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Re: Estratégia Nacional de Defesa
Enviado: Qua Nov 05, 2008 9:00 am
por Edu Lopes
Tchelo escreveu:...a partir do lançamento da Estratégia Nacional de Defesa, previsto para ocorrer no início de dezembro.
Ê Brasil..sil..sil.......só embromation!!!! Era pra ser no 7/09, depois em outubro, depois em 03/11, agora já é no começo de dezembro. NADA MUDOU!!!
Sds...Tchelo...
Essa notinha saiu ontem na coluna do CH:
A força espera
Foi adiada para o dia 25 a reunião do conselho de Defesa. Na pauta, o programa para reequipar as Forças Armadas, que, com a crise, foi para o espaço. Incluindo o submarino nuclear francês de R$ 1 bilhão.
Fonte: http://www.claudiohumberto.com.br/colun ... 1&ano=2008
Re: Estratégia Nacional de Defesa
Enviado: Qua Nov 05, 2008 9:47 am
por jauro
Edu Lopes escreveu:Tchelo escreveu:...a partir do lançamento da Estratégia Nacional de Defesa, previsto para ocorrer no início de dezembro.
Ê Brasil..sil..sil.......só embromation!!!! Era pra ser no 7/09, depois em outubro, depois em 03/11, agora já é no começo de dezembro. NADA MUDOU!!!
Sds...Tchelo...
Essa notinha saiu ontem na coluna do CH:
A força espera
Foi adiada para o dia 25 a reunião do conselho de Defesa. Na pauta, o programa para reequipar as Forças Armadas, que, com a crise, foi para o espaço. Incluindo o submarino nuclear francês de R$ 1 bilhão.
Fonte: http://www.claudiohumberto.com.br/colun ... 1&ano=2008
Não duvido nada!
Re: Estratégia Nacional de Defesa
Enviado: Qua Nov 05, 2008 10:55 am
por jauro
Frente da Defesa
Agora estão claros os freqüentes encontros de Nelson Jobim com Raul Jungmann (PPS-PE). Será lançada hoje a Frente Parlamentar da Defesa Nacional. O comandante do batalhão de 227 deputados será o pernambucano.
Sargentão
E ainda dizem que o Aldo Rebelo (PCdoB) não é cotado para substituir Jobim, se ele for para a Justiça. Aldo será o diretor do batalhão de Jungmann.
Re: Estratégia Nacional de Defesa
Enviado: Qua Nov 05, 2008 11:14 am
por jauro
Agenda do ministro da Defesa, Nelson Jobim, quarta-feira, 5 de novembro de 2008
O ministro participa, nesta quarta-feira, do lançamento da Frente Parlamentar da Defesa Nacional, formada por 227 deputados federais.
Segue a agenda:
10h00 -
11h00 -
12h30 - Almoço de lançamento da Frente Parlamentar de Defesa Nacional (Clube Naval)
15h30 –
16h00 -
16h30 -
17h00 -
17h30 -
Re: Estratégia Nacional de Defesa
Enviado: Qua Nov 05, 2008 12:55 pm
por marcolima
No serviço público, quando eles não querem resover nada é assim:
1. marcam uma reunição
2.discutem o problema de preferencia com alguem apresentando um organograma (tem gente especialista em fazer organograma)
3. criam uma comissão com presidente e secretário ( que é quem realmente se ferra ) que vai gerar um documento
4, depois engavetam o documento, prorrogam os prazos, fazem outra reunião e criam outra comissão...
Nada como uma .50, napalm, anfo, rdx, tritonal...
Re: Estratégia Nacional de Defesa
Enviado: Qua Nov 05, 2008 4:32 pm
por jauro
Frente Parlamentar da Defesa Nacional será lançada hoje
Da Agência Brasil
Brasília - A Frente Parlamentar da Defesa Nacional, formada por 227 deputados federais, será lançada hoje (5) em Brasília, durante almoço no Clube Naval às 12h30. O ministro da Defesa, Nelson Jobim, participa do lançamento.
O movimento tem como objetivo principal o exame adequado de um sistema de defesa para o país, voltado para a preservação da soberania nacional e do Estado democrático de direito. Entre os temas que a frente deverá tratar estão o aperfeiçoamento da organização do Estado Maior da Defesa, as relações internacionais do Brasil na área de defesa, com destaque para o Conselho Sul-Americano de Defesa, os direitos humanos e a política de defesa nacional, e a elaboração do Livro Branco de Defesa Nacional.
A frente parlamentar será presidida pelo deputado Raul Jungman (PPS-PE), autor da proposta de criação do grupo, e terá como diretores os deputados Aldo Rebelo (PCdoB-SP), Ibsen Pinheiro (PMDB-RS), Michel Temer (PMDB-SP) e José Genoíno (PT-SP).
Os deputados pretendem promover a cooperação e a troca de informações entre o parlamento, o Ministério da Defesa e as Forças Armadas e editar um documento com as propostas de legislação sobre defesa em tramitação no Congresso. Também estão previstas a edição de uma revista de debates sobre o tema, a elaboração de calendário anual de seminários, palestras e outros eventos e a articulação com frentes similares de outros países, especialmente da América do Sul.
Re: Estratégia Nacional de Defesa
Enviado: Qua Nov 05, 2008 5:41 pm
por Guerra
marcolima escreveu:No serviço público, quando eles não querem resover nada é assim:
1. marcam uma reunição
2.discutem o problema de preferencia com alguem apresentando um organograma (tem gente especialista em fazer organograma)
3. criam uma comissão com presidente e secretário ( que é quem realmente se ferra ) que vai gerar um documento
4, depois engavetam o documento, prorrogam os prazos, fazem outra reunião e criam outra comissão...
Nada como uma .50, napalm, anfo, rdx, tritonal...
Eu estou dizendo que estão enrolando com esse negocio faz tempo
Re: Estratégia Nacional de Defesa
Enviado: Qua Nov 05, 2008 6:20 pm
por marcolima
SGT GUERRA escreveu:marcolima escreveu:No serviço público, quando eles não querem resover nada é assim:
1. marcam uma reunição
2.discutem o problema de preferencia com alguem apresentando um organograma (tem gente especialista em fazer organograma)
3. criam uma comissão com presidente e secretário ( que é quem realmente se ferra ) que vai gerar um documento
4, depois engavetam o documento, prorrogam os prazos, fazem outra reunião e criam outra comissão...
Nada como uma .50, napalm, anfo, rdx, tritonal...
Eu estou dizendo que estão enrolando com esse negocio faz tempo
É, ta igual a barata dos seus posts,fica andando dum lado pro outro mas não sai do quadradadinho
[]s marco
Re: Estratégia Nacional de Defesa
Enviado: Qua Nov 05, 2008 6:53 pm
por marcolima
SGT GUERRA escreveu:marcolima escreveu:No serviço público, quando eles não querem resover nada é assim:
1. marcam uma reunição
2.discutem o problema de preferencia com alguem apresentando um organograma (tem gente especialista em fazer organograma)
3. criam uma comissão com presidente e secretário ( que é quem realmente se ferra ) que vai gerar um documento
4, depois engavetam o documento, prorrogam os prazos, fazem outra reunião e criam outra comissão...
Nada como uma .50, napalm, anfo, rdx, tritonal...
Eu estou dizendo que estão enrolando com esse negocio faz tempo
Guerra isso tudo é fruto pra mim de uma só coisa: a falta de cultura militar de nossa sociedade.
Porque os políticos não respondem bem às solicitações das FAs? Porque simplesmente não acham ser prioridade.
Não se ensina história militar brasileira nas escolas. E quando o assunto é tratado é sempre para desmerecer a nós mesmos, vide Guerra do Paraguai.
Você passa por locais de conflitos armados pelo Brasil e simplesmente não tem nenhuma placa. Nos EUA tem até parque nacional com funcionário pago pelo governo que conta toda a história daquele combate.
Quem vive a história militar do Brasil é só a familia militar.
É a classe média que forma opinião por aqui, ela tem uma elite intelectual, de profissionais liberais que poderiam e deveriam ter um lugar nas FAs como é nos EUA. Pra sociedade entender o que são as FAs, ela deveria integrar-se melhor a elas. A vida militar não pode ser só para aqueles que cedo optaram por segui-la ( sem ofender ninguém), embora a vida militar não seja realmente para todo mundo, e tanto isso é verdade que as FA não podem prescindir do apoio dos oficiais temporários, dos centros de tecnologia, das universidades.
Todas as sociedades que se firmaram na história da humanidade foram ou são guerreiras.
É foda, eu fico puto com isso.
[]S MARCO
[]s marco
Re: Estratégia Nacional de Defesa
Enviado: Qua Nov 05, 2008 7:18 pm
por jauro
Guerra isso tudo é fruto pra mim de uma só coisa: a falta de cultura militar de nossa sociedade.
Porque os políticos não respondem bem às solicitações das FAs? Porque simplesmente não acham ser prioridade.
Não se ensina história militar brasileira nas escolas. E quando o assunto é tratado é sempre para desmerecer a nós mesmos, vide Guerra do Paraguai.
Você passa por locais de conflitos armados pelo Brasil e simplesmente não tem nenhuma placa. Nos EUA tem até parque nacional com funcionário pago pelo governo que conta toda a história daquele combate.
Quem vive a história militar do Brasil é só a familia militar.
É a classe média que forma opinião por aqui, ela tem uma elite intelectual, de profissionais liberais que poderiam e deveriam ter um lugar nas FAs como é nos EUA. Pra sociedade entender o que são as FAs, ela deveria integrar-se melhor a elas. A vida militar não pode ser só para aqueles que cedo optaram por segui-la ( sem ofender ninguém), embora a vida militar não seja realmente para todo mundo, e tanto isso é verdade que as FA não podem prescindir do apoio dos oficiais temporários, dos centros de tecnologia, das universidades.
Todas as sociedades que se firmaram na história da humanidade foram ou são guerreiras.
É foda, eu fico puto com isso.
[]S MARCO
[]s marco
Você está coberto de razão!
Este pouco que existe de cultura militar é mantido e difundido pelos Of R/2 das armas, pelos MFDV do EAS que prestam o SMO em hospitais e U de corpo de tropa e pelo SMO de Sd, Cb e Sgt.
Agora, imagina profissionalizar a todos. Aí sim, essa cultura acaba de vez e ninguém mais quer saber se existe ou não FA.
Re: Estratégia Nacional de Defesa
Enviado: Qua Nov 05, 2008 7:30 pm
por marcolima
jauro escreveu:Guerra isso tudo é fruto pra mim de uma só coisa: a falta de cultura militar de nossa sociedade.
Porque os políticos não respondem bem às solicitações das FAs? Porque simplesmente não acham ser prioridade.
Não se ensina história militar brasileira nas escolas. E quando o assunto é tratado é sempre para desmerecer a nós mesmos, vide Guerra do Paraguai.
Você passa por locais de conflitos armados pelo Brasil e simplesmente não tem nenhuma placa. Nos EUA tem até parque nacional com funcionário pago pelo governo que conta toda a história daquele combate.
Quem vive a história militar do Brasil é só a familia militar.
É a classe média que forma opinião por aqui, ela tem uma elite intelectual, de profissionais liberais que poderiam e deveriam ter um lugar nas FAs como é nos EUA. Pra sociedade entender o que são as FAs, ela deveria integrar-se melhor a elas. A vida militar não pode ser só para aqueles que cedo optaram por segui-la ( sem ofender ninguém), embora a vida militar não seja realmente para todo mundo, e tanto isso é verdade que as FA não podem prescindir do apoio dos oficiais temporários, dos centros de tecnologia, das universidades.
Todas as sociedades que se firmaram na história da humanidade foram ou são guerreiras.
É foda, eu fico puto com isso.
[]S MARCO
[]s marco
Você está coberto de razão!
Este pouco que existe de cultura militar é mantido e difundido pelos Of R/2 das armas, pelos MFDV do EAS que prestam o SMO em hospitais e U de corpo de tropa e pelo SMO de Sd, Cb e Sgt.
Agora, imagina profissionalizar a todos. Aí sim, essa cultura acaba de vez e ninguém mais quer saber se existe ou não FA.
Uma vez eu comprei o guia das batalhas brasileiras que saiu publicado pela Bibliex e eu quasa caí para tráz com a quantidade. Tudo isso, tanto esforço perdido no tempo. A história da FEB é o maior exemplo, a Guerra do Paraguai é um conflito épico.
Estive a pouco no RS e me surpreendi´ favoravelmente com o fato dos gaúchos preservarem até certo ponto essa história. Povo bravo é povo de fronteira e deizar de pensar belicamente é matar uma das caracteristicas da psicologia humana, não que eu queira uma guerra para o Brasil, mas você converter um tigre a uma ovelha, ensiná-lo a balir e a comer capim é um crime.
[]s marco
Re: Estratégia Nacional de Defesa
Enviado: Qui Nov 06, 2008 11:37 am
por jauro
Forças Armadas resistem à alteração no Plano de Defesa
Reuters
Brasília, 6 de Novembro de 2008 - Integrantes das Forças Armadas se opõem à intenção do governo em revisar o plano de defesa estratégica e adotar critérios estritos para a aquisição de armas, afirmou o ministro de Assuntos Estratégicos, Roberto Mangabeira Unger, nesta terça-feira.
O governo brasileiro deveria ter divulgado há dois meses atrás um documento traçando as linhas gerais de uma mudança nas prioridades do setor de defesa, cujo eixo de atenção se deslocaria da fronteira sul do País para a porosa fronteira amazônica, englobando ainda toda a extensão dos novos campos de petróleo marítimo, e também o imenso espaço aéreo brasileiro.
Mas críticos e uma suposta falta de apoio ao projeto provocaram atrasos. "Recebemos várias críticas e sugestões. Para ser franco, muitas delas implicam diluir o plano de defesa nacional porque essa é uma proposta muito forte", afirmou Mangabeira Unger, que é co-autor do plano, em entrevista à Reuters.
Resistência
A proposta de converter todo o Exército em uma força de mobilização rápida para responder prontamente as ameaças à segurança nacional foi duramente criticada, disse o ministro. "Isso seria ambíguo demais, caro demais e difícil de realizar -- tecnicamente ou culturalmente; nós não precisaríamos disso porque não somos ameaçados por ninguém", afirmou o ministro, ex-professor de direito na Universidade de Harvard, nos Estados Unidos.
Outro problema envolvendo a elaboração de um plano com as características e amplitude propostas anteriormente é a falta de especialistas civis em defesa no Brasil, com capacidade para aconselhar o governo, disse Mangabeira Unger.
O plano sugerido prevê a aquisição de armas que satisfaçam estritamente às necessidades da área de defesa, e não projetos de poderio internacional, como ocorreu nas décadas recentes.
A resistência dos militares às propostas diminuiu, mas ainda continua a existir, segundo o ministro. "Ninguém quer ser transformado. Quando a liderança civil propõe uma reforma em suas fileiras, eles (militares) se fecham, e fecham as portas", disse.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva encarregou Mangabeira Unger de obter mais opiniões e apoio para o plano. Na terceira semana de novembro, o documento com o detalhamento deve ser analisado pelo Conselho Nacional de Defesa, formado por líderes do Congresso, pelos comandantes da três Forças Armadas e por ministros do governo.
Mangabeira Unger tem esperanças de que o plano seja em grande medida preservado. "Eu não acredito que o efeito cumulativo dessas sugestões seja o de enfraquecer o plano de defesa nacional." O documento determina que o Brasil desenvolva seu próprio setor armamentista por meio de incentivos fiscais e de encomendas do poder público, que garantiriam às empresas as manutenções dos pedidos independentemente de restrições orçamentárias.
A França, segundo Unger, seria o país mais bem qualificado para transferir a tecnologia de que o Brasil precisa. "Nós avançamos muito com a França", disse o ministro, acrescentando que os EUA já tinham cometido erros nesse assunto e que a Rússia não possuía experiência em transferência de tecnologia.
(Gazeta Mercantil/Caderno A - Pág. 6)
Re: Estratégia Nacional de Defesa
Enviado: Qui Nov 06, 2008 11:58 am
por jauro
Forças Armadas ganham frente parlamentar no Congresso
Raphael Bruno
Brasília, 6 de Novembro de 2008 - Com o objetivo de aumentar a participação do Congresso Nacional nos assuntos relacionados às Forças Armadas e cobrar mais dedicação do governo ao setor, parlamentares lançaram ontem, em Brasília, a Frente Parlamentar da Defesa Nacional. O movimento, que conta com o apoio de 227 deputados e senadores, foi apresentado em almoço realizado no Clube Naval da cidade. "O Congresso Nacional não pode ficar, e tenho certeza que não ficará, à margem de uma agenda política que diz respeito à própria soberania da sociedade nacional", comentou o deputado federal Raul Jungmann (PPS-PE), um dos idealizadores da frente, na solenidade que contou com a presença do ministro da Defesa, Nelson Jobim, de comandantes da Marinha, Exército e Aeronáutica, e dos presidentes da Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), e do Senado, Garibaldi Alves (PMDB-RN).
"A idéia surgiu da constatação de que o Brasil, embora não tenha uma ameaça com face, está envolvido em um clima internacional que, aliado à projeção do País, torna o ambiente ameaçador. Temos as ameaças não-estatais, como o narcotráfico. E temos a cobiça em cima de componentes como o pré-sal e a Amazônia. O Congresso Nacional não podia permanecer desatento a isso", acrescentou Jungmann.
Paradoxo
Para o deputado do PMDB, as Forças Armadas enfrentam hoje um paradoxo: ao mesmo tempo em que se afirmam entre as instituições de maior prestígio diante da opinião pública, sofrem com a ausência de um compromisso maior por parte do Executivo às suas reivindicações. O deputado preferiu não comentar as medidas do Plano Nacional de Defesa, em elaboração pelo ministro de Assuntos Estratégicos, Mangabeira Unger, mas criticou a falta de recursos direcionados às Forças Armadas e sugeriu que o plano, antes de ser promulgado, fosse encaminhado para o Congresso Nacional para análise e eventuais sugestões dos parlamentares.
(Gazeta Mercantil/Caderno A - Pág. 10)
Re: Estratégia Nacional de Defesa
Enviado: Qui Nov 06, 2008 12:13 pm
por jauro
Frente parlamentar multipartidária quer disseminar cultura de Defesa no país
Brasília (5/11/2008) - A criação nesta quarta-feira da Frente Parlamentar da Defesa Nacional confirma que a questão da defesa saiu da agenda exclusiva militar e foi inserida no debate nacional, com o destaque que o tema deve ter. Foi a avaliação feita pelo ministro da Defesa, Nelson Jobim, na cerimônia que lançou oficialmente a frente em almoço realizado no Clube Naval. “O que é importante é ser uma frente pluripartidária, onde são encontrados todos os segmentos da Câmara, mostrando claramente que a questão da Defesa não é uma questão político-partidária, nem uma questão de governo, é um problema da nação. E isso é importante para nós. Mostra o apoio que o Congresso Nacional está dando às ações das Forças Armadas”, disse Jobim.
A Frente Parlamentar será presidida pelo deputado Raul Jungman (PPS-PE), que foi o autor da proposta, e terá como diretores os deputados Aldo Rebelo (PCdoB-SP), Ibsen Pinheiro (PMDB-RS), Michel Temer (PMDB-SP) e José Genoíno (PT-SP).
Ao discursar no evento, o ministro ressaltou que o caráter multipartidário da Frente mostra um amadurecimento político do país. “Essa é uma frente multipartidária, onde se encontra esquerda e direita, em uma definição não significativa no Brasil hoje, que se encontra alguém que foi preso pelas Forças Armadas no período militar, como o deputado José Genoíno, e outros que também falavam e afirmavam a necessidade daqueles atos. Por quê? Porque nós não estamos falando com o passado, estamos sim na busca de um grande ajuste de contas do Brasil com seu futuro. E o espectro disso representa nitidamente a necessidade de pensarmos o Brasil e sua grandeza”, disse Jobim.
O ministro afirmou ainda que a Defesa é o escudo do desenvolvimento nacional e da capacidade de uma presença não submissa do Brasil no contexto das nações. “É por isso que passamos a discutir a Defesa não mais como uma questão exclusivamente militar, mas como uma questão política de altíssima relevância nacional. Jobim lembrou que são os militares que têm a capacidade de discutir as probabilidades estratégicas de ações militares, mas o governo civil não pode fugir da responsabilidade de definir as hipóteses de emprego das Forças Armadas". Segundo Jobim, o Ministério da Defesa trabalha na integração dos dois lados.
O deputado Raul Jungman, presidente da Frente Parlamentar, destacou que a promoção de uma “cultura de defesa” - moderna, democrática, nacional e soberana - é a razão de ser maior da constituição da Frente Parlamentar. Na avaliação do deputado, a definição do novo Plano Nacional de Defesa é uma oportunidade única para se iniciar o processo de disseminação de uma cultura de defesa no país, compatível com o grau de desenvolvimento alcançado pelo Brasil que, entre 200 nações, detém o 10º PIB do mundo.
“Donde propomos, para discussão, que ele seja submetido à análise e deliberação do Congresso Nacional e que, de quatro em quatro anos, coincidentemente com o mandato presidencial, seja o Plano revisto, atualizado e submetido a crivo parlamentar, como forma de ampliar responsabilidades do Congresso no tocante à defesa e respaldar as decisões do Executivo em matéria do mais elevado interesse nacional”, sugeriu Jungman.
O deputado ressaltou a urgência de se desenvolver o pensamento estratégico nacional como meio de o Brasil superar dependências e avançar na formulação de políticas científicas na área tecnológica. “A formação e qualificação de quadros, o desenvolvimento de programas e projetos, além do imprescindível suporte de conhecimentos, reflexão e informações requerem a atuação engajada das nossas universidades em consonância com os interesses e prioridades definidos pela área da defesa”, completou.
Entre os objetivos da Frente Parlamentar estão as relações internacionais do Brasil na área de defesa, com destaque para o Conselho Sul-Americano de Defesa, direitos humanos e política de defesa nacional. O papel e a organização da Defesa Nacional e das Forças Armadas, a elaboração do Livro Branco da Defesa Nacional e o aumento da cooperação entre o Congresso Nacional e a Defesa.
Prestigiaram o lançamento da Frente Parlamentar, o Comandante do Exército, General de Exército Enzo Martins Peri, o Almirante de Esquadra Aurélio Ribeiro da Silva Filho, chefe do Estado Maior da Armada no exercício do Comando da Armada, o Comandante da Aeronáutica, Tenente Brigadeiro do Ar, Juniti Saito, o secretário de Ensino, Logística, Mobilização, Ciência e Tecnologia (SELOM) do Ministério da Defesa, General de Exército José Carlos de Nardi, o secretário de Organização Institucional (SEORI) do Ministério, Ari Matos, o secretário da Secretaria de Aviação Civil (SAC), Jorge Godinho Barreto Nery, e o Almirante de Esquadra Prado Maia, chefe do Estado Maior de Defesa do Ministério da Defesa.
Texto: Cristiana Nepomuceno
Fotos:Elio Sales
Assessoria de Comunicação
Ministério da Defesa
(61) 3312-4070/4071
Re: Estratégia Nacional de Defesa
Enviado: Qui Nov 06, 2008 12:36 pm
por BomRetiro
Cultura militar se obtem é com guerra, só isso fixa o tema na cabeça da população, o resto é começão de dinheiro diarias e passagens aéreas para reuniões sem fim.