Fórum Defesa Brasil

A.K. for T-7 escreveu:Já que o pessoal estava falando de equipamentos, fardamentos, etc., resolvi mostrar um pouco do que eu uso.

Aqui estão meu coturno e minhas meias de selva. O coturno é uma OTB Odhin, um coturno anfíbio feito para os SEALS usarem nas suas transições água/terra firme. É tão bom que o SAS passou a usar para combate na selva. Ele é feito daquelas redes coolmax com um revestimento de couro tratado para não absorver água, e seu solado tem uma rede muito fina de aço inox para proteger o pé de estacas e para não deixar entrar pedrinhas pelo solado, que é todo furado para permitir o escoamento da água. Você entra com ele na água e vinte minutos depois ele já está seco. Mas ele precisa ser usado com as meias adequadas. A esquerda tem um par de meias Smatwool Anti-Blister, que é a ideal para usar com este coturno. Ela é feita de uma fibra sintética resistente ao fogo e hidrorepelete, não tem nenhuma costura na parte interna para ferir os pés e toda sua parte interna é de teflon. Resultado? Molhou até encharcar, em 10 a 20 minutos está seca como se estivesse ficado o dia todo no sol de Petrolina, e graças ao teflon e à costura externa você não precisa ficar besuntando os pés com hipoglós, porque ela não atrita com o pé e não faz bolhas (anti-blister). Agora se o ambiente é de muita água (pantanal), eu uso as meias da esqueda, que são as Sealskinz, uma meia de três camadas de certos materiais que chupam o suor para fora e impedem a entrada de água. A meia é toda vedada, você pode entrar na água até a cabeça e passar o dia lá, que quando sair seu pé está seco. eu usei estes dias no Mato Grosso do Sul a Smartwool com a Sealskinz por cima e as OTB, porque estava uma friagem à noite. Foram três dias de entra e sai de barco, pegando trilhas inundadas, etc. e meus pés ficaram 100% secos e sem bolhas, apesar de umas boas caminhadas de 5 a 6 horas na mata.



Detalhes das meias. Da esq para a dir: Smartwool, Smartwool do avesso para ver o teflon, a ventilação e a ausência de costuras (a meia também tem elásticos de compressão, para naão "sambar no pé"), Sealskinz e Sealskinz parcialmente do avesso para ver os vários materiais que a compõe



Abaixo, da esquerda para a direita, camiseta Under Armour Hot Wheather, para usar debaixo da gandola ou do colete. Ela é como aquelas camisetas de futebol que chupam o suor e fazem ele evaporar, mantendo o corpo seco. Ela também tem uas redes de ventilação nas laterais, nas costas e embaixo dos braços, sem contar que é FPS 50+ (proteção contra UVA e UVB). Já usei bastante na Caatinga, por baixo da gandola, e faz MUITA diferença. Na sequência, calça Blackhawk Warrior Wear, que uso normalmente na cidade ou na zona rural. Note os porta acessórios MOLLE em cima dos bolsos de trás. Tenho umas TAD Gear Force 10 de náilon, iguais a esta, que uso na mata ou em ambientes úmidos, pois elas secam muito rápido. Depois uma jaqueta TAD Gear Stealth V4, que são à prova dágua, tem ventilação axilar e uma série de macetes. Ela é uma espécie de jaqueta de alpinismo muitíssimo leve que serve de gandola e de jaqueta de frio e de chuva. Se está calor, abra a ventilação e você pode usar embaixo do sol para não se queimar. Se está frio ou chovendo, use com tudo fechado e ela segura a onda 100%



Detalhe da jaqueta e da calça.

A.K. for T-7 escreveu:

felipexion escreveu:A.K. for T-7, SE a tropa fosse equipada com tudo que você listou, qual seria o custo por militar???

Bolovo escreveu:

A.K. for T-7 escreveu:

Pelo visto o chão da cozinha está bem limpo.

Quanto custou toda essa brincadeira aí, Beraldi?

Pereira escreveu:Que equipamento de sonho para qualquer soldado de selva do mundo.

Sorri levemente quando comecei a ler sobre a bota !

Essa FN é a de 5 tiros ?

Abraços.

SGT GUERRA escreveu:

Jacobs escreveu: Concordo, na prática mesmo, pouca coisa dessa parafernalha é util. Quando o pau ta comendo, não duvido nada que os soldados vão jugar tudo isso pro alto!

Mas nunca se sabe o futuro, já existem estudos (e até videos no youtóba) sobre exoesqueletos. Imagine um soldado a lá Tony Stark armado até os dentes. hehehehe

se vocês forem analisar bem. Uma guerra é uma disputa de quem dá mais prejuizo ao outro. Por isso soldado de infantaria tem que ser barato.
O dia que essas tecnologias forem baratas, pode ser que façam parte do dia-a-dia do combate, caso contrário só um pais riquissimo gastaria tanto dinheiro para equipar soldados de infantaria.

SGT GUERRA escreveu:Bom, o que eu dizer aqui é uma grande viagem na maionese. Vou lançar a ideia e deixo a palavra com quem tem mais conhecimentos.

De baixo para cima:
- coturno leve o bastante para flutuar na agua e resistente o bastante para aguentar uma estaca ou espinho (e tem espinho que atravessa a borracha e a lona). De preferencia sem partes que enferrujam.
- meia. bem fina e barata o bastante para ser descartavel. E o combatente poder usar uma por dia.
- cinto resistente e fivela de encaixe simples e rapido, e com um dispositivo que dispense a fita isolante na hora de prender o cinto na fivela.
- farda. Tecido fino e resistente. E que sejam aprova de picadas de inseto, porque tem mosquito que passa o tecido da farda quando esta molhada. Os bolsos do peito da gandola iriam para a manga (sem dificultar a dobragem). Presilha do pescoço ajustavel (talvez de velcro). Com partes de tecido em telinha (parte da virilha, peito). Manga larga para facilitar a dobragem, e se possivel destacavel (esqueça as camisetas). Com um punho longo (sem aquela abertura) e com velcro para ser lacrado.
- cobertura. O cigs desenvolveu um gorro resistente a espinhos e para proteger da chuva, com telinha do lado. Quem sabe partir daí para desenvolver algo.

O equipamento e o armamento eu desenvolveria em dois modulos. Um basico e um de apoio de fogo.
No básico eu desenvolveria um fuzil leve. Com capacidade de dar rajadas de 2 ou 3 e 5 tiros. E com uma munição intermediaria entre o M1 e o perfurante. E com todas aquelas cositas basicas (mira, laser etc). Um equipamento bem simples de tiras finas e leve, com porta carregadores, e porta trecos.

E no apoio de fogo, mesmo fuzil. Mas um lança granadas que se encaixe rapido. Com diversos tipos de granadas (na selva o segredo em atacar abrigos esta na parte de cima. Os tetos sempre são deficientes, uma granada que explidisse na cabeça do inimigo cairia bem).
E aqui vem a viagem maior. Uma arma de grosso calibre que se encaixe como o lança granada (um tiro é suficiente).
E junto com esse material um equipamento mais resistente com mais bolsos para levar as granadas.

Então funcionaria assim. Um combatente com um modelo basico. Leve e pratico. E outro com um mais pesado.
Na hora do rodizio, o cara passa o equipamento (como se fosse uma troca de camisa rs rsrs). encaixa a arma de apoio rapidamente (sem precisar trocar o fuzil, isso é importantissimo) e prossegue na missão.

E ai? O que acham?

Bolovo escreveu:O que eu sei é que os SEALs que treinam no Panama, na Escola de Guerra da Selva deles, o esclarecedor (pointman em inglês) usa uma calibre 12, normalmente uma Remington 870, e um fuzil padrão, o M4A1 geralmente. Tem um filme bem bobinho, mas que mostra isso com clareza, já que o consultor militar do filme foi um SEAL, que é o Lágrimas do Sol, com Bruce Willis, onde o pointman (um cara de moicano), usa uma calibre 12 e um fuzil. Ele fica alternando de arma dependendo da situação.

SGT GUERRA escreveu: O certo é o primeiro e segundo homem levar uma 12 (e o fuzil). Quem leva o GPS (normalmente) é o terceiro homem, nunca o primeiro.

cabeça de martelo escreveu:A.K. for T-7, tu deves ter gasto uma pequena fortuna só neste equipamento que mostras-te aqui...imagino o resto!

PF deve ganhar bem...