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Mensagem
por Marechal-do-ar » Ter Out 01, 2013 2:18 am
Primeiro a questão do recuo e vibração, um CC peando 30 toneladas é armado com canhões de 155mm, é um anão mesmo comparado com um navio pequeno como o Amazonas, enquanto precisa de um certo trabalho na torre para absorver o recuo isso não chega a ser um problema, no caso dos navios antigos aquele monte de aço era para dar proteção blindada contra canhões, pouco efetivas contra mísseis essas blindagens foram abandonadas em favor de outros meios, a blindagem tem pouca relação com a estrutura do navio em si.
Segundo, alguns pontos que o Marino expôs, a alimentação automática, acionamento remoto e sistemas de busca, etc. Há anos atrás eram argumentos válidos, os canhões terrestres estavam realmente muito atrás dos navais, mas hoje? Tudo isso existe na artilharia moderna, o estado de arte dos dois hoje é muito mais parecido do que era a 20 anos atrás.
Terceiro, a artilharia antiaérea, na 2GM houve até canhões de 155mm antiaéreos, a razão para usar esse calibre é o alcance em uma época em que não existiam mísseis cruzadores com canhões de grande calibre que faziam a defesa antiaérea de área, mas, novamente, hoje? Existem mísseis com mais alcance que o maior canhão, quem vai confiar a defesa AA a canhões? Para a defesa antiaérea de curta distância onde o tempo de reação dos mísseis é inadequado acho que a cadência é mais importante que o calibre, o que exclui basicamente tudo acima de 35mm.
E por fim, se a ideia for maluca ao menos não sou o único, EUA, Alemanha e UK tiveram a mesma ideia, o primeiro vai usar canhões de 155mm nos futuros Zumwalt (que não é o canhão terrestre mas ao menos é o mesmo calibre), os outros dois cogitaram a adoção desse calibre, se o custo for tão alto como o mencionado aqui vale a penas já que a tecnologia está convergindo, ou talvez, esses dois não tenham que pagar o mesmo preço de tabela que nós já que puderam barganhar...
No caso da MB acho os milhões que seriam gastos na compra desse equipamento seriam melhor empregados na contratação de engenheiros para o desenvolvimento local.
"Quando um rico rouba, vira ministro" (Lula, 1988)