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Re: É O MELHOR MOMENTO DA HISTÓRIA DA ECONOMIA BRASILEIRA

Enviado: Ter Fev 08, 2011 7:08 pm
por Penguin
PRick escreveu:[ quote="Penguin"]
PRick escreveu:
Não sou que deturpei o termo, foram vcs, a mídia e a receita federal, você viu a contradição no mesmo gráfico que vc postou aqui? Veja o que está entre parenteses, no gráfico menor, o comparativo (ARRECADAÇÃO TRIBUTÁRIA EM RELAÇÃO AO PIB-% do PIB)

O que você não consegue entender é que a Carga Tributária não e o mesmo que ARRECADAÇÃO tributária, um país pode ter 30% de carga tributária, mas uma ARRECADAÇÃO TRIBUTÁRIA de 20% do PIB, um é quanto vc deveria pagar, a outra é quanto é efetivamente arrecadado em impostos, em relação ao PIB.

[]´s
Pelo visto vc está confundindo alíquota de tributos com percentual em relação ao PIB. Até aqui estou mencionando apenas percentual em relação ao PIB.

Carga Tributária é expressa como um percentual em relação ao PIB em qualquer lugar. Na Receita Federal, na OCDE, no FMI, no Banco Mundial, por pesquisadores etc.

Já a Carga Tributária Bruta é expressa em valor e representa o valor total dos tributos arrecadado pelo governo.

Uma carga tributária de 34% significa que 34% do PIB de um país vai para o Governo através da arrecadação de tributos.

O Brasil possui uma carga tributária de 34% em relação ao PIB. O Governo Federal é responsável por 23%, os Estados por 9% e os Municípios por 2%. Ou seja, o Governo Federal é responsável por 69,8% da arrecadação tributária, os Estados por 25,6% e os Municípios por 4,6%.

Em 2009 o Produto Interno Bruto foi de 3,15 trilhões de reais.
A Carga Tributária Bruta (ou Arrecadação Tributária Bruta) foi de 1,06 trilhões de reais.
Assim, a Carga Tributária alcançou 33,58% do PIB.

A Carga Tributária (em relação ao PIB) brasileira é equivalente a Carga Tributária de economias mais desenvolvidas economicamente e que prestam serviços públicos de qualidade mais alta.

Sem entrar no mérito das causas (que são muitas), para um país em desenvolvimento e para o tipo de qualidade dos serviços prestados à população (educação, saúde e infraestruturas, principalmente de transporte), a carga tributária nacional é alta.

[]s

Como eu demonstrei pelo próprio gráfico, são eles é que usam o termo de modo equivocado, o total da carga tributária seria a média das aliquotas de todos os impostos e taxas. E não a arrecadação em relação ao PIB, a arrecadação não pode ser confundida com carga tributária, vc tem os dois índices, e assim devem ser considerados, caso contrário temos as distorções que são usadas de modo a fazer análises ideológicas, a carga tributária não aumentou, mas sim a arrecadação.

[]´s[/quote]

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O único equivocado aqui é vc que continua fazendo confusão com os termos. No post anterior foi explicado claramente o que significa Carga Tributária e Carga Tributária Bruta. Não tem nada a ver com média de alíquotas. Ninguém em momento algum mencionou média de alíquotas.

De uma forma geral as alíquotas dos tributos não têm aumentado nos últimos anos, mas a arrecadação, a carga tributaria bruta e a carga tributária em relação ao PIB sim. Isso ocorre por que quando a economia cresce, todos pagam mais tributos e a base de arrecadação se alarga. Se o Governo cria novos tributos ou aumenta alguma alíquota, aumenta a arrecadação tb.

Mesmo assim, de acordo com os gráficos postados, esses incremento tem sido relativamente pequenos.

Esse é um tema que nada tem a ver com ideologia. Tem a ver com gestão tributária e finanças.

Para recapitular, a Carga Tributária brasileira é de aprox. 34% do PIB.
Na China é de 17% do PIB.
Na Russia é de 36,9%.
A média da OCDE (arrecadação/PIB da OCDE) é de 35%.

[]s

Re: É O MELHOR MOMENTO DA HISTÓRIA DA ECONOMIA BRASILEIRA

Enviado: Ter Fev 08, 2011 7:42 pm
por PRick
Penguin escreveu:

O único equivocado aqui é vc que continua fazendo confusão com os termos. No post anterior foi explicado claramente o que significa Carga Tributária e Carga Tributária Bruta. Não tem nada a ver com média de alíquotas. Ninguém em momento algum mencionou média de alíquotas.

De uma forma geral as alíquotas dos tributos não têm aumentado nos últimos anos, mas a arrecadação, a carga tributaria bruta e a carga tributária em relação ao PIB sim. Isso ocorre por que quando a economia cresce, todos pagam mais tributos e a base de arrecadação se alarga. Se o Governo cria novos tributos ou aumenta alguma alíquota, aumenta a arrecadação tb.

Mesmo assim, de acordo com os gráficos postados, esses incremento tem sido relativamente pequenos.

Esse é um tema que nada tem a ver com ideologia. Tem a ver com gestão tributária e finanças.

Para recapitular, a Carga Tributária brasileira é de aprox. 34% do PIB.
Na China é de 17% do PIB.
Na Russia é de 36,9%.
A média da OCDE (arrecadação/PIB da OCDE) é de 35%.

[]s
Não, a Arrecadação Tributária Brasileira foi de 34%, carga tributária aumenta ou diminui quando o governo aumenta alícotas ou cria novos tributos.

Sim, a ARRECADAÇÃO TRIBUTÀRIA cresce quando a economia cresce, porém, a a ARRECADAÇÃO TRIBUTÀRIA em relação ao PIB pode aumentar ou diminuir, no caso brasileiro a relação tem aumentado ligeiramente, por outros motivos, como diminuição da sonegação fiscal, da informalidade, etc.. Isso depende de estudos. E não porque a carga tributária foi aumentada pelo governo, pelo contrário os tributos cairam por conta do fim da CPMF.

[]´s

Enviado: Ter Fev 08, 2011 10:03 pm
por Penguin
PRick escreveu:
Penguin escreveu:

O único equivocado aqui é vc que continua fazendo confusão com os termos. No post anterior foi explicado claramente o que significa Carga Tributária e Carga Tributária Bruta. Não tem nada a ver com média de alíquotas. Ninguém em momento algum mencionou média de alíquotas.

De uma forma geral as alíquotas dos tributos não têm aumentado nos últimos anos, mas a arrecadação, a carga tributaria bruta e a carga tributária em relação ao PIB sim. Isso ocorre por que quando a economia cresce, todos pagam mais tributos e a base de arrecadação se alarga. Se o Governo cria novos tributos ou aumenta alguma alíquota, aumenta a arrecadação tb.

Mesmo assim, de acordo com os gráficos postados, esses incremento tem sido relativamente pequenos.

Esse é um tema que nada tem a ver com ideologia. Tem a ver com gestão tributária e finanças.

Para recapitular, a Carga Tributária brasileira é de aprox. 34% do PIB.
Na China é de 17% do PIB.
Na Russia é de 36,9%.
A média da OCDE (arrecadação/PIB da OCDE) é de 35%.

[]s
Não, a Arrecadação Tributária Brasileira foi de 34%, carga tributária aumenta ou diminui quando o governo aumenta alícotas ou cria novos tributos.

Sim, a ARRECADAÇÃO TRIBUTÀRIA cresce quando a economia cresce, porém, a a ARRECADAÇÃO TRIBUTÀRIA em relação ao PIB pode aumentar ou diminuir, no caso brasileiro a relação tem aumentado ligeiramente, por outros motivos, como diminuição da sonegação fiscal, da informalidade, etc.. Isso depende de estudos. E não porque a carga tributária foi aumentada pelo governo, pelo contrário os tributos cairam por conta do fim da CPMF.

[]´s
Sim a diminuição da sonegação e da informalidade alargam a base de arrecadação.
O incremento da renda e consumo também.

Carga tributária Bruta = Valor dos tributos arrecadados.
Carga tributária = percentual do valor dos tributos arrecadados em relação ao PIB.

[]s

Re: É O MELHOR MOMENTO DA HISTÓRIA DA ECONOMIA BRASILEIRA

Enviado: Qui Fev 10, 2011 2:54 pm
por lubra
http://blog.planalto.gov.br/orcamento-d ... 0-bilhoes/
Quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011 às 19:22

Orçamento da União para 2011 terá redução de gastos de R$ 50 bilhões

A programação orçamentária 2011 prevê uma redução de gastos de R$ 50 bilhões, em consonância com a política de aumento na eficiência orçamentária defendida pela presidenta Dilma Rousseff desde o início do governo. O anúncio foi feito nesta quarta-feira (9/2) pelos ministros da Fazenda, Guido Mantega, e do Planejamento, Orçamento e Gestão, Miriam Belchior, que enfatizaram que a maior parte do ajuste será em custeio e que não haverá redução ou paralisação nos investimentos de programas sociais, como o PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), por exemplo.

Mantega explicou que a redução dos gastos é resultado de uma reversão dos estímulos à economia do ciclo 2009/2010, feitos em decorrência da crise financeira internacional, mas que apesar do contingenciamento o governo irá garantir a expansão dos investimentos. Além disso, explicou o ministro, a medida irá facilitar a redução de juros e, no momento oportuno, refletirá na queda da inflação.

A redução da despesa para o superávit primário é resultado da diferença entre as despesas primárias consolidadas e o montante previsto na Lei Orçamentária Anual (LOA). O total aprovado pelo Congresso Nacional foi de R$ 769,9 bi; já o valor das despesas primárias consolidado para 2011 ficou em R$ 719,9 bi, resultando no corte de R$ 50 bi anunciado pelo governo.

“Todo o corte visa a redução de gastos de custeio, aumentar a eficiência dos gastos, preservar os programas sociais, aumentar os investimentos e incitar a redução dos juros. Ao mesmo tempo, vamos exigir o aumento da eficiência do gasto. Com menos recursos, realizar as mesmas ou mais atividades”, afirmou Mantega. “Todos os ministérios serão atingidos. Haverá um esforço, eu diria até mesmo um sacrifício por parte dos ministérios”, completou.

O ministro afirmou que o Brasil dará continuidade ao crescimento sustentável, com a meta de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 5% -- o que corresponde a um PIB nominal de R$ 4,056 trilhões -- inflação controlada, solidez fiscal e redução do déficit nominal, da dívida líquida e da taxa de juros. Além disso, enfatizou Mantega, o salário mínimo definido para o período está fixado R$ 545,00, “não mais do que isso”. E acrescentou que a correção da tabela do Imposto de Renda (IR) depende da negociação do reajuste do salário mínimo.

Coube à ministra Miriam Belchior explicar como se dará a redução dos gastos de custeio. Segundo ela, os principais cortes se refletirão na folha de pagamento, item que será objeto de intensa fiscalização por parte do governo, e nos gastos administrativos como diárias, passagens, aluguel de imóveis e aquisição de veículos. Haverá ainda, segundo a ministra do Planejamento, um processo permanente de eficiência dos gastos administrativos, ordem expressa da presidenta Dilma Rousseff.

“Nós vamos fazer da eficiência no gasto público um mantra”, concluiu.

Miriam Belchior disse que o decreto com a distribuição da redução dos gastos nos ministérios será divulgado até o fim da próxima semana. Ela explicou também que a partir de agora todo o governo tem conhecimento do volume global de recursos a ser contingenciado do orçamento.

Após a apresentação, os ministros concederam entrevista coletiva. Confira abaixo os principais trechos:

PAC e despesas de custeio

A primeira coisa: não haverá nenhum corte no PAC nem adiamento. É o mesmo valor que está no orçamento. Essa é a única coisa que nós podemos dizer neste momento. A maior parte da redução de despesa será no custeio, nós continuaremos centrando nisso. Só saberemos quanto será em cada ministério após essa rodada que faremos, portanto na semana que vem vocês terão essa informação, afirmou Miriam Belchior.

Tabela do Imposto de renda

Em relação ao possível reajuste da tabela, depende ainda de uma negociação com os trabalhadores que não se consumou, pelo menos não terminou. Nós não concordamos em atualizar a tabela sem uma definição sobre a concordância deles sobre o salário mínimo de R$ 545,00 para 2011. O que nós propomos é repetir o acordo que havia sido firmado em 2007, para que houvesse uma fórmula de reajuste para o salário mínimo combinada também com o reajuste de 4,5% da tabela. Os dois estão no mesmo acordo (…). Se houvesse uma correção da tabela, nós teríamos um ônus ou uma renúncia fiscal de 2,2 bi, caso o reajuste fosse de 4,5%, disse Guido Mantega

Concursos públicos e novas contratações

Eu pedi um levantamento completo da situação de todos os concursos para a gente poder avaliar caso a caso. Em princípio as chamadas estão suspensas. Em princípio estão suspensas, até [que saia] essa análise bastante criteriosa da real necessidade nesse ano de 2011. Evidentemente que nós vamos analisar caso a caso, mas o tom geral é de a gente ver com bastante cuidado qualquer nomeação neste ano, frisou a ministra.

Resultado fiscal

Gastos do Estado estão diminuindo, portanto exercerão uma pressão menor sobre a demanda. Nesse momento em que há uma pressão inflacionária que vem principalmente das commodities, que vem de fora, você vai ajudar a diminuir um pouco a demanda do setor público e isso se dá na veia. Vocês poderão ver isso pelo resultado fiscal desses meses. A diferença é essa: isso não é uma promessa para dezembro de 2011; isso aqui é uma ação mensal do governo, que vocês poderão ver no resultado fiscal. Vocês vão poder verificar o primário aumentando mês a mês, afirmou o ministro da Fazenda.

Salário mínimo

Em relação ao salário mínimo, aquilo que está em negociação não são os 545 [reais]; o que está em negociação com os trabalhadores é se vamos ou não firmar um acordo que define uma política de valorização do salário mínimo. Se for firmado esse acordo, significa validar a metodologia que define qual é o salário mínimo, que para 2011 será de 545 [reais], defendeu o ministro.

Inflação para 2011

Eu não sei qual é a viabilidade de se cumprir a meta [inflacionária]. A regra não diz que tem que cumprir o centro da meta, diz que deve perseguir o centro da meta. Porém, em havendo choques de oferta, dificuldades de oferta no mercado internacional e outras perturbações, nós temos uma margem de 2% para cima e para baixo, que poderão ser utilizada em casos excepcionais, disse Mantega.

Re: É O MELHOR MOMENTO DA HISTÓRIA DA ECONOMIA BRASILEIRA

Enviado: Qui Fev 10, 2011 2:56 pm
por lubra
http://blog.planalto.gov.br/orcamento-2 ... -trilhoes/
Quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011 às 11:41

Orçamento 2011: receitas e despesas são estimadas em mais de R$ 2 trilhões

A presidenta Dilma Rouseff sancionou a Lei nº 12.381 que estima a receita e fixa a despesa da União em R$ 2,073 trilhões cada uma, no exercício financeiro deste ano. Nesse montante estão contidos os valores estimados para o Orçamento Fiscal, o Orçamento da Seguridade Social e o Orçamento de Investimento. A referida lei foi publicada na edição desta quinta-feira (10/2) do Diário Oficial da União (DOU).

Ontem à tarde, em Brasília, os ministros Guido Mantega (Fazenda) e Miriam Belchior (Planejamento, Orçamento e Gestão) concederam entrevista para o anúncio do contingenciamento de R$ 50 bilhões do orçamento deste ano.

Pela Lei, a receita estimada no Orçamento Fiscal é de R$ 811,533 bilhões, além de R$ 678,514 bilhões provenientes do refinanciamento da dívida pública federal; já a receita da Seguridade Social é estimada em R$ 475,967 bilhões. Esse montante soma um total de R$ 1,966 trilhão. Por sua vez, o Orçamento de Investimento das empresas em que a União detém a maioria do capital social é da ordem de R$ 107,374 bilhões.

A despesa total fixada nos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social também é de R$ 1,966 trilhão: para o Orçamento Fiscal serão R$ 767,456 bilhões; para o Orçamento da Seguridade Social, R$ 520,044 bilhões; e para o refinanciamento da dívida pública federal, R$ 678,514 bilhões. Enquanto isso, a despesa do Orçamento de Investimento foi fixada em R$ 107,374 bilhões.

A Lei autoriza a abertura de créditos suplementares, desde que as alterações promovidas na programação orçamentária sejam compatíveis com a obtenção da meta de resultado primário da Lei de Diretrizes Orçamentárias, dentre outras condições. A autorização fica condicionada à publicação do ato de abertura do crédito suplementar até o dia 15 de dezembro deste ano, em alguns casos, e até o dia 31 de dezembro, em outros casos.

O texto também autoriza o Poder Executivo a abrir créditos suplementares à conta de recursos de excesso de arrecadação, destinados a transferências aos estados, ao Distrito Federal e aos municípios; aos fundos constitucionais de financiamento do Norte, Nordeste e Centro-Oeste; ao Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT), e ao complemento da atualização monetária do saldo do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS).

O Executivo fica autorizado, ainda, a emitir até 27,623 milhões de Títulos da Dívida Agrária (TDAs) para atender ao programa de reforma agrária no exercício de 2011, sendo vedada a emissão com prazos decorridos ou inferiores a 2 anos.

Re: É O MELHOR MOMENTO DA HISTÓRIA DA ECONOMIA BRASILEIRA

Enviado: Qui Fev 10, 2011 3:30 pm
por lubra
http://www.advivo.com.br/node/359513
Reciclagem da poupança e os milionários brasileiros
Enviado por luisnassif, qui, 10/02/2011 - 09:23

Coluna Econômica

Um dos pilares do atual momento econômico brasileiro é a chamada reciclagem da poupança. Fundos de pensão, fundos de investimentos, famílias que venderam empresas, gestores de recursos estão empenhados em um movimento profundo de reestruturação da economia.

Novos setores têm surgido em áreas de infraestrutura, energia, tecnologia da informação, com uma vitalidade poucas vezes vista – a não ser em períodos de "bolha", como no caso da Internet do início da década.

***

Ontem, a Anbima (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais) divulgou a relação de milionários brasileiros, aqueles com pelo menos R$ 1 milhão em aplicações. São 63.224 pessoas. Em 2010 seus ativos somaram R$ 351 bilhões investidos nos bancos.

E nem se trata da parte mais substanciosa do processo. A maioria dos grandes investidores têm recursos aplicados no exterior, entrando no país como capital estrangeiro.

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Nos últimos anos, o mercado de capitais brasileiro desenvolveu uma boa metodologia de análise de empresas e setores e de precificação (definição de preços) de ativos. Há departamentos técnicos em um sem-número de instituições financeiras, não-financeiras, em novos fundos que começam a pipocar em todos os setores.

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Mesmo com as perspectivas da economia, grande parte desses recursos fica esterilizado em títulos públicos, sem nenhuma função produtiva, a não ser enriquecer os chamados rentistas – os que vivem de juros, sem pretender correr riscos.

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Segundo a instituição, R$ 162,2 bilhões desses recursos ficaram em fundos de investimento, R$ 118,6 bilhões dos quais em renda fixa, a maior parte dos quais, títulos do governo. Ações de empresas lançadas em Bolsa ficaram com apenas R$ 68,2 bi.

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Essa é uma das facetas negativas da atual política monetária e cambial.

Aumentam-se os juros para combater a inflação – em vez de aumentar depósito compulsório ou outras medidas que não impactam as contas públicas. O governo é obrigado a emitir mais títulos para bancar os juros.

Aí, a alta das taxas atrai dólares do exterior. Para impedir a apreciação da moeda, o Banco Central vai emitindo mais títulos para adquirir mais dólares.

Com mais juros e maior oferta de títulos, parcelas expressivas da poupança nacional são desviadas para esse processo do cachorro se alimentar do próprio rabo.

Todo esse movimento faz com que a poupança fique empoçada nesse círculo sem fim, de uma dívida autoalimentada. Desviam-se recursos de infraestrutura, de capitalização de empresas, gastos de saúde, educação, para alimentar uma política monetária cujo único objetivo é o de alimentar esse rentismo improdutivo.


***

Em 2009 a taxa Selic bateu abaixo dos 9%. Começou o ensaio dessa reestruturação da poupança. Agora volta para nívels estelares, impactando o desenvolvimento em vários níveis:

Desvia recursos de investimento real para financiamento da dívida pública.Aprecia o real, reduzindo a competitividade da economia brasileira.Aumenta a taxa de retorno dos investimentos em infraestrutura – ou seja, o investidor passa a exigir maiores taxas de retorno, encarecendo o investimento.
Somem a este quadro a política de desvalorização cambial praticada por EUA e China. Os produtos deles cada vez mais baratos, e nossa indústria tendo que compensar isto apenas com a tentativa de melhorar a produtividade e a diminuição de suas margens, até onde for possível. Quando não é possível competir, o resultado é a desindustrialização. É preciso combater a inflação, mas é imprescindível achar outros meios, além da alta dos juros.

Re: É O MELHOR MOMENTO DA HISTÓRIA DA ECONOMIA BRASILEIRA

Enviado: Sex Fev 11, 2011 11:05 am
por marcelo l.
http://mansueto.wordpress.com/2011/02/1 ... -despesas/

O Improvável Corte do Custeio em R$ 50 bilhões
10/02/2011 por mansueto
O Ministério da Fazenda surpreendeu a todos e anunciou um corte de R$ 50 bilhões no gasto público. Sim, surpreendeu a todos com o tamanho do corte, mas não disse de onde vai cortar e, assim, por enquanto, o que foi anunciado não passa de palavras ao vento. Eu gostaria de estar errado, mas confesso que o que foi dito na entrevista coletiva é muito mais uma carta de boas intenções do que o detalhamento de medidas concretas que todos esperavam.

Teria sido melhor se o Ministério da Fazenda tivesse divulgado um número menor e tivesse especificado, exatamente, de onde vai cortar ao invés de divulgar um número cabalístico de R$ 50 bilhões que, por enquanto, não passa de uma vaga promessa.

Vamos ver cada uma das medidas anunciadas e fazer as malditas contas:

(1) Primeira medida: o primeiro foco do ajuste fiscal será na folha de pagamentos, um dos maiores gastos da União. Para tanto, o governo está contratando junto à Fundação Getúlio Vargas (FGV) uma auditoria externa na folha de pagamentos para detectar incorreções.

Isso chega a ser brincadeira de mau gosto. No âmbito de estados e municípios, no pasado, isso fazia até sentido quando a contabilidade pública era rudimentar e existiam funcionários fantasmas. Mas no caso do Governo Federal que tem o Sistema Integrado de Administração Financeira (SIAFI) é muito improvável que haja “fantasmas” no serviço público federal, a não ser que o governo desconfie da lisura do governo Lula. Os gastos com pessoal aumentaram não por causa de fraudes, mas porque o governo Lula aumentou os salários e contratou mais funcionários. Ao longo de oito anos do governo Lula, o gasto com pessoal ficou entre 4,30% (2005) e 4,76% do PIB (2009), terminando em 4,55% do PIB, em 2010. O peso da folha de pessoal do governo federal poderia ter sido muito menor se os aumentos ao setor público tivessem sido mais seletivos, mas acho difícil e improvável que haja fraudes que exija uma auditoria externa da FGV.

(2) A ministra também disse que novas contratações no setor público serão olhadas com lupa e que não há neste momento qualquer medida para elevação dos valores pagos para os funcionários em cargo em comissão.

Não sei dizer se a suspensão de concursos públicos é uma medida boa ou ruim, já que há órgãos com excesso de funcionários e outros com carência. A Ministra deveria ter dito quais carreiras não precisam de novos funcionários e aquelas que ainda precisam de funcionários, até porque há ainda uma parte de terceirizados que têm que ser substituídos por funcionários concursados. De qualquer forma, a economia possivel destas medidas é mínima neste ano. Assim, não vai ajudar muito no esforço de R$ 50 bilhões anunciado.

Quanto aos cargos de DAS (comissão dos cagos de direção do serviço público federal), duvido que não haja um aumento pelo seguinte motivo: os cargos de comissão no legislativo aumentaram muito. Um assessor técnico hoje no legislativo (sem vinculo com o setor público) ganha uma comissão de R$ 16 mil. Se você tiver vinculo no executivo, seu salário mensal aumenta em R$ 10 mil. O salário do Secretário de Política Econômica, DAS-6, é de R$ 11.179,36 (sem vinculo com o setor público). Ou seja, do ponto de vista estritamente financeiro, vale mais assessorar um Senador da República do que ser Secretário de Politica Econômica.

(3) Segundo a ministra do planejamento, há a intenção de publicar um decreto reduzindo em 50% em termos nominais as despesas com viagens e diárias.

Impressionante? Acho que não. Algum de vocês sabem o potencial de economia decorrente dessa medida? OK, vamos aos números. Em 2010, o governo federal gastou R$ 976,9 milhões com passagens e despesas com locomoção; R$ 1,04 bilhão com diárias de pessoal civil e mais R$ 220,2 milhões com diárias de militares. Somando tudo temos R$ 2,2 bilhões. Uma redução de 50% significa um economia potencial de R$ 1,1 bilhão, ou apenas 2% do que foi anunciado (R$ 50 bilhões). como falam meus amigos americanos: “No big deal”.

(4) PAC não sofre corte: Ministra do Planejamento afirmou ainda que não haverá corte no Orçamento do PAC nem adiamento na execução das obras. Segundo ela, a maior parte do corte anunciado nesta quarta será no custeio como, por exemplo, na redução das despesas com telefonia, energia elétrica, água e consumo de materiais, em geral.

Não quero ser pessimista, mas isso é impossível. Vou repetir: é impossível um corte de custeio de R$ 30 bilhões, R$ 40 Bilhões ou R$ 50 bilhões de um ano para outro. Um corte de custeio dessa magnitude só seria possível se o governo deixasse de pagar dividas judiciais, cortasse a compra de várias despesas do SUS, não pagasse despesas de indenizações e restituições, etc. Serei mais específico correndo o risco de ser chato.

(a) quais as principais despesas de custeio?

A tabela abaixo detalha as principais despesas de custeio, todas aquelas que em 2010 foram acima de R$ 1 bilhão. O total das principais despesas de custeio foi de R$ 194,5 bilhões. Assim, poderia parecer que um corte de R$ 50 bilhões em cima de R$ 194 bilhões, um corte de 25%, seria factivel.

Um momento! Os ministros falaram que não iriam cortar gastos sociais. Vou supor que educação é saúde entram na conta de gastos sociais. Assim, vamos fazer algumas correções nesta conta.

Principais Despesas de Custeio - R$ bilhão (2010)

Imagem



Fonte: SIAFI , Elaboração: Mansueto Almeida

(b) Principais despesas de custeio para saúde e educação

A tabela abaixo é a mesma tabela do custeio acima, mas apenas para gastos com educação e saúde. Como se observa, algumas contas de custeio como “material de consumo” e “contribuições” são na sua maioria gastos com a função saúde e educação.

Principais Despesas de Custeio - R$ bilhão (2010) – Função Saúde e Educação

Imagem

Fonte: SIAFI , Elaboração: Mansueto Almeida

(c) Se retirarmos das principais despesas de custeio os gastos com saúde educação restam R$ 122,4 bilhões, ao invés dos R$ 194,5 bilhões iniciais.

Principais Despesas de Custeio menos despesas com Saúde e Educaçã0- R$ bilhão (2010)

Imagem

Fonte: SIAFI , Elaboração: Mansueto Almeida

(d) Resultado Final: No entanto, há ainda algumas contas que não serão objetos de cortes (ver despesas acima em amarelo): (i) LOAS (Beneficio Mensal ao Deficiente e ao Idoso); (ii) Bolsa-familia (outros auxílios financeiros a pessoa física); (iii) auxilio financeiro a estudantes; e (iv) seguro-desemprego e PIS/PASEP (outros benefícios de natureza social).

O governo falou que iria aumentar o controle dessa ultima conta, mas é muito difícil por fiscalização diminuir a rotatividade do mercado de trabalho. No Brasil, com o mercado de trabalho aquecido, infelizmente, aumenta a rotatividade da mão-de-obra e o seguro-desemprego aumenta, ao invés de diminuir. Fazendo mais essas correções restam apenas R$ 53,7 bilhões de custeio, em 2010, para cortar os R$ 50 bilhões.

Principais Despesas de Custeio sem gastos com educação, saúde, gastos sociais- R$ bilhão (2010)

Imagem

Fonte: SIAFI , Elaboração: Mansueto Almeida

Infelizmente, o corte das despesas anunciado nesta quarta-feira não é possível e o governo está se desgastando com esse tipo de medida sem necessidade. O resultado fiscal este ano será melhor do que no ano passado, mas esqueçam o corte anunciado de R$ 50 bilhões concentrado apenas em custeio, sem sacrificar investimentos e gastos sociais. Simplesmente não é possível.

A propósito, em 2003, o primeiro ano do governo Lula, o ajuste fiscal foi feito em grande parte em cima do investimento público que foi cortado em 50%. Quem era o Ministro do Planejamento na época? Um economista chamado Guido Mantega, que agora ocupa a pasta da Fazenda e sabe que não se consegue cortar muito o custeio de um ano para outro.

Mais uma vez, gostaria de estar errado sobre tudo que falei acima, mas o simples fato de o governo não ter divulgado quais as contas específicas que sofrerão cortes, dá a impressão que o anuncio de restrição fiscal não passa de um conjunto de intenções.

Desculpem a análise longa e chata.

Re: É O MELHOR MOMENTO DA HISTÓRIA DA ECONOMIA BRASILEIRA

Enviado: Sex Fev 11, 2011 12:45 pm
por LeandroGCard
marcelo l. escreveu:Desculpem a análise longa e chata.
Não foi longa e chata, foi bastante esclarecedora. Parece que este governo herdou um péssimo hábito do anterior: Falar demais sobre o que na verdade nem se pensa realmente em fazer.

Continue sendo sempre "chato' assim quando achar necessário :lol: .


Um grande abraço,


Leandro G. Card

Re: É O MELHOR MOMENTO DA HISTÓRIA DA ECONOMIA BRASILEIRA

Enviado: Sex Fev 11, 2011 1:21 pm
por marcelo l.
LeandroGCard escreveu:
marcelo l. escreveu:Desculpem a análise longa e chata.
Não foi longa e chata, foi bastante esclarecedora. Parece que este governo herdou um péssimo hábito do anterior: Falar demais sobre o que na verdade nem se pensa realmente em fazer.

Continue sendo sempre "chato' assim quando achar necessário :lol: .


Um grande abraço,


Leandro G. Card
Não é minha é do Mansueto que trabalha no IPEA, por isso deixei o link, mas esse governo já começa mal, para mim estão tentando reeditar o primeiro ano do Lula que toda bobagem o que visavam era combater a miséria [005]

Abs.

Re: É O MELHOR MOMENTO DA HISTÓRIA DA ECONOMIA BRASILEIRA

Enviado: Sex Fev 11, 2011 5:57 pm
por Rodrigoiano
Artigo do Juiz Federal William Douglas, focando nos concursos públicos, mas de caráter geral, tocando em temas políticos importantes, até nos caças da FAB (ver quarto ponto).


A verdade sobre a suspensão dos concursos
Elaborado em 02/2011.

William Douglas Resinente dos Santos

ok A notícia da suspensão dos concursos caiu como uma bomba no meio dos concurseiros, deixando muitos frustrados, desapontados e até mesmo desesperados. Sei o que é se matar de estudar e ainda ter que ouvir estas notícias. Contudo, a mesma experiência me faz saber o real efeito dessa medida. A primeira coisa que digo a você é: calma! Vamos analisar a situação com clareza, técnica e visão macro, e sob a luz de 30 anos como concurseiro. O dano pela noticia-bomba é mais psicológico do que efetivo, pelos motivos que seguem.


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Primeiro ponto. Isso é do jogo.

É normal que em início de governo surjam medidas como estas. Também há o mau costume de, quando se anuncia algum corte em gastos, colocar na lista os concursos públicos. Tolice, já que o governo não pode contratar sem concurso, já que todos os anos há aposentadorias, falecimentos e exonerações que precisam ser repostas, já que o país está em franco crescimento econômico e populacional, o que demanda mais servidores. Parar os concursos é estancar o país.

Já vi esse filme antes e asseguro: isso passa. Quem duvidar disso pesquise na internet sobre a suspensão anunciada no início de 2008. Os concursos tiveram um soluço e continuaram. O governo não tem como evitar os concursos por muito tempo. Isso frustra? Esperar dói? Sim, claro, mas os concursos podem ser adiados, não eliminados. Quem continuar estudando irá enfrentá-los melhor do que aqueles que, entristecidos, pararem de se esforçar. Para quem continuar estudando, sob certo aspecto, há até uma boa notícia: os menos persistentes sairão da fila. Escrevo para que você continue nela. Ela vai andar. Fique no jogo, pois os melhores jogadores treinam durante as férias. Ou jogam em outros campos.


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Segundo ponto. A suspensão é parcial.
A suspensão ocorreu apenas no Poder Executivo da União, não atingindo sequer o Legislativo nem o Judiciário Federais. Os Tribunais e o Congresso continuarão seus concursos. Os Estados da Federação e os Municípios, idem. Mais que isso: Banco do Brasil e Correios, que competem no mercado com empresas privadas, continuarão tendo que contratar. As estatais, todas elas, não poderão deixar de cumprir as decisões do TCU de substituir terceirizados por concursados. Só a Petrobras terá que substituir, nos próximos cinco anos, 170.000 terceirizados. Como? Com concursos! O que posso dizer é que o Executivo Federal vai perder muita gente boa e bem preparada enquanto ficar parado. E a Presidenta da República não vem demonstrando ser do tipo de ficar parada.


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Terceiro ponto. O País e o PAC não podem parar.
A Presidenta Dilma não correrá o risco de fazer um retrocesso histórico no desenvolvimento do país. Os servidores são necessários não só para a economia e para reduzir o custo Brasil, mas também para os objetivos sociais do governo. Parte dos exuberantes resultados do país no Governo Lula decorreu da política histórica do PT de prestigiar os concursos e de colocar a máquina estatal com recursos humanos suficientes para cumprir seus deveres constitucionais. Mesmo quando anuncia a medida, a ministra Miriam Belchior destacou que cada pedido de seleção e convocação será avaliado com cautela. "Serão analisados caso a caso. Novas contratações serão olhadas com lupa", disse. Por isso, parece claro que áreas estratégicas como Polícia Federal (1.352 vagas), Polícia Rodoviária Federal (com seleção paralisada na Justiça ano passado e 750 vagas) e INSS (2.500) devem ser mantidas. Não há como aumentar a arrecadação, nem combater crime organizado, tráfico e trabalho escravo sem a realização de concursos.


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Quarto ponto. Dois votos de confiança.

O primeiro é em mim. Acredite no que estou dizendo: quem continuar firme nos estudos não terá frustrada sua persistência, ao contrário. Segundo voto, na Dilma. Ela não comprou os aviões dos franceses, marcou reuniões nas sextas-feiras, acabou com a farra dos ministros usando aviões da FAB, visitou pessoalmente as vítimas da tragédia na Região Serrana, chamou atenção dos ministros responsáveis por problemas como o do ENEM e do apagão no Nordeste. A mulher está trabalhando! Nesse passo, o governo segurou o aumento populista do salário mínimo, anunciou corte recorde de R$ 50 bilhões no Orçamento 2011, inclusive congelando a maior parte do dinheiro das emendas de parlamentares, proibiu a compra de automóveis e imóveis, impôs um teto para gastos com passagens e diárias. Enfim, a suspensão dos concursos públicos não foi uma medida isolada, uma mudança de rumo, mas medida compatível com o pacote anunciado. Por mais tolo que seja parar os concursos, não podemos deixar de elogiar um governo que tem coragem de pisar no freio.


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Recomendações do especialista.
Valendo-me da gentil atribuição do "título" de especialista no assunto, veiculo aqui minhas sugestões:

1.Não reduza em absolutamente nada seu esforço e dedicação, seus estudos e revisões;

2.Faça os concursos que ocorrerão no Judiciário e no Executivo da União, nos Estados e Municípios e nas estatais;

3.Espere com calma pois ainda este ano ocorrerão concursos nas áreas estratégicas do Executivo Federal;

4.Tranquilize-se pois as vagas continuarão lá e precisarão ser preenchidas mais cedo ou mais tarde.

Seja em que hora for, esteja preparado. O futuro irá premiar aqueles que não desanimarem. Posso afirmar, como fez o salmista (Salmo 126:6): "Aquele que leva a preciosa semente, andando e chorando, voltará, sem dúvida, com alegria, trazendo consigo a sua colheita". Mesmo que a vontade inicial tenha sido a de chorar, não existe motivo para isso. Chorando ou nao, contudo, lance as sementes. Asseguro que você irá colher o que está plantando e no tempo certo estará feliz por ter nas mãos seu merecido cargo.

SANTOS, William Douglas Resinente dos. A verdade sobre a suspensão dos concursos. Jus Navigandi, Teresina, ano 16, n. 2781, 11 fev. 2011. Disponível em: <http://jus.uol.com.br/revista/texto/18470>. Acesso em: 11 fev. 2011.

Fonte: Jus Navigandi

http://jus.uol.com.br/revista/texto/184 ... -concursos

Re: É O MELHOR MOMENTO DA HISTÓRIA DA ECONOMIA BRASILEIRA

Enviado: Sex Fev 11, 2011 6:00 pm
por Bourne
O que isso quer dizer? O que me beneficia deixa o mercado agir e, nas áreas que não, precisa regular. No fundo cada um defende o seu. :lol:
Hoje às 16h57 - Atualizada hoje às 16h59
Brasil e Argentina vão defender livre mercado de commodities no G20

Vinicius Konchinski
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Fonte: < http://www.jb.com.br/internacional/noti ... es-no-g20/ >

O Brasil e a Argentina vão defender o livre comércio mundial de commodities na próxima reunião do G20 – grupo das maiores economias do mundo – que acontece na semana que vem, em Paris. A posição comum foi definida hoje (11) em uma reunião entre o ministro da Fazenda brasileiro, Guido Mantega, e o ministro da Fazenda argentino, Amado Boudou, na capital paulista.

Mantega afirmou, em pronunciamento após o encontro, que existem propostas de outras nações de regular o mercado de commodities – matérias-primas cotadas nas bolsas de valores. Essas propostas visam a combater o aumento de preços dos produtos básicos, como minério de ferro e soja e, assim, segurar a inflação.

O ministro brasileiro disse, entretanto, que o Brasil e a Argentina não concordam com a ideia. Segundo Mantega, a melhor forma de segurar a inflação não é controlar os preços das commodities, mas estimular sua produção.

“Somos grandes exportadores de commodities e, portanto, temos uma posição sobre o que não se deve fazer”, afirmou. “Se tem alguma coisa que precisa ser feita é estimular a produção, não inibir”, disse Mantega.

O ministro argentino ratificou a opinião do colega brasileiro. “A discussão não pode passar pela regulação de preços das commodities de maneira nenhuma”, declarou Boudou.

Além da reunião do G20, os ministros também discutiram a situação econômica dos dois países e suas relações comerciais. Eles disseram estar otimistas com o futuro das duas economias e avaliaram: o Brasil e a Argentina continuarão entre os países que mais crescem no mundo nos próximos anos.

Mantega e Boudou enfatizaram que o comércio entre as nações é fator importante que contribuiu para o crescimento, daí a meta de expandir ainda mais as trocas comerciais entre o Brasil e a Argentina. O ministro brasileiro disse que espera aumentar a utilização de moedas locais no comércio Brasil-Argentina. Ele disse que acordos para uso do real e do peso argentino já foram fechados, mas o uso dessa prática pode ser maior. “Gostaríamos de intensificar”, disse.

O comércio entre o Brasil e a Argentina movimentou R$ 32 bilhões no ano passado, segundo Mantega.

Re: É O MELHOR MOMENTO DA HISTÓRIA DA ECONOMIA BRASILEIRA

Enviado: Sex Fev 11, 2011 6:20 pm
por PRick
marcelo l. escreveu:
LeandroGCard escreveu: Não foi longa e chata, foi bastante esclarecedora. Parece que este governo herdou um péssimo hábito do anterior: Falar demais sobre o que na verdade nem se pensa realmente em fazer.

Continue sendo sempre "chato' assim quando achar necessário :lol: .


Um grande abraço,


Leandro G. Card
Não é minha é do Mansueto que trabalha no IPEA, por isso deixei o link, mas esse governo já começa mal, para mim estão tentando reeditar o primeiro ano do Lula que toda bobagem o que visavam era combater a miséria [005]

Abs.
Sim, isso é uma reação reativa, ao carnaval que fabricaram, os arlamistas de sempre. Porém, felizmente, a parte real da economia atual é completamente diversa de 2003.

Assim, o Governo age tão hipocritamente, quanto aqueles que o atacam.

[]´s

Re: É O MELHOR MOMENTO DA HISTÓRIA DA ECONOMIA BRASILEIRA

Enviado: Sex Fev 11, 2011 10:15 pm
por LeandroGCard
marcelo l. escreveu: Não é minha é do Mansueto que trabalha no IPEA, por isso deixei o link, mas esse governo já começa mal, para mim estão tentando reeditar o primeiro ano do Lula que toda bobagem o que visavam era combater a miséria [005]

Abs.
Na verdade nem acho que a idéia seja reeditar o governo Lula, que na verdade foi um não-governo. Acho mesmo (e por enquanto apenas acho, não dá ainda para formar uma opinião mais abalizada) que a Dilma está querendo estabilizar a situação geral, nos aspectos administrativo, fiscal, econômico, etc..., para poder depois realmente governar de forma eficaz. Mas o novo governo ainda parece mostrar algumas fraquezas típicas do anterior, como a falastrice, o imobilismo, a falta de criatividade e de iniciativa, a fraqueza diante da classe política, o baixo nível de capacidade gerencial, etc... .

Por enquanto prefiro acreditar nas boas intenções. Mas estou achando que apenas isso pode não ajudar muito se o nível de incompetência continuar o mesmo de antes. Mas vamos torcer para que melhore, ainda tenho esperanças de que seja possível.


Leandro G. Card

Re: É O MELHOR MOMENTO DA HISTÓRIA DA ECONOMIA BRASILEIRA

Enviado: Seg Fev 14, 2011 4:23 pm
por Loki
Prezado Leandro, boa tarde!

Concordo com seu ponto de vista, minha discordância ou acrêscimo no seu pensamento é que tirando a falastrice, as demais caracteristicas, por você tão bem apontadas, não vão mudar nem tão cedo, pode ser o governo que for.

No meu ponto de vista somos muito novos nisso ainda, de gestão eficaz e eficiente, excelência de: gestão pública, criatividade e iniciativa. (obviamente estamos falando do ramo público, nosso empresariado tem expoentes mundiais). Temos um ranço antigo e triste nas costas. Infelizmente estamos muito longe de uma meritocracia ou algo assim.

A difierença é que com a boa vontade e a tentativa de fazer, a cretinice juramentada se destaca, chama a atenção e ganha manchetes, e assim de indignação em indignação, as coisas vão mudando aos poucos, infelizmente muito mais lentamente que todos gostariamos, acredito eu.

Por exemplo: Ficamos, o que? 30, 40 anos sem fazer infraestrutura básica( energia e transporte), agora temos recuperar o tempo perdido em menos de 10 anos? Esquece, nem que a vaca tussa, nesse tempo não vamos nem formar os gestores para esses empreendimentos. (e ainda disputar o mercado com a iniciativa privada).

Não sei se consegui ser claro, grande parte dos gestores públicos de hoje nunca fizeram nada disso, nunca aprenderam e nunca precisaram de nada disso. Sei que parece que estou generalizado, mas estou falando da maioria, não de todos. Temos sim um ou outro grande gestor na vida pública, mas infelizmente não são maioria ou são tolhidos por chefes políticos em cargos políticos.

É como já falei algumas vezes mudamos muito bruscamente de patamar e parafraseando o nosso ex-lider em suas metáforas futibolísticas, para o bem ou para o mal, o jogo agora é de campeonato, acabou o dente de leite pra nós.

E sinceramente já é uma grande mudança.

forte abraço

Loki

Re: É O MELHOR MOMENTO DA HISTÓRIA DA ECONOMIA BRASILEIRA

Enviado: Seg Fev 14, 2011 6:31 pm
por LeandroGCard
Loki escreveu:Prezado Leandro, boa tarde!

Concordo com seu ponto de vista, minha discordância ou acrêscimo no seu pensamento é que tirando a falastrice, as demais caracteristicas, por você tão bem apontadas, não vão mudar nem tão cedo, pode ser o governo que for.

No meu ponto de vista somos muito novos nisso ainda, de gestão eficaz e eficiente, excelência de: gestão pública, criatividade e iniciativa. (obviamente estamos falando do ramo público, nosso empresariado tem expoentes mundiais). Temos um ranço antigo e triste nas costas. Infelizmente estamos muito longe de uma meritocracia ou algo assim.

A difierença é que com a boa vontade e a tentativa de fazer, a cretinice juramentada se destaca, chama a atenção e ganha manchetes, e assim de indignação em indignação, as coisas vão mudando aos poucos, infelizmente muito mais lentamente que todos gostariamos, acredito eu.

Por exemplo: Ficamos, o que? 30, 40 anos sem fazer infraestrutura básica( energia e transporte), agora temos recuperar o tempo perdido em menos de 10 anos? Esquece, nem que a vaca tussa, nesse tempo não vamos nem formar os gestores para esses empreendimentos. (e ainda disputar o mercado com a iniciativa privada).

Não sei se consegui ser claro, grande parte dos gestores públicos de hoje nunca fizeram nada disso, nunca aprenderam e nunca precisaram de nada disso. Sei que parece que estou generalizado, mas estou falando da maioria, não de todos. Temos sim um ou outro grande gestor na vida pública, mas infelizmente não são maioria ou são tolhidos por chefes políticos em cargos políticos.

É como já falei algumas vezes mudamos muito bruscamente de patamar e parafraseando o nosso ex-lider em suas metáforas futibolísticas, para o bem ou para o mal, o jogo agora é de campeonato, acabou o dente de leite pra nós.

E sinceramente já é uma grande mudança.

forte abraço

Loki
Olá Loki.

Gostaria de discordar de você e ter mais esperanças. Mas realmnete não posso. Acho que você pegou um ponto importante (talvez o mais importante), não há quadros políticos no Brasil aptos sequer a perceber ou compreender e os problemas, que fará diagnosticá-los e apontar ou pelo menos escolher soluções.

Isto deve mudar com o tempo, mas já não estarei aqui para ver o resultado. É pena.


Um grande abraço,


Leandro G. Card