Geopolítica Energética
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Re: Geopolítica Energética
"If the people who marched actually voted, we wouldn’t have to march in the first place".
"(Poor) countries are poor because those who have power make choices that create poverty".
ubi solitudinem faciunt pacem appellant
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Re: Geopolítica Energética
http://liveshots.blogs.foxnews.com/2010 ... -over-gas/
Como se Israel e Líbano não têm o suficiente para discutir sobre estes dias, aqui vem a última luta: os campos de gás.
A recente descoberta de um grande campo de gás natural ("Leviathan") por um consórcio de Israel, tem re-acendeu uma disputa entre os países, sobre as fronteiras territoriais naval e à propriedade dos recursos naturais. O campo recém-descoberto é estimado para conter 15 trilhões de pés cúbicos de gás e de acordo com um dos parceiros de perfuração, que pode até mesmo permitir que Israel para exportar gás para outros países no futuro.
O anúncio da descoberta de Israel no início de junho foi seguido por pedidos libaneses que partes dos campos de gás na verdade, pertencem a eles. Speaker do Parlamento libanês Nabih Berri declarou mais cedo este mês que uma parte do campo de gás é encontrado em águas territoriais do Líbano. Similar queixas libanês surgiu no ano passado, quando outros campos de gás natural foram descobertas por Israel.
Em resposta às reivindicações do Líbano, Infra-estruturas de Israel, Uzi Landau ministro enviou uma mensagem dura para o Líbano de hoje, dizendo: "Nós não hesitará em usar a nossa força e vigor para proteger não só o Estado de direito, mas o direito marítimo internacional".
Como se Israel e Líbano não têm o suficiente para discutir sobre estes dias, aqui vem a última luta: os campos de gás.
A recente descoberta de um grande campo de gás natural ("Leviathan") por um consórcio de Israel, tem re-acendeu uma disputa entre os países, sobre as fronteiras territoriais naval e à propriedade dos recursos naturais. O campo recém-descoberto é estimado para conter 15 trilhões de pés cúbicos de gás e de acordo com um dos parceiros de perfuração, que pode até mesmo permitir que Israel para exportar gás para outros países no futuro.
O anúncio da descoberta de Israel no início de junho foi seguido por pedidos libaneses que partes dos campos de gás na verdade, pertencem a eles. Speaker do Parlamento libanês Nabih Berri declarou mais cedo este mês que uma parte do campo de gás é encontrado em águas territoriais do Líbano. Similar queixas libanês surgiu no ano passado, quando outros campos de gás natural foram descobertas por Israel.
Em resposta às reivindicações do Líbano, Infra-estruturas de Israel, Uzi Landau ministro enviou uma mensagem dura para o Líbano de hoje, dizendo: "Nós não hesitará em usar a nossa força e vigor para proteger não só o Estado de direito, mas o direito marítimo internacional".
"If the people who marched actually voted, we wouldn’t have to march in the first place".
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Re: Geopolítica Energética
Olha o que o camuflador fala da petrobrás...
No fim do vídeo alguma dúvida que o cara é louco e queima
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"If the people who marched actually voted, we wouldn’t have to march in the first place".
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Re: Geopolítica Energética
País perde R$ 7 bi em acordos regionais
Acordos de integração energética, para buscar a liderança diplomática na América do Sul, devem levar a perdas de mais R$ 13 bi até 2023
Renée Pereira - O Estado de S.Paulo
A busca incessante do governo para conquistar a liderança da América Latina têm custado caro ao País. Só os acordos de integração energética com os países vizinhos provocaram prejuízo de R$ 7 bilhões à sociedade brasileira, entre 2004 e 2010. A cifra, calculada pelo Instituto Acende Brasil, pode chegar a R$ 20 bilhões até 2023. Um dos motivos é a revisão da tarifa de Itaipu, que entrará em votação semana que vem no Congresso (leia mais informações na pág. B4).
O levantamento lista, pelo menos, dez incidentes que culminaram em algum tipo de perda para o Brasil. Entre eles, estão as intervenções do governo boliviano em relação ao gás natural, a importação de energia da Venezuela, as mudanças na remuneração da energia de Itaipu cedida pelo Paraguai e o fornecimento de gás da Argentina.
"Em todos esses casos, a intervenção governamental dos países vizinhos desviou as condições originalmente estabelecidas. E a reação do Brasil foi de acomodação", criticou o presidente do Acende Brasil, Claudio Sales, responsável pelo trabalho "Energia e Geopolítica". Para ele, ao adotar a postura de líder regional, o País passou a ignorar os prejuízos para os brasileiros.
Um dos casos exemplares, destaca Sales, foi a nacionalização dos ativos da Petrobrás, na Bolívia, em que o governo Lula aceitou tudo sem questionar. Diante da passividade do Brasil, os bolivianos não só pagaram metade do que valiam as instalações da Petrobrás como também reviram o contrato de compra de gás que a petroleira tem com o País.
O acordo, negociado entre os presidentes Lula e Evo Morales, renderá US$ 1,2 bilhão à Bolívia até 2019. Como tem efeito retroativo, a mudança impõe desembolso de até US$ 480 milhões da Petrobrás para a YPFB, estatal boliviana. O governo brasileiro garante que o custo pela alta do gás não será repassado para o consumidor e será absorvido pela Petrobrás. "Em resumo, quem vai pagar a conta é o acionista da estatal", diz Sales.
Outro caso notório refere-se à Hidrelétrica de Itaipu, construída por Brasil e Paraguai, mas com financiamento 100% garantido pelo Brasil. O ponto de descontentamento dos vizinhos está na parcela de energia cedida ao Brasil. Conforme o tratado da usina, cada país tem direito a 50% da energia de Itaipu. Como o Paraguai consome só 8% do montante, ele repassa o resto ao País por um preço estabelecido.
Nos últimos anos, os paraguaios começaram a questionar essa remuneração. Solidário ao país, menor e mais pobre, o governo Lula aceitou elevar o valor pago pela cessão de energia, de US$ 120 milhões por ano para US$ 360 milhões. Além disso, Itaipu iniciou a construção de uma linha de transmissão no país vizinho. "Nos dois casos (Bolívia e Paraguai), o Brasil não olhou para o consumidor, apenas para a liderança na América Latina", observa o diretor do Centro Brasileiro de Infra-Estrutura (CBIE), Adriano Pires.
Acordos de integração energética, para buscar a liderança diplomática na América do Sul, devem levar a perdas de mais R$ 13 bi até 2023
Renée Pereira - O Estado de S.Paulo
A busca incessante do governo para conquistar a liderança da América Latina têm custado caro ao País. Só os acordos de integração energética com os países vizinhos provocaram prejuízo de R$ 7 bilhões à sociedade brasileira, entre 2004 e 2010. A cifra, calculada pelo Instituto Acende Brasil, pode chegar a R$ 20 bilhões até 2023. Um dos motivos é a revisão da tarifa de Itaipu, que entrará em votação semana que vem no Congresso (leia mais informações na pág. B4).
O levantamento lista, pelo menos, dez incidentes que culminaram em algum tipo de perda para o Brasil. Entre eles, estão as intervenções do governo boliviano em relação ao gás natural, a importação de energia da Venezuela, as mudanças na remuneração da energia de Itaipu cedida pelo Paraguai e o fornecimento de gás da Argentina.
"Em todos esses casos, a intervenção governamental dos países vizinhos desviou as condições originalmente estabelecidas. E a reação do Brasil foi de acomodação", criticou o presidente do Acende Brasil, Claudio Sales, responsável pelo trabalho "Energia e Geopolítica". Para ele, ao adotar a postura de líder regional, o País passou a ignorar os prejuízos para os brasileiros.
Um dos casos exemplares, destaca Sales, foi a nacionalização dos ativos da Petrobrás, na Bolívia, em que o governo Lula aceitou tudo sem questionar. Diante da passividade do Brasil, os bolivianos não só pagaram metade do que valiam as instalações da Petrobrás como também reviram o contrato de compra de gás que a petroleira tem com o País.
O acordo, negociado entre os presidentes Lula e Evo Morales, renderá US$ 1,2 bilhão à Bolívia até 2019. Como tem efeito retroativo, a mudança impõe desembolso de até US$ 480 milhões da Petrobrás para a YPFB, estatal boliviana. O governo brasileiro garante que o custo pela alta do gás não será repassado para o consumidor e será absorvido pela Petrobrás. "Em resumo, quem vai pagar a conta é o acionista da estatal", diz Sales.
Outro caso notório refere-se à Hidrelétrica de Itaipu, construída por Brasil e Paraguai, mas com financiamento 100% garantido pelo Brasil. O ponto de descontentamento dos vizinhos está na parcela de energia cedida ao Brasil. Conforme o tratado da usina, cada país tem direito a 50% da energia de Itaipu. Como o Paraguai consome só 8% do montante, ele repassa o resto ao País por um preço estabelecido.
Nos últimos anos, os paraguaios começaram a questionar essa remuneração. Solidário ao país, menor e mais pobre, o governo Lula aceitou elevar o valor pago pela cessão de energia, de US$ 120 milhões por ano para US$ 360 milhões. Além disso, Itaipu iniciou a construção de uma linha de transmissão no país vizinho. "Nos dois casos (Bolívia e Paraguai), o Brasil não olhou para o consumidor, apenas para a liderança na América Latina", observa o diretor do Centro Brasileiro de Infra-Estrutura (CBIE), Adriano Pires.
"A reconquista da soberania perdida não restabelece o status quo."
Barão do Rio Branco
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Re: Geopolítica Energética
Falta de gás argentino e boliviano paralisa usinas
Duas térmicas com 1.100 MW de capacidade estão paradas após rompimento de contratos, levando o País a contratar usinas mais caras e poluentes
Renée Pereira - O Estado de S.Paulo
Os problemas na integração energética entre Brasil e América do Sul não se resumem aos tratados governamentais. Contratos bilaterais firmados entre empresas privadas também têm sido desrespeitados.
Hoje, por exemplo, duas usinas termoelétricas (AES Uruguaiana e Termocuiabá), com capacidade de 1.100 megawatts (MW) de energia, estão paradas por causa do rompimento de contratos de fornecimento de gás natural da Bolívia e Argentina. Enquanto isso, o Brasil contratou nos últimos anos dezenas de térmicas a óleo diesel e óleo combustível, mais caras e extremamente poluentes, para garantir o abastecimento do País.
No caso da AES Uruguaiana, instalada no Sul do País, o caso foi parar na Câmara Internacional de Comércio. Os problemas começaram em 2005, com a interrupção de gás da Argentina que provocou prejuízos milionários para a empresa, afirma o diretor da AES Tietê, Ricardo Cyrino. A outra usina foi a Termocuiabá, que teve o fornecimento de gás interrompido pela Bolívia. Para cumprir contratos, a usina chegou a operar com óleo diesel. Mas hoje está parada.
Segundo especialistas, a deficiência da infraestrutura dos países vizinhos põe em risco o mercado brasileiro. Foi o que ocorreu recentemente com o racionamento da Venezuela. Na década de 90, o Brasil optou por abastecer a capital de Roraima com a energia da Venezuela e construiu uma linha de 211 km. O acordo era de 200 MW por 20 anos.
Mas o país vizinho só conseguia mandar 100 MW, até cortar 60% do total por causa de uma crise local. Para evitar apagões, o Brasil reativou uma térmica a óleo. Como o problema foi causado pela falta de chuva, a Venezuela não vai arcar com o prejuízo.
No governo, ninguém admite que os acordos têm sido descumpridos. "Todos os acordos foram cumpridos. Nunca houve interrupção do fornecimento de gás ou energia", diz o diretor do Departamento de Energia do Itamaraty, André Corrêa Lago, Ele reconhece que algumas revisões feitas nos acordos, de Itaipu ou da Bolívia, têm o objetivo de contribuir para o desenvolvimento dos vizinhos. "Para o Brasil, não interessa crescer sozinho."
O secretário de Minas e Energia, Altino Ventura, tem opinião semelhante: "Estamos assumindo o custo para a sociedade, mas é difícil dizer se houve prejuízo. Afinal, usamos mais de 90% da energia de Itaipu."
CRONOLOGIA
2004
Argentina
Constatação de insuficiência de gás natural da Argentina
2005
Paraguai
Aumento da remuneração pela cessão de Itaipu para o Paraguai
2006
Bolívia
Nacionalização dos ativos da Petrobrás, na Bolívia
2010
Venezuela
Racionamento de energia na Venezuela
Duas térmicas com 1.100 MW de capacidade estão paradas após rompimento de contratos, levando o País a contratar usinas mais caras e poluentes
Renée Pereira - O Estado de S.Paulo
Os problemas na integração energética entre Brasil e América do Sul não se resumem aos tratados governamentais. Contratos bilaterais firmados entre empresas privadas também têm sido desrespeitados.
Hoje, por exemplo, duas usinas termoelétricas (AES Uruguaiana e Termocuiabá), com capacidade de 1.100 megawatts (MW) de energia, estão paradas por causa do rompimento de contratos de fornecimento de gás natural da Bolívia e Argentina. Enquanto isso, o Brasil contratou nos últimos anos dezenas de térmicas a óleo diesel e óleo combustível, mais caras e extremamente poluentes, para garantir o abastecimento do País.
No caso da AES Uruguaiana, instalada no Sul do País, o caso foi parar na Câmara Internacional de Comércio. Os problemas começaram em 2005, com a interrupção de gás da Argentina que provocou prejuízos milionários para a empresa, afirma o diretor da AES Tietê, Ricardo Cyrino. A outra usina foi a Termocuiabá, que teve o fornecimento de gás interrompido pela Bolívia. Para cumprir contratos, a usina chegou a operar com óleo diesel. Mas hoje está parada.
Segundo especialistas, a deficiência da infraestrutura dos países vizinhos põe em risco o mercado brasileiro. Foi o que ocorreu recentemente com o racionamento da Venezuela. Na década de 90, o Brasil optou por abastecer a capital de Roraima com a energia da Venezuela e construiu uma linha de 211 km. O acordo era de 200 MW por 20 anos.
Mas o país vizinho só conseguia mandar 100 MW, até cortar 60% do total por causa de uma crise local. Para evitar apagões, o Brasil reativou uma térmica a óleo. Como o problema foi causado pela falta de chuva, a Venezuela não vai arcar com o prejuízo.
No governo, ninguém admite que os acordos têm sido descumpridos. "Todos os acordos foram cumpridos. Nunca houve interrupção do fornecimento de gás ou energia", diz o diretor do Departamento de Energia do Itamaraty, André Corrêa Lago, Ele reconhece que algumas revisões feitas nos acordos, de Itaipu ou da Bolívia, têm o objetivo de contribuir para o desenvolvimento dos vizinhos. "Para o Brasil, não interessa crescer sozinho."
O secretário de Minas e Energia, Altino Ventura, tem opinião semelhante: "Estamos assumindo o custo para a sociedade, mas é difícil dizer se houve prejuízo. Afinal, usamos mais de 90% da energia de Itaipu."
CRONOLOGIA
2004
Argentina
Constatação de insuficiência de gás natural da Argentina
2005
Paraguai
Aumento da remuneração pela cessão de Itaipu para o Paraguai
2006
Bolívia
Nacionalização dos ativos da Petrobrás, na Bolívia
2010
Venezuela
Racionamento de energia na Venezuela
"A reconquista da soberania perdida não restabelece o status quo."
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Re: Geopolítica Energética
Governo aposta na integração da América Latina
Renée Pereira - O Estado de S.Paulo
Os incidentes ocorridos nos últimos anos não alteraram os planos do governo brasileiro de ampliar a integração regional. Hoje o Itamaraty e a Eletrobrás comandam uma série de estudos de hidrelétricas e linhas de transmissão em parceria com Argentina, Uruguai, Peru e Guiana. "Todos vão na direção da integração energética", afirma o superintendente de Operações no Exterior da estatal, Sinval Gama.
Segundo ele, a América Latina é a única região do mundo autossuficiente do ponto de vista energético e sua interligação poderá trazer ganhos para todos os países. Especialistas temem, no entanto, que a ampliação dessa integração traga ainda mais prejuízos para o Brasil.
"Antes de o País se lançar em outras aventuras, o governo precisa explicar por que perdeu em todas até agora", diz o presidente do Instituto Acende Brasil, Claudio Sales. "É preciso avaliar a que custo esses novos projetos serão feitos."
O consultor Abel Holtz, especialista em energia, teme que o ressurgimento do nacionalismo - em relação aos recursos naturais - em alguns países da América Latina torne qualquer negociação muito arriscada. Além disso, destaca ele, é preciso conhecer algumas peculiaridades dos países vizinhos.
Holtz cita como exemplo o recente acordo assinado com o Peru para a construção de seis hidrelétricas. "Quase toda energia do país é produzida por térmicas. Mas há uma previsão de que o gás acabe por volta de 2025. Portanto, há o risco de fazermos uma usina e ficar tudo com eles."
Importação. Mas, pela afirmação do diretor do Departamento de Energia do Itamaraty, André Corrêa Lago, o acordo deve seguir exatamente essa tendência. "Nosso objetivo é usar hoje uma energia que no futuro vai abastecer o mercado peruano. A ideia é ajudá-los a aproveitar o grande potencial hidrelétrico, importar os excedentes e depois deixar para eles."
Segundo o diretor, outro projeto no radar é o Complexo Hidrelétrico de Garabi, entre o Brasil e Argentina. Serão construídas duas barragens, com capacidade de 1.300 megawatts (MW). O empreendimento está em fase de estudos de inventário do Rio Uruguai e de viabilidade. Mas o ministro acredita que seja possível iniciar obras complementares, como estradas e infraestrutura dos locais, até o fim do ano.
Os primeiros acordos entre Brasil e Argentina surgiram com a construção de um gasoduto de 25 km entre os dois países, que não transporta um único metro cúbico de gás natural. Isso porque a Argentina interrompeu a exportação do gás por causa de escassez no seu mercado. "Na América Latina, qualquer acordo de integração regional é de alto risco", diz o diretor do Centro Brasileiro de Infra-Estrutura (CBIE), Adriano Pires.
Renée Pereira - O Estado de S.Paulo
Os incidentes ocorridos nos últimos anos não alteraram os planos do governo brasileiro de ampliar a integração regional. Hoje o Itamaraty e a Eletrobrás comandam uma série de estudos de hidrelétricas e linhas de transmissão em parceria com Argentina, Uruguai, Peru e Guiana. "Todos vão na direção da integração energética", afirma o superintendente de Operações no Exterior da estatal, Sinval Gama.
Segundo ele, a América Latina é a única região do mundo autossuficiente do ponto de vista energético e sua interligação poderá trazer ganhos para todos os países. Especialistas temem, no entanto, que a ampliação dessa integração traga ainda mais prejuízos para o Brasil.
"Antes de o País se lançar em outras aventuras, o governo precisa explicar por que perdeu em todas até agora", diz o presidente do Instituto Acende Brasil, Claudio Sales. "É preciso avaliar a que custo esses novos projetos serão feitos."
O consultor Abel Holtz, especialista em energia, teme que o ressurgimento do nacionalismo - em relação aos recursos naturais - em alguns países da América Latina torne qualquer negociação muito arriscada. Além disso, destaca ele, é preciso conhecer algumas peculiaridades dos países vizinhos.
Holtz cita como exemplo o recente acordo assinado com o Peru para a construção de seis hidrelétricas. "Quase toda energia do país é produzida por térmicas. Mas há uma previsão de que o gás acabe por volta de 2025. Portanto, há o risco de fazermos uma usina e ficar tudo com eles."
Importação. Mas, pela afirmação do diretor do Departamento de Energia do Itamaraty, André Corrêa Lago, o acordo deve seguir exatamente essa tendência. "Nosso objetivo é usar hoje uma energia que no futuro vai abastecer o mercado peruano. A ideia é ajudá-los a aproveitar o grande potencial hidrelétrico, importar os excedentes e depois deixar para eles."
Segundo o diretor, outro projeto no radar é o Complexo Hidrelétrico de Garabi, entre o Brasil e Argentina. Serão construídas duas barragens, com capacidade de 1.300 megawatts (MW). O empreendimento está em fase de estudos de inventário do Rio Uruguai e de viabilidade. Mas o ministro acredita que seja possível iniciar obras complementares, como estradas e infraestrutura dos locais, até o fim do ano.
Os primeiros acordos entre Brasil e Argentina surgiram com a construção de um gasoduto de 25 km entre os dois países, que não transporta um único metro cúbico de gás natural. Isso porque a Argentina interrompeu a exportação do gás por causa de escassez no seu mercado. "Na América Latina, qualquer acordo de integração regional é de alto risco", diz o diretor do Centro Brasileiro de Infra-Estrutura (CBIE), Adriano Pires.
"A reconquista da soberania perdida não restabelece o status quo."
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Re: Geopolítica Energética
Revisão de Itaipu começa a ser votada na Câmara
Mudança no tratado, que pode triplicar o valor da cessão de energia vendida ao Brasil pelo Paraguai, está na Comissão de Relações Exteriores e pode ser votada na próxima quarta-feira
Vannildo Mendes e Leonardo Goy - O Estado de S.Paulo
A Câmara dos Deputados pode dar na próxima quarta-feira o primeiro passo para aprovar a revisão do Tratado de Itaipu e a decisão do governo Lula de triplicar o valor da cessão de energia vendida ao Brasil pelo Paraguai.
Pelo projeto de decreto legislativo (PDL) 2.600/10, que está na Comissão de Relações Exteriores da Câmara, o Brasil triplica esse pagamento, que passa dos atuais US$ 120 milhões (aproximadamente R$ 216 milhões) para US$ 360 milhões (em torno de R$ 648 milhões).
Para a oposição, o governo Lula cedeu às pressões do novo presidente paraguaio, Fernando Lugo, e está promovendo "um ato de caridade", como o deputado Antonio Carlos Mendes Thame (PSDB-SP) chamou o decreto legislativo. Na sessão do último dia 30, quando a oposição conseguiu adiar a votação do PDL, o deputado Doutor Rosinha (PT-PR) defendeu que o tratado seja revisto à luz das relações internacionais, e não apenas levando em conta os dados técnicos do setor energético. "Temos de agir diplomaticamente, a favor do desenvolvimento dos países vizinhos", disse o petista.
As lideranças da base aliada querem votar o decreto legislativo antes do recesso parlamentar, que começa no próximo dia 17 de julho. Depois de aprovado na Comissão de Relações Exteriores, o PDL ainda vai ter de tramitar pelas comissões de Minas e Energia, de Finanças e Tributação e, por último, antes de ser submetido ao plenário, na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).
Tratado de Itaipu. Pelo Tratado de Itaipu, assinado em 1973, Paraguai e Brasil dividem meio a meio a energia gerada pela hidrelétrica multinacional. Da metade que recebe, o Paraguai também é obrigado a vender ao Brasil o que ele não usa - em média, os paraguaios consomem em torno de 8% dessa energia, vendendo os restantes 90% ao Brasil. A revisão dos preços da energia paga foi uma bandeira da campanha eleitoral de Lugo, em 2008.
O presidente da parte brasileira da Itaipu Binacional, Jorge Samek, diz que o Tratado de Itaipu "não veda revisões e ajustes devem ser feitos". Ontem, em entrevista ao Estado, disse que, no início da negociação, os paraguaios queriam muito mais do que isso. "A reivindicação vem de anos e eles queriam um valor astronômico. Na pauta, queriam mais US$ 2 bilhões por ano. Mostramos que isso era incompatível com a formação do Tratado. Após muita discussão é que se aceitou triplicar e é isso que está em discussão."
Samek disse ainda que o valor pago a mais será absorvido pelo Tesouro, por decisão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. "Não haverá impacto sobre o consumidor de energia. Será coberto pelo contribuinte", afirmou o presidente de Itaipu. Samek frisou que, com a valorização do real nos últimos anos, a energia de Itaipu, que é cotada em dólares, tem contribuído para reduzir os reajustes das contas de luz.
Na sessão da semana passada, na Câmara, o deputado Eduardo Sciarra (DEM-PR) lembrou que ao triplicar os pagamentos para o Paraguai o governo está criando uma despesa que vai ser repassado aos próximos governos. "Como o fim do Tratado está previsto para 2023, serão mais 13 anos de aumento de despesa", disse Sciarra, lembrando que "a conta, estando ou não na tarifa da luz consumida, será bancada pelo contribuinte brasileiro."
Mudança no tratado, que pode triplicar o valor da cessão de energia vendida ao Brasil pelo Paraguai, está na Comissão de Relações Exteriores e pode ser votada na próxima quarta-feira
Vannildo Mendes e Leonardo Goy - O Estado de S.Paulo
A Câmara dos Deputados pode dar na próxima quarta-feira o primeiro passo para aprovar a revisão do Tratado de Itaipu e a decisão do governo Lula de triplicar o valor da cessão de energia vendida ao Brasil pelo Paraguai.
Pelo projeto de decreto legislativo (PDL) 2.600/10, que está na Comissão de Relações Exteriores da Câmara, o Brasil triplica esse pagamento, que passa dos atuais US$ 120 milhões (aproximadamente R$ 216 milhões) para US$ 360 milhões (em torno de R$ 648 milhões).
Para a oposição, o governo Lula cedeu às pressões do novo presidente paraguaio, Fernando Lugo, e está promovendo "um ato de caridade", como o deputado Antonio Carlos Mendes Thame (PSDB-SP) chamou o decreto legislativo. Na sessão do último dia 30, quando a oposição conseguiu adiar a votação do PDL, o deputado Doutor Rosinha (PT-PR) defendeu que o tratado seja revisto à luz das relações internacionais, e não apenas levando em conta os dados técnicos do setor energético. "Temos de agir diplomaticamente, a favor do desenvolvimento dos países vizinhos", disse o petista.
As lideranças da base aliada querem votar o decreto legislativo antes do recesso parlamentar, que começa no próximo dia 17 de julho. Depois de aprovado na Comissão de Relações Exteriores, o PDL ainda vai ter de tramitar pelas comissões de Minas e Energia, de Finanças e Tributação e, por último, antes de ser submetido ao plenário, na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).
Tratado de Itaipu. Pelo Tratado de Itaipu, assinado em 1973, Paraguai e Brasil dividem meio a meio a energia gerada pela hidrelétrica multinacional. Da metade que recebe, o Paraguai também é obrigado a vender ao Brasil o que ele não usa - em média, os paraguaios consomem em torno de 8% dessa energia, vendendo os restantes 90% ao Brasil. A revisão dos preços da energia paga foi uma bandeira da campanha eleitoral de Lugo, em 2008.
O presidente da parte brasileira da Itaipu Binacional, Jorge Samek, diz que o Tratado de Itaipu "não veda revisões e ajustes devem ser feitos". Ontem, em entrevista ao Estado, disse que, no início da negociação, os paraguaios queriam muito mais do que isso. "A reivindicação vem de anos e eles queriam um valor astronômico. Na pauta, queriam mais US$ 2 bilhões por ano. Mostramos que isso era incompatível com a formação do Tratado. Após muita discussão é que se aceitou triplicar e é isso que está em discussão."
Samek disse ainda que o valor pago a mais será absorvido pelo Tesouro, por decisão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. "Não haverá impacto sobre o consumidor de energia. Será coberto pelo contribuinte", afirmou o presidente de Itaipu. Samek frisou que, com a valorização do real nos últimos anos, a energia de Itaipu, que é cotada em dólares, tem contribuído para reduzir os reajustes das contas de luz.
Na sessão da semana passada, na Câmara, o deputado Eduardo Sciarra (DEM-PR) lembrou que ao triplicar os pagamentos para o Paraguai o governo está criando uma despesa que vai ser repassado aos próximos governos. "Como o fim do Tratado está previsto para 2023, serão mais 13 anos de aumento de despesa", disse Sciarra, lembrando que "a conta, estando ou não na tarifa da luz consumida, será bancada pelo contribuinte brasileiro."
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Re: Geopolítica Energética
Báh, chega ser inacreditável ver uma usina de 1 bilhão "as moscas" por falta de gás... Quando vou para Uruguaiana passo pela BR-472, a caminho de um distrito do município; a imagem do imenso complexo parado não deixa ser um tanto insólita em meio a campos de arroz e criação de ovinos... Demostra a q ponto chegou a esculhembação q tornou-se a Argentina dos anos 1990 para cá...Marino escreveu:Falta de gás argentino e boliviano paralisa usinas
Duas térmicas com 1.100 MW de capacidade estão paradas após rompimento de contratos, levando o País a contratar usinas mais caras e poluentes
Renée Pereira - O Estado de S.Paulo
Os problemas na integração energética entre Brasil e América do Sul não se resumem aos tratados governamentais. Contratos bilaterais firmados entre empresas privadas também têm sido desrespeitados.
Hoje, por exemplo, duas usinas termoelétricas (AES Uruguaiana e Termocuiabá), com capacidade de 1.100 megawatts (MW) de energia, estão paradas por causa do rompimento de contratos de fornecimento de gás natural da Bolívia e Argentina. Enquanto isso, o Brasil contratou nos últimos anos dezenas de térmicas a óleo diesel e óleo combustível, mais caras e extremamente poluentes, para garantir o abastecimento do País.
No caso da AES Uruguaiana, instalada no Sul do País, o caso foi parar na Câmara Internacional de Comércio. Os problemas começaram em 2005, com a interrupção de gás da Argentina que provocou prejuízos milionários para a empresa, afirma o diretor da AES Tietê, Ricardo Cyrino. A outra usina foi a Termocuiabá, que teve o fornecimento de gás interrompido pela Bolívia. Para cumprir contratos, a usina chegou a operar com óleo diesel. Mas hoje está parada.
Segundo especialistas, a deficiência da infraestrutura dos países vizinhos põe em risco o mercado brasileiro. Foi o que ocorreu recentemente com o racionamento da Venezuela. Na década de 90, o Brasil optou por abastecer a capital de Roraima com a energia da Venezuela e construiu uma linha de 211 km. O acordo era de 200 MW por 20 anos.
Mas o país vizinho só conseguia mandar 100 MW, até cortar 60% do total por causa de uma crise local. Para evitar apagões, o Brasil reativou uma térmica a óleo. Como o problema foi causado pela falta de chuva, a Venezuela não vai arcar com o prejuízo.
No governo, ninguém admite que os acordos têm sido descumpridos. "Todos os acordos foram cumpridos. Nunca houve interrupção do fornecimento de gás ou energia", diz o diretor do Departamento de Energia do Itamaraty, André Corrêa Lago, Ele reconhece que algumas revisões feitas nos acordos, de Itaipu ou da Bolívia, têm o objetivo de contribuir para o desenvolvimento dos vizinhos. "Para o Brasil, não interessa crescer sozinho."
O secretário de Minas e Energia, Altino Ventura, tem opinião semelhante: "Estamos assumindo o custo para a sociedade, mas é difícil dizer se houve prejuízo. Afinal, usamos mais de 90% da energia de Itaipu."
CRONOLOGIA
2004
Argentina
Constatação de insuficiência de gás natural da Argentina
2005
Paraguai
Aumento da remuneração pela cessão de Itaipu para o Paraguai
2006
Bolívia
Nacionalização dos ativos da Petrobrás, na Bolívia
2010
Venezuela
Racionamento de energia na Venezuela
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Re: Geopolítica Energética
[]´sPetrobras anuncia nova descoberta de petróleo no litoral de Angola
São Paulo, 12 jul (EFE).- A Petrobras anunciou hoje a descoberta de uma nova reserva de petróleo em águas do litoral de Angola, em um bloco de prospecção de petróleo onde a empresa tem uma participação de 5%.
Em comunicado, a companhia precisou que a jazida foi encontrada através da perfuração de um poço situado a 100 quilômetros do litoral angolana, em uma lâmina de água de 470 metros.
Os cálculos preliminares que a companhia maneja revelam a existência de 500 milhões de barris de petróleo de alta qualidade.
A descoberta foi efetuada em um bloco que a Petrobras explora em colaboração com a empresa de hidrocarbonetos italiana ENI (35%) e a francesa Total (15%), entre outras.
No dia 18 de fevereiro a Petrobras tornou pública a descoberta de outras duas reservas com um potencial de extração de 1,6 mil e 6,4 mil barris diários, respectivamente, nesse mesmo bloco.
A Petrobras, a maior empresa brasileira e uma das petrolíferas de maior crescimento no mundo, produz uma média de 2,5 milhões de barris de petróleo e gás natural por dia no Brasil e nos campos que explora no exterior.
http://economia.uol.com.br/ultimas-noti ... ngola.jhtm
"O homem erra quando se convence de ver as coisas como não são. O maior erro ainda é quando se persuade de que não as viu, tendo de fato visto." Alexandre Dumas
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Re: Geopolítica Energética
[]´sOdebrecht espera investir mais de US$10 bilhões no Peru em 5 anos
13/07/2010 - 21h23
Por Patricia Vélez
LIMA (Reuters) - A construtora brasileira Odebrecht prevê investir mais de 10 bilhões de dólares no Peru nos próximos cinco anos, principalmente em hidrelétricas que avalia financiar no mercado local, disse o diretor superintendente da unidade peruana, Jorge Barata.
Os planos de investimento da Odebrecht, que tem no Peru vários projetos, que vão desde os setores de energia e rodoviário até o portuário, são os mais ambiciosos de uma empresa estrangeira no país andino.
No Peru, "estamos falando nos próximos cinco anos (de investimentos de) mais de 10 bilhões de dólares", disse Barata à Reuters.
Segundo ele, a Odebrecht planeja construir três hidrelétricas no Peru --Chaglla, Cumba 4 e Chadin 2-- com capacidades de geração de entre 400 e 825 megawatts.
A companhia já tem a concessão definitiva de Chaglla, que terá capacidade de 400 megawatts e exigirá um investimento de 900 milhões de dólares, explicou Barata.
Ele afirmou que para esse projeto, a empresa já está conversando com potenciais sócios estrangeiros que têm presença no Peru, mas não deu nomes.
A Odebrecht também recebeu a concessão provisória de Cumba 4, de 825 megawatts, e de Chadin 2, de 600 megawatts, e está na etapa de estudos de viabilidade.
Barata disse que o setor energético peruano tem um potencial elevado devido ao sólido crescimento econômico do país sul-americano.
Segundo analistas, a demanda de eletricidade cresce a um ritmo de 8 por cento ao ano no Peru, principalmente pela indústria de mineração, setor de grande importância para a economia do país.
"Há muito a fazer para abastecer o mercado local, o que estamos apostando justamente é desenvolver projetos que garantam isso antes de trabalhar para a exportação", disse Barata.
OLHOS NO MERCADO LOCAL
Para financiar os projetos em execução e os previstos, a companhia avalia emitir bônus e colocar na bolsa de Lima ações de algumas de suas unidades locais, disse o executivo.
"O setor de concessão de rodovias poderia, por exemplo, se agrupar e fazer uma abertura de capital".
Barata destacou que a possível saída ao mercado local "ainda é um plano, mas é muito provável devido aos níveis de investimentos que vamos precisar".
A Odebrecht também participa no Peru de um plano para a construção de um gasoduto de 3 bilhões de dólares e 1.045 quilômetros que levará o gás dos ricos campos de Camisea até a costa sul do país.
Outra sócia do projeto é a norte-americana Conduit Capital.
"Estamos entregando neste mês o estudo de impacto ambiental, que é um ponto muito importante", disse Barata.
"Estimamos que tudo estará pronto para começar as obras a partir de janeiro do próximo ano. O primeiro trecho que vamos fazer é o da floresta até Quillabamba, onde vamos instalar uma central termelétrica de mais ou menos 200 megawatts" que estaria pronta em julho de 2012, acrescentou.
No setor rodoviário, a empresa também deve entregar em novembro deste ano uma rodovia interoceânica que ligará o Peru e o Brasil.
A Petrobras, a construtora Andrade Gutierrez, as mineradoras Votorantim Metais e Vale e a siderúrgica Gerdau também operam no Peru.
http://economia.uol.com.br/ultimas-noti ... -anos.jhtm
"O homem erra quando se convence de ver as coisas como não são. O maior erro ainda é quando se persuade de que não as viu, tendo de fato visto." Alexandre Dumas
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Re: Geopolítica Energética
“EUA deixaram setor na mão das petroleiras; Brasil não”
15/07/2010 E.M.Pinto
Sabrina Lorenzi, iG Rio de Janeiro
Regras brasileiras exigem dois tipos de acionamento para equipamento que fecha poço, diz secretário do MME em entrevista ao iG
O governo brasileiro não vai tomar nenhuma medida “imediatista” no setor de petróleo por causa do vazamento que já dura quase três meses no Golfo do México. Em entrevista ao iG, o secretário de Petróleo, Gás e Biocombustíveis do Ministério de Minas e Energia (MME), Marco Antônio Martins Almeida, afirmou que a nossa regulamentação é mais rígida do que a norte-americana – que, segundo ele, permite que o setor fique “na mão das empresas”.
“Nós temos legislação mais rigorosa que a deles. Isso elimina a chance de ocorrer acidente aqui? De jeito algum. Um acidente pode acontecer por vários motivos. Mas precisamos de estudo profundo para saber o que aconteceria aqui se ocorresse o mesmo acidente e quais seriam suas consequencias”, afirma Almeida.
As regras brasileiras exigem que a empresa tenha dois tipos de acionamento do BOP (blow out preventer), equipamento que fecha a tubulação em caso de explosão. “Aqui podemos fazer o acionamento tanto hidráulico quanto remoto. Lá eles não têm a exigência do acionamento remoto e a sonda que estava lá não estava preparada para fazer acionamento remoto. Eles poderiam ter feito acionamento remoto, mas como eles não têm essa exigência, não puderam fazer. Não sabemos se isso resolveria o problema, mas o fato é que temos uma regulamentação mais severa”.
Indagado sobre o fato de as empresas estarem perfurando cada vez mais fundo – e se isso pode representar mais riscos de acidentes como o da BP – Almeida afirmou que o tamanho do poço “não faz a menor diferença”.
“A única recomendação que estamos fazendo por enquanto é entender o acidente, estudá-lo, aprender com ele e ver se a gente precisa ou não mexer nas nossas regras. Isso vale para a nossa secretaria, vale para a ANP, vale para o (ministério de) Meio Ambiente, vale para todos. Não se espera tomar nenhuma medida imediatista que pode não ter efeito nenhum”, afirmou Marco Antônio, em entrevista concedida na noite da última sexta-feira (9).
Segundo ele, o governo não vai impedir o processo de compra dos ativos da Devon no Brasil pela BP, já que a companhia já atua no País em vários outros blocos exploratórios. Mas, segundo fontes, a Agência nacional do Petróleo estaria retardando a aprovação da operação. Procurada, a ANP não comentou a informação até a publicação desta matéria.
“A questão é saber se eles (BP) terá bala na agulha para comprar os ativos da Devon”, afirma Almeida. A BP está gastando bilhões de dólares para tentar conter o vazamento e teria recebido oferta de compra da ExxonMobil, a maior empresa de petróleo de capital aberto do mundo.
Fonte: Último Segundo
http://pbrasil.wordpress.com/2010/07/15 ... more-22627
15/07/2010 E.M.Pinto
Sabrina Lorenzi, iG Rio de Janeiro
Regras brasileiras exigem dois tipos de acionamento para equipamento que fecha poço, diz secretário do MME em entrevista ao iG
O governo brasileiro não vai tomar nenhuma medida “imediatista” no setor de petróleo por causa do vazamento que já dura quase três meses no Golfo do México. Em entrevista ao iG, o secretário de Petróleo, Gás e Biocombustíveis do Ministério de Minas e Energia (MME), Marco Antônio Martins Almeida, afirmou que a nossa regulamentação é mais rígida do que a norte-americana – que, segundo ele, permite que o setor fique “na mão das empresas”.
“Nós temos legislação mais rigorosa que a deles. Isso elimina a chance de ocorrer acidente aqui? De jeito algum. Um acidente pode acontecer por vários motivos. Mas precisamos de estudo profundo para saber o que aconteceria aqui se ocorresse o mesmo acidente e quais seriam suas consequencias”, afirma Almeida.
As regras brasileiras exigem que a empresa tenha dois tipos de acionamento do BOP (blow out preventer), equipamento que fecha a tubulação em caso de explosão. “Aqui podemos fazer o acionamento tanto hidráulico quanto remoto. Lá eles não têm a exigência do acionamento remoto e a sonda que estava lá não estava preparada para fazer acionamento remoto. Eles poderiam ter feito acionamento remoto, mas como eles não têm essa exigência, não puderam fazer. Não sabemos se isso resolveria o problema, mas o fato é que temos uma regulamentação mais severa”.
Indagado sobre o fato de as empresas estarem perfurando cada vez mais fundo – e se isso pode representar mais riscos de acidentes como o da BP – Almeida afirmou que o tamanho do poço “não faz a menor diferença”.
“A única recomendação que estamos fazendo por enquanto é entender o acidente, estudá-lo, aprender com ele e ver se a gente precisa ou não mexer nas nossas regras. Isso vale para a nossa secretaria, vale para a ANP, vale para o (ministério de) Meio Ambiente, vale para todos. Não se espera tomar nenhuma medida imediatista que pode não ter efeito nenhum”, afirmou Marco Antônio, em entrevista concedida na noite da última sexta-feira (9).
Segundo ele, o governo não vai impedir o processo de compra dos ativos da Devon no Brasil pela BP, já que a companhia já atua no País em vários outros blocos exploratórios. Mas, segundo fontes, a Agência nacional do Petróleo estaria retardando a aprovação da operação. Procurada, a ANP não comentou a informação até a publicação desta matéria.
“A questão é saber se eles (BP) terá bala na agulha para comprar os ativos da Devon”, afirma Almeida. A BP está gastando bilhões de dólares para tentar conter o vazamento e teria recebido oferta de compra da ExxonMobil, a maior empresa de petróleo de capital aberto do mundo.
Fonte: Último Segundo
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Re: Geopolítica Energética
Olha, em minha opinião todo o esforço (até louvável por sinal) em se tentar a sonhada integração sulamericana teve - e terá no futro próximo - resultados pífios para o Brasil, quiçá contraproducentes.
Tratamos com mimos os achaques bolivianos, socorremos à Argentina e seu (mais que) falido sistema energético, aturamos as diatribes paraguaias e... só levamos ferro!
O Paraguai, seu povo distorcido por jornalecos aventureiros, acalentam um ódio ao Brasil cuja gênesis (guerra da tríplice aliança) é desenterrada pelos políticos oportunistas (de lá) e alimentada pelo fomento deste ódio do incosciente coletivo dopovo paraguaio. Confundem os gauranis sua anêmica economia e parco desenvolvimeto com o crescimento brasileiro, como se a inveja fosse desculpa para apontar a "guerra", a Itaipu, e o "vizinho gigante", suas próprias dificuldades. Já estamos prestes a conceder ao Paraguai abertura inimaginável sobre o acordo de Itaipu. Mas, atentem, eles vão querer mais e isto ainda nos trará muitas dores de cabeça.
Tratamos com mimos os achaques bolivianos, socorremos à Argentina e seu (mais que) falido sistema energético, aturamos as diatribes paraguaias e... só levamos ferro!
O Paraguai, seu povo distorcido por jornalecos aventureiros, acalentam um ódio ao Brasil cuja gênesis (guerra da tríplice aliança) é desenterrada pelos políticos oportunistas (de lá) e alimentada pelo fomento deste ódio do incosciente coletivo dopovo paraguaio. Confundem os gauranis sua anêmica economia e parco desenvolvimeto com o crescimento brasileiro, como se a inveja fosse desculpa para apontar a "guerra", a Itaipu, e o "vizinho gigante", suas próprias dificuldades. Já estamos prestes a conceder ao Paraguai abertura inimaginável sobre o acordo de Itaipu. Mas, atentem, eles vão querer mais e isto ainda nos trará muitas dores de cabeça.
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Re: Geopolítica Energética
China investe 40 bilhões de dólares no setor energético do Irã
01/08/2010
TEERÃ – A China, que se tornou o principal sócio econômico e comercial do Irã, investiu cerca de 40 bilhões de dólares no setor petroleiro e de gás da República Islâmica, declarou neste sábado uma autoridade iraniana.
“A China participa de projetos de prospecção no valor de 29 bilhões de dólares e de projetos de transformação, sobretudo na construção de fábricas petroquímicas e de refinarias, de um valor de 10 bilhões de dólares”, declarou o vice-ministro do Petróleo, Hossein Noghrekar Shirazi, citado pela agência Mehr.
Ele acrescentou que Pequim pretende participar da construção de sete novas refinarias.
Em 2009, a China se tornou o maior sócio comercial do Irã com 21,2 bilhões de dólares em trocas comerciais contra 14,4 bilhões três anos antes, graças em parte à retirada das companhias ocidentais devido à pressão de seus governos.
As sanções internacionais contra o Irã por seu polêmico programa nuclear, decididas principalmente pelos Estados Unidos e pelos países da União Europeia (UE), permitiram à China reforçar sua presença na República Islâmica.
Pequim indicou que não aprova as sanções decididas na segunda-feira passada pela União Europeia (UE), que apontam principalmente para o setor petroleiro e de gás.
Nota do Editor:
Curioso, Rússia e China investem somas pesadas no IRan, mas quando é o Brasil, nosso país está financiando ditadores sanguinários e despostas, são necessárias sanções e proibições,.
As empresas brasileiras são proibidas de tudo até vender fralda pois o poliester pode virar bomba no futuro, e ainda nos chamam de hipócritas.
E.M.Pinto
Fonte: JB via CCOMSEX
http://pbrasil.wordpress.com/2010/08/01 ... more-23862
01/08/2010
TEERÃ – A China, que se tornou o principal sócio econômico e comercial do Irã, investiu cerca de 40 bilhões de dólares no setor petroleiro e de gás da República Islâmica, declarou neste sábado uma autoridade iraniana.
“A China participa de projetos de prospecção no valor de 29 bilhões de dólares e de projetos de transformação, sobretudo na construção de fábricas petroquímicas e de refinarias, de um valor de 10 bilhões de dólares”, declarou o vice-ministro do Petróleo, Hossein Noghrekar Shirazi, citado pela agência Mehr.
Ele acrescentou que Pequim pretende participar da construção de sete novas refinarias.
Em 2009, a China se tornou o maior sócio comercial do Irã com 21,2 bilhões de dólares em trocas comerciais contra 14,4 bilhões três anos antes, graças em parte à retirada das companhias ocidentais devido à pressão de seus governos.
As sanções internacionais contra o Irã por seu polêmico programa nuclear, decididas principalmente pelos Estados Unidos e pelos países da União Europeia (UE), permitiram à China reforçar sua presença na República Islâmica.
Pequim indicou que não aprova as sanções decididas na segunda-feira passada pela União Europeia (UE), que apontam principalmente para o setor petroleiro e de gás.
Nota do Editor:
Curioso, Rússia e China investem somas pesadas no IRan, mas quando é o Brasil, nosso país está financiando ditadores sanguinários e despostas, são necessárias sanções e proibições,.
As empresas brasileiras são proibidas de tudo até vender fralda pois o poliester pode virar bomba no futuro, e ainda nos chamam de hipócritas.
E.M.Pinto
Fonte: JB via CCOMSEX
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Re: Geopolítica Energética
Hehehehe, eu vi essa imagem e lembrei desse vídeo.
“melhor seria viver sozinho, mas isso não é possível: precisamos do poder de todos para proteger o de cada um e dos outros” (Francis Wolff)
- suntsé
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Re: Geopolítica Energética
Uma coisa que acho impressionante, é que esses Chineses e Russos ainda sim apoiaram sanções contra o Iran a troco de Esmolas.....
Será que eles não percebem que as sanções são utilizadas como justificativas para as aventuras militares dos EUA?
Depois disem que a nossa diplomacia que é infantil, os Brasileiros perceberam isso antes deles.
Será que eles não percebem que as sanções são utilizadas como justificativas para as aventuras militares dos EUA?
Depois disem que a nossa diplomacia que é infantil, os Brasileiros perceberam isso antes deles.