NOTÍCIAS do EXÉRCITO PORTUGUÊS

Assuntos em discussão: Exército Brasileiro e exércitos estrangeiros, armamentos, equipamentos de exércitos em geral.

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#121 Mensagem por Sintra » Sáb Ago 04, 2007 11:08 am

cabeça de martelo escreveu:Já tinha lido por alto os planos do actual CEME, mas lendo mais detalhadamente fiquei com uma óptima impressão. O senhor em questão tem projectos ambiciosos, mas que podem ser perfeitamente trilhados pelo Exército Português.

- Certificação pela OTAN de um Comando de Brigada e o seu posterior empenhamento operacional;

- Prioridade ao processo de concentração da Estrutura de Comando do Exército, bem como à modernização das infraestruturas de formação e treino e dos aquartelamentos;

- No âmbito da Componente Operacional, são objectivos do Exército “levantar o Elemento de Defesa Biológica-Química, recorrendo às capacidades do Laboratório de Defesa Biológica do Hospital Militar Principal e dos meios de Defesa NBQ;
- Levantar o Elemento de Guerra de Informação, com a vertente da Guerra Centrada em Rede, visando a obtenção de uma superioridade de informação no campo de batalha, em linha com o objectivo de transformação da OTAN de obtenção da superioridade da decisão;
- Participar, com pessoal qualificado, uma Companhia Conjunta Projectável de Comunicações e Sistemas de Informação (Deployable Communications and Information Systems -DCSIS), em apoio à NRF;
- Avaliar a finalidade, missão e tipo da 3ª Unidade de Escalão Batalhão (UEB) da Brigada de Reacção Rápida (BrigRR),assim como a oportunidade do seu levantamento;
- Rever o actual conceito de Apoio de Combate à BrigRR, de forma a conferir-lhe meios orgânicos de apoio de fogos.”

No âmbito dos Recursos Materiais, estabeleceram-se como linhas prioritárias “acompanhar os processos de aquisição/desenvolvimento constantes na LPM, particularmente os dos seguintes programas estruturantes:
- Rádios 525, SICCE e SIC-T;
- Viaturas blindadas de rodas;
- Modernização da capacidade mecanizada (M113 e CC Leopard 2A6);
- Helicópteros ligeiros e helicópteros NH-90; armamento ligeiro.”


Como já disse, acho que são tudo projectos perfeitamente ajustados à nossa realidade e perfeitamente concebiveis.



http://www.exercito.pt/portal/exercito/ ... ectiva.pdf[/quote]

Completamente de acordo Cabeça, só existe uma unica coisa que me está a fazer confusão, nem uma palavrinha sobre a substituição da G3 :?




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#122 Mensagem por cabeça de martelo » Qui Ago 16, 2007 9:49 am

NATO condecorou contingente português prestes a ser rendido

A NATO condecorou na semana passada o contingente militar português no Afeganistão, com o comandante da missão internacional na região a elogiar o trabalhos dos militares, anunciou hoje o Estado-Maior General das Forças Armadas.

O comandante da Força Internacional de Assistência à Segurança (ISAF), Dan McNeill, que presidiu no dia 017 de Agosto a uma parada que se realizou no aquartelamento onde estão os soldados portugueses, escrevu no livro de honra do contingente que a NATO tem "o máximo respeito e gratidão" pelo serviço prestado no Afeganistão pelos militares portugueses.

O contingente português recebeu assim a medalha militar da NATO, antes de se iniciar, na próxima semana, a sua rendição.

Os primeiros a chegar serão militares do Exército, incluindo uma companhia de manobra, com pára-quedistas e um destacamento de apoio.

O novo contingente, com 157 militares do exército, terá integrada uma equipa de controlo aéreo táctico com sete elementos da Força Aérea, e a rendição estará completa até ao fim do mês, segundo o Exército.






"Lá nos confins da Península Ibérica, existe um povo que não governa nem se deixa governar ”, Caio Júlio César, líder Militar Romano".

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#123 Mensagem por cabeça de martelo » Qui Ago 16, 2007 9:50 am

Sintra peço desculpa que eu nunca mais te respondi! :oops:

Na verdade está lá:

armamento ligeiro.”




"Lá nos confins da Península Ibérica, existe um povo que não governa nem se deixa governar ”, Caio Júlio César, líder Militar Romano".

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#124 Mensagem por Rui Elias Maltez » Seg Ago 20, 2007 5:24 am

IMPLICAÇÕES DA MUDANÇA E HISTÓRIA DO QUARTEL DA ATALAIA
Rangers treinam em Tavira


Carlos Varela, Vasco Célio / http://jn.sapo.pt/2007/08/20/nacional/

Acho bem. David Pereira da Silva gosta do que vê, o olhar dividido entre a leitura do JN e os soldados de Operações Especiais de Lamego, também conhecidos por "rangers", que passam a seu lado, armados e equipados em plena praia de Tavira. Os soldados fazem parte das primeiras forças do Exército que regressaram à cidade algarvia após anos e anos de ausência.

A determinação veio do chefe de Estado-Maior do Exército, general Pinto Ramalho, que na sua directiva determinou já para este ano uma efectiva ocupação do quartel de Tavira, que até agora tem servido apenas como centro de férias para praças.

"É uma forma de manter uma presença militar mais forte a sul", justifica ao JN uma fonte do Estado-Maior do Exército. E, no entanto, o Quartel da Atalaia, em pleno centro de Tavira, é das áreas mais apetecidas do ponto de vista imobiliário. Só que o Exército não prescindiu do velho mas bem conservado edifício do século XVIII e deu-lhe o destino para o qual foi concebido, albergar soldados.

A primeira leva de forças veio do quartel de Lamego, o Centro de Tropas de Operações Especiais (CTOE), uma companhia com cerca de 60 homens que assentou arraiais no Quartel da Atalaia.

A população recebeu com surpresa o regresso dos soldados a Tavira. "É normal o soldado que está à porta de armas ser interpelado por quem passa", explica o capitão Neto, comandante da companhia.

David Pereira da Silva, de 51 anos, que passa férias em Tavira, faz parte do grupo que interpela os militares, mas também por outras razões. É de uma aldeia da zona de Guimarães, mas fez parte do serviço militar obrigatório em Tavira. "Tenho saudades, sabe, e acho bem que o quartel seja ocupado pelos soldados, não há problema".

É do Quartel da Atalaia que a força de operações especiais sai diariamente para treinos, primeiro ginástica logo ao romper da manhã e depois todo um conjunto de actividades integradas na instrução. E um dos cenários é a infiltração de uma força a partir de uma zona de praia.

Tavira é o ideal para este cenário, consideram os militares, porque tem uma zona de ria e outra de mar, espaços que Lamego não pode oferecer. Às nove da manhã, os meios começam a chegar à praia da ria e os soldados armados e equipados para combate cruzam-se com os turistas carregando o chapéu de sol e a indispensável cadeira. Uma menina olha incrédula, mas a avó descansa-a "Anda filha, são os soldados a treinar, não fazem mal".

Os kayakes e os botes são lançados à água, os primeiros transportando uma equipa de quatro homens que vai reconhecer a zona de desembarque.

Os soldados saem das pequenas embarcações e percorrem a praia à procura de um sinal de perigo. Na água, mais longe, estão os botes com a força principal, à espera de um sinal para avançar.

Embarcações de turismo cruzam-se com os botes, que à força de remos se aproximam da praia. Os soldados continuam a deixar sorrisos de surpresa, enquanto avançam no areal a caminho do objectivo, em passadas cuidadosas.

A operação está concluída e a força regressa ao ponto de origem. Fernanda Nunes, algarvia de gema, olha para a cana de pesca e mira os soldados de soslaio. "Então eles não espantam o peixe?" pergunta o JN. "Não espantam nada e o que não falta aí é peixe e mar. Deixar os soldados andar a treinar. É para defender o país não é? Então está bem, não é?" e ri-se.

Segurança pessoal e resgate de reféns

Os operações especiais do Exército têm a casa-mãe no quartel de Lamego.

Das principais missões fazem parte as patrulhas de reconhecimento, cujo objectivo é recolher informação sobre determinado alvo ou mesmo anulá-lo, seja ele um homem ou uma infra- -estrutura. O armamento usado é ligeiro, mas o soldado é equipado consoante o tipo de missão, o que inclui também os meios de transmissões, preparados para o envio de voz, dados e imagens.

Das novas missões fazem parte a segurança pessoal, para protecção de individualidades, já tendo sido empenhados nas zonas onde há forças nacionais destacadas.

O treino é também intenso na área do combate próximo, normalmente aplicado no resgate de reféns ou na captura de indivíduos procurados, e em estruturas edificadas, onde a coordenação entre todos os elementos é vital.


Equipamento com ênfase nas comunicações rádio

A arma base das operações especiais do Exército é a espingarda SIG 43, no calibre 5,56mm, que no entanto, nunca recolheu grandes simpatias junto dos utilizadores. Cada homem está também equipado com uma pistola também SIG, de 9mm, e há elementos inclusive especializados no tiro de sniper, inclusive com a espingarda Barrett, de calibre 12,7mm.

A base de trabalho é, porém, as transmissões, estando cada homem dotado com meios de comunicação próprios, o que permite ao comandante estar em contacto directo com toda a força.

Dispõem ainda de rádios VHF e HF, enquanto não é operado o rádio português da EID, que consegue congregar os vários tipos de onda num mesmo equipamento. Rotação entre unidades operacionais do Exército

As operações especiais são a primeira força a reocupar militarmente o Quartel da Atalaia, seguindo-se depois em sistema de rotação outras unidades operacionais do Exército, sempre no escalão companhia, até 120 homens.

A alimentação tem sido cedida pela messe de Tavira, mas estão a ser preparadas obras no quartel para adaptar um espaço a cozinha, o que vai autonomizar a força militar que ali estiver destacada. O edifício vai, no entanto, continuar a ser usado como centro de férias para praças, o que não colide com a nova aplicação determinada pelo chefe de Estado-Maior do Exército.


Construção do quartel data do século XVIII

Foi no Quartel da Atalaia que teve início em 1989 a primeira incorporação de mulheres no Exército, destinada a licenciadas.

Aliás, a unidade teve a partir de 1993 o encargo de formar sargentos que vinham da vida civil já com licenciaturas. No entanto, o espaço tem ocupação militar desde o século XVIII, tendo o quartel sido mandado construir pela rainha D. Maria I, em 1795, para albergar o Regimento de Infantaria de Tavira. Desde então, o espaço no centro de Tavira não mais deixou de ter ocupação militar, até que em 1996 foi transformado no centro de férias para praças em regime de voluntariado e de contrato.

Extinguiram-se, no entanto, as anteriores funções de instrução, até que, com a chegada de Pinto Ramalho à chefia do Exército, foi decidido que o quartel iria albergar unidades operacionais em sistema de rotação, numa alteração de filosofia que está a estendender-se a todo o restante dispositivo do Exército.




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#125 Mensagem por Sintra » Seg Ago 20, 2007 3:00 pm

cabeça de martelo escreveu:Sintra peço desculpa que eu nunca mais te respondi! :oops:

Na verdade está lá:

armamento ligeiro.”


Ando a precisar de óculos :oops:




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#126 Mensagem por cabeça de martelo » Seg Ago 20, 2007 3:04 pm

:lol: :wink:

Deixa lá, acontece aos melhores.




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#127 Mensagem por antoninho » Seg Ago 20, 2007 5:22 pm

Já agora, o que disse o CEME da arma anti- aérea???




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#128 Mensagem por cabeça de martelo » Ter Ago 21, 2007 6:35 am

O General CEME não disse nada em relação a este tópico, mas num artigo sobre o futuro da Brigada de Intervenção está algo relacionado com isso:

No âmbito do reequipamento, está em curso o processo de dotação da BrigInt com as Viaturas Blindadas de Rodas “8X8 VBR Pandur”, a substituição do Sistema Míssil Ligeiro Chaparral pelo Sistema Míssil Ligeiro Avenger, a implementação do Sistema Automático de Comando e Controlo e a substituição dos obuses 105 mm light gun por
obuses 155 mm rebocados.

A modernização do equipamento, carreando um acréscimo de valências e de capacidades para o cumprimento cabal da missão cometida à BrigInt,
contribui para um eficaz emprego das forças no terreno e para a optimização dos recursos humanos.
O processo de reequipamento encerra, ainda, uma dimensão não contabilizável, um acréscimo de valor, de brio e de profissionalismo a todos os que desempenham diariamente a sua missão na Brigada.
O produto operacional final e a excelente participação em FNDs são exemplos do entusiasmo, sentido de responsabilidade e elevado profissionalismo dos militares que servem o Exército na Brigada de Intervenção.




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#129 Mensagem por cabeça de martelo » Ter Ago 21, 2007 6:41 am

Uma outra parte do artigo que eu achei deveras interessante:

Ao nível da estrutura operacional, teve lugar um conjunto significativo de alterações, quer ao nível dos quadros orgânicos das diferentes subunidades, quer na composição dessa mesma estrutura. Podemos destacar a extinção do 3.º Batalhão de Infantaria e a criação do Grupo de Autometralhadoras (GAM), no RC6 em Braga; a concentração dos Batalhões de Infantaria no RI 13 (1ºBI) e RI 14 (2ºBI); a reorganização do Batalhão de Apoio de Serviços, que passou a ser de constituição modular, situando-se o seu comando no RI19; a extinção do GAC/BLI, sediado no RA 5; a transferência para a BrigInt do GAC da BAI, sediado no RA4; a reorganização do Estado-Maior coordenador da Brigada, com a criação do G6 – Comunicações e Sistemas de Informação – e G9 – Informação Interna e Relações Púbicas; e a reorganização do Estado-Maior Técnico, compreendendo agora as células de coordenação de fogos e efeitos, apoio à manobra, defesa aérea e gestão do espaço aéreo, e serviço de saúde. Assim, a estrutura operacional desta GU é actualmente composta por Cmd e CCS, 1ºBI, 2ºBI, GAM, ERec, GAC, BAAA, CEng, CTm, BApSvc.




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#130 Mensagem por Rui Elias Maltez » Qui Ago 23, 2007 5:15 am

Exército suspende mudança dos Comandos para Beja


Carlos Varela / http://jn.sapo.pt/2007/08/23/nacional/

A saída da instrução de comandos de Mafra para Beja já foi praticamente abandonada, uma decisão surgida na sequência de um estudo do Estado-Maior do Exército que desaconselha a opção, em particular por razões financeiras, soube o JN junto de fonte militar. Em todo o caso, mantém-se a necessidade de fazer alterações, uma vez que o quartel de Mafra não oferece condições para a instrução.

Os comandos, uma das principais forças de elite do Exército, foram reconstituídos enquanto unidade militar no quartel da Carregueira, em Queluz, mas com a transformação levada a cabo pelo então chefe de Estado-Maior do Exército, general Valença Pinto, a unidade foi transferida para instalações na área de aquartelamento na Escola Prática de Infantaria (EPI), em Mafra.

O objectivo do Estado-Maior do Exército era transformar o quartel da Carregueira num centro de instrução de praças, mas a verdade é que os Comandos nunca viram com bons olhos as instalações em Mafra, por serem exíguas e em particular porque havia uma proximidade excessiva entre as duas companhias operacionais e a de instrução, quando a realidade da instrução aconselhava precisamente o inverso.

Uma das principais opções assumidas pelo chefe de Estado-Maior do Exército, general Pinto Ramalho foi o estudo da transferência da instrução para o quartel de Beja, o que ajudaria também a reforçar a presença do Exército no Sul.

Foi nomeada uma equipa do Estado-Maior para estudar e encontrar soluções para o caso e o relatório foi entregue a Pinto Ramalho em meados do mês.

Um dos maiores problemas prende-se com as limitações financeiras, uma vez que o quartel de Beja, um Regimento de Infantaria, não tem infra-estruturas para a instrução de comandos, que teriam de ser construídas de raiz. Além de que havia o receio de que o afastamento dos instruendos para o Sul poderia trazer problemas para o recrutamento, tanto mais que a maioria dos voluntários é do Norte do país.

Pinto Ramalho ainda não tomou uma decisão final, o que deverá acontecer a partir de Setembro, mas mantém-se a necessidade de retirar a instrução de comandos do quartel de Mafra.




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#131 Mensagem por cabeça de martelo » Qui Ago 23, 2007 6:44 am

Eu também fiquei um pouco reticente em relação à capacidade de se fazer Cursos de Comandos em Beja, afinal não há toda uma série de coisas que há na Tapada de Mafra. Eu acredito que devia ser o contrário, em vez da Companhia de Instrução a ir para Beja, devia ser as Companhias de Comandos a ir, ficando a primeira em Mafra, onde tem todos os meios necessários para a instrução (Carreiras de tiro, área de treino de combate urbano, espaço para instrução, etc.).




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#132 Mensagem por Rui Elias Maltez » Ter Ago 28, 2007 5:17 am

Rotação de meios no Afeganistão


Um grupo de 110 militares do 2º Batalhão de Infantaria pára-quedista parte hoje para Cabul, para render a força de comandos portugueses que completou uma missão de seis meses no Afeganistão e regressa amanhã.

Os 110 militares vão juntar-se a um primeiro grupo avançado de 40 homens, que partiu há 15 dias para a capital afegã para preparar a missão da força operacional, que vai garantir a renovação da presença portuguesa na ISAF, a Força Internacional de Assistência à Segurança no Afeganistão.

Constituída pela 22ª companhia de pára-quedistas, um destacamento de apoio de serviços e um destacamento de apoio aéreo táctico, a força substitui os comandos na função de "Quick Reaction Force" (Força de Reacção Imediata), uma espécie de "reserva táctica" às ordens do comandante da ISAF, preparada para intervir em qualquer ponto crítico do território afegão.

No terreno, uma situação política e militar extremamente delicada espera o contingente português, que recebe o testemunho de uma missão marcada por uma intensa actividade operacional e por uma eficácia que foi já publicamente sublinhada pelos responsáveis da ISAF.

A missão dos comandos esteve destacada, entre Maio e Junho, nas províncias de Kandahar e Helmand, no sul do Afeganistão, uma das áreas mais problemáticas, para apoiar os esforços lançados pela ISAF para travar a crescente implantação da guerrilha talibã na área.

http://jn.sapo.pt/2007/08/28/nacional/


___________________________


Garantido subsídio de Natal a militares


Insuficiência orçamental de 20 milhões para o Exército detectada pela Inspecção-Geral de Finanças


Virgínia Alves / http://jn.sapo.pt/2007/08/28/nacional/

O pagamento do subsídio de Natal aos militares nunca esteve em causa, garantiu ontem fonte do Ministério da Defesa, em resposta à divulgação de dados sobre uma insuficiência orçamental de 40 milhões de euros nas Força Armadas.

A falha não surpreende a Associação dos Oficiais das Forças Armadas (AOFA). "Apenas nos vem dar razão. Quando foi conhecido o orçamento, alertámos para a insuficiência de verbas nalgumas rubricas", disse ao JN o secretário-geral, Tasso Figueiredo.

Já na Associação Nacional de Sargentos (ANS), Lima Coelho afirmou não querer acreditar "que tal se venha a verificar. Não, quando o primeiro-ministro diz que é cumpridor e que as leis são para cumprir por todos".

Um relatório de auditoria da Inspecção-Geral de Finanças sobre o Exército, citado pelo jornal "Correio da Manhã", detectou uma insuficiência de 20 milhões de euros no Orçamento de 2007, "originada pela não inclusão da totalidade da verba necessária ao pagamento do subsídio de Natal, situação que irá necessariamente obrigar a um ajuste orçamental nesse valor no fim do ano corrente".

Verba a que se soma outra de igual montante, para o pagamento do mesmo subsídio à Marinha e Força Aérea.

O Ministério da Defesa não faz qualquer comentário ao relatório da IGF, dizendo apenas que "o Orçamento para 2007 foi elaborado com base em projecções e estimativas". Uma delas a redução de pessoal. "Até agora foi feita uma redução de 2200 efectivos militares, o que perspectiva uma poupança de 14 milhões de euros", referiu a mesma fonte do Ministério, avançando que "o compromisso era de 10 milhões".

Adiantou, ainda, "que os compromissos assumidos não estão em causa, o que se poderá fazer são ajustes orçamentais".

Ajustes que Lima Coelho não entende "afinal os subsídios de Natal não são despesas inesperadas, e não podem ser mais um factor a juntar ao extenso rol de dívidas para com os militares".

Tasso Figueiredo teme que a situação piore ainda mais a "dívida já existente para com os militares" em diferentes sectores, como "complementos de reforma, fundo de pensões e assistência na doença".




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#133 Mensagem por cabeça de martelo » Sex Ago 31, 2007 12:30 pm

Comandos : chegada após seis meses no Afeganistão
Alegria no regresso a casa


Vítor Mota

Muita emoção na chegada dos militares ao Aeroporto de Figo Maduro
"Fiquei ferido na face numa emboscada. O mais importante, apesar dos ferimentos, foi cumprir a missão”, contou ao CM o sargento Carlos Barry, um dos 133 Comandos portugueses que ontem regressaram a Portugal após seis meses em missão no Afeganistão, integrados na Força Internacional de Assistência e Segurança (ISAF) da NATO. Foi, talvez, a missão mais “complicada” para soldados portugueses desde a Guerra do Ultramar.


O sargento Barry esteve dois dias no hospital ao ser atingido por estilhaços, durante uma emboscada em Kandahar. Barry disse que “voltava ao Afeganistão” e que tudo foi “ultrapassado com normalidade”.

Os 133 militares, da 1.ª companhia de Comandos da Brigada de Reacção Rápida, estiveram desde Fevereiro no Afeganistão. Ontem, pela 01h13, aterram no Aeroporto de Figo Maduro, em Lisboa.

O tenente-coronel Pipa Amorim sublinhou a boa cooperação entre os militares afegãos e portugueses. “A barreira linguística é sempre um problema, porém, foi ultrapassada e a entreajuda foi excelente”.

Numa sala completamente cheia, centenas de familiares, amigos e namoradas acotovelavam-se enquanto esperavam ansiosamente pelos comandos. Um grande número esperava desde as 19h00, hora inicial de chegada do avião fretado para transporte dos militares. O voo foi adiado para a 01h00, factor que contribuiu ainda mais para a ansiedade de quem esperava pelo filho ou marido.

“Vim de Castelo Branco e estou aqui desde as 19h00. Estou cansada, mas vale a pena esperar pelo meu filho, não o vejo há 6 meses”, contou Maria Cardoso, 55 anos.

Rui Monteiro, 26 anos, comando, combateu as saudades que tinha da mulher e dos dois filhos pequenos com a ajuda da internet.

“Fui acompanhando o crescimento deles com a ajuda de uma webcam (câmara para videoconferência), assim consegui vê-los crescer. É a 2.ª vez que regresso do Afeganistão. Aquilo que me causou mais impacto foi a situação em que se encontravam as pessoas. Valeu pela experiência e por termos ajudado a população, que no fundo foi a principal razão pela qual partimos”, confessou o 2.º Cabo.

Um grupo de 103 militares pára-quedistas partiu na passada terça-feira para o Afeganistão, substituindo a força que regressou ontem. O grupo que partiu irá herdar um cenário complicado.

Portugal esteve presente na 1.ª missão da ISAF entre Fevereiro e Julho de 2002. Regressou ao Afeganistão em Maio de 2004, depois de a NATO ter assumido em Agosto de 2003 o controlo da força internacional.

A ISAF é composta por cerca de 8 mil efectivos de 36 países. É comandada pela NATO. Tem como missão assistir o Governo do Afeganistão na manutenção da segurança do país.

COMANDOS EM DISCURSO DIRECTO

TENENTE-CORONEL PIPA AMORIM

O tenente-coronel Pipa de Amorim, comandante da Força Nacional Destacada que regressou do Afeganistão, sublinhou a boa cooperação entre portugueses e afegãos. “A barreira da língua foi ultrapassada. Os portugueses relacionam-se bem com qualquer povo. É uma qualidade única”.

SARGENTO BARRY

“Voltava lá outra vez”, conta ao CM o sargento Barry, que foi atingido por estilhaços no decorrer de uma emboscada em Kandahar. Esteve dois dias no hospital mas ultrapassou a situação com normalidade. “A missão é sempre o mais importante”.

TELMA PEREIRA

“A internet ajudou muito para combater as saudades, o telefone também. Seis meses é muito tempo. É meio ano. Felizmente chegou são e salvo” confessou ao CM Telma Pereira, namorada do 2.º cabo Pedro Martins. “Agora é tempo de matar saudades”.

2º CABO RUI MONTEIRO

O 2. º cabo Rui Monteiro no momento da chegada. As saudades foram mais que muitas. Irá aproveitar ao máximo o tempo que tem com a sua família que não via há seis meses. A internet ajudou-o a acompanhar o crescimento dos filhos. Chega a Portugal com o sentimento de dever cumprido.

PORMENORES

EMBOSCADA


No passado mês de Junho em Kandahar, uma coluna militar, onde seguiam soldados portugueses, foi alvo de uma emboscada. Alguns militares sofreram ferimentos ligeiros depois de a viatura onde seguiam ter capotado.

KANDAHAR

É a segunda maior cidade do Afeganistão. O aeroporto internacional de Kandahar é usado pela NATO para receber tropas e mantimentos de ajuda humanitária.

FORÇA DE REACÇÃO

Uma força de reacção rápida é responsável por responder a uma situação de risco, em menos de 15 minutos. O tamanho deste tipo de força, depende da ameaça que se enfrenta. Um pelotão bem treinado é capaz de se mobilizar em apenas três minutos.
Tiago Perdi




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#134 Mensagem por Rui Elias Maltez » Seg Set 17, 2007 5:58 am

Defesa avalia o Kosovo

JOãO RELVAS/LUSA / http://jn.sapo.pt/2007/09/17/nacional/

Tropas portugueses continuam ao serviço da NATO no Kosovo

O ministro da Defesa Nacional, Nuno Severiano Teixeira, visita amanhã os militares portugueses destacados no Kosovo, depois de, hoje, se reunir com o vice-primeiro ministro sérvio, Bozidar Djelic, em Belgrado, numa altura em que se aproxima a data para a definição do estatuto daquele território dos Balcãs.


Segundo uma nota do Ministério da Defesa Nacional, ontem divulgada, durante a sua breve estada no Kosovo, Nuno Severiano Teixeira irá encontrar-se com o presidente do território, Fatmir Seidju, e com o representante especial do Secretário-Geral da ONU para o Kosovo, Joachim Rucker, para discutir a evolução da situação política e de segurança do território.

O ministro da Defesa vai visitar Slim Lines, o aquartelamento onde se encontram os militares portugueses ao serviço da NATO, estando agendado um encontro com o comandante da KFOR, o tenente-general francês Xavier Marnhac.

A deslocação de um dia do ministro da Defesa Nacional ao território termina com um encontro com o chefe da equipa de Planeamento da União Europeia, Casper Klynge.

Esta visita de Nuno Severiano Teixeira surge numa altura em que se discute o futuro estatuto do território, que deverá estar definido antes do próximo dia 10 de Dezembro, se for cumprido o prazo imposto pela comunidade internacional.

No teatro de operações, a força nacional destacada é constituída por um total de 295 militares do Exército Português, que permanecerão integrados na KFOR (Kosovo Force) por um período de seis meses.

A situação no Kosovo tem sido de alguma acalmia, mas há receios de que possa haver alterações consoante se for aproximando a data final da definição do seu estatuto.

Para já, no aquartelamento português as operações não fogem à normalidade e os níveis de segurança ainda não foram alterados.




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#135 Mensagem por P44 » Qua Set 19, 2007 8:41 am

ENTÃO OS "AVENGERS"?????????????????????????????????? :lol: :wink:




Triste sina ter nascido português 👎
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