Marinha de Portugal
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soultrain escreveu:50 programas que vão mudar as Forças Armadas
2003-05-13
Ministério da Defesa Nacional
Novo Sistema de Gestão Integrado da Defesa Nacional Implementação de um Sistema de Gestão Integrado, comum ao Ministério da Defesa Nacional e Forças Armadas, permitindo uma gestão integrada e mais eficiente dos recursos atribuídos à Defesa
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1º sexénio 26,911 MEuros Novo
Indústrias de Defesa e Base Tecnológica da Defesa Apoio à modernização do parque industrial da Defesa Nacional e desenvolvimento de projectos de investigação
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1º sexénio 66,976 MEuros Aumenta
Estado-Maior General das Forças Armadas
Sistema de comando e controlo conjunto das Forças Armadas Melhora a capacidade de comando e controlo centralizada de forças da Marinha, Exército e Força Aérea quando empenhadas em operações, bem como a ligação à NATO
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1º sexénio 48,602 MEuros
Aumenta
Mais equipamentos individuais NBQ para equipar forças do Exército, Marinha e Força Aérea Aquisição de mais 2.900 equipamentos individuais de protecção NBQ, conferindo maior grau de protecção e de sobrevivência de militares actuando em ambiente contaminado
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1º sexénio 27,544 MEuros Aumenta
Marinha
Modernização das Estações Rádio Navais Modernização e automatização das Estações Rádio Navais para melhorar as comunicações entre os comandos e meios navais empenhados em operações
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1º sexénio 17,797 MEuros Aumenta
Navio Polivalente Logístico (LPD) Portugal terá, finalmente, um meio de projecção de forças e meios para áreas onde decorram missões militares, de paz ou de ajuda humanitária; o navio será construído nos estaleiros de Viana do Castelo
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1º sexénio 245,082 MEuros Leasing
(menos 78 MEuros) Igual
Novo equipamento para os Fuzileiros Prevê o dotar o Batalhão de Fuzileiros e o Destacamento de Acções Especiais com equipamentos mais modernos; inclui a aquisição de 20 viaturas blindadas de rodas de desembarque
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1º sexénio 51,200 MEuros Aumenta
Substituição dos submarinos Prevê a aquisição de dois submarinos com recurso ao leasing, substituindo os 3 submarinos da classe "Albacora", projectados na década de 50 e encomendados por Portugal em 1964
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1º sexénio 973,120 MEuros Leasing
(menos 661 MEuros) Reduz
Modernização das Fragatas da classe "Vasco da Gama" Assegura-se o início da modernização das 3 Fragatas "Vasco da Gama", tipo "Meko 200", que entraram ao serviço da Marinha em 1991; prevista uma modernização profunda durante o 2º sexénio da LPM
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1º sexénio 15,000 MEuros Igual
Completa os helicópteros da Marinha Aquisição de dois helicópteros para as Fragatas da classe "Vasco da Gama", reparando e completando a frota existente
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1º sexénio 45,000 MEuros Novo
Substituição das Fragatas da classe "João Belo" Permite o início da aquisição de Fragatas para substituir as Fragatas da classe "João Belo", construídas em 1967 e que se encontram em fim de vida, praticamente sem valor militar
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1º sexénio
80,000 MEuros Novo
Novos Navios Patrulha Oceânico Após mais de 20 anos, assegura-se o co-financiamento LPM para os primeiros 4 pares de Navios Patrulha Oceânicos, cuja construção decorre nos estaleiros de Viana do Castelo
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1º sexénio
40,628 MEuros Novo
Reforço da Capacidade de Fiscalização Aumenta significativamente o investimento na capacidade de fiscalização marítima passando a contar com o sistema completo de Lanchas de Fiscalização Rápida, nomeadamente através da modernização de cinco desses meios
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1º sexénio 5,900 MEuros Aumenta
Navios Hidrográficos
"D. Carlos" e "Gago Coutinho" Apetrechamento dos NH "D. Carlos" e "Gago Coutinho" que serão empregues nos estudos associados ao alargamento da plataforma continental; triplicou-se o investimento previsto na anterior Lei
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1º sexénio 9,949 MEuros Aumenta
Instituto Hidrográfico Grande aumento do investimento para a aquisição de diverso equipamento científico necessário ao desenvolvimento da missão do Instituto Hidrográfico, organismo da Marinha que teve um papel fundamental na crise do "Prestige"
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1º sexénio
6,100 MEuros Aumenta
Aposta na segurança marítima Quase que se duplica o investimento na modernização dos faróis, farolins e bóias de sinalização existentes da costa Portuguesa; inclui ainda a aquisição de sistemas DGPS para os Açores e Madeira
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1º sexénio
9,776 MEuros Aumenta
Plano "Mar Limpo" Aumento do investimento para a aquisição de material de combate à poluição como sejam, barreiras, recuperadores de vácuo, estações de descontaminação móvel e estação de tratamento
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1º sexénio 5,000 MEuros Aumenta
Novos Navios de Combate à Poluição Co-financia a construção de dois Navios de Combate à Poluição, a construir em Viana do Castelo, que permitirão combater a poluição em portos, estuários e zonas marítimas de responsabilidade ou interesse nacional
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1º sexénio 8,554 MEuros Novo
Modernização das Capitanias Aumento do investimento para a modernização das Capitanias e aquisição de embarcações salva-vidas, de fiscalização ribeirinha e viaturas
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1º sexénio
21,193 MEuros Aumenta
Reservas de Guerra
Melhora o investimento para a aquisição de mísseis e torpedos para os meios navais, permitindo dispor de reservas de guerra que possam cumprir o standard da NATO
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1º sexénio
40,000 MEuros Aumenta
Reordenamento do parque escolar Concentração das Escolas da Armada na Base Naval do Alfeite
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1º sexénio
11,600 MEuros Novo
Exército
Rádios ER 525 Aquisição de 1.200 rádios, produzidos em Portugal, para assegurar as comunicações entre comandos e forças do Exército empenhadas em operações
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1º sexénio
50,000 MEuros Aumenta
Aquisição de rádios de Secção Aquisição de 400 rádios para assegurar a comunicação entre forças do Exército de pequeno escalão quando empenhadas em operações
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2º sexénio 4,348 MEuros Novo
Armamento Ligeiro e Equipamento individual Substitui-se, finalmente, a G3 que foi adoptada pelo Exército em 1961; inclui também a aquisição de outro armamento individual e de equipamento ergonómico que confere maior grau de protecção e mobilidade aos militares
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1º sexénio 75,247 MEuros Novo
Companhia de Defesa NBQ Quadruplica o investimento na aquisição de material de defesa NBQ, dotando o Exército a capacidade de actuar perante ameaças com agentes químicos, biológicos ou nucleares; Inclui a aquisição de 2 viaturas blindadas de reconhecimento NBQ
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1º sexénio 12,461 MEuros Aumenta
Viaturas Blindadas de Rodas Aquisição de cerca de 300 viaturas blindadas de rodas, modernas, com emprego imediato nas operações de apoio à paz em que Portugal participa; substituem as "Chaimite", em uso no Exército desde meados da década de 60
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1º sexénio 382,230 MEuros Novo
Viaturas tácticas não blindadas e Atrelados Prevê-se o investimento para a aquisição de viaturas e atrelados, aumentando a mobilidade táctica das forças do Exército e reduzindo os custo de manutenção do actual parque de viaturas
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1º sexénio 77,678 MEuros Aumenta
Helicópteros do Exército Mantém-se o programa do Grupo de Aviação Ligeira do Exército, conferindo maior capacidade de manobra e mobilidade de forças ligeiras do Exército, podendo também ser utilizado em missões de interesse público
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1º sexénio 337,975 MEuros Aumenta
Hospital Cirúrgico Móvel Aumenta seis vezes o investimento na modernização de um hospital modulável e projectável para áreas de tensão ou crise, em apoio de forças nacionais ou de populações em risco
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3º sexénio 15,000 MEuros Aumenta
Companhia de Guerra Electrónica Aumenta o investimento para a aquisição de capacidades tecnológicas no âmbito da guerra electrónica, para protecção das comunicações tácticas e recolha de informação electrónica
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1º sexénio 13,5 MEuros Aumenta
Equipa de Inactivação de Engenhos Explosivos (EOD) Preparação de uma Equipa de Inactivação de Engenhos Explosivos, preparada para actuar em operações no âmbito nacional ou NATO
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1º sexénio 3,202 MEuros Novo
Modernização dos M113 e M60 A Modernização das Viaturas Blindadas M113 e dos Carros de Combate M60 da Brigada Mecanizada Independente, sediada em Santa Margarida
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1º sexénio 19,674 MEuros Igual
Companhia de Transportes Aumenta o investimento para concentrar e melhorar os meios de transporte numa unidade de transporte terrestre de apoio geral, passível de ser empregue também no âmbito da NATO
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1º sexénio 4,795 MEuros Aumenta
Modernização de Infra-Estruturas para Voluntários e Contratados Aumenta o investimento tendo em vista dotar o Exército de instalações que confiram maior conforto e bem-estar aos militares voluntários e contratados
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1º sexénio 86.497 MEuros Aumenta
Concentração de estrutura superior do Exército Lança os estudos, o projecto e os trabalhos iniciais destinados a concentrar num único local, os órgãos da estrutura superior do Exército
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1º sexénio 5,286 MEuros Reduz
Forças de Operações Especiais Aumenta o investimento para a modernização do equipamento específico para forças de operações especiais
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1º sexénio
19,498 MEuros Aumenta
Força Aérea
Comando e controlo do espaço aéreo da Madeira Aumenta o investimento para a modernização do equipamento específico para forças de operações especiais
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1º sexénio
44,390 MEuros
Aumenta
Comando e controlo do espaço aéreo dos Açores Assegura a cobertura de vigilância radar do espaço aéreo circundante à Região Autónoma dos Açores
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1º sexénio 82,130 MEuros Novo
Backup ARS Monsanto em Beja (DARS) Posto de comando e controlo aéreo militar que assegura as continuidade das operações em caso de falha do posto de Monsanto
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1º sexénio 25,000 MEuros Novo
Modernização das duas Esquadra de F-16 Programa de modernização dos 40 F-16 que os coloca com o nível de equipamento e capacidades similar aos F-16 aliados para o cumprimento de missões de Luta Aérea, Interdição Aérea e Apoio Aéreo Próximo
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1º sexénio 226,050 MEuros Igual
Reconstituição de "stocks" de armamento Aquisição de um conjunto mínimo de armamento que possibilite o emprego de meios aéreos em operações reais; inclui as "Precise Guided Ammunitions" (compromisso NATO)
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1º sexénio 44,080 MEuros Igual
Aquisição dos helicópteros EH 10
Os 12 EH 101 vão substituir a frota dos helicópteros "PUMA" (SA 330) recebidos por Portugal entre 1969 e 1971, com melhorias qualitativas e quantitativas das missões de busca e salvamento em todo espaço de responsabilidade nacional
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1º sexénio 445,952 MEuros Leasing
(menos 135 MEuros) Igual
Modernização dos P-3 ORION Modernização dos equipamentos e sensores dos 6 aviões P-3, estão ao serviço da Força Aérea Portuguesa desde 1986, assegurando a capacidade de vigilância marítima e de busca e salvamento
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1º sexénio 309,250 MEuros Igual
Substituição dos 24 Aviocar Aquisição de aviões de médio porte para substituir os "Aviocar", chegados a Portugal em 1974, complementares da capacidade global de transporte de pessoas e carga da Força Aérea
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1º sexénio 356,811 MEuros Leasing
(menos 293 MEuros) Igual
Substituição dos 6 aviões C-130 Aquisição de aviões com capacidade de transporte semelhante ao C-130 mas melhor capacidade de navegação, fiabilidade e consumos de combustíveis; permitem responder ao crescente número de solicitações no âmbito de compromissos internacionais
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1º sexénio
506,534 MEuros Novo
Helicópteros ligeiros para instrução Aquisição de 10 helicópteros ligeiros para instrução para substituição da frota de helicópteros "Alouette III", recebidos pela Força Aérea entre 1963 e 1975
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1º sexénio
12,470 MEuros Novo
Sistema prefabricado de infra-estruturas móvel Aquisição de um sistema de infra-estruturas ligeiras e modelares que permitam o apoio a meios aéreos projectados para fora do Território Nacional
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1º sexénio
5,310 MEuros Novo
Sistemas de autoprotecção para aviões Aquisição de módulos de protecção de guerra electrónica a bordo de aeoronaves
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1º sexénio
15,000 MEuros Novo
Modernização de infra-estruturas da componente territorial Modernização das pistas aéreas e outras infra-estruturas de apoio das Bases Aéreas
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1º sexénio
31,175 MEuros Novo
Programa de formação de Pilotos no programa multinacional AEJPT Assegura a participação no estudo de viabilidade de um projecto europeu de formação de pilotos militares a decorrer em centros de formação e com aeronaves partilhadas
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1º sexénio
0,670 MEuros Novo
Fonte: MDN
Fui dar novamente com este documento e achei interessante relembrá-lo.
Nada fala acerca da capacidade de desminagem.
Interessante seria discutir o que realmente foi feito, o que falta fazer e se concordam ou tem alguma coisa a acrescentar.
[[]]'s
Navio Polivalente Logístico (LPD) Portugal terá, finalmente, um meio de projecção de forças e meios para áreas onde decorram missões militares, de paz ou de ajuda humanitária; o navio será construído nos estaleiros de Viana do Castelo
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1º sexénio 245,082 MEuros Leasing
(menos 78 MEuros) Igual
Daqui retiramos que o projecto e construçao tem um valor de 245 M€.
Completa os helicópteros da Marinha Aquisição de dois helicópteros para as Fragatas da classe "Vasco da Gama", reparando e completando a frota existente
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1º sexénio 45,000 MEuros Novo
Substituição das Fragatas da classe "João Belo" Permite o início da aquisição de Fragatas para substituir as Fragatas da classe "João Belo", construídas em 1967 e que se encontram em fim de vida, praticamente sem valor militar
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1º sexénio
80,000 MEuros Novo
Aumentou esta verba
Novos Navios Patrulha Oceânico Após mais de 20 anos, assegura-se o co-financiamento LPM para os primeiros 4 pares de Navios Patrulha Oceânicos, cuja construção decorre nos estaleiros de Viana do Castelo
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1º sexénio
40,628 MEuros Novo
Os primeiros 4 pares? 8 + 2 NPC, creio que agora 6+2 NPC + 5 LCF
Modernização dos M113 e M60 A Modernização das Viaturas Blindadas M113 e dos Carros de Combate M60 da Brigada Mecanizada Independente, sediada em Santa Margarida
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1º sexénio 19,674 MEuros Igual
Os M60 vao ser substituidos pelos Leo 2 e os M113 alguem sabe?
Substituição dos 24 Aviocar Aquisição de aviões de médio porte para substituir os "Aviocar", chegados a Portugal em 1974, complementares da capacidade global de transporte de pessoas e carga da Força Aérea
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1º sexénio 356,811 MEuros Leasing
(menos 293 MEuros) Igual
Os C-295 vao sustituir só os recebidos até 74?
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soultrain escreveu:Os C-295 vao sustituir só os recebidos até 74?
Sinceramente já não sei. Em princípio os dois C-212-300 entregues em Dezembro de 1994 e empregues na missão VIMAR (VIgilância MARítima) deveriam ser transferidos para a BA6 e complementar os C-295 Persuader. Mas também que lógica há em manter apenas dois aparelhos ao serviço?
A FAP fecha-se em copas, como de costume, e por isso ainda nada de definitivo transpareceu cá para fora. Para mim seria um erro abdicarmos já desses dois Aviocar se bem que haja sempre a ter em conta a questão logística.
Um abraço,
Carlos Jorge Gomes
"SIC ITUR AD ASTRA"
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Carlos Jorge Gomes
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- P44
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da LUSA
onde se lê "Paquistão", deve ler-se "Uruguai"
PORTUGAL Indústria/Defesa: Marinha ultima compra de duas fragatas à Holanda
Lisboa, 06 Out (Lusa) - A Marinha está a ultimar a compra à Holanda de duas fragatas da Classe M, de modo a que as duas "João Belo" que restam possam ser substituídas em 2008, revelou hoje fonte oficial do ramo à Lusa.
De acordo com o porta-voz da Marinha, deverá ser assinado ainda este mês o contrato para aquisição dos dois navios de escolta e protecção, um programa de reequipamento que tem uma verba de 220 milhões de euros inscrita na última revisão da Lei de Programação Militar (LPM).
Portugal esteve em vias de adquirir a "custo zero" as fragatas Classe M aos Estados Unidos, duas Oliver Hazard Perry, da década de 80, negócio que chegou a ser aprovado pelo Congresso norte-americano em 2004.
O Ministério da Defesa previa então usar a verba inscrita na LPM para recuperar a capacidade de navegação e armar as duas fragatas norte-americanas, actualmente inutilizadas.
Mas, segundo a mesma fonte, a Marinha holandesa colocou entretanto à venda dois navios mais modernos, da década de 90, que usam o mesmo tipo de tecnologia que as fragatas Meko, classe Vasco da Gama.
"Equacionou-se a hipótese e verificou-se que era a mais adequada - enquanto que as Perry obrigavam a modernização para torná- las seguras e aptas a combater, estas são chave-na-mão, estão a funcionar, e usam uma tecnologia semelhante à das Vasco da Gama", afirmou à Lusa o Comandante Brás de Oliveira.
Dado que a tecnologia (STACOS - Tactical Command and Control System, de fabrico holandês) é a mesma que a das Vasco da Gama, a Marinha espera diminuir gastos, porque passa a ter uma só cadeia logística para as fragatas das duas classes, além de ter maior coordenação e eficiência operacional.
"Coloca-nos uma geração acima das Vasco da Gama, e recebemos navios mais modernos e com características que as tornam facilmente adaptáveis ao sistema de forças existente", adianta.
Caso se confirme a assinatura do contrato este mês, a primeira fragata deverá ser entregue no início de 2008, e a outra no final, com "um desfasamento de seis meses entre ambas".
Entretanto, as duas João Belo ainda operacionais - NRP João Belo e Sacadura Cabral - já foram vistoriadas por uma delegação da Marinha do Paquistão, e estão actualmente em curso negociações tendo em vista a venda dos dois navios.
O Paquistão possui fragatas da mesma classe, da década de 60, mas com equipamento de comunicações e sistema de combate de qualidade inferior.
As duas outras fragatas da classe João Belo - NRP Roberto Ivens e Hermenegildo Capelo - estão actualmente inutilizadas, não se prevendo a sua recuperação.
O programa de reequipamento da Armada prevê também a aquisição dos dois submarinos (900 milhões de euros), que já foi concretizada, devendo o primeiro ser entregue em 2009.
Está ainda prevista a aquisição de 12 navios-patrulha aos Estaleiros Navais de Viana do Castelo, para vigilância costeira e combate à poluição.
onde se lê "Paquistão", deve ler-se "Uruguai"
Triste sina ter nascido português
- P44
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luis F. Silva escreveu:É um desafio, para ver se este tópico sai do eterno ciclo OHPs-limalhas-dragaminas-LPDs e quejandos de segunda mão
E vamos discutir o quê? Quando diversas vezes escrevi que não havia dinheiro, chamaram-me derrotista. Quando menciono o que faz falta é porque sou megalómano. Quando mostro o que é um navio a quem entra neste e noutros fóruns e nunca viu nenhum é porque é uma colecção de cromos.
Não vamos discutir nada, afinal neste país nem há nada para discutir.
Vamos ficar sentados e ficar a "planear" que nisso é que somo bons...planeemos pois!
Enquanto vamos planeando o outros vão fazendo.
Ah, e já que pago os meus impostos ao Querido Líder Sócrates, acho que posso chamá-lo como bem me apetecer, afinal ele chama isso a milhares de portugueses.
Mas isto sou eu que sou uma besta, pode ser que quando fôr grande consiga ser um "pensador" e um "planeador"
(assim como assim pode ser que arranje um tachito numa comissão...chulo por chulo era mais um...)
Portanto proponho que a partir de agora discutamos os Morangos e a Floribella...temas incolores que não firam susceptibilidades.
Afinal nós somos um povo que já atingiu um estágio superior da evolução da humanidade...somos uns "pensadores"...
Planeiem que eu vou ficar a ver a lista de sucatas que os países que ainda ñao atingiram o nosso estágio de sapiência vão comprar, enquanto a gente "planeia"...
quando fôr grande quero ser como o Nuno Rogeiro, que o gajo de sopa a bolos percebe de tudo....
Triste sina ter nascido português
Spectral escreveu:Para dirigir a conversa para rumos mais interessantes :
de quando é o livro do Nuno Rogeiro ( por falar disso, o homem ainda aparece na TV ) JNSA ?
Esse dispositivo naval (estou-me a referir ao ideal ) parece-me bastante desactualizado, com tanta ênfase na missão ASW.
Partindo do princípio que o Nuno Rogeiro tinha bases sólidas para propôr esse força maximalista, seremos nós, almirantes de sofá, capazes de adaptar esta força maximalista a um cenário actual, que contempla muito mais a capacidade de projeçcão de força e de guerra litoral ?
É um desafio, para ver se este tópico sai do eterno ciclo OHPs-limalhas-dragaminas-LPDs e quejandos de segunda mão
Eu tenho a 1ª edição, de 2002, portanto o livro é relativamente recente. O quadro que eu aqui coloquei surge inserido na secção das notas e referências bibliográficas. O texto que para ele remete trata das reformas navais, particularmente após o 25 de Abril, e a necessidade de adequar a frota aos novos tempos. Do texto entende-se que o plano constante do quadro vem das próprias estruturas militares e não do autor do livro (se isto é verdade ou não, não tenho forma de o comprovar).
Também concordo que esta estrutura de força parece desadequada (e o mais preocupante é que foi pensada numa lógica pós-Guerra Fria), visto que coloca a ênfase numa força ASW - segundo o texto, duas task-force de 6 fragatas ASW, 1 fragata AAW (já se falava nas OHP) e 2 SSK cada. Embora a componente de projecção de forças não tenha sido esquecida, é claramente secundária. Sinceramente, desaparecida a ameaça soviética, não percebo a justificação para tantas fragatas ASW (nem vejo meios para as adquirir ou operar), sendo que a sua utilização para patrulha da ZEE (o que se depreende da falta de OPV's) é claramente "over-kill".
14 navios destinados a missões de caça e dragagem de minas também é obviamente, excessivo.
Já mais de uma vez tinha citado este planeamento do sistema de força naval neste e noutros fóruns, mas a discussão nunca chegou muito longe. Infelizmente, à boa maneira portuguesa, preferimos começar por pensar no que queremos comprar, por imitação de terceiros, em vez de pensar no que queremos fazer, e de que meios precisamos para o concretizar...
P44 escreveu:
Não vamos discutir nada, afinal neste país nem há nada para discutir.
Vamos ficar sentados e ficar a "planear" que nisso é que somo bons...planeemos pois!
Enquanto vamos planeando o outros vão fazendo.
Desculpa lá, P44, mas assim não se vai a lado nenhum. Os fóruns são feitos para a discussão... E como não estamos em fóruns de ficção científica, é bom que essa discussão seja realista e pensada.
De vez em quando também gosto de discutir as "wish-lists" e sonhar um bocado, mas isso não nos leva a lado algum. A política de defesa é algo que deve ser pensado a longo prazo - demora a implementar, demora a re-estruturar, deve adequar-se a ameças relativamente longínquas e custa muito dinheiro. Tudo isso justifica o cuidado que se deve ter na abordagem destas questões, em vez de entrar levianamente em modas... Quer ver quanto tempo dura a moda de que os carros de combate estão mortos, de que a infantaria precisa é de veículos de rodas, de que tudo tem que ser pensado para o combate urbano e manutenção de paz, ou na versão naval, de que a projecção de forças é tudo e os submarinos são uma relíquia da guerra fria.
E já agora, quem ler o que escreveste até fica a pensar que somos nós que decidimos alguma coisa, ou que por termos aqui longas discussões, estamos a retardar o reequipamento das FA...
P44 escreveu:Ah, e já que pago os meus impostos ao Querido Líder Sócrates, acho que posso chamá-lo como bem me apetecer, afinal ele chama isso a milhares de portugueses.
Não concordo, mas já se sabe que opiniões, cada um tem a sua...
P44 escreveu:Mas isto sou eu que sou uma besta, pode ser que quando fôr grande consiga ser um "pensador" e um "planeador"
(assim como assim pode ser que arranje um tachito numa comissão...chulo por chulo era mais um...)
Primeiro, não me lembro de que alguém aqui te tenha chamado besta, antes pelo contrário. Quanto aos outros comentários, creio que não fazem sentido nenhum aqui...
P44 escreveu:Portanto proponho que a partir de agora discutamos os Morangos e a Floribella...temas incolores que não firam susceptibilidades.
Afinal nós somos um povo que já atingiu um estágio superior da evolução da humanidade...somos uns "pensadores"...
Planeiem que eu vou ficar a ver a lista de sucatas que os países que ainda ñao atingiram o nosso estágio de sapiência vão comprar, enquanto a gente "planeia"...
quando fôr grande quero ser como o Nuno Rogeiro, que o gajo de sopa a bolos percebe de tudo....
Mas vamos discutir, P44! Vamos falar da lista de compras que aqui colocaste!... Infelizmente, o que se verifica é que a única justificação que foi dada para a compra dos LPDs, MCMs e LSTs americanos é o facto de estarem a ser abatidos ao serviço (a Rússia também está a abater MiG-21's, querem comprar?...) e de haver alguns países que operam este equipamento (há vários estados africanos que ainda têm T-34-85, acham que também devemos seguir o exemplo?...)
Eu fiz um post inteiro a referir razões económicas, operacionais, etc para não comprarmos este equipamento. Se exceptuarmos a observação do Luís, a tua resposta não teve um único argumento que me levasse a repensar a minha posição. Ora quem é que está disposto a discutir?
A verdade é que eu não me conformo com forças armadas medíocres e equipadas por impulso. Quero um LPD moderno e capaz, ainda que demore 6, 7 ou 8 anos a chegar, em vez de LPDs e LSTs inúteis, obsoletos, desadequados e caros de operar. Quero uma força de caças modernos e adequados às nossas necessidades e capacidades, ainda que isso implique a venda de alguns F-16, em vez de uma força de 40 caças não modernizados e inúteis que só existe no papel. Quero uma frota de NPOs capaz de cobrir a maior área possível da nossa ZEE e cumprir de forma eficiente e racional essa missão, em vez de uma mini-frota de NPO's "corvetizados" com uma peça de 76mm que, face à de 40mm só teria como vantagem o tamanho (o Freud era capaz de explicar isso... ) e que cumpre de forma deficiente as missões que lhe são atribuídas.
Se discordam, argumentem!
P44 escreveu:quando fôr grande quero ser como o Nuno Rogeiro, que o gajo de sopa a bolos percebe de tudo....
Ainda me lembro bem de uma maravilhosa peça jornalística que a RTP passou aquando da 2ª Guerra do Golfo. Surgia um IFV Bradley e o jornalista chamava-lhe um carro de combate Abrams... Surgia um helicóptero Chinook e o jornalista chamava-lhe Blackhawk... Surgia uma vista interior do mesmo Chinook e de uma metralhadora de 12,7mm nele montada e o jornalista dizia que era um helicóptero de ataque Apache.. O helicóptero sobrevoava uma formação de Land Rovers e outras viaturas britânica e o jornalista dizia que se tratavam de tropas iraquianas. Finalmente, pára-quedistas britânicos saíam do dito Chinook e o jornalista descrevia um heliassalto por parte de forças americanas.. O narrador era o José Rodrigues dos Santos e creio que o Nuno Rogeiro estava no estúdio, mas não esboçou qualquer correcção. Por isso para mim não há "vacas sagradas"...
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na boa JNSA
desculpa lá é o streck
olhem, encontrei esta noticia postada pelo colega Lancero no FD
desculpa lá é o streck
olhem, encontrei esta noticia postada pelo colega Lancero no FD
25 September 2006
HMCS IROQUOIS
Standing NATO Maritime Group 1 (SNMG1).
On the bridge wing of HMCS Iroquois are (from front to rear) MCpl Robert Carter, who updates a board displaying the ship's current speed and course, Captain(N) Dan MacKeigan, Commanding Officer of HMCS Iroquois and Lt(N) Owen Smith, Officer of the Watch.
While receiving fuel from NRP BERRIO, a Portuguese refueling ship, during a Replenishment at Sea (RAS) maneuver, many ships personnel function together to keep the ships aligned for a smooth and safe transfer.
Ships of SNMG1 are sailing south towards Rota Spain. Fueling at sea is carried out without requiring the ship to stop. HMCS Iroquois must sail a parallel course with NRP BERRIO, matching its course, speed and maintain a constant distance between the two ships allowing the fuel line to remain in place and transfer fuel during the RAS.
Triste sina ter nascido português
- Rui Elias Maltez
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Eu julgo que o post do JNSA dá razão ao que tinha escrito antes, e não é nada contra o JNSA, cujos textos leio com atenção para formar também eu as minhas ideias.
Atribiu-se ao poeta Bocage, o dito de que ele nunca comprava nada, de roupa, porque estava sempre à espera de que no ano seguinte surgisse uma nova moda
No entanto, o que o JNSA escreveu, dá razão ao que eu tinha afirmado anteriormente.
Pensar, reflectir, pensar de novo, equacionar, estabelecer prioridades e voltar a pensar.
Finalmente uma pausa para reflexão, e de novo voltar a pensar.
E por fim estudar e reflectir.
Entretanto, os outros, pobres, ricos e remediados vão dotando as suas FA's de acordo com o que consideram as suas necessidades de uma maneira realista.
Por isso os outros têm um Exército a 3 dimensões, enquanto nós, que somos os mais espertos e inteligentes, continuamos a estudar e reflectir há mais de 10 anos.
Eu leio o que os colegas escrevem e pergunto-me.
Serão os EUA, Japão ou Espanha completamente metecaptos para não terem descoberto as virtualidades de uns Linx para a Marinha e utilizarem os SH-60?
Serão esse países completamente e absurdamente estúpidos por terem mais que um LPD, para além de navios de apoio, ao passo que a nossa Marinha julga que apenas e só um LPD a entrar ao serviço daqui a 10/12 anos é o suficiente?
Serão os outros países estúpidos, gastadores e burros, porque não lêm que se escreve nos nossos fóruns, porque se o fizessem teria 1/5 das forças que têm?
Porque não se dão ao trabalho de lerem as conjecturas filosóficas e existencialistas, em que somos peritos?
Serãos os outros países burros, estúpidos, por ao contrário do nós, não terem desmantelado a sua capacidade de construção e projecção de armamento para mercado interno e exportação, ou por terem Forças Aéreas com mais caças e aviões de ataque, e não verem a verdade suprema, escrita nas estrelas e determinada de modo divino, seguindo o exemplo profético poruguês que considera 28 F-16 com 16 anos mais do que os suficientes para as necessidades?
Como eu não tenho o dom da verdade, coisa de que os almirantes e generais têm ao terem observado a Sarsa Ardente, prefiro ler, observar o que se passa à volta, e depois tirar as minhas conclusões.
E a minha conclusão, poventura errada é que actualmente as nossa FA's não têm nem qualidade nem quantidade.
E se se pretende dotar as FA's com alguma qualidade, muito relativa, a quntidade desce muito.
Nunca defendi que se comprassem LHA's americanos para a MP.
Mas sim, draga minas.
Sim!
Nunca defendi que se acabasse com a arma submarina.
Mas que se comprassem 3 ou nenhum.
Sim!
E também um Ro-Ro para complementar o futuro LPD.
Porque acho que uma única unidade é pouco, independentemente da taxa de utilização.
Defendo que os Puma's da FAP deveria ficar em Portugal e servirem o país em vez de servirem outros países eventualemente interessados.
E defendo que a FAP não tem nada, mas mesmo nada que definir o que é melhor para ela.
A existência de 40 F-16 ou de 28 não serve para os interesses da FAP, mas para os intersses do Estado e do País.
E portanto não é a FAP que tem que definir o que é melhor para ela.
É o País!
Quanto a taxas de utilização de equipamentos, eu compreendo que o Falcon da FAP tenham uma taxa de utilização bem mais elevada que a dos C-130H ou mesmo de um futuro LPD.
É que para transporte VIP, ainda que o motivo seja ver um jogo de bola, disfarçado por uma escala técnica em Bruxelas para assistir a uma conferência sobre pesca ao anzol, há sempre necessidade.
Talvez isso explique o porquê da FAP ter 4 Falcon , 12 EH-101, e 6 C-130H
Uma bela taxa.
Quanto ao que o JNSA pede que se argumente, é só ler o que eu tenho escrito e encontrará as argumentações que sustentam o que penso das nossas FA's e mais importante, da capacidade de Defesa da Nação e do Estado.
__________________________
Quanto ao FdP do Sócrates, tudo não passa da constactação de ele ter quebrado o contrato eleitoral que fez com os portugueses que lhe deram uma maioria aboluta para governar.
Governar de maneira populista e demagógica, pegando em meia dúzia de alvos fáceis, atirando-os para o circo, e para que a populaça o apoie:
Os funcionários públicos, os juízes, os professores.
Sócrates, ao contrário de Cavaco nos anos 90 e de Barroso em 2001, sempre se afirmou como socialista e a população votou nele e no PS pensando que seria diferente, pela esquerda, relativamente ao governo de Barroso/Santana.
Não só não o foi, como até aprofundou medidas de economia liberal e socialmente de agrado da direita capitalista.
Ou não acham estranho que os apoios deste governo partam do patronato e dos analistas económicos?
Ele mentiu e enganou, foi lobo com pele de cordeiro, e por isso não passa, para mim, de um grande FdP.
Politicamente falando.
De vez em quando também gosto de discutir as "wish-lists" e sonhar um bocado, mas isso não nos leva a lado algum. A política de defesa é algo que deve ser pensado a longo prazo - demora a implementar, demora a re-estruturar, deve adequar-se a ameças relativamente longínquas e custa muito dinheiro. Tudo isso justifica o cuidado que se deve ter na abordagem destas questões, em vez de entrar levianamente em modas... Quer ver quanto tempo dura a moda de que os carros de combate estão mortos, de que a infantaria precisa é de veículos de rodas, de que tudo tem que ser pensado para o combate urbano e manutenção de paz, ou na versão naval, de que a projecção de forças é tudo e os submarinos são uma relíquia da guerra fria.
Atribiu-se ao poeta Bocage, o dito de que ele nunca comprava nada, de roupa, porque estava sempre à espera de que no ano seguinte surgisse uma nova moda
No entanto, o que o JNSA escreveu, dá razão ao que eu tinha afirmado anteriormente.
Pensar, reflectir, pensar de novo, equacionar, estabelecer prioridades e voltar a pensar.
Finalmente uma pausa para reflexão, e de novo voltar a pensar.
E por fim estudar e reflectir.
Entretanto, os outros, pobres, ricos e remediados vão dotando as suas FA's de acordo com o que consideram as suas necessidades de uma maneira realista.
Por isso os outros têm um Exército a 3 dimensões, enquanto nós, que somos os mais espertos e inteligentes, continuamos a estudar e reflectir há mais de 10 anos.
Eu leio o que os colegas escrevem e pergunto-me.
Serão os EUA, Japão ou Espanha completamente metecaptos para não terem descoberto as virtualidades de uns Linx para a Marinha e utilizarem os SH-60?
Serão esse países completamente e absurdamente estúpidos por terem mais que um LPD, para além de navios de apoio, ao passo que a nossa Marinha julga que apenas e só um LPD a entrar ao serviço daqui a 10/12 anos é o suficiente?
Serão os outros países estúpidos, gastadores e burros, porque não lêm que se escreve nos nossos fóruns, porque se o fizessem teria 1/5 das forças que têm?
Porque não se dão ao trabalho de lerem as conjecturas filosóficas e existencialistas, em que somos peritos?
Serãos os outros países burros, estúpidos, por ao contrário do nós, não terem desmantelado a sua capacidade de construção e projecção de armamento para mercado interno e exportação, ou por terem Forças Aéreas com mais caças e aviões de ataque, e não verem a verdade suprema, escrita nas estrelas e determinada de modo divino, seguindo o exemplo profético poruguês que considera 28 F-16 com 16 anos mais do que os suficientes para as necessidades?
Como eu não tenho o dom da verdade, coisa de que os almirantes e generais têm ao terem observado a Sarsa Ardente, prefiro ler, observar o que se passa à volta, e depois tirar as minhas conclusões.
E a minha conclusão, poventura errada é que actualmente as nossa FA's não têm nem qualidade nem quantidade.
E se se pretende dotar as FA's com alguma qualidade, muito relativa, a quntidade desce muito.
Nunca defendi que se comprassem LHA's americanos para a MP.
Mas sim, draga minas.
Sim!
Nunca defendi que se acabasse com a arma submarina.
Mas que se comprassem 3 ou nenhum.
Sim!
E também um Ro-Ro para complementar o futuro LPD.
Porque acho que uma única unidade é pouco, independentemente da taxa de utilização.
Defendo que os Puma's da FAP deveria ficar em Portugal e servirem o país em vez de servirem outros países eventualemente interessados.
E defendo que a FAP não tem nada, mas mesmo nada que definir o que é melhor para ela.
A existência de 40 F-16 ou de 28 não serve para os interesses da FAP, mas para os intersses do Estado e do País.
E portanto não é a FAP que tem que definir o que é melhor para ela.
É o País!
Quanto a taxas de utilização de equipamentos, eu compreendo que o Falcon da FAP tenham uma taxa de utilização bem mais elevada que a dos C-130H ou mesmo de um futuro LPD.
É que para transporte VIP, ainda que o motivo seja ver um jogo de bola, disfarçado por uma escala técnica em Bruxelas para assistir a uma conferência sobre pesca ao anzol, há sempre necessidade.
Talvez isso explique o porquê da FAP ter 4 Falcon , 12 EH-101, e 6 C-130H
Uma bela taxa.
Quanto ao que o JNSA pede que se argumente, é só ler o que eu tenho escrito e encontrará as argumentações que sustentam o que penso das nossas FA's e mais importante, da capacidade de Defesa da Nação e do Estado.
__________________________
Quanto ao FdP do Sócrates, tudo não passa da constactação de ele ter quebrado o contrato eleitoral que fez com os portugueses que lhe deram uma maioria aboluta para governar.
Governar de maneira populista e demagógica, pegando em meia dúzia de alvos fáceis, atirando-os para o circo, e para que a populaça o apoie:
Os funcionários públicos, os juízes, os professores.
Sócrates, ao contrário de Cavaco nos anos 90 e de Barroso em 2001, sempre se afirmou como socialista e a população votou nele e no PS pensando que seria diferente, pela esquerda, relativamente ao governo de Barroso/Santana.
Não só não o foi, como até aprofundou medidas de economia liberal e socialmente de agrado da direita capitalista.
Ou não acham estranho que os apoios deste governo partam do patronato e dos analistas económicos?
Ele mentiu e enganou, foi lobo com pele de cordeiro, e por isso não passa, para mim, de um grande FdP.
Politicamente falando.
Editado pela última vez por Rui Elias Maltez em Qua Out 11, 2006 8:04 am, em um total de 2 vezes.
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Bem, vou responder a este post do Rui, e fico-me por aqui porque isto já se está a tornar repetitivo (e muito)
Desculpe lá, Rui, mas isto já é teimosia. Ao longo de todo este tempo o Rui ainda não deu 1 ÚNICA razão racional para a compra dos Seahawk que já não tivesse sido rebatida por mim e por outras pessoas neste e noutros fóruns. Claro que os EUA usam o Seahawk - são eles que o fabricam!! Vê alguma peça de equipamento fabricada fora dos EUA que seja usada em número relevante na Marinha, Força Aérea ou Exército Americanos. Já lhe explicaram que o Lynx é tão bom ou melhor que o Seahawk em missões de ASW e SAR, coisa que o Rui julgava que o Lynx nem fazia. Também já foi várias vezes dito que por razões logísticas não faz sentido nenhum estar a introduzir um novo héli nas FA portuguesas. Aliás, isso só retardaria uma desejável uniformização e modernização da força em torno dos NH-90 a médio prazo...
Então como é que é possível andar ainda a defender os Seahawk? É só por serem americanos? É só porque há outros a usá-los?
Não Rui, nós é que só temos 10 milhões de habitantes e um PIB relativamente reduzido para a nossa dimensão. Logo, não nos podemos andar a comparar com a Espanha, a Austrália, a Itália, a Holanda ou a Bélgica... Experimente fazer uma proporção entre o número de LPDs que Espanha tem, o seu PIB e o nosso. Se fizer as contas, vê que de acordo com essa lógica, nem um LPD devíamos ter, quanto mais dois.
Nós aqui passamos a vida a esquecermo-nos da escala a que operamos. Não temos as mesmas necessidades nem as mesmas capacidades económicas que outros países.
Fico encantado por definir desse modo o que se tem escrito por aqui...
O Rui continua a falar da diminuição do número de F-16 como se fosse a maior catástrofe desde a ocupação Filipina, mas ainda não o vi explicar por A + B as razões para essa posição. E sim, estou a referir-me a razões técnicas... A guerra aérea moderna evoluiu muito nas últimas décadas, e com ela, a importância relativa do armamento. Como já disse, prefiro 28 F-16AM/BM modernizados, com um número suficiente de pilotos e bem armados, do que 40 F-16 com MLU que só existem no papel. Prefiro uma frota operacional, racional e moderna do que uma que só faz número mas tem pouca utilidade real.
Claro, mas ainda não explicou de onde vem o dinheiro para esse draga-minas, nem as tripulações para os operar, quando existem dúzias de outras prioridades
Argumento esse que não faz sentido nenhum. A terceira unidade representa um acréscimo de quantidade, possiblitando mais flexibilidade operacional. Mas a existência de 2 unidades cumpre 90% do que se lhes pede:
-manter uma escola de submaristas em Portugal
-constituir o nosso maior disuasor estratégico
-representar a arma mais avançada tecnologicamente, e mais poderosa militarmente, da Marinha Portuguesa
-permitir o envio de um submarino para missões internacionais
Três era o ideal, mas à falta disso, defender 0 em vez de 2 não faz qualquer sentido. Ainda que se usasse todo o dinheiro dos submarinos para comprar fragatas modernas (o que nunca aconteceria), poderia comprar por exemplo 2 FREEM ou F-310, o que não representaria, nem de perto nem de longe, o mesmo plus qualitativo que os submarinos simbolizam. Estaria isso sim a amputar a Armada.
Rui, vamos lá esclarecer a questão dos Ro-Ro de uma vez por todas. Estes navios só podem operar em estruturas portuárias pré-construídas. São inúteis para transportar e desembarcar forças numa costa estrangeira, não dispõem de meios de comando e controlo nem de hangares para helicópteros. Logo, só poderiam ser usados em missões de manutenção de paz. Mas mesmo para isso, são completamente desproporcionados face à realidade portuguesa. Dependendo do seu tamanho, estes navios são capazes de transportar um Grupo de Carros de Combate inteiro. Ora nós nunca destacámos forças acima de escalão batalhão (excepto o CEP...), e mesmo quando enviamos um batalhão, ele normalmente não está na sua plena força, e não é equipado com forças pesadas.
Acha mesmo que faz sentido, numas Forças Armadas que têm falta de efectivos em várias áreas, que têm um orçamento reduzido e muitas lacunas em termos de equipamento, ir comprar um navio que poderá virtualmente nunca vir a ser usado, ou que a sê-lo, estará sempre abaixo das suas plenas capacidades?
Desculpe lá, Rui, mas este tópico é sobre a Marinha Portuguesa. Se nos vamos pôr aqui também a discutir sobre os C-130, os Falcon, os F-16 e o que o Governo faz ou deixa de fazer, então não chegamos a nenhuma conclusão. Já existem tópicos abertos sobre essas matérias, e já coloquei neles a minha opinião sobre quase todos estes temas, por isso para aí remeto.
Cumprimentos a todos
Rui Elias Maltez escreveu:Serão os EUA, Japão ou Espanha completamente metecaptos para não terem descoberto as virtualidades de uns Linx para a Marinha e utilizarem os SH-60?
Desculpe lá, Rui, mas isto já é teimosia. Ao longo de todo este tempo o Rui ainda não deu 1 ÚNICA razão racional para a compra dos Seahawk que já não tivesse sido rebatida por mim e por outras pessoas neste e noutros fóruns. Claro que os EUA usam o Seahawk - são eles que o fabricam!! Vê alguma peça de equipamento fabricada fora dos EUA que seja usada em número relevante na Marinha, Força Aérea ou Exército Americanos. Já lhe explicaram que o Lynx é tão bom ou melhor que o Seahawk em missões de ASW e SAR, coisa que o Rui julgava que o Lynx nem fazia. Também já foi várias vezes dito que por razões logísticas não faz sentido nenhum estar a introduzir um novo héli nas FA portuguesas. Aliás, isso só retardaria uma desejável uniformização e modernização da força em torno dos NH-90 a médio prazo...
Então como é que é possível andar ainda a defender os Seahawk? É só por serem americanos? É só porque há outros a usá-los?
Rui Elias Maltez escreveu:Serão esse países completamente e absurdamente estúpidos por terem mais que um LPD, para além de navios de apoio, ao passo que a nossa Marinha julga que apenas e só um LPD a entrar ao serviço daqui a 10/12 anos é o suficiente?
Não Rui, nós é que só temos 10 milhões de habitantes e um PIB relativamente reduzido para a nossa dimensão. Logo, não nos podemos andar a comparar com a Espanha, a Austrália, a Itália, a Holanda ou a Bélgica... Experimente fazer uma proporção entre o número de LPDs que Espanha tem, o seu PIB e o nosso. Se fizer as contas, vê que de acordo com essa lógica, nem um LPD devíamos ter, quanto mais dois.
Nós aqui passamos a vida a esquecermo-nos da escala a que operamos. Não temos as mesmas necessidades nem as mesmas capacidades económicas que outros países.
Rui Elias Maltez escreveu:Porque não se dão ao trabalho de lerem as conjecturas filosóficas e existencialistas, em que somos peritos?
Fico encantado por definir desse modo o que se tem escrito por aqui...
Rui Elias Maltez escreveu: por terem Forças Aéreas com mais caças e aviões de ataque, e não verem a verdade suprema, escrita nas estrelas e determinada de modo divino, seguindo o exemplo profético poruguês que considera 28 F-16 com 16 anos mais do que os suficientes para as necessidades?
O Rui continua a falar da diminuição do número de F-16 como se fosse a maior catástrofe desde a ocupação Filipina, mas ainda não o vi explicar por A + B as razões para essa posição. E sim, estou a referir-me a razões técnicas... A guerra aérea moderna evoluiu muito nas últimas décadas, e com ela, a importância relativa do armamento. Como já disse, prefiro 28 F-16AM/BM modernizados, com um número suficiente de pilotos e bem armados, do que 40 F-16 com MLU que só existem no papel. Prefiro uma frota operacional, racional e moderna do que uma que só faz número mas tem pouca utilidade real.
Rui Elias Maltez escreveu:Nunca defendi que se comprassem LHA's americanos para a MP.
Mas sim, draga minas.
Claro, mas ainda não explicou de onde vem o dinheiro para esse draga-minas, nem as tripulações para os operar, quando existem dúzias de outras prioridades
Rui Elias Maltez escreveu:Sim!
Nunca defendi que se acabasse com a arma submarina.
Mas que se comprassem 3 ou nenhum.
Argumento esse que não faz sentido nenhum. A terceira unidade representa um acréscimo de quantidade, possiblitando mais flexibilidade operacional. Mas a existência de 2 unidades cumpre 90% do que se lhes pede:
-manter uma escola de submaristas em Portugal
-constituir o nosso maior disuasor estratégico
-representar a arma mais avançada tecnologicamente, e mais poderosa militarmente, da Marinha Portuguesa
-permitir o envio de um submarino para missões internacionais
Três era o ideal, mas à falta disso, defender 0 em vez de 2 não faz qualquer sentido. Ainda que se usasse todo o dinheiro dos submarinos para comprar fragatas modernas (o que nunca aconteceria), poderia comprar por exemplo 2 FREEM ou F-310, o que não representaria, nem de perto nem de longe, o mesmo plus qualitativo que os submarinos simbolizam. Estaria isso sim a amputar a Armada.
Rui Elias Maltez escreveu:Sim!
E também um Ro-Ro para complementar o futuro LPD.
Porque acho que uma única unidade é pouco, independentemente da taxa de utilização.
Rui, vamos lá esclarecer a questão dos Ro-Ro de uma vez por todas. Estes navios só podem operar em estruturas portuárias pré-construídas. São inúteis para transportar e desembarcar forças numa costa estrangeira, não dispõem de meios de comando e controlo nem de hangares para helicópteros. Logo, só poderiam ser usados em missões de manutenção de paz. Mas mesmo para isso, são completamente desproporcionados face à realidade portuguesa. Dependendo do seu tamanho, estes navios são capazes de transportar um Grupo de Carros de Combate inteiro. Ora nós nunca destacámos forças acima de escalão batalhão (excepto o CEP...), e mesmo quando enviamos um batalhão, ele normalmente não está na sua plena força, e não é equipado com forças pesadas.
Acha mesmo que faz sentido, numas Forças Armadas que têm falta de efectivos em várias áreas, que têm um orçamento reduzido e muitas lacunas em termos de equipamento, ir comprar um navio que poderá virtualmente nunca vir a ser usado, ou que a sê-lo, estará sempre abaixo das suas plenas capacidades?
Rui Elias Maltez escreveu:Defendo que os Puma's da FAP deveria ficar em Portugal e servirem o país em vez de servirem outros países eventualemente interessados.
E defendo que a FAP não tem nada, mas mesmo nada que definir o que é melhor para ela.
A existência de 40 F-16 ou de 28 não serve para os interesses da FAP, mas para os intersses do Estado e do País.
E portanto não é a FAP que tem que definir o que é melhor para ela.
É o País!
Quanto a taxas de utilização de equipamentos, eu compreendo que o Falcon da FAP tenham uma taxa de utilização bem mais elevada que a dos C-130H ou mesmo de um futuro LPD.
É que para transporte VIP, ainda que o motivo seja ver um jogo de bola, disfarçado por uma escala técnica em Bruxelas para assistir a uma conferência sobre pesca ao anzol, há sempre necessidade.
Talvez isso explique o porquê da FAP ter 4 Falcon , 12 EH-101, e 6 C-130H
Uma bela taxa.
Quanto ao que o JNSA pede que se argumente, é só ler o que eu tenho escrito e encontrará as argumentações que sustentam o que penso das nossas FA's e mais importante, da capacidade de Defesa da Nação e do Estado.
__________________________
Quanto ao FdP do Sócrates, tudo não passa da constactação de ele ter quebrado o contrato eleitoral que fez com os portugueses que lhe deram uma maioria aboluta para governar.
Governar de maneira populista e demagógica, pegando em meia dúzia de alvos fáceis, atirando-os para o circo, e para que a populaça o apoie:
Os funcionários públicos, os juízes, os professores.
Sócrates, ao contrário de Cavaco nos anos 90 e de Barroso em 2001, sempre se afirmou como socialista e a população votou nele e no PS pensando que seria diferente, pela esquerda, relativamente ao governo de Barroso/Santana.
Não só não o foi, como até aprofundou medidas de economia liberal e socialmente de agrado da direita capitalista.
Ou não acham estranho que os apoios deste governo partam do patronato e dos analistas económicos?
Ele mentiu e enganou, foi lobo com pele de cordeiro, e por isso não passa, para mim, de um grande FdP.
Politicamente falando.
Desculpe lá, Rui, mas este tópico é sobre a Marinha Portuguesa. Se nos vamos pôr aqui também a discutir sobre os C-130, os Falcon, os F-16 e o que o Governo faz ou deixa de fazer, então não chegamos a nenhuma conclusão. Já existem tópicos abertos sobre essas matérias, e já coloquei neles a minha opinião sobre quase todos estes temas, por isso para aí remeto.
Cumprimentos a todos