Fórum Defesa Brasil

Algus escreveu:Em primeiro lugar quero deixar claro que sou leigo no assunto, até porque não entendi isso:

O professor mostra que a dívida interna em poder do Banco Central também se descontrolou. Era R$ 33,5 bilhões (9,59% do PIB), em 1994, passando para R$ 282,1 bilhões (19,09% do PIB), em 2002. Na Era Lula, a mesma dívida pulou de R$ 282,1 bilhões (19,09% do PIB), em 2002, para R$ 694,0 bilhões (19,80% do PIB) em 2010...

...Com Lula, também ocorreu um aumento nominal de R$ 1.103,9 bilhões (74,70% do PIB), em 2002, para R$ 2.388,0 bilhões (68,12% do PIB). em 2010.

Pra mim, estes dados indicam que a gestão atual melhorou, não o contrário. O valor (em reais) aumentou, mas a proporção em relação ao PIB não.

Outra coisa a se considerar é que na gestão FHC a dívida era realizada a juros altíssimos. Hoje ainda são elevados, mas representam quase a metade do valor anterior.
Se analisarmos em números absolutos, a dívida atual dos EUA deveria deixá-los na lona faz tempo, só que a dívida americana tem juros muito menores. Em outras palavras, uma coisa é ter uma dívida de 40% do PIB financiada a uma taxa de 20% ao ano, outra coisa é ter uma dívida de 100% do PIB financiada a uma taxa de 1% pelo mesmo período.

Nem estou defendendo o Lula, mas o cara aí quer mostrar com números que a situação atual é pior que a do FHC, só que na prática hoje estamos resistindo a crises e taxando entrada de recursos enquanto no período anterior pegávamos carona em crises que quase nada tinham a ver conosco, de tão ruim que nossa economia se encontrava.

Dívida Líquida Total(Governo FHC)

Ano-Valor em Bilhões-Porcentagem do PIB
1994 - 153* - 30%
1995 - 208 - 31%
1996 - 269 - 33%
1997 - 308 - 34%
1998 - 386 - 41%
1999 - 517 - 48%
2000 - 563 - 48%
2001 - 661 - 52%
2002 - 881 - 57%
Total da Dívida Gerada** 881+69= 950 bilhões

• * Dívida consolidada, da União, dos Estados, Municípios e todos os chamados esqueletos, na verdade a dívida estava em torno de 64 bilhões.

• **O Governo FHC arrecadou cerca de 69 bilhões com a venda das estatais, que foram abatidos na dívida em 2000.



Divída Líquida Total(Governo Lula)


Ano-Valor em Bilhões-Porcentagem do PIB
2003 - 913 - 58%
2004 - 956 - 52%
2005 - 1.000 - 51%
2006 - 1.067 - 50%
2007 - 1.200 - 43%
2008 - 1.153 - 40%
2009 - 1.345 - 43%
2010 - 1.406* - 42%*

* Posição em julho

Fonte BACEN

PRick escreveu:Não existe outro adjetivo, isso é uma reportagem mentirosa.

[]´s

alcluiz escreveu:ou seja, mesmo que q divida aumente, o importante é saber que temos dinheiro para pagar, mesmo que nao paguemos.
E aquela historia de que pagamos parte da divida externa, mas que contraímos divida interna na mesma proporção? Não me lembro onde lí, mas vou tentar encontrar.

PRick, com uma divida maior, mesmo que represente uma parcela menor do PIB, não acarreta juros cada vez maiores? Dá pra confiar em que o PIB irá crescer sempre mais do que os juros? A curto prazo nao compensa eliminar o máximo possível d dívida para se ver livre dos juros? Isso é economia 101...

29/04/11

Cuestionan la importancia de Brasil en un foro económico

Por Eleonora Gosman,
Rio De Janeiro. Enviada Especial

No todos están deslumbrados por las oportunidades de negocios que ofrece un Brasil en obras, gracias al Mundial 2014 y las posteriores Olimpíadas. Entre los 700 representantes empresariales y gubernamentales del mundo, que desde ayer participan en el Foro Económico Mundial para América Latina. La gran mayoría ve a este país y en particular a Río de Janeiro como la frutilla con crema de un voluminoso postre que debe durar hasta 2016. Pero hay uno, en cambio, que afirma que es preciso “mirar más allá de Brasil” cuando se habla de Latinoamérica.

Fue una polémica sorprendente que tuvo como uno de sus protagonistas a Sir Martin Sorrell, CEO de WPP (el mayor grupo mundial de servicios de comunicaciones), para quien la influencia brasileña en el escenario regional es menor de la que imaginan en el exterior. En una reunión plenaria del World Economic Forum que compartió con el canciller Antonio Patriota, el empresario británico fue más directo que lo habitual en estos casos, al punto que pidió disculpas por hablar con crudeza frente al anfitrión. “Es que se habla mucho de la dominación de Brasil”, cuestionó Sorrell, vicedirector de la London Business School . Su formulación no es casual: surge luego de un acuerdo celebrado, la semana pasada, entre México, Colombia, Perú y Chile, para armar un consorcio latinoamericano del Pacífico como la imagen invertida y simétrica del grupo atlántico Mercosur y que debe incluir buenos negocios para la empresa que Sir Martin Sorrell comanda. El argumento para constituir ese grupo sería, entre otros, el de equilibrar a la potencia brasileña.

Sorrell cuestionó: “¿Es realmente Brasil responsable ante sus vecinos sudamericanos, los interpreta y representa?” Minutos antes, el canciller Patriota había señalado que América Latina es “una historia de éxito” por su capacidad para afianzar la democracia y promover el crecimiento con una reducción de las diferencias sociales. También había señalado que su país “está ansioso por participar en el debate internacional” y había vuelto a reclamar, en ese contexto, una renovación de los organismos mundiales como la ONU.

Otro panelista, integrante del board del WEF, quiso saber: “¿Cree realmente que Brasil conquistará un asiento en el Consejo de Seguridad como miembro permanente?” Patriota aprovechó para replicar: “Nosotros no hacemos futurología”. Indicó que Brasil trabaja en la creación de mecanismos que permitan, “ante un eventual estatus de Brasil como integrante permanente, tener las condiciones de hacer un trabajo que refleje las preocupaciones regionales”.

PRick escreveu:

alcluiz escreveu:ou seja, mesmo que q divida aumente, o importante é saber que temos dinheiro para pagar, mesmo que nao paguemos.
E aquela historia de que pagamos parte da divida externa, mas que contraímos divida interna na mesma proporção? Não me lembro onde lí, mas vou tentar encontrar.

PRick, com uma divida maior, mesmo que represente uma parcela menor do PIB, não acarreta juros cada vez maiores? Dá pra confiar em que o PIB irá crescer sempre mais do que os juros? A curto prazo nao compensa eliminar o máximo possível d dívida para se ver livre dos juros? Isso é economia 101...

Vamos a alguns pontos, o importante é que o montante da dívida em relação ao PIB fique estável ou continue caindo. O valor bruto da dívida não é significativo se a sua relação com o PIB continuar a cair. No Brasil estamos vendo isso.

Já nos EUA está ocorrendo ao contrário, aí sim é uma situação perigosa, quer dizer os déficts nos EUA estão fazendo a dívida aumentar em relação ao PIB. Essa situação não pode perdurar sob pena de a dívida se tornar impagável. Como a a taxa básica de juros nos EUA está quase zero, o peso de rolagem da dívida ainda não comprometeu totalmente as contas estatais, mas do jeito que está os EUA estão numa armdilha, se a economia voltar a crescer, os juros vão aumentar e aí o seviço da dívida vai junto.

Os EUA estão expandindo a base monetária para continuar gastando o mesmo, quer dizer imprimindo mais Dólares, isso tem uma consequência, desvalorização da moeda, perda do PIB relativo. Os EUA estão empobrecendo em relação ao resto do mundo. Agora, eles terão que começar a fazer cortes, e isso vai fazer a economia desacelerar, por isso, não querem fazer isso agora.

No nosso caso, estamos com superávite no campo externo e segurando o pagamento da dívida interna com superávit primário. Desse modo não estamos imprimindo Reais, a grande diferença entre as duas dívidas é que uma nós controlamos totalmente, já que é feita em Reais e com títulos sob nosso controle, já a dívida externa é em moeda internacional e os papéis estão nas mãos da banca mundial.

[]´s

Economia 28/04/2011

Para presidente do BID, Brasil será primeiro mundo em uma década

Na avaliação de Luis Alberto Moreno, País tem muito a contribuir para um novo pensamento econômico em âmbito mundial

O Brasil pode se tornar um País de primeiro mundo em cerca de dez anos, se mantiver a atual trajetória de crescimento sustentado, segundo projeção feita nesta sexta-feira pelo presidente do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), o colombiano Luis Alberto Moreno.

Em entrevista exclusiva ao iG durante o World Economic Forum on Latin America, no Rio de Janeiro, Moreno disse não haver dúvida que este é um grande momento para o Brasil aos olhos do mundo. O grande desafio, segundo o presidente do BID, é melhorar a qualidade da educação para que os jovens possam ter uma melhor inserção no mercado de trabalho e investir em desenvolvimento tecnológico.

“Com mais investimentos em educação será possível elevar de forma substancial a renda per capita para algo acima de US$ 12 mil em até dez anos e isso colocará o país em outro patamar no mundo, com perfil de um país de primeiro mundo”, disse o executivo.

“Temos no Brasil um bônus demográfico, classe média ascendente, um mercado doméstico aquecido e em expansão. Temos aqui todas as coisas de que o mundo necessita, mas é necessário qualificar melhor a mão de obra para aproveitar as oportunidades que estão surgindo e que devem impulsionar mais o crescimento”, acrescentou Moreno.

Pensamento econômico

Na avaliação do presidente do BID, O Brasil tem muito a contribuir para um novo pensamento econômico em âmbito mundial. De acordo com Moreno, os países desenvolvidos, que durante muitos anos deram lições dizendo ao Brasil o que deveria ser feito, agora têm de recorrer à experiência do País.

Leia também:

* Especialistas defendem estabilidade econômica da América Latina
* Disciplina fiscal é base para crescimento do Brasil, diz Hausmann

“O Brasil adotou medidas no passado que garantiram a solidez do sistema financeiro durante a crise”, disse Moreno. “Em 25 anos a América Latina teve 31 crises financeiras. Aqui estão todas as lições. Portanto não há dúvida de que o Brasil, como a maior economia da região, tem muito a contribuir com um novo pensamento econômico como a voz da América Latina”, afirmou.

Moreno ressaltou que o atual momento vivido pelo Brasil foi gerado pelo que classificou de “uma revolução silenciosa” que passa por eleições diretas, fortalecimento da democracia e políticas de desenvolvimento inovadoras como o Bolsa Família. “Esses fatores, somados ao aprendizado que se obteve com as crises financeiras, as boas e as más lições, possibilitou esse ambiente positivo”, disse.

Infraestrutura

Outro desafio, segundo o presidente do BID, são os investimentos em infraestrutura para poder suportar os eventos esportivos como a Copa do Mundo em 2014 e os Jogos Olímpicos em 2016. “Esses investimentos vão gerar muitos empregos e elevar a renda da população, mas isso depende dos investimentos agora. E o Brasil vencendo esses desafios poderá encarar novas demandas com muito mais preparo”, destacou.

A previsão do BID é investir cerca de US$ 12 bilhões nos próximos quatro anos em projetos em parceria com o governo federal e em âmbito estadual, principalmente na região Nordeste. “Temos muitas prioridades no Rio de Janeiro devido à Copa do Mundo e Olimpíadas com projetos de despoluição da Baía de Guanabara, na área de transportes como melhoria da estrutura viária e expansão de linhas do metrô, projetos sociais nas favelas para melhorar as condições de vida da população, principalmente na área de saneamento”, afirmou o executivo da instituição internancional.

Inflação

Para Moreno, o avanço da inflação não deverá comprometer a trajetória de crescimento do Brasil no longo prazo. “Tenho grande respeito pelo governo Dilma, que tem um perfil muito técnico e demonstra muita solidez para que o País possa avançar com muito êxito”, disse.

De acordo com o presidente do BID, as demandas sociais exigem inflação baixa e a luta para combater a forte elevação de preços será durante muito tempo um tema central. “A economia tem muitas variáveis que tornam difícil a tarefa de receitar um remédio correto para controlar a inflação. Não há uma fórmula pronta”, avaliou Moreno. “O que é necessário fazer é um ajuste fino definido ao longo do caminho. Tenho certeza de que o governo do Brasil tem consciência disso e de que as medidas adotadas até aqui são as mais corretas para o atual momento”, acrescentou o presidente do BID.

Túlio escreveu:Eu sugeriria trocar o nome do tópico para "NÃO É MAIS O MELHOR MOMENTO" etc...

joao fernando escreveu:Concordo sim com o texto acima. E sim, existe remédio contra a inflação: aumento de juros, estrangulamento do mercado consumidor, de modo que a produção se encaixe na demanda, os dois tendendo para baixo

Se produz menos, para um mercado menor. Que compra menos, que produz menos e compra menos