Fórum Defesa Brasil

Há quem diga que a Argentina quer ganhar tempo para se reestruturar e, quem sabe um dia, ter condições de pleitear (diplomática ou militarmente) as ilhas de volta. Talvez seja isso que o governo argentino pense ao tentar manter a questão destas ilhas sempre em pauta, além de servir para desviar o foco do seu fraco desempenho político-econômico.

Particularmente, acredito que o tempo está a favor dos ingleses. Isso porque (ainda que estejam em lento declínio) em 2040 haverá nova disputa pela partilha da Antártica e eles desejam ter uma gorda fatia, justamente por conta das Malvinas. 2040 é logo ali e os ingleses contam com um grande apoio. E o que a Argentina terá a seu favor, além da proximidade geográfica?

Posso estar enganado, mas não acredito que até lá a Argentina tenha condições de controlar as Malvinas e expulsar os ingleses, então todo o desgaste inglês terá valido a pena.

Acho que esta questão não precisa ser resolvida com outra guerra desgastante. Uma forte pressão econômica da UNASUL contra a Inglaterra por alguns anos bastaria, na minha opinião. Mas aí não sei o que seria mais difícil: Esperar uma união de fato entre nossos países ou que a saúde financeira deles seja melhor que a inglesa para levar adiante o plano.

Uma coisa que eu nunca saquei é qual é o tesão de ser um falklander/malvineiro, quero dizer, de ser alguem numa ilha de 3 mil habitantes onde tem nada e tudo é caro?

Bolovo escreveu:Uma coisa que eu nunca saquei é qual é o tesão de ser um falklander/malvineiro, quero dizer, de ser alguem numa ilha de 3 mil habitantes onde tem nada e tudo é caro?

Ovelhas, peixe, 70.000 turistas anualmente e uma PpC superior a do Reino Unido.
Deve ser algo como um mini Nova Zelandia.

Site oficial de turismo: http://www.falklandislands.com/contents ... 12/lang:pt

Bolovo escreveu:Uma coisa que eu nunca saquei é qual é o tesão de ser um falklander/malvineiro, quero dizer, de ser alguem numa ilha de 3 mil habitantes onde tem nada e tudo é caro?

Ora, é a mesma que você e eu temos de ser das nossas respectivas terras ou você mora no melhor lugar do mundo?

A paz e sossego, crime quase inexistente e uma vida bucólica a criar ovelhas é o sonho de muita gente.

Em Portugal, nos Açores, temos uma ilha com mais ou menos, 500 habitantes e é onde existe melhor qualidade de vida.

http://pt.wikipedia.org/wiki/Ilha_do_Corvo

Há quem diga que a Argentina quer ganhar tempo para se reestruturar e, quem sabe um dia, ter condições de pleitear (diplomática ou militarmente) as ilhas de volta. Talvez seja isso que o governo argentino pense ao tentar manter a questão destas ilhas sempre em pauta, além de servir para desviar o foco do seu fraco desempenho político-econômico.

Possibilidade existe, daqui a muitas dezenas de anos, agora a probabilidade... Tem que começar com um escudo antimísseis contra tomahawks e na pior hipótese contra os trident nucleares.

Tinha esquecido que os ingleses possuem muitos Tomahawks em seu arsenal! Com essa arma uma nova guerra das malvinas levaria o conflito para dentro do território argentino, principalmente para Buenos Aires! Já pensaram uma chuva de Tomahawks caindo sobre a capital argentina? Creio que o custo do conflito para os argentinos seria bem maior hoje em dia!

Bueno Aires sofrendo chuva de Tomahawk? Nem pensar, para aquela gente lá do norte é a capital DO BRASIL e não estariam em guerra conosco, certo?

Tinha esquecido que os ingleses possuem muitos Tomahawks em seu arsenal! Com essa arma uma nova guerra das malvinas levaria o conflito para dentro do território argentino, principalmente para Buenos Aires! Já pensaram uma chuva de Tomahawks caindo sobre a capital argentina? Creio que o custo do conflito para os argentinos seria bem maior hoje em dia!

Exatamente esse novo fator, além da completa sucatização das forças armadas argentinas, que me tornam descrentes dessa reviravolta histórica. Não vamos pensar em ataques a Buenos Aires, mas a destruição das bases aéreas que foram ponto de partida da aviação argentina no ataque à frota inglesa. No episódio de 1982, a retomada inglesa foi custosa por conta do despreparo, mas hoje, com a infraestrutura existente na ilha, além da capacidade de fazer os lançamentos de tomahawk ou trident convencionais a partir dos submarinos, qualquer alvo argentino no continente pode ser destruído com facilidade.

Já pensaram uma chuva de Tomahawks caindo sobre a capital argentina?

Nas noticias de lá não apareceria algo como:

Prédio de Buenos Aires destrói míssil britânico?

Só não gostei de atacarem Buenos Aires.

Penguin escreveu:

Bolovo escreveu:Uma coisa que eu nunca saquei é qual é o tesão de ser um falklander/malvineiro, quero dizer, de ser alguem numa ilha de 3 mil habitantes onde tem nada e tudo é caro?

Ovelhas, peixe, 70.000 turistas anualmente e uma PpC superior a do Reino Unido.
Deve ser algo como um mini Nova Zelandia.

Site oficial de turismo: http://www.falklandislands.com/contents ... 12/lang:pt

Conheci gente de lá e mais ingleses do que aquilo é impossível...

Honestamente a Argentina teria que tomar aquela terra, demolir tudo e começar do zero para não parecer Inglaterra...

Ou seja... sonho meu, sonho meu...

[]s
CB_Lima

noticia ligada indiretamente ao assunto do tópico:

Reino Unido diz que exploração de petróleo nas Malvinas é 'decepcionante'

O ministro britânico de Energia, Chris Huhne, afirmou nesta quinta-feira que os resultados das primeiras explorações de petróleo em águas das ilhas Malvinas, no Atlântico sul, foram "decepcionantes", mas disse que a situação pode mudar no futuro.

Durante um debate na Câmara dos Comuns sobre assuntos energéticos, Huhne respondeu a uma pergunta formulada pelo deputado conservador Andrew Rosindell, que indagou se o governo britânico tinha avaliado os recursos que existem nas ilhas.

"Há uma prospecção em curso. Mas a exploração inicial nas ilhas Falklands (como os britânicos chamam as Malvinas) é decepcionante, mas isto pode mudar no futuro", disse o ministro.

Há meses algumas petrolíferas do Reino Unido estão explorando petróleo na região, apesar das críticas da Argentina, que reivindica a soberania das Malvinas desde 1833.

TENSÃO

A relação entre os dois países vive um momento de tensão, especialmente após uma cúpula do Mercosul realizada em dezembro de 2010 em Montevidéu, na qual Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai decidiram impedir a entrada de embarcações com bandeiras das ilhas Malvinas em seus portos.

Na semana passada, o primeiro-ministro do Reino Unido, David Cameron, informou ao Parlamento que convocou o Conselho Nacional de Segurança para debater a questão e acusou a Argentina de "colonialismo" por reivindicar a soberania das ilhas.

O governo do país sul-americano considerou as declarações "ofensivas". Já Cameron, insiste para que as ilhas continuem sob domínio britânico, já que essa seria a vontade da população local.

Neste ano, completa-se 30 anos da Guerra das Malvinas, conflito no qual Argentina e Reino Unido disputaram o controle do território. O confronto terminou em 14 de junho de 1982 com a rendição argentina.

Em fevereiro, o príncipe William, segundo na linha de sucessão à coroa britânica, viajará para as Malvinas para participar de treinamentos como piloto de helicóptero de resgate.

http://www1.folha.uol.com.br/mundo/1039 ... ante.shtml

Grã-Bretanha enviará moderno navio de guerra às Ilhas Malvinas

Troca de embarcações da Marinha Real já estava programada, afirma Ministério da Defesa

LONDRES - A Grã-Bretanha enviará às ilhas Malvinas nos próximos meses um dos navios de guerra mais modernos da Marinha Real, informou nesta terça-feira, 31, o Ministério de Defesa britânico. Trata-se do destroier HMS Dauntless, que nos partir em direção ao Atlântico Sul e substituirá a fragata britânica HMS Montrose, disse um porta-voz da pasta.

De acordo com o ministério, a troca de embarcações já estava programada, mas ocorre em um momento de tensão entre o Reino Unido e a Argentina pela soberania das ilhas, com a proximidade do 30º aniversário da guerra que os dois países mantiveram.

"A Marinha Real teve uma contínua presença no Atlântico Sul durante muitos anos. O envio do HMS Dauntless ao Atlântico Sul estava planejado há muito tempo, é (uma medida de) rotina, de substituição a outro navio de patrulha", afirmou um porta-voz do Ministério da Defesa.

O HMS Dauntless é um dos seis novos destróieres com que a Marinha britânica conta e é equipado com um avançado sistema de navegação que dificulta sua detecção por radar. Estes navios têm ainda mísseis antiaéreos de alta tecnologia e podem transportar cerca de 60 militares, além de poder acomodar helicópteros tipo Chinook.

Tensões

As relações entre Grã-Bretanha e Argentina atravessam um momento de tensão, especialmente desde que vários países latino-americanos decidiram bloquear a entrada de navios com bandeira das ilhas do Atlântico Sul em seus portos. Em uma cúpula realizada em dezembro em Montevidéu, os países do Mercosul - Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai - acertaram impedir o acesso destes navios.

Diante desta situação, o primeiro-ministro britânico, David Cameron, informou há 14 dias ao Parlamento que tinha convocado o Conselho Nacional de Segurança para tratar da situação e acusou a Argentina de "colonialismo" por reivindicar a soberania das ilhas. O governo argentino considerou "ofensiva" a declaração de Cameron, que insiste que respeita a vontade dos habitantes da ilha de manter a soberania britânica.

Neste ano completam-se 30 anos da guerra entre os dois países pela posse das Malvinas, que terminou em 14 de junho de 1982 com a rendição da Argentina. No conflito bélico morreram 255 militares britânicos e mais de 650 argentinos.

http://www.estadao.com.br/noticias/inte ... 9504,0.htm