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Enviado: Sex Jun 16, 2006 10:19 pm
por Piffer
Ouvi dizer que os combatentes lá no Afeganistão andam reclamando da 5.56, dizem que estão tendo que dar mais de um tiro para matar alguém longe


Você não pode raciocinar que vai estar sozinho na guerra. O Exército não pensa assim. Não vai ter que matar ninguém sozinho; vai estar, no mínimo, numa esquadra: outros dois fuzis (um com lançador de granadas) e um FAP (no futuro uma Minini?) atirando junto com você.

Dois exemplos: um filminho dos SEALs e aquele texto da operação Furacão Dennis no Haiti. Ambas as situações mostram a importância da superioridade de fogos durante a manobra. Fazer isso com uma munição que tem o triplo do peso não é fácil.

http://www.youtube.com/watch?v=AG9srm17 ... vy%20seals

http://www.mar.mil.br/cgcfn/menu_princi ... zis-32.pdf

Abraços,

Enviado: Sex Jun 16, 2006 10:54 pm
por CFB
Carlos Mathias escreveu:Se fosse um tiro de FAl a cabeça não estava aí...


Pelo menos a metade d cabeça em q a bala pegou ai por espaço

Enviado: Sex Jun 16, 2006 10:56 pm
por Don Pascual
Eu adoraria entrar no EB como oficial, mas ja estou velho para isso, parece que a idade máxima é 20 anos até janeiro do ano da incorporação na faculdade AMAN.


Não, vc tem que ter no maximo 20 anos no ano da inscriçào pro concurso da EsPCEx.

Enviado: Sáb Jun 17, 2006 12:07 pm
por DDNN
Bom dia pessoal,
Este seria minha primeira participação no fórum,
Como atirador, já atirei bastante com ambos calibres, e na minha opinião o 5,56x45 seria mais interessante para uso de tropa em geral.
Como vamos lidar com o povão que em grande maioria dos casos, nunca deram um tiro na vida. O 5.56 tem a vantegem de ser muito “mais facil de atirar”
Aqui não estamos falando somente de rajadas, e sim o tiro em si, não e nenhum segredo nacional que os militares brasileiros atiram pouco. Seria muito mais fácil você atirar de 5,56 do que 7,62, tendo em conta o menor recuo, menos estampido de tiro....etc.
E numa situação de combate, o importante e acertar o inimigo, independente de explodir ou não a cabeça do oponente. Um tiro que não acerta no lugar que você pretende, pode ser um .50BMG que não iria refrescar muita coisa.
Também o 5.56 tem um peso menor, permitindo um volumen de fogo maior, mais facilidade de transporte e não menos importante, menos custos.
Não que o 7.62 não seja útil, mas em geral acredito que 5.56 e mais apropriado

Enviado: Sáb Jun 17, 2006 2:12 pm
por Brasileiro
A munição 5,56 é mais barata que o 7,62???
Se sim, isso significa que o soldado poderá atirar mais, e com isso treinar mais pelo mesmo preço. Melhorando a qualidade da tropa.




abraços]

Enviado: Sáb Jun 17, 2006 2:20 pm
por Piffer
É bem mais barata.

Enviado: Sáb Jun 17, 2006 2:20 pm
por Bolovo
Brasileiro escreveu:A munição 5,56 é mais barata que o 7,62???

Sim.

Enviado: Sáb Jun 17, 2006 2:59 pm
por FinkenHeinle
Na verdade, o Dilema 5,56mm vs. 7,62mm é um FALSO DILEMA!


Ele se enquandra em OUTRO DILEMA... Qualidade vs. Quantidade!


Cada um tem suas vantagens, cabe ao operador saber QUAL DELAS É MAIS IMPORTANTE!

Enviado: Sáb Jun 17, 2006 3:15 pm
por Piffer
Se formos olhar pelo lado da quantidade, o 5,56 oferece 20% a mais (pelo preço) ou o triplo (pelo peso e volume) que o 7,62.

Se formos olhar pela quantidade, o 7,62 oferece uma precisão maior, mas numa distância em que o soldado comum não atira. Também faz um estrago maior num tiro isolado, mas um soldado comum não estará isolado.

Abraços,

Enviado: Sáb Jun 17, 2006 5:21 pm
por DDNN
Segundo a tabela 256 da CBC (sim, esta desatualizada, mas e o que tenho na mao agora)

5.56x45 M193 R$101.23 (cx de 50)
ou seja R$2.02 c/u
7.62x51 COMUN R$48.01 (cx de 20)
ou seja R$2.40 c/u

Esse valor e tabela para atiradores, sem IPI.
Com certeza o exercito paga bem menos.

Menor peso e volumen = menos custo de transporte

Enviado: Dom Jun 18, 2006 11:13 am
por Alcantara
Piffer escreveu:Nem todos os tiros tem que acertar o alvo.

É importante, durante a operação, manter a superioridade dos fogos, atirando o tempo todo na direção do inimigo, acertando o abrigo dele, acertando as paredes, árvores, tudo que estiver próximo a ele. O inimigo tem que ter acerteza de que vai ser atingido se botar a cabeça para fora. Isso é essencial para a progressão da tropa, em qualquer ambiente.

Numa situação como essa, uma quantidade maior de munição com um peso menor vai fazer diferença.

Olha, excelente colocação. É por este lado que os exércitos foram. Não acho que exista um dilema qualidade vs quantidade, o que existe são exércitos raciocinando de forma a atinguir um resultado da melhor forma possível. Como o Piffer citou, um soldado normalmente não luta sozinho, ele trabalha em equipe, sendo que nessas circunstâncias o maior volume de fogo faz a diferença. Sempre fez. Se vocês olharem para trás verão que na II Guerra Mundial um pelotão americano tinha mais poder de fogo do que um pelotão alemão que não estivesse apoiado por uma MG-42. Porquê? Porquê os americanos podiam ter um volume de fogo maior em virtude das carabinas semi-automáticas M-1 Garand enquanto os alemães usavam os Kar-98, de ação manual. O calibre 7,92mm (ou 8mm Mauser, ou 7,9mm, etc) era bem potente, mas não foi fator decisivo no final das contas.


Fuzil Garand
Estados Unidos
2ª Guerra


Garand - Fuzil semi-automático desenvolvido em 1936 nos Estados Unidos, equipando toda sua infantaria, a exceção de um homem em cada esquadra, que usava um fuzil de ferrolho para tiro de precisão, desta forma a infantaria americana foi a única totalmente equipada com uma arma semi-automática durante a guerra. O general Patton disse sobre o Garand: ele foi "a maior ferramenta de combate jamais desenhada".

http://www.grandesguerras.com.br/armas/arma01.php?cod_id=180&forca=1



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Enviado: Dom Jun 18, 2006 11:25 am
por Túlio
Isso até que os alemães passaram a usar essa belezinha aí, né não?

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Enviado: Dom Jun 18, 2006 11:37 am
por Alcantara
tulio escreveu:Isso até que os alemães passaram a usar essa belezinha aí, né não?

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Pois é!!! Uma beleza, realmente. Mas elas chegaram muito tarde...

Eu me lembro de ter lido uma vez que, durantes os testes, um lote destas armas foram lançadas de para-quedas para reaprovisionamento de um pelotão alemão que, durante uma retirada alemã, havia sido isolado e cercado pelos soviéticos, ficando estes bem distante das linhas germânicas. Pois bem, o dito pelotão abriu caminho lutando de volta as suas linhas!!! A diferença de poder de fogo (antes da StG-44 e depois) foi enorme. Acho que foram situações como esta que demoveram Hitler da sua negativa em produzí-la em série.


Abraços!!!!

Enviado: Dom Jun 18, 2006 11:43 am
por Túlio
Mas aí é que está, POWS! Era a arma ideal para lutar contra os russos, que avançavam emassados, dava para disparar em full o tempo todo, e isso quase que sem desperdício de munição. Os próprios 'tovaritsches' faziam isso com suas PEPESHAS, aliás, foi a primeira e última vez que um Exército se viu majoritariamente armado com SMGs...

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Enviado: Dom Jun 18, 2006 3:27 pm
por FinkenHeinle
tulio escreveu:Isso até que os alemães passaram a usar essa belezinha aí, né não?

Tá brincando, né?!


O Führer postergou até quando pode o recebimento da STg-44 pelas tropas regulares...