Página 83 de 101

Re: Pressões Nucleares sobre o Brasil

Enviado: Sex Set 24, 2010 11:55 am
por Francoorp
Brasil poderá ter megarreator em 2016

Imagem

Máquina projetada pelo Ipen atenderia demanda nacional de elementos radioativos de uso médico e científico Hoje, compostos usados na medicina nuclear são importados, e parte do seu processamento é realizado no exterior

SABINE RIGHETTI

“Todo mundo agradece aos médicos ao receber um diagnóstico, mas ninguém agradece ao Ipen [Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares]“, diz José Augusto Perrota, diretor de projetos especiais do instituto.

A “reclamação” se refere a tratamentos e exames que dependem de elementos radioativos – os radioisótopos- usados na produção de vários tipos de fármacos.Tais elementos são importados e, com frequência, processados pelo Ipen. Agora, o instituto quer produzir nacionalmente os radioisótopos, de forma a atender toda a demanda do país.

O Ipen planeja, para isso, construir um novo reator nuclear, que deve custar cerca de R$ 850 milhões.Os recursos para elaboração do projeto -R$ 30 milhões- já foram aprovados pela Finep (Financiadora de Estudos e Projetos).

Se o projeto for aprovado, o novo reator deve estar pronto em 2016. megainvestimento será feito em Iperó, no interior de São Paulo, numa área de 200 hectares cedida pela Marinha e pelo governo do Estado de São Paulo.

O objetivo é criar lá um novo polo de tecnologia nuclear, que deve se desenvolver ao redor do reator. A ideia é que o polo atue na formação de pessoas e auxilie pesquisas, inclusive de usuários não ligados aos institutos da CNEN (Comissão Nacional de Energia Nuclear, ao qual o Ipen é vinculado).

Apesar de ter a sexta maior reserva de urânio (necessário para a produção dos radioisótopos), o país praticamente não produz radioisótopos.

Com exceção do iodo-131, que tem 50% da produção feita no Brasil, os demais são importados de países como Argentina e Israel. Além disso, parte do processamento dos radioisótopos para produção de radiofármacos (moléculas para uso médico ligadas aos elementos) também é feito no exterior.

“Detemos o conhecimento, mas não temos a tecnologia”, lamenta Perrota. O maior e mais utilizado dos reatores nacionais, que fica no próprio Ipen, em São Paulo, foi inaugurado em 1958.
O novo reator poderá produzir e processar os radioisótopos para atender toda a demanda nacional. “Se usado pela comunidade brasileira como previsto, o reator de Iperó se pagará em menos de 20 anos”, diz Perrota.

Para ele, o país não deve se intimidar com os custos. “Não podemos deixar de fazer “big science” [projetos científicos de grande porte, com tecnologia cara].”

Fonte: Folha de São Paulo via Plano Brasil

Re: Pressões Nucleares sobre o Brasil

Enviado: Sex Set 24, 2010 12:11 pm
por Marino

Re: Pressões Nucleares sobre o Brasil

Enviado: Sex Set 24, 2010 3:07 pm
por Francoorp

E o que tem haver com submarino?? :? :? :mrgreen:

Valeu!!

Re: Pressões Nucleares sobre o Brasil

Enviado: Sex Set 24, 2010 3:18 pm
por Marino
Francoorp escreveu:

E o que tem haver com submarino?? :? :? :mrgreen:

Valeu!!
MUITO, acredite. :wink:

Re: Pressões Nucleares sobre o Brasil

Enviado: Sex Set 24, 2010 3:40 pm
por DELTA22
E o tal reator com os argentinos? Escanteio? :wink:

[]'s.

Re: Pressões Nucleares sobre o Brasil

Enviado: Sex Set 24, 2010 3:41 pm
por Marino
Não, creio que haverá um projeto comum, mas com cada um construindo o seu.

Re: Pressões Nucleares sobre o Brasil

Enviado: Sex Set 24, 2010 4:01 pm
por DELTA22
Então esse ai da notícia é o projeto com os argentinos? Ou entendi tudo errado (+ uma vez!)?

[]'s.

Re: Pressões Nucleares sobre o Brasil

Enviado: Sex Set 24, 2010 4:15 pm
por Marino
Houve uma aproximação governamental com a Argentina para que ambos países construíssem o mesmo reator, que seria de projeto comum.
Aparentemente os hermanos também queriam isso, mas construiremos com, ou sem, a Argentina.

Re: Pressões Nucleares sobre o Brasil

Enviado: Sex Set 24, 2010 4:41 pm
por DELTA22
Ah.... Muito bom saber disso! Obrigado! :)
[]'s.

Re: Pressões Nucleares sobre o Brasil

Enviado: Sex Set 24, 2010 8:04 pm
por Túlio
Marino escreveu:Não, creio que haverá um projeto comum, mas com cada um construindo o seu.

Apostaria que um NÃO VAI construir o dele e vai culpar o outro... :twisted: :twisted: :twisted: :twisted:

Re: Pressões Nucleares sobre o Brasil

Enviado: Sex Set 24, 2010 8:13 pm
por Marino
:lol: :lol: :lol:

Re: Pressões Nucleares sobre o Brasil

Enviado: Sex Set 24, 2010 8:17 pm
por brisa
Túlio escreveu:
Marino escreveu:Não, creio que haverá um projeto comum, mas com cada um construindo o seu.

Apostaria que um NÃO VAI construir o dele e vai culpar o outro... :twisted: :twisted: :twisted: :twisted:
[003] [003] [003] .....muito boa Tulio..... :mrgreen:

Re: Pressões Nucleares sobre o Brasil

Enviado: Sáb Set 25, 2010 11:44 am
por Marino
A notícia é preocupante, pois o alvo pode virar outro...
================================================
Irã considera fim do enriquecimento de urânio

Ahmadinejad insiste em culpar os EUA pelo 11/9, e Obama reage, taxando comentários de odiosos e imperdoáveis



NOVA YORK e VIENA. Adotando um tom mais ameno diante de dezenas de repórteres que se espremiam para ouví-lo em um hotel de Nova York, o presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, afirmou ontem que Teerã poderia suspender o processo de enriquecimento de urânio caso recebesse do Ocidente combustível nuclear para alimentar seu reator de pesquisas médicas.

Um dia após um discurso incendiário na ONU — no qual acusou os próprios Estados Unidos pelos atentados de 11 de setembro — Ahmadinejad reiterou a acusação e defendeu uma comissão para investigar os ataques.

Numa verdadeira batalha verbal, o presidente americano, Barack Obama, classificou — em entrevista à BBC em persa — as palavras do líder iraniano como odiosas e imperdoáveis

Em Viena, AIEA barra resolução anti-Israel O bate-boca indireto entre Obama e Ahmadinejad marcou o fim da Assembleia Geral da ONU — já esvaziada pela ausência de diversas lideranças mundias e pelas dúvidas quanto à eficiência do gigantesco órgão de 192 países quando, na realidade, as discussões globais mais relevantes se concentram no seleto grupo de membros do Conselho de Segurança.

Ahmadinejad garantiu estar disposto a retomar as negociações acerca de seu programa nuclear “provavelmente em outubro” e afirmou que a pressão internacional é contraprodutiva, “um insulto às nações e boa apenas para caubóis e retardados”.

— Não estamos interessados em continuar enriquecendo urânio a 20%. Eles (os EUA) politizaram a questão. Fomos obrigados a fazê-lo para dar apoio a nossos pacientes. Podemos considerar a suspensão do enriquecimento quando nos fornecerem combustível nuclear.

Mas, questionado sobre seu controverso discurso responsabilizando os EUA pelo 11 de setembro, Ahmadinejad retomou a retórica combativa e criticou as guerras no Iraque e Afeganistão como reações exageradas.

— Vocês não acham que chegou a hora de estabelecer uma comissão de investigação (sobre os ataques)? — disparou, ironicamente. — Os americanos não deveriam ocupar o Oriente Médio inteiro, bombardear festas de casamento, aniquilar vilas inteiras porque um terrorista está escondido lá.

Antes mesmo de Ahmadinejad reafirmar seus comentários, o presidente Barack Obama deu sua resposta em uma entrevista ao canal persa da rede BBC. Tentando demonstrar simpatia à audiência iraniana, Obama condenou a atitude do presidente.

— Foi ofensivo. Foi odioso.

Particularmente por fazer essas declarações apenas um pouco ao norte do Marco Zero, onde famílias perderam entes queridos.

Fazer aquele comentário foi imperdoável — afirmou Obama. — Isso só mostra mais uma vez a diferença em como a liderança iraniana e a maioria do povo iraniano, que pensa e é respeitoso, pensam essas questões.

Entre as promessas de americanos e iranianos — de que a porta do diálogo ainda está aberta — e trocas de farpas, a verborragia irritou o secretáriogeral da ONU, Ban Ki-moon.

Apesar de evitar qualquer menção direta ao discurso de Ahmadinejad e à reação de Obama, Ban alertou contra a demonização das diferenças entre o Ocidente e o mundo islâmico: — Deixe-nos compreender que vivemos num mundo em que um pequeno grupo pode causar grande estrago. Esse estrago pode ser multiplicado pela linguagem solta na política.

O clima polêmico, no entanto, se estendeu a Viena. Por 46 votos a favor, 51 contra e 23 abstenções, a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) rejeitou ontem uma proposta de resolução dos países árabes pressionando Israel a aderir ao Tratado de Não Proliferação Nuclear (TNP) — causando a indignação do Irã e dos países-membros da Liga Árabe

Re: Pressões Nucleares sobre o Brasil

Enviado: Sáb Set 25, 2010 2:48 pm
por Hezekiah
Túlio escreveu:
Marino escreveu:Não, creio que haverá um projeto comum, mas com cada um construindo o seu.

Apostaria que um NÃO VAI construir o dele e vai culpar o outro... :twisted: :twisted: :twisted: :twisted:
[018] Qta maldade nesse coração!!!! [011] :twisted:

Re: Pressões Nucleares sobre o Brasil

Enviado: Ter Set 28, 2010 11:05 am
por varj
Mas que um projeto comum, mesmo que cada um construindo o seu, desfocaria um pouco os olhares, além de fortalecer o cone sul.