UCRÂNIA

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Re: UCRÂNIA

#12181 Mensagem por mauri » Qua Jul 17, 2024 1:48 pm

cabeça de martelo escreveu: Qua Jul 17, 2024 1:31 pm Exacto Túlio, era apenas para a gripe, a sério, confia em mim!

Recorda-me a lingua chama-se...brasileiro? Não, é Português, lingua latina derivada do galaico-português.
A língua portuguesa nasceu como galego e foi politicamente língua comum na Galiza e em Portugal até o século XIV – sem ainda a nomeação do idioma de Portugal como “português”, que só ocorreu com o Rei Dom Dinis (1261-1325).22/05/2024
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Deixa os indígenas em paz, na verdade limita-te a usar a velha sabedoria tradicional portuguesa, quando vez uma indígena é "pás pás pás".

PS: se não percebem o que raio é "pás pás pás", então não percebem nada da colonização portuguesa e não estou a referir-me a armas de fogo, nem de guerra. Envolve suor, gemidos e indígenas pelo meio (que acaba em muitos "mauris" por esse Brasil fora). :twisted: [003]

E quem não gostar não passa de um grande @Túlio .

Por falar nisso, com a guerra vai haver muita Russa e Ucraniana sem homem...
Pois num é que este, DINIZ I, cabra da peste, é meu priminho, era Albuquerque da nata!!

Juntou tudim e disse: De hoje em diante os galegos vão todos falar brasileiro!!

Leva este homem pra Ucrânia, aposto que vai separa bem direitinho, quem é UCRA, e quem é CZAR!!




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Re: UCRÂNIA

#12182 Mensagem por cabeça de martelo » Qua Jul 17, 2024 1:54 pm

Ele diria:

- És Ucra? Vai para a direita.

- És Czar? Vai para a esquerda.

Depois virava-se a dizia:

- Meu povo, os da esquerda são Portistas e adoram levar com uma vara de cerejeira nos cachaços. Façam-lhes a vontade!




"Lá nos confins da Península Ibérica, existe um povo que não governa nem se deixa governar ”, Caio Júlio César, líder Militar Romano".

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Re: UCRÂNIA

#12183 Mensagem por FOXTROT » Qua Jul 17, 2024 6:15 pm

https://southfront.press/dock-repairs-o ... ed-report/

REPAROS NA DOCA DO SUBMARINO RUSSO DANIFICADO EM ATAQUE COM MÍSSEIS UCRANIANOS CONCLUÍDOS – RELATÓRIO

Reparos na doca do submarino russo danificado em ataque com mísseis ucranianos concluídos - Relatório
Submarino russo Rostov-on-Don, imagem ilustrativa. (Ministério da Defesa da Rússia)

Os reparos na doca do submarino Rostov-on-Don do Projeto 636.3 Kilo Melhorado da Frota do Mar Negro foram concluídos, disse uma fonte do complexo da indústria de defesa à TASS em 17 de julho.

“Há algum tempo, o submarino deixou o cais com sucesso e seus reparos continuam a flutuar”, disse a fonte não identificada, citando a agência de notícias russa.

O Rostov-on-Don estava atracado no Estaleiro de Sebastopol, na Península da Crimeia, para reparos quando foi atingido, junto com outro navio da Frota do Mar Negro, o navio de desembarque Minsk, da classe Ropucha, por mísseis de cruzeiro ucranianos em 13 de setembro do ano passado.

Na época, o regime de Kiev alegou que os dois navios estavam “provavelmente danificados além do reparo”. No entanto, o governo russo negou isso e declarou que ambos seriam reparados e retornariam ao status operacional completo.

Duas fotos do Rostov-on-Don vazaram após o ataque de mísseis. As fotos mostraram duas grandes brechas no casco do submarino, uma em torno do ponto médio do lado de estibordo até a parte traseira da torre de comando e outra na proa superior.

O Rostov-on-Don é apenas um dos seis submarinos Improved Kilo em serviço na Frota do Mar Negro da Marinha Russa. Esses submarinos furtivos de ataque diesel-elétricos lançaram dezenas de ataques contra alvos do regime de Kiev usando mísseis de ataque terrestre Kalibr desde o início da operação militar especial russa na Ucrânia.

O sucesso da Rússia em reparar Rostov-on-Don foi um golpe para o regime de Kiev, que promoveu o ataque ao submarino como uma grande conquista.




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Re: UCRÂNIA

#12184 Mensagem por Túlio » Qua Jul 17, 2024 7:44 pm

cabeça de martelo escreveu: Qua Jul 17, 2024 1:31 pm Exacto Túlio, era apenas para a gripe, a sério, confia em mim!
Mas era mesmo, "turbinada" pela histeria em massa disseminada pelos meRdia em que tanto confias; olhes para o vosso Deadly Joe, que agora tem "covid" e nem usa a MÁSCARA MILAGROSA. [003] [003] [003] [003]


cabeça de martelo escreveu: Qua Jul 17, 2024 1:31 pm Recorda-me a lingua chama-se...brasileiro? Não, é Português, lingua latina derivada do galaico-português.
A língua portuguesa nasceu como galego e foi politicamente língua comum na Galiza e em Portugal até o século XIV – sem ainda a nomeação do idioma de Portugal como “português”, que só ocorreu com o Rei Dom Dinis (1261-1325).22/05/2024
Devem abundar teorias sobre o nosso (meu e teu) segundo idioma ser chamado de inglês, apesar de o verdadeiro dialecto falado na mais recente moiraria de Europa ser quase ininteligível, então inglês mesmo é o falado nas colómnias da América do norte; apenas o sotaque permanece tendo algum appeal, no caso deles.
cabeça de martelo escreveu: Qua Jul 17, 2024 1:31 pm Deixa os indígenas em paz, na verdade limita-te a usar a velha sabedoria tradicional portuguesa, quando vez uma indígena é "pás pás pás".

PS: se não percebem o que raio é "pás pás pás", então não percebem nada da colonização portuguesa e não estou a referir-me a armas de fogo, nem de guerra. Envolve suor, gemidos e indígenas pelo meio (que acaba em muitos "mauris" por esse Brasil fora). :twisted: [003]
Por este ângulo tem "mauris" no mundo todo, bobear e ainda descubro que uma tribo chamada Maoris foi iniciada por uns tugas que naufragaram perto do que hoje chamam New Zealand e ficaram entediados. Na verdade estou cá até a desconfiaire de como realmente começou a Mauritânia... :twisted: :twisted: :twisted: :twisted:
cabeça de martelo escreveu: Qua Jul 17, 2024 1:31 pm E quem não gostar não passa de um grande @Túlio.

Matem-me este COMUNAZZZ e mandarei o Taxxad parar de taxar! [011]

cabeça de martelo escreveu: Qua Jul 17, 2024 1:31 pm Por falar nisso, com a guerra vai haver muita Russa e Ucraniana sem homem...
Loura aqui é o que mais tem; que comece uma grande guerra na Ásia então, ofereço santuário em meu humilde palácio a uma ou duas japinhas, que cá sou bem conhecido pelo meu imenso humanitarismo. 😋


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Re: UCRÂNIA

#12185 Mensagem por cabeça de martelo » Qui Jul 18, 2024 3:51 am

Como todos sabemos os Russos estão a produzir dezenas, não centenas, não milhares de Carros de Combate. Uma prova disso é eles buscarem ao ferro velho os seus T54 para usarem na Ucrânia.

T...54!






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Re: UCRÂNIA

#12186 Mensagem por avc1 » Qui Jul 18, 2024 7:22 am

cabeça de martelo escreveu: Qui Jul 18, 2024 3:51 am Como todos sabemos os Russos estão a produzir dezenas, não centenas, não milhares de Carros de Combate. Uma prova disso é eles buscarem ao ferro velho os seus T54 para usarem na Ucrânia.

T...54!


E qual o problema? Não atira e não faz estrago como os outros?? Tá cheio de carcaça de coisa moderna da otan destruída nos campos da Ucrânia.




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Re: UCRÂNIA

#12187 Mensagem por cabeça de martelo » Qui Jul 18, 2024 7:33 am

T-54 e T-55 é uma série de tanques de batalha, ou carro de combate, concebidos na União Soviética. O seu primeiro protótipo surgiu em Março de 1945, pouco antes do final da Segunda Guerra Mundial. O T-54 entrou em plena produção em 1947 e tornou-se o tanque principal para as unidades blindadas do exército soviético, os exércitos dos países do Pacto de Varsóvia, entre outros. T-54S e T-55S estavam envolvidos em muitos dos conflitos armados no mundo durante o século XX.
Com sorte têm entre 60 a 70 anos, coisa pouca.




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Re: UCRÂNIA

#12188 Mensagem por FOXTROT » Qui Jul 18, 2024 7:58 am

https://southfront.press/russian-army-f ... ts-videos/

EXÉRCITO RUSSO FRUSTRA GRANDE ATAQUE UCRANIANO NA CRIMEIA E INTERCEPTA MAIS DE 40 DRONES E BARCOS (VÍDEOS)

Exército russo frustra grande ataque ucraniano na Crimeia e intercepta mais de 40 drones e barcos (vídeos)
Imagem de arquivo.

Os militares russos repeliram na noite de 17 e 18 de julho um ataque ucraniano em larga escala com drones suicidas aéreos e barcos sem tripulação na Península da Crimeia.

Em um comunicado, o Ministério da Defesa da Rússia disse que 33 drones foram interceptados pelas defesas aéreas sobre a Crimeia e outros dois sobre a região de Bryansk durante o ataque. Além disso, dez barcos que estavam indo em direção à Península foram destruídos no Mar Negro.

Vídeos postados nas redes sociais mostraram a interceptação de vários drones na costa da Crimeia, bem como a destruição de um dos barcos usados ​​no ataque.

A mídia russa não relatou nenhuma vítima ou perda material na Crimeia ou Bryansk como resultado do ataque ucraniano fracassado.





O regime de Kiev intensificou os ataques à Crimeia e outras regiões russas nos últimos meses, numa tentativa de compensar as recentes derrotas de suas forças.

Em 23 de junho, as forças de Kiev lançaram uma série de mísseis balísticos táticos MGM-140 ATACMS de fabricação americana no porto de Sevastopol, na Crimeia. Submunições das ogivas de fragmentação dos mísseis atingiram uma praia lotada, matando 4 civis e ferindo mais de 150 outros.

Os militares russos têm respondido aos ataques à Crimeia lançando ataques em grupo contra infraestrutura militar e instalações de energia relacionadas na Ucrânia.




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Re: UCRÂNIA

#12189 Mensagem por Suetham » Qui Jul 18, 2024 11:21 am

cabeça de martelo escreveu: Qui Jul 18, 2024 3:51 am Como todos sabemos os Russos estão a produzir dezenas, não centenas, não milhares de Carros de Combate. Uma prova disso é eles buscarem ao ferro velho os seus T54 para usarem na Ucrânia.
T...54!
Não é o que diz o RUSI.

https://www.rusi.org/explore-our-resear ... rough-2024
For example, Russia is delivering approximately 1,500 tanks to its forces per year along with approximately 3,000 armoured fighting vehicles of various types.
...
Of the tanks and other armoured fighting vehicles, for example, approximately 80% are not new production but are instead refurbished and modernised from Russian war stocks.
20% de 1.500 CC = 300 CC produzidos
20% de 3.000 AFV = 600 AFV produzidos

A indústria russa está entregando aprox. 1.500 CC anualmente, dos quais aprox. 80% são CC reformados e modernizados de estoques de guerra, e aprox. 3.000 AFVs de outros tipos (provavelmente em proporção semelhante entre novos e reformados). Ainda para constar:
In terms of combat equipment, the Russian Group of Forces holds approximately 4,780 barrel artillery pieces, of which 20% are self-propelled; 1,130 MLRS; 2,060 tanks; and 7,080 other armoured fighting vehicles, primarily consisting of MT-LBs, BMPs and BTRs. These continue to be supported by 290 helicopters, of which 110 are attack helicopters, and 310 fast jets. These equipment sets are limited in how they can be employed by ammunition shortages, especially for key natures like 220 mm multiple launch rocket systems (MLRS) and fluctuating availability of 152mm ammunition. Some sets, like fast air, are constrained by the availability of pilots with sufficient experience to carry out key missions. Russian air crew losses – including operators in the Il-20 Coot and A-50U Mainstay, shot down – amount to 159 personnel, which given the unevenness of flight hours in Russian squadrons amounts to a serious loss of capability. Nevertheless, the Russian Aerospace Forces (VKS) can continue to mount a significant sortie rate and deliver stand-off munitions. The overall assessment is that while Russian force quality is unlikely to increase so long as the AFU can maintain a significant level of attrition across the force, the Russians will be able to maintain a steady tempo of attacks throughout 2024.
Fator corroborado com essa matéria:
https://web.archive.org/web/20231214125 ... month.html
In 2023, despite economic and technological challenges, the Russian military industry significantly increased its tank production. According to claims by Viktor Murakhovsky, a Russian military expert, the country's defense industry supplied the Russian army with about 2,100 tanks of various types, ranging from older models T-54/55 and T-62 to the latest T-90M Proryv. This increase is significant compared to previous data, which suggested an annual production of about 200 new tanks, specifically of the T-90M Proryv type. In 2023, the Russian army received 210 new tanks, compared to only 30 units in 2020, and the number of T-72B3 tanks delivered in 2023 is 840 vehicles, compared to 120 units in 2020.
~2000 CC e ~7000 AFVs são respectivamente 60% e 50% do estoque ativo de 2021, de acordo com os números do The Military Balance. A Rússia, na ocasião, detinha aproximadamente 3.330 CC ativos e 10.500 na reserva. Na taxas anteriores de perdas, a Rússia perdia cerca de 500 CC e 1.000 IFV/AFV a cada 6 meses, com dois anos de guerra, outros 3.000 CC e 3.000-6.000 IFV/AFVs devem estar em revisão em fábricas e unidades de reparo de linha de frente. A curto prazo, o estoque pode ainda manter a Rússia no confronto, mas as estimativas a médio prazo não são nada confortáveis para manter essa taxa de atrito, considerando os estoques e produções próprias mantendo esse mesmo ritmo.

Aliás, os estoques de materiais de guerra da Rússia eram uma das principais causas de apreensões na OTAN. Isso permitiu o dimensionamento ou a sustentação de operações intensivas, apesar das perdas. Até o final de 2024, de acordo com Oryx, a Rússia teria perdido ~3.000 CC em combate e, após mais de dois anos de confronto e 1-2 revisões, outros 3.000 serão bons apenas para sucata. Isso é perto de 6.000 CC, muitos de melhor qualidade, descartados junto com 4.500 AFVs (+ mais para desgaste), centenas de veículos de engenharia e auxiliares, etc. Isso efetivamente impedirá a Rússia de lançar qualquer operação ofensiva em larga escala a médio prazo, no mínimo, mas apenas se a produção em tempo de guerra for mantida, o que era um forte componente de dissuasão da Rússia em relação à OTAN:
https://www.armyupress.army.mil/Journal ... y-for-War/




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Re: UCRÂNIA

#12190 Mensagem por Suetham » Qui Jul 18, 2024 11:32 am

https://www.yahoo.com/news/exclusive-wh ... 12526.html
Exclusive-White House should disclose whether Russia sharing US weapons insight with China, says Congress




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Re: UCRÂNIA

#12191 Mensagem por gabriel219 » Qui Jul 18, 2024 1:33 pm

Considerando os mapas do Suryaik, os Russos tem avançado, em média 11km² por dia, enquanto a AFU conseguiu retomar algo em torno de 200m² nos últimos 5 dias.








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Re: UCRÂNIA

#12192 Mensagem por Suetham » Sex Jul 19, 2024 10:47 am

https://rusi.org/explore-our-research/p ... ns-2022-23
Preliminary Lessons from Ukraine’s Offensive Operations, 2022–23
https://static.rusi.org/lessons-learned ... 022-23.pdf

Este é o relatório recente do RUSI sobre as ofensivas ucranianas de 2022 e a contraofensiva ucraniana de 2023, foi escrito em colaboração com o Estado-Maior da Ucrânia.

No capítulo 1, discutindo sobre a operação de libertação de Kherson, havia-se já discutido a operação ao sul para avançar sob o eixo de Zaporizhzhia para alcançar Melitopol, envolvendo as forças russas em dois eixos na tentativa de bloquear o território contínuo terrestre do Donbas para Zaporizhzhia/Kherson e isolar as forças russas na península da Crimeia, o que seria adequadamente o próximo passo ofensivo estratégico ucraniano. Em novembro, os ucranianos conseguiram avançar sob Kherson, com os russos sendo obrigados a recuarem através do rio Dnipro para a outra margem, realizando uma operação de transposição retrógrada de um curso de água. Como eu já postei aqui nesse tópico, os ucranianos poderiam ter continuado a operação e atravessado o rio Dnipro conquistando uma cabeça de ponte no lado esquerdo da margem, entretanto, como os russos controlavam ainda as duas margens do rio, esse controle permitiu os russos a minarem os eixos de avanços ucranianos, o que deu uma vantagem russa na operação retrógrada, pois obrigou os ucranianos a desminagem desses eixos antes de realizarem a tentativa de translado, o que efetivamente encerrou a ofensiva ucraniana nessa linha de frente, a captura de alguns veículos MLRS que lançavam minas foram capturados pelos ucranianos assim que consolidaram os avanços, o que claramente demonstra que os russos realmente fizeram valer o manual nesse tipo de operação retrógrada, pois uma das etapas para essa operação é a ação retardadora que antecede os translados, trocando espaço por tempo - permitindo assim a operação ordenado até o fim.

Ainda sobre a ofensiva no ano de 2022, o avanço sobre Kharkiv não tenho muito o que dizer, pois o avanço foi executado brilhantemente, o próprio relatório enfatiza o efeito político que teve nos parceiros da Ucrânia, com os ganhos superando as expectativas ucranianas e eu acho que da maioria também. Destaca-se essas duas operações em que a Ucrânia foi muito vitoriosa, no que diz respeito a condução até aquele momento da guerra. Até aqui, a Ucrânia estava conduzindo a guerra de maneira muito superior à Rússia, mas os erros de excesso de confiança começaram a minar a capacidade de análise imparcial e começaram os problemas operacionais ucranianos, aqui destaco a ofensiva em Kremmina/Svatove, após os sucessos dessas duas batalhas, a Ucrânia definitivamente nunca mais conseguiu obter qualquer sucesso operacional na guerra, desde então, os ucranianos começaram a entrar em batalhas que, ou ainda estão em andamento (https://simple.wikipedia.org/wiki/Battl ... minna_line) ou efetivamente já perdeu (https://en.wikipedia.org/wiki/Battle_of_Bakhmut ou https://en.wikipedia.org/wiki/Battle_of ... 80%932024)).

Uma das batalhas que perdeu foi Bakhmut. Como o relatório afirma e confirmado pelos ucranianos, Bakhmut era de pouco valor, mas poderia servir de base para o próximo objetivo que era Chasiv Yar. Entretanto, a altura da cidade não propiciava uma defesa adequada para uma prolongada taxa de atrito, com a cidade situado em terreno baixo, além do controle das linhas de comunicações que o ZSU usava para rotacionar as unidades, o atrito não favorecia a Ucrânia. Enfatiza-se que as baixas do Wagner eram extremamente elevados, mas foram os condenados que foram mobilizados que eram descartáveis para a Rússia correspondeu a maior parte dessas baixas, enquanto que as baixas ucranianas eram de combatentes experientes, o que efetivamente foi uma campanha desfavorável para a Ucrânia, condenando toda a contraofensiva posterior. A Ucrânia trocou combatentes experientes nessa batalha para formar novas unidades para coordenar o esforço principal da ofensiva mais importante da guerra desde o início. Não preciso afirmar que essa decisão foi uma estupidez colossal, uma vez que, como provado na contraofensiva ucraniana, as unidades mais antigas e experientes foram as que efetivamente tiveram os maiores sucessos nessa operação, com as novas unidades com equipamentos ocidentais lamentavelmente produzindo resultados negativos.

O relatório ainda descreve a tentativa de coordenar o esforço de mobilização e atenuar as ofensivas russas de inverno-primavera, utilizando para isso unidades experientes e deixando as unidades em formação em reserva para constituir a força de avanço na contraofensiva que sucedeu no verão de 2023, isso deixou um número insuficiente de unidades experientes nos primeiros combates na contraofensiva. Esse erro foi a continuidade exasperada da tarefa de incumbir o planejamento de guerra ucraniano e seus aliados antes da contraofensiva, a Ucrânia poderia ter gerido melhor essa mobilização, enviando unidades recém-formadas com MEM para a frente na tentativa de prover experiência aos mobilizados, movendo-se as unidades experientes para a retaguarda, promovendo o descanso e a reconstituição das baixas de cada unidade, treinando e colocando-as novamente na linha de frente, o que permitiria rotacionar grande parte das unidades que estavam em guerra há um ano sem nenhum descanso, isso teria um efeito moral enorme na capacidade de combate da Ucrânia e seria uma situação muito diferente de quando a Ucrânia iniciou a contraofensiva.

No capítulo dois sobre a ofensiva ucraniana no ano de 2023, demonstrando os erros acometidos - dede a falta de coordenação das unidades levando a incidentes de fogo-amigo, falta de veículos de desminagem, a faixa estreita planejado para violação da brecha, entre outros tipos de erros táticos cometidos. O mais interessante do relatório é afirmar que todo o 9th Strategic Reserve Corps só detinha aproximadamente 10 veículos de desminagem, isso é um número extremamente baixo e eu certamente desconfiaria desses números, como o próprio relatório enfatiza, essas análises são imparciais e eu duvido que eles cometeriam o erro de divulgar precisamente esses detalhes, por exemplo, hoje já se sabe que o envio de M777 é maior do que o anunciado publicamente, considerando a quantidade dessa Pç Art destruída pelos russos, o que era muito superior ao relatado.

Prosseguindo no relatório, foi afirmado que os ucranianos poderiam já ter encerrado a contraofensiva ainda em julho, quando a maioria de suas unidades ainda estavam comprometidas e poderiam cancelar a operação no esforço principal, de modo a economizar tempo, material e recursos humanos, o que efetivamente não foi uma escolha certa continuar a tentativa de violação, quando já estavam empregando unidades de três C Ex no principal esforço ao sul.

Uma outra coisa interessante no relatório é a suposição dos ataques de profundidade com mísseis ocidentais na retaguarda russa, atacando pontos C2, logística, defesa aérea e afins, esperando que isso poderia contribuir com a ofensiva terrestre em andamento, o que foi uma estimativa muito realista da parte tanto dos ucranianos quanto dos aliados da OTAN. Eles enfatizam que foi enviado mais de 300 mísseis de cruzeiro Storm Shadow e SCALP para a Ucrânia realizar essa campanha, considerando os ataques realizados, não creio que eles utilizaram todos esses mísseis, acho muito difícil de crer que eles usaram 2/3 desse inventário total, mesmo que usassem, ainda assim não creio que faria muita diferença, porque as campanhas aéreas de bombardeios não funcionam na maioria das vezes em que se tenta conseguir atingir esse objetivo, principalmente com essa crônica restrição de mísseis. Usando o exemplo da Guerra do Golfo, a campanha aérea de um mês antes do início da campanha terrestre, a coalização desgastou as divisões de infantaria do Exército Iraquiano que guarneciam a Linha Saddam em mais de 50%, quase cortaram totalmente suas linhas de suprimento, estavam fazendo bombardeios de B-52 sobre eles, lançando enormes bombas Daisy Cutter em campos minados bem na frente deles, cortaram suas comunicações da retaguarda e lançando milhões de panfletos dizendo para eles desertarem na campanha opsec. As divisões da retaguarda blindada e mecanizada ​​e da Guarda Republicana foram reduzidas em cerca de 75% das capacidades de combate antes do início da campanha terrestre. Não tinha como a Ucrânia sequer reproduzir isso em menor escala, seria uma capacidade fora da realidade para o ZSU, o que complicaria ainda mais a contraofensiva se tentasse fazê-lo. Por isso, essa campanha teve efeito nulo no avanço terrestre ao sul, com o efeito mais importante se sentindo sobre a Frota do Mar Negro.

Uma coisa que eu havia já reparado durante a condução da contraofensiva é o uso de GMLRS para o apoio direto aos avanços realizados no sul, o relatório enfatiza que os ucranianos decidiram se concentrar precisamente em Tokmak, abandonando os ataques em profundidade contra C2 russo e a logística, principalmente visando atacar Pç Art russas e dispositivos de DAAe de curto alcance na linha de frente.
Aqui: https://defesabrasil.com/forum/viewtopi ... 1#p5638461
Mais aqui: https://defesabrasil.com/forum/viewtopi ... 8#p5636668
E aqui: https://defesabrasil.com/forum/viewtopi ... 6#p5638246

Eles enfatizam que o fogo direto com outras Pç Art foi impossibilitado pelo uso massivo de Lancet, entretanto, isso só foi possível devido a faixa estreita da operação de abertura de brecha que tentaram violar em Zaporizhzhia, o que diminuiu a faixa de atuação desses drones russos a uma pequena área restrita para caçar equipamentos ucranianos.

Uma outra coisa que eu também já havia reiterado aqui é com relação a divisão das brigadas de artilharia em três eixos diferentes, com apenas uma única brigada responsável pelo esforço principal, o que acabou produzindo poucos esforços de apoio de fogo para o eixo ao sul, destacando as demais brigadas em apoio ao eixo oriental e colocado em reserva.

No capítulo três, eles descrevem as falhas demonstradas pela Ucrânia, como todos já sabem, a Ucrânia e os seus aliados viram os militares russos de 2022 no ano de 2023, acreditando que eles não se adaptaram e mudaram a sua estratégia e planejamento, ainda mais com uma mobilização em andamento, momentos em que a ofensiva já estava sendo planejado, o excesso de otimismo acabou provocando avaliações totalmente questionáveis, isso tem uma validação, se chama Doença da Vitória(https://en.wikipedia.org/wiki/Victory_disease), a propaganda ucraniana nas redes sociais teve um forte impulso para isso, se convenceram de sua própria propaganda.

A parte da falta de surpresa do capítulo três é digno de risos, claramente chamando a atenção para os discursos políticos da liderança ucraniana em torno da contraofensiva, Zelensky e seu gabinete foram os maiores aliados dos russos no período que antecedeu a operação, o que mais me chama atenção é que isso deveria ser particularmente abordado por Budanov, da qual é muito capacitado para opsec como ninguém na Ucrânia, nem ele mesmo foi capaz de seguir a tendência do silêncio e dissimulação em torno dessa contraofensiva, o que explica muita coisa sobre a cadeia de erros de planejamento e execução da operação.

Outro problema agravado pelos militares ucranianos foram a falta de oficiais competentes dentro dos QGs das U e GU do ZSU, o que explica a incapacidade de sincronizar as operações e escalar para manobras a nível GU. Os oficiais ucranianos nunca forem competentes o suficiente para conseguir realizar esse tipo de operação, na verdade, mesmo os oficiais superiores e generais jamais tiveram alguma experiência com isso e nunca treinaram adequadamente para tal. Não seria um treinamento de meses que poderia conseguir solucionar isso.
Eu já havia reiterado isso aqui: https://defesabrasil.com/forum/viewtopi ... 1#p5638461

Na parte da deficiência de planejamento, fica bem evidente que o excesso de otimismo exagerado levaram a conclusões totalmente superestimadas de suas capacidades e uma subestimação grosseira da capacidade dos russos. Não há desculpa para tamanha conclusão errônea, enquanto que no planejamento prévio, se esperava um colapso russo assim que os primeiros disparos de artilharia caíssem nas unidades russas, atribuir qualquer isenção de erro aqui é uma desculpa esfarrapada para tamanha incompetência jamais vista.




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Re: UCRÂNIA

#12193 Mensagem por cabeça de martelo » Sex Jul 19, 2024 6:19 pm





"Lá nos confins da Península Ibérica, existe um povo que não governa nem se deixa governar ”, Caio Júlio César, líder Militar Romano".

Portugal está morto e enterrado!!!

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Re: UCRÂNIA

#12194 Mensagem por gabriel219 » Sex Jul 19, 2024 8:06 pm

O cara tá comemorando 100,000 cartuchos de 155 mm em um ano, o mesmo que uma padaria em uma esquina de Krasnodar faz...

Inacreditável!




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Re: UCRÂNIA

#12195 Mensagem por gabriel219 » Sex Jul 19, 2024 8:19 pm







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