pediram a convocação de uma sessão plenária do Parlamento da Catalunha para discutir os resultados do referendo e decidir se avançam com a declaração de independência. O mesmo jornal indica que esta sessão deve realizar-se na próxima segunda-feira.

De acordo com o La Vanguardia, os dois partidos independentistas recorreram a uma norma do regulamento - artido 169 - que solicita a comparência do presidente da Generalitat, Carlos Puigdemont.

De acordo com o chefe do governo catalão não há, neste momento, nenhum diálogo em curso entre Madrid, que considera ilegal o referendo de domingo, e o seu Governo.

A entrevista de Puigdemont à BBC teve lugar na terça-feira, momentos antes de o Rei de Espanha, Felipe VI, ter feito uma declaração institucional, transmitida pela televisão, em que acusou "determinadas autoridades" da Catalunha de “desrespeito pelos poderes do Estado” e de terem uma "conduta irresponsável", à margem do direito e da democracia.

"Essas autoridades menosprezaram os afetos e sentimentos de solidariedade que têm unido e unirão o conjunto dos espanhóis. E com a sua conduta irresponsável inclusivamente podem pôr em risco a estabilidade economia e social da Catalunha e de toda a Espanha”, acusou o Chefe de Estado.

A intervenção do monarca aconteceu no dia em que a Catalunha parou devido a uma greve geral convocada por cerca de 40 organizações sindicais, políticas e sociais.

Carles Puigdemont descreveu ainda como "muito dececionante" a reação da União Europeia à repressão exercida pelas forças policiais durante o referendo de domingo, segundo a qual os acontecimentos na Catalunha seriam uma questão interna de Espanha.

Esta quarta-feira o Parlamento Europeu reuniu-se para debater a situação em Espanha.

Parlamento europeu apela ao diálogo

No final de um debate de urgência agendado para esat quarta-feira em Estrasburgo, na sequência dos incidentes ocorridos no passado domingo na Catalunha por ocasião do referendo, o presidente da assembleia sintetizou "a posição expressa por uma maioria" do Parlamento, que criticou a organização da consulta.

"Tal como nos ensina a história da União Europeia, em democracia a única forma de ir em frente é trabalhando em conjunto pela harmonia e unidade. Ninguém ficou indiferente ao que se passou no domingo. Contudo, decisões unilaterais, incluindo declarações de independência de um Estado soberano, são contrárias à ordem legal europeia e propícias a provocar perigosas divisões", disse Antonio Tajani.

O presidente da assembleia apelou ainda "à calma e deliberação profunda, que encorajarão o diálogo em Espanha, no respeito pelo quadro constitucional, incluindo o estatuto de autonomia da Catalunha, e que fará regressar a política às instituições".

Apesar da repressão policial, que fez 893 feridos, 42 por cento dos 5,3 milhões de eleitores conseguiram votar e 90 por cento fizeram-no a favor da independência, de acordo com os dados divulgados pelo Governo regional da Catalunha.

https://www.rtp.pt/noticias/mundo/decla ... s_n1031374

Re: Notícias desde Espanha

Enviado: Qua Out 04, 2017 2:27 pm
por P44
Catalunha independente: esta história já tem séculos

REUTERS 4 de Outubro de 2017, 14:28

VIDEO:
https://www.publico.pt/2017/10/04/video ... 004-125558

Re: Notícias desde Espanha

Enviado: Qua Out 04, 2017 2:28 pm
por cabeça de martelo
So, what will the @EU_Commission do about #Catalonia ? Because #Spain is sending the army to 'dialogue'
How did the debate go? @JunckerEU ?

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Re: Notícias desde Espanha

Enviado: Qua Out 04, 2017 2:30 pm
por P44
‘We are with you Catalunya’ – the revolt in Spain is bigger than flags and language

Paul Mason

Two million Catalans braved the threat of a police boot in the face to demand independence. As with Scotland and Greece, this was a modern, cosmopolitan form of nationalism

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Monday 2 October 2017 15.30 BST Last modified on Wednesday 4 October 2017 12.39 BST
The first group that tried to build the barricade were schoolkids. They linked the crash barriers together across the alleyway and tied them with an inch-thick cable. The next group, young men with wispy stubble and girls in hoodies, expressed contempt: they wanted to heap the barriers on top of some bags of cement instead. As they discussed the options, a third group arrived, dismantled the original structure and rebuilt it as a 20ft-deep fascine.

This was at the Escola Industrial on Sunday evening, a university complex serving as a polling station in Catalonia’s independence referendum. The vote had been deemed illegal by the Spanish state, but mandatory by the Catalan government, whose majority had been constructed around a single issue: independence or bust.

By now images of police violence against peaceful voters, old and young, were zipping across social media. Old people pulled to the ground; fleeing women hit with batons; a man jumped on down half a flight of stairs by a fully armoured riot cop . These pictures were horrifying Europe, but the thousands of people milling in the school courtyard did not look frightened or surprised.

After the referendum on Scottish independence in 2014, and the Greek vote to reject austerity in June 2015, people who resist the economic and social order in Europe know that state-backed scare tactics are part of the deal.

Though brutal, the Guardia Civil actions on Sunday were calculated: in the selection of riot squads from outside areas, where casual hatred of Catalans is rife; in the targeting of old people and women; and in the pinpoint nature of the interventions, which people on the barricades thought were concentrated on middle-class areas.

There were thousands of riot cops on hand, on ships in the harbour. If Madrid had wanted to, it could have confiscated every ballot box within minutes and, for good measure, jammed the smartphone app the Catalan authorities were using to tally the results against the electoral roll. But prime minister Mariano Rajoy wanted to send a subtler message: let the most fervent separatists have their vote and get their heads broken, while scaring the rest of the population into non-participation, including any waverers.

At the six polling stations I visited in the north and east of Barcelona, only one had been shut down. Behind the smashed window of the Joan Fuster community centre were two 15-year-old boys in baseball caps, guarding a single ballot box they had hidden from the riot police. But voters had simply moved to other polling stations: the back end of the queue for the nearest one was just yards away.

For the whole day voting was slow, because the websites were being jammed, said election officials. But it still happened. That’s why, amid the baton slaps and rubber bullets, two million people managed to cast a countable vote, with 90% voting Yes to independence. And as they voted, it looked to me like a modern cosmopolitan nation was being born. That’s a rare event in the era of globalisation, but it might not be the last.

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People who resist the economic and social order in Europe know that state-backed scare tactics are part of the deal. Photograph: UPI / Barcroft Images

In the El Clot district, a working-class suburb whose dense street pattern echoes its medieval origins, the polling stations were so close together that one line of a thousand people waiting to vote snaked around the block while across the street was another line for a different venue. In the few yards between the two queues, real democracy was happening.

People stood in the rain and talked in small groups – without hand gestures or raised voices – about what to do. This street-space, with its tobacco and occasional marijuana fumes, populated by wet dogs, irate pensioners and council officials demanding everyone switch their phones to airplane mode to reduce traffic to allow the voting app to work, was alive with democratic argument. If there was a consensus, it was that Catalonia should declare independence by nightfall, and have done with Spain.

If such a move seems illegitimate, backed by two million out of a potential 5.3 million votes, and in a technically disrupted poll, you have to weigh the quantity of democracy against its quality. What I saw in El Clot, and in the other districts, corresponds so closely to the original Athenian form of democracy that the parallel is worth exploring.

The Athenians had equal rights, an equal voice in the assembly, and they voted in “demes” – small geographic units. They possessed a popular literacy – in which the language of literature and drama, of the economic elite, was comprehensible to the people. Of course, women were excluded, and so were slaves – a social apartheid that tarnished the “ideal”.

In Catalonia on Sunday I saw something like a true democratic participation – and that should make the world, and the EU, think twice before dismissing the whole thing as a nationalist stunt.

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Alex, an 18-year-old law student on the barricade at the Escola Industrial told me that, for him, this was not about flags, nor even language: he saw a Catalan-sized state, free of control by the Spanish financial elite, as the best way of protecting and enlarging his human rights. “Drets humans, drets humans” – I heard that phrase buzzing through tens of conversations.

Given the fascist-style response of the police, and the incendiary claim by Rajoy that police had acted “serenely”, you can see the Catalans’ point. By going peacefully on to the streets for hours, and creating in their own communities a real democracy of co-existence, tolerance and pacifism, they showed that the quality of their democratic culture was far greater than that of the closet Francoists and Opus Dei types who pull the strings in Madrid.

But they still face the same problem the Athenians did; whereas ancient Athens had slaves and disenfranchised women, the Catalans have a million foreign residents who can’t vote. There are tens of thousands of people in Catalonia who do not speak Catalan by choice; including the 10% of over-75s who say they cannot understand it. Plus there are up to a million non-Spanish residents – ranging from the African merchandise sellers on the street corners to the language students, from places as diverse as Japan and Wales, who hung out banners from their halls of residence declaring “We are with you Catalunya”. Though a growing number of foreigners do understand Catalan, they are a minority.

If the Catalan claim to self-determination rested on language, folklore, the ability to dance the Sardana, it would be poorly rooted in 21st-century reality. Big, successful cities like Barcelona are always open; you will always have to allow for Spanish speakers and foreigners to live, work and settle here – and to have a full stake in the polity.

But Catalan nationalism has made a sustained attempt to reconcile itself with the globalist and cosmopolitan ideologies of modern Europe. It was Montserrat Guibernau, visiting professor at Pompeu Fabra University Barcelona and one of the leading academic authorities on 21st-century nationalism, who coined the term “cosmopolitan nationalism”: a sentiment echoed in the last big demonstration before the vote, in Plaça de Catalunya on Friday night, when migrants and refugees were invited on to the stage to join a procession of “typical” members of Catalan society.

If Catalonia does declare independence this week, or sets a clear timeline for it, the success of the whole project will depend on its ability to embody cosmopolitanism – which in turn will depend on whether the generation that built the barricade can imprint their values on to the nationalism of their elders.

The Scottish, Greek and Catalan revolts were all driven in part by the failure of the economic model. In 2014, 45% of Scots believed they could better secure their rights, culture and economic future free of Westminster; in 2015 62% of Greeks voted to defy the economic logic of the Eurozone; now two million Catalans have braved the threat of a police boot in the face to demand independence within both the EU and the Eurozone.

This creates future challenges both for Britain and the EU. The SNP, Plaid Cymru and Sinn Féin all sent observers, invited by the Catalan government, as did the Liberal Democrats, whose leader Vince Cable condemned the repression. Fresh from a tour of the polling stations, Eoin Ó Broin, an Irish parliamentarian for Sinn Féin, was scathing about the EU’s silence: “Nobody expected them to comment on the substance of the referendum,” he told me. “But there is a genuine shock here at the absence of condemnation of the denial of the right to have the vote in the first place, and the brutality of the police and the use of digital methods to disrupt the vote. I am shocked that nobody in Brussels thought this was unacceptable.”

The presence of Sinn Féin and its strong support for the Catalans is not academic. The Anglo-Irish agreement includes the pledge of an all-Ireland referendum on unity – and by the middle of the 2020s it is likely that anti-Unionist voters will become the demographic majority in Northern Ireland.

Catalonia’s claim to self-determination is strong – and should have been tested in a legal referendum. Instead, the whole crisis has been driven by Madrid’s attack on autonomy, itself driven by the need to impose austerity during the Eurocrisis.

It is tragic to see European centrism, which once understood the principle of self-determination, ready to dilute it in the face of EU rules and economic rationality, and diplomatic compromise with a mendacious politician like Rajoy. Because progressive nationalism is not going away.

From George Square in Glasgow to Syntagma Square in Athens, there was always a Catalan flag waving above the crowd. I never understood until now that those flags were an essential part of the story. The “breakup” narratives of modern Europe – whether they are pulling away from nation states, currencies, free movement zones or the EU itself – are all driven by a central fact: the current settlement does not work.

https://www.theguardian.com/commentisfr ... ?CMP=fb_gu

Re: Notícias desde Espanha

Enviado: Qua Out 04, 2017 5:26 pm
por P44
cabeça de martelo escreveu:So, what will the @EU_Commission do about #Catalonia ? Because #Spain is sending the army to 'dialogue'
How did the debate go? @JunckerEU ?

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Afinal esse twitter parece ser FAKE NEWS, a foto é de 2O14

http://imagenes.publico.es/resources/ar ... ogolc4.jpg

http://tapnewswire.com/2015/09/spain-de ... the-rules/

Re: Notícias desde Espanha

Enviado: Qua Out 04, 2017 5:41 pm
por Penguin
As "fake news" que abundam as mídias sociais estão sendo desmascaradas...
Catalunha: Le Monde revela divulgação de imagens manipuladas de violência policial
https://www.dn.pt/lusa/interior/catalun ... 18301.html

O jornal francês Le Monde alertou hoje para a proliferação nas redes sociais de imagens manipuladas sobre a intervenção policial na Catalunha, no passado domingo, quando as autoridades tentaram impedir a realização de um referendo pela independência.

"Atos de violência verdadeiros, mas também imagens às vezes falsas. (...) Certas cenas de violência foram imortalizadas pelos internautas e circularam nas redes sociais nestas últimas horas. Mas outras mensagens igualmente difundidas contêm imagens manipuladas", destaca a seção "Les décodeurs" do diário francês, que se dedica a verificar informações que circulam na internet.

A publicação analisa quatro imagens e vídeos em concreto que, segundo a equipa de investigadores, não correspondem a acontecimentos durante o referendo de 01 de outubro, considerado ilegal pela justiça espanhola.

O primeiro vídeo - partilhado milhares de vezes no Twitter a ilustrar a mensagem "A polícia espanhola ataca votantes catalães" - mostra a polícia anti-distúrbios a bater com cassetetes em várias pessoas que estão na rua.

"Estas imagens não têm qualquer relação com a votação organizada no domingo, 01 de outubro. Na verdade, remontam a 14 de novembro de 2012, numa manifestação contra a austeridade em Tarragona (Catalunha), na qual os manifestantes foram reprimidos pelos Mossos d'Esquadra (polícia regional catalã)", indica o Le Monde.

Outro caso é o de uma foto - partilhada no Facebook - que mostra um polícia a ameaçar com um cassetete um homem numa cadeira de rodas.

"A fotografia é bem real, mas também é antiga. Na realidade foi tirada em 2011, durante uma intervenção policial contra o movimento dos 'indignados' na Catalunha", sublinham os investigadores da equipa "Les décodeurs" ("Os descodificadores", em português).

Também mostram o caso de uma foto na qual um grupo de agentes da Guarda Civil enfrenta manifestantes catalães que supostamente empunham uma "estelada" (a bandeira independentista catalã).

O Le Monde demonstra que na foto original - apresentada no Twitter como sendo "digna de um Pulitzer"- não havia nenhuma bandeira e que esta foi acrescentada digitalmente mais tarde.

Por último, "descodifica" a foto de um grupo de bombeiros catalães que enfrentam polícias anti-distúrbios, que parecem prontos a iniciar uma carga.

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"Novamente, esta foto não tem qualquer relação com a atualidade. Trata-se de uma imagem tirada pelo fotógrafo da agência Associated Press Paco Serinelli durante manifestações contra a austeridade a 29 de maio de 2013, em Barcelona, na qual participaram os bombeiros", explicam os investigadores.

A equipa "Les décodeurs" integra uma dezena de profissionais especialistas em jornalismo de dados e em redes sociais. Entre outros casos, estiveram envolvidos na divulgação dos Papéis do Panamá.

Re: Notícias desde Espanha

Enviado: Qua Out 04, 2017 6:03 pm
por Penguin
A guerra de informações segue firme nas redes sociais...


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Flags are important symbols in these types of exaggerations and falsehoods, and the case of Catalan independence is no exception. Josep Maria Mainat, a member of the La Trinca band, shared a retouched photo to his 75,4000 followers on Twitter. It showed a struggle between Civil Guard agents and a group of citizens, where a Catalan independence flag was digitally added.



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The photo of the boy from 2012 shared as a photo from October 1


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Los medios de comunicación se han hecho eco en las últimas horas de los diferentes bulos informativos difundidos, especialmente en las redes sociales, con motivo del desarrollo de la jornada del 1-O.

Fotografías y vídeos de heridos en cargas policiales de otros acontecimientos anteriores, incluso de cinco años atrás, o imágenes y audios manipulados corrieron por internet hasta que los diferentes medios comenzaron a advertir de su falsedad.

Casi todos, como El Mundo o El País, critican, por ejemplo, el montaje difundido en Twitter en el que se ve a un grupo de la Guardia Civil intentando contener a un grupo de votantes que portan una estelada, la cual, en realidad, fue añadida mediante un retoque informático.

Otra de las instantáneas más extendidas por la red fue la de un menor sangrando por la cabeza y que en verdad fue golpeado por los Mossos d'Esquadra durante una manifestación el 14 de noviembre de 2012 en Tarragona, según denuncia 20Minutos, o la de un joven herido en las cargas policiales contra una protesta de mineros en Madrid ese mismo año, recoge The Huffington Post.

Lo mismo ocurre con la imagen de una anciana tumbada en el suelo con la cabeza ensangrentada de la que, destaca La Razón, un vídeo demuestra cómo su herida fue fruto de una caída y no de una intervención policial, como se estaba diciendo en Twitter.

También la Policía Nacional alertaba en su cuenta de Twitter de estas falsas informaciones, como la de un usuario que acusaba a sus agentes de haber dislocado el cuello a un niño de 6 años durante una de sus actuaciones.

ABC se hace eco de otro vídeo en el que la empresaria catalana Susana Gallardo dice haber podido votar hasta en cuatro colegios electorales diferentes, o la de una ciudadana captada por las cámaras de Telecinco que fue capaz de hacerlo en dos.

En el mismo sentido, la entidad Sociedad Civil Catalana publicó imágenes en las que mostraba a dos personas votando en dos mesas electorales distintas y también cómo una niña deposita un sobre en una de las urnas del referéndum del 1-O.

Muchos de estos fraudes han sido desmontados por la plataforma Maldito Bulo, que también denunció el falso audio de un miembro de Ómnium Cultural llamando facha por teléfono a una persona que no quiso ir a votar.
http://www.libertaddigital.com/espana/2 ... 276606850/

Re: Notícias desde Espanha

Enviado: Qua Out 04, 2017 8:23 pm
por Penguin
Los medios de la ultraderecha estadounidense impulsan una narrativa falsa sobre el independentismo catalán
Breitbart, Infowars y otros espacios online sortean los hechos

https://elpais.com/internacional/2017/1 ... 46284.html

Comenzó con el Brexit, ocurrió en las elecciones presidenciales de Estados Unidos, en las francesas y, recientemente, en el intento de referéndum en Cataluña. La era de la posverdad, en la que la manipulación de los hechos y la falta de rigor informativo es una constante, ha infectado con plenitud el debate en España sobre la independencia catalana. Más allá de las fuerzas cibernéticas impulsadas por Rusia, medios de la ultraderecha estadounidense como Breitbart o Infowars también se han metido en la trinchera del conflicto catalán con informaciones que tergiversan los hechos, seleccionan datos de forma torticera y exponen una narrativa favorable al independentismo catalán a sus millones de usuarios.

Estas plataformas resurgieron durante la campaña electoral estadounidense. Breitbart difundió numerosas teorías conspirativas falsas en contra de Hillary Clinton e Infowars propagó una historia falsa que vinculaba a la candidata demócrata con una red de pornografía infantil en una pizzería de Washington. Años atrás, el presentador estrella de esta última web, el radical Alex Jones, había defendido que la matanza de 2012 en la escuela elemental Sandy Hook que dejó 20 niños muertos era mentira. Una obra teatral interpretada por actores, dijo.

El referéndum del pasado domingo, que alcanzó un alto perfil internacional tras ocupar las portadas de numerosos diarios internacionales, también fue recogido por este tipo de publicaciones de la derecha radical.

“La Unión Europea ataca a los votantes catalanes maltratados por su ‘golpe de estado contra Europa’”, reza el titular de un artículo de Breitbart publicado este martes. El texto recoge declaraciones de altos cargos europeos, como el presidente de la Comisión, Jean-Claude Juncker, o el miembro del PP europeo Ramón Luis Valcárcel y cuestiona el apoyo total europeo al Gobierno español pese a los disturbios.

Denuncia también, citando el tuit de un locutor de radio, un doble rasero: acusa a la comunidad europea de tolerar la violencia en ciertos Estados mientras “interfiere” en otros como Polonia o Hungría. Pero omite datos de calado: que la votación había sido previamente suspendida por el Tribunal Constitucional, que se realizó sin garantías legales y que apenas contó con el 42% de participación, según los datos de los propios promotores. El periodista llega a argumentar que los supuestos favoritismos de la UE radican en la acogida de inmigrantes: los países que “se resisten a las medidas obligatorias” (como Polonia o Hungría) son “acosados” por las instituciones europeas, mientras que otros como España superan por muy poco el número mínimo pero reciben un buen trato de Bruselas.

“La UE ha roto su silencio sobre la violencia represiva en el referéndum de independencia [...], en el que se vio a la Policía Nacional española y la Guardia Civil irrumpiendo en colegios electorales, arrastrando a votantes por el pelo y confiscando urnas”, señala el texto, sin mencionar el hecho de que la consulta era ilegal dentro del marco constitucional español.

El artículo también afirma que los manifestantes se limitaron a protestar pacíficamente y que fueron atizados con porras y sufrieron disparos con pelotas de goma, causando “unos 800 heridos”. Según los datos difundidos por la Generalitat, casi 900 personas fueron atendidas por los servicios sanitarios, cuatro de las cuales fueron ingresadas en hospitales, dos de ellas en estado leve.

En un vídeo publicado dos días antes del 1-O, Infowars aprovechó la investigación de este periódico sobre la interferencia de webs prorrusas de noticias falsas en Cataluña para volver a rechazar la demostrada influencia del Kremlin en los últimos acontecimientos políticos tanto en EE UU como en elecciones europeas. “La narrativa de ‘los rusos lo hicieron’ ha vuelto, ha reaparecido. Ahora lo vemos surgir en España”, comienza diciendo el presentador David Knight, defendiendo que los catalanes quieren su derecho al autogobierno, un derecho, que según dice, debería tener todo el mundo.

Knight no explica el modelo de las autonomías españolas ni el nivel de competencias del que ya dispone el Gobierno catalán, uno de los ejecutivos regionales más autónomos y robustos de Europa. España es, de hecho, el séptimo país de la OCDE según el baremo del poder fiscal descentralizado. Y en EE UU tampoco hay derecho de autodeterminación. “Pero ahora culpan a Rusia, diciendo que ellos fomentan el intento de ser independientes. Están desesperados. No saben qué hacer así que les vinculan a Rusia. Quizás ha sido Clinton quien haya determinado esto o sus aliados privados”, dice entre risas, leyendo un párrafo del artículo de este periódico.

“Cuando ahora un Gobierno quiere manipular a sus ciudadanos, recurren a Rusia. Miren, lo que quieren estos gobiernos es controlarles a ustedes y controlar el diálogo”, sostiene Knight. El presentador de Infowars contínua durante nueve minutos ignorando las investigaciones sobre los vínculos rusos en las redes sociales que han propagado bulos en favor de la causa independentista en las últimas semanas.

Desde la irrupción en la política de Donald Trump, estos espacios online atraviesan una luna de miel, entusiasmados por un presidente que con frecuencia ignora los hechos y difunde bulos. Incluso lograron colocar al agitador Steve Bannon, el que fue editor de Breitbart, como jefe de campaña del republicano y, una vez ganadas las elecciones, como uno de los asesores más cercanos al presidente hasta hace pocos meses. Desde el Despacho Oval, Bannon fue el estratega en jefe de la Administración y el artífice del discurso nacionalista y xenófobo de Trump.

Tras ser destituido por Trump, Bannon ha regresado a liderar Breitbart, lo que él mismo describió como su retorno a “sus armas” informativas. El radical, creyente en la supremacía blanca, afirmó que defendería su agenda anti-sistema en el espacio online. Tanto a su publicación como a otras similares se les ha asociado con cuentas de Twitter y Facebook prorrusas que a menudo les proporcionan contenido falso o distorsionante, convirtiéndolos en armas de propaganda para el Kremlin.

Re: Notícias desde Espanha

Enviado: Qua Out 04, 2017 8:37 pm
por cabeça de martelo

Re: Notícias desde Espanha

Enviado: Qua Out 04, 2017 9:01 pm
por Penguin
O que aconteceu na Catalunha?
Se a região chegar a declarar a independência, isso representaria a desintegração do Estado espanhol

DAVID ALANDETE

Madri 2 OUT 2017 - 18:47

A primeira coisa que se tem de levar em conta, a mais importante, é que a polícia não agia por ordem do Governo, mas da Justiça. Efetivamente, um juiz tinha ordenado que os policiais impedissem que fosse realizado o referendo de independência porque o procurador considerou que viola a Constituição, que não reconhece o direito de uma região autônoma se separar de forma unilateral.

É verdade que as palavras “direito à autodeterminação” e “direito de decidir” soam bem a ouvidos de democracias modernas, como as dos Estados Unidos e Europa, mas é preciso situá-las no marco da legislação de cada país.

Os independentistas reivindicam há anos o direito de convocar um referendo e votar sobre a independência, mas é preciso levar em conta as implicações que isto tem. A mais grave é que para eles um voto sobre a independência seria vinculante e, se o sim ganha, afetaria todos os catalães, incluindo os que se sentem espanhóis.

E quantos são estes? Nas últimas eleições os partidos independentistas da Catalunha (a coalizão Junts pel Sí e o partido radical CUP) conseguiram em conjunto 1.975.348 votos, de um censo de 5.510.798. Ou seja, de todos os cidadãos com direito a votar na Catalunha, 35% optaram por algum partido que defendia a independência.

Várias vezes os independentistas tentaram fazer um referendo pactuado, como os de Quebec e da Escócia. No entanto, os partidos majoritários em nível nacional espanhol se negaram. O que atualmente governa a Espanha, o PP, de centro-direita, argumenta que um referendo de autodeterminação é ilegal entre outras coisas porque já foram transferidas para a Catalunha quase todas as competências. Os catalães, de fato, administram seu sistema de prisões, polícia, educação e saúde, entre outros. Em matéria de Finanças só foi transferida a arrecadação de impostos, mas a distribuição de fundos públicos é do Governo Central. Em termos gerais, a Catalunha é um dos territórios com mais autonomia em toda a Europa.

O outro partido majoritário espanhol, o PSOE, socialista e que agora está na oposição, defende que, em lugar de votarem só os catalães, votem todos os espanhóis. Ou seja, que a Câmara pactue uma reforma da Constituição de 1978, que esta reforme o sistema estatal espanhol para torná-lo plenamente federativo e que a reforma seja submetida a um referendo nacional. Até hoje, o partido conservador resistiu a fazer esta oferta aos líderes independentistas catalães.

A verdade é que, se a Catalunha chegar a declarar a independência, isso representaria a desintegração do Estado espanhol, onde há outros territórios, como o País Basco e a Galícia, com movimentos nacionalistas mais ou menos fortes. Além do mais, é preciso levar em conta que o partido conservador e o partido socialista sofreram uma perseguição sistemática pelo grupo terrorista ETA, que se dedicou a matar em nome do nacionalismo basco desde 1958, durante a ditadura franquista, até 2010. No total seus atentados provocaram 829 mortes, entre as quais numerosos professores, políticos e agentes da polícia.

A Catalunha nunca foi independente como país. Fazia parte da Coroa de Aragão quando esta se uniu ao Reino de Castela no século XV. Compartilha língua e cultura com outras duas comunidades autônomas: Valência e Ilhas Baleares. Na realidade, muitos líderes independentistas defendem que esses outros territórios se unam à Catalunha para fazer parte dos Países Catalães, algo que não tem nenhuma via de prosperar, pois neles o sentimento espanhol é muito forte.

Diante da negativa do partido do Governo e do primeiro-ministro Mariano Rajoy de aceitar um referendo na Catalunha, os independentistas aprovaram em agosto uma lei para convocá-lo de modo unilateral e outra de desvinculação, onde se detalhavam os trâmites para proclamar uma república. Nessa votação os partidos não independentistas da oposição, com 63 cadeiras de um total de 165, se ausentaram em sinal de protesto. O Governo recorreu à Justiça e desde esse momento são os promotores e os juízes que têm agido, também para ordenar que a polícia espanhola impeça a votação.

Desde que essas leis foram aprovadas, em agosto, o Governo poderia ter recorrido a um artigo da Constituição, o 155, que lhe permite assumir diretamente as competências de governo na Catalunha se este desobedece. Não o fez, deixando todas as gestões em mãos dos juízes.

Houve diversas advertências durante os dias prévios à votação para que os líderes independentistas desistissem. Foram chamados à ordem pelo Governo, a oposição socialista e até o presidente norte-americano, Donald Trump e o presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker. Todos disseram que deviam ser respeitadas a lei e a Constituição espanholas.

Ainda assim, os líderes independentistas decidiram seguir em frente. Disseram que seria realizada a votação. Publicaram um censo na Internet. Definiram escolas para as seções eleitorais. Deixaram que grupos de voluntários escondessem as urnas e organizassem a votação. Vários grupos civis em favor da independência organizaram festas do pijama para ocupar os colégios. Em resumo: deixaram em mãos da população completar o referendo e defendê-lo perante a polícia. Sabiam que nada poderia ser mais útil para eles do que imagens de distúrbios e policiais confiscando urnas pela força, como aconteceu.

A Catalunha tem sua polícia, os Mossos d’Esquadra, que agora serão investigados por desobediência. Eles tinham a ordem do juiz de desocupar as escolas. Seu trabalho era ir a todas e se certificar de que não houvesse votação. Seus chefes disseram que cumpririam a lei, mas as imagens gravadas no domingo demonstram que não executaram esse trabalho. Chegaram nas escolas, entregavam um papel e iam embora. Foi isso o que obrigou as autoridades a deslocar a polícia nacional e a guarda civil. Estas encontraram barricadas humanas, que dispersaram em várias ocasiões com o uso da força.

Diante as imagens, os líderes independentistas disseram que houve quase 900 feridos e pediram a intervenção da União Europeia e da ONU ante o autoritarismo da Espanha. Na realidade, os serviços de saúde atenderam 893 pessoas, a maioria por ataques de ansiedade ou golpes menores. A cifra está exagerada. Só uma pessoa estava em estado grave, por infarto, e outra foi hospitalizada por um ferimento em um olho. Segundo o Governo espanhol, houve 33 agentes de polícia feridos levemente nessas mesmas investidas. Não é verdade, como disseram os líderes catalães, que esta foi a pior violência na Europa em décadas. Há exemplos, e alguns bem recentes, como o dos protestos contra o G20 em Hamburgo, em maio, com centenas de pessoas com ferimentos leves pela repressão da polícia, que empregou gás lacrimogêneo e canhões de água. Outros protestos, como os de 2005 na França, resultaram em quase mil feridos e três civis mortos. A isso é preciso acrescentar as duras medidas de repressão de governos como o da Hungria contra os imigrantes que tentaram cruzar o país para chegar à Alemanha, que tiveram como saldo centenas de feridos.

É importante observar que o partido que agora lidera a coalizão independentista está há décadas no governo da Catalunha e que, segundo se soube recentemente, tinha em operação um sistema de financiamento ilegal com comissões ilegais de 3% em obras públicas. Muitos de seus líderes, incluindo o ex-presidente Jordi Pujol, são investigados pela Justiça ou foram enviados à prisão.

EL PAÍS é um jornal que nasceu depois da morte do ditador Franco. Saiu às ruas defendendo a necessidade de uma democracia constitucional na Espanha. Durante uma tentativa de golpe de Estado em 1981 saiu com uma manchete corajosa enquanto os tanques estavam nas ruas e a polícia militar na Câmara: “EL PAÍS, com a Constituição”. Hoje, o que o jornal propõe para solucionar esta crise é voltar à legalidade e, depois, que os partidos pactuem uma reforma da Constituição que seja submetida a votação em todo o Estado, para exercer o direito de voto no âmbito da Constituição e de forma livre e igualitária.

Re: Notícias desde Espanha

Enviado: Qua Out 04, 2017 9:06 pm
por cabeça de martelo

Re: Notícias desde Espanha

Enviado: Qua Out 04, 2017 9:06 pm
por FCarvalho
Quando a guerra começar de verdade me chamem por favor.

abs.

Re: Notícias desde Espanha

Enviado: Qua Out 04, 2017 9:51 pm
por Bourne
FCarvalho escreveu:Quando a guerra começar de verdade me chamem por favor.

abs.
Possivelmente não ocorrerá. Não há mais gente da velha guarda, como General Franco. Nem o apoio incondicional de outros países como Alemanha Nazi ou EUA

Imagem

A Catalunha tem um forte sentimento anti-americano pelos motivos acima.

Possivelmente porque nunca se sabe. Não é prudente duvidar da capacidade dos políticos e grandes líderes em fazer besteiras históricas.

Re: Notícias desde Espanha

Enviado: Qui Out 05, 2017 7:51 am
por P44
https://www.dn.pt/mundo/interior/catalu ... 21697.html

Catalunha: Madrid aguarda declaração de independência para tomar medidas

Separatistas catalães deverão anunciar independência na segunda-feira

O Governo espanhol deverá esperar até segunda-feira, quando os separatistas declararem a independência, para tomar novas medidas contra o processo secessionista na Catalunha, que considera estar totalmente fora da lei.

"Essa declaração [de independência] não tem nenhuma validade, nenhum efeito, nenhuma consequência", disse na quarta-feira o ministro da Justiça espanhol, Rafael Catalá, admitindo que Madrid não pode evitar que o chefe do Governo da Catalunha faça essa declaração.

O responsável do Governo central insistiu "não ser possível que uma parte do território ou um governo [regional] decida declarar-se independente. Não é possível porque não tem competências", acrescentando que "tudo é uma falácia e não existe, porque se pretende fazer com um suporte de absoluta ilegalidade".

https://www.dn.pt/mundo/interior/catalu ... 21697.html

Re: Notícias desde Espanha

Enviado: Qui Out 05, 2017 4:24 pm
por Túlio
Só podem ter ficado DOIDOS!!! :shock: :shock: :shock: :shock:

É querer apagar fogo com gasolina. Bobear e este tópico ainda acaba movido para a Seção dos Conflitos, quem iria imaginar um troço desses...

Espanha suspende sessão do Parlamento catalão

http://www.msn.com/pt-br/noticias/mundo ... ailsignout