Doutrinas táticas, operacionais e estratégicas.

Assuntos em discussão: Exército Brasileiro e exércitos estrangeiros, armamentos, equipamentos de exércitos em geral.

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cabeça de martelo
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Re: Doutrinas táticas, operacionais e estratégicas.

#121 Mensagem por cabeça de martelo » Qua Mar 03, 2010 7:49 am

A mim dá-me para rir...e muito! :lol:




"Lá nos confins da Península Ibérica, existe um povo que não governa nem se deixa governar ”, Caio Júlio César, líder Militar Romano".

Portugal está morto e enterrado!!!

https://i.postimg.cc/QdsVdRtD/exwqs.jpg
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Guerra
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Re: Doutrinas táticas, operacionais e estratégicas.

#122 Mensagem por Guerra » Sex Mar 12, 2010 11:21 am

Um livro muito bom, e pelo menos para mim desconhecido, embora já conhecesse a fama do autor.

http://spiderpoison.radicalweb.com.br/_ ... _aneis.pdf

Um trecho do livro:

Da mesma maneira que um cavalo precisa ter resistência e nenhum defeito, assim devem ser todas as armas. Os cavalos devem marchar com força, as espadas longas e as espadas companheiras têm que golpear com força. As lanças e as alabardas precisam suportar o uso pesado; os canhões e os arcos precisam ter grande resistência. Todas as armas têm que ser eficazes e duradouras, antes de serem decorativas.
Você não deve ter uma arma preferida. O hábito exagerado do uso de uma arma qualquer é tão prejudicial quanto o conhecimento inadequado dela. Você não deve copiar os outros, e sim utilizar as armas que consegue manejar com propriedade. Comandantes e soldados não podem sentir preferências ou antipatias por armamentos. Estes são fatos que você deve aprender a fundo.



Há sincronia em tudo. A noção do tempo na estratégia não pode ser dominada sem uma prática das mais intensas.
A noção de tempo é importante na dança, na música das flautas e na música das cordas, pois só se tocará dentro do ritmo se a sincronia for perfeita. A sincronia e o ritmo também se manifestam nas artes militares, no arremesso das flechas e nas cavalgadas. Em todos os conhecimentos e habilidades há sincronia.




A HONESTIDADE É UM PRESENTE MUITO CARO, NÃO ESPERE ISSO DE PESSOAS BARATAS!
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Re: Doutrinas táticas, operacionais e estratégicas.

#123 Mensagem por EDSON » Sáb Jun 19, 2010 11:53 am

Ações de blindados na Segunda Guerra.


BLINDADOS

1. Generalidades

Em 1941, os blindados russos achavam-se em processo de organização e de adaptação a novo equipamento. Somente pessoal selecionado era desiguinado para essa arma e os antiquados carros leves e pesados estavam sendo substituídos por outros de tipo médio, particulamente do tipo T34, equipados com um canhão de 76mm e excepcionalmente velozes e potentes.

Antes de 1941, a principal função da undidade de carros russa era apoiar a infantaria. Os sucessos obtidos pelos blindados alemães durante a guerra relâmpago na Polônia, França e nos Balçãs levaram os russos a reexaminar sua doutrina de emprego de blindados, e seus planejadores adotaram a idéia de empregar com uma missão estratégica. De acordo com a doutrina alemã.

Durante esse período de transição, os russos viram-se subtamente face a invasão alemã. O primeiro ano de Guerra mostra os russos sofrendo elevadas perdas numa tentativa desesperada para conter a torrente que ameaçava engolfálos , enquanto, simultaneamente, procuramvam realizar alterações fundamentais em seu equipamento e em sua tática de blindados.

Na passagem apressada de um estágio para outro, as técnicas e táticas dos blindados russos desemvolveranse ao longo de linhas aparentemente, pelo menos para o inimigo alemão, não totalmente ortodoxas. Foi justamente este aspecto não ortodoxo que confundiu os alemães e permitiu aos russos obter sussessos que começaram o solapamento da potência alemã muito antes dos blindados russos atingirem sua eficácia. No começo da campanha, os os russos eram obrigados a empregar seus blindados por partes normalmente em unidades de efetivo não superior a regimento. Em princípios de 1942, surgiu no campo de batalha a brigada de carros independente e eventualmente, os russos organizaram os exércitos blindados.

O T34 foi constantemente melhorado durante os anos de Guerra, particulamente no que se referia a equipamento de rádio e pontaria, blindagem e, acima de tudo, armamento que, posteriormente, passou a ser um canhão de 85mm.

Os melhoramentos técnicos dos carros russos foram resultantes de vários fatores. Os aperfeiçoamentos dos blindados alemães eram ,sem dúvida, conhecidos pelos russos, algumas vezes até memso na fase de planejamento. Carros alemães capturados logo no princípio da Guerra foram utilizados, e , além disso, os russos dispunham do que havia de mais moderno em carros de combate dos EUA e da Inglaterra.

O desequilíbrio resultante do esforço simultâneo para atingir tanta perfeição técnica como habilidade tática tornou-se bastante evidente na conduta no combate de pequenas unidades. Em determinada ação, os russos demonstraram uma conspícua falta de flexibilidade, enquanto em outra opurtunidade mostravam-se mestres na manobra de unidades móveis. Os arquivos mostram casos em que a potência era deploravelmente desperdiçada e , por outro lado, um exemplo de como um único carro de combate russo deteve todo um grupamento blindado alemão durante 48 horas.

Nas ações selecionadas para esta apresentação não há nenhuma que permita um generalização. A imprensão geral-sefor o caso- é de que o russo reconheceu a necessidade de modificações na tática de blindados, de modo a acompanhar os melhoramentos tecnológicos, e de que extremamente flexissível na aplicação desta tática. É um mestre de camuflagem. Enterra tão profundamente um carros de combate como faz co um canhão AC e, geralmente, consegue desenterrálo logo depois de ser ultrapassado. Procura sempre preservar a mobilidade; ataca e permanece em posição e usa seus carros com engodo para armadilhas, nas emboscadas. Faz sempre o inesperado. o soldado de blindado russo, que conhece seu terreno nativo do que os manuais de campanha, posteriornte repeliu os invasores alemães até Berlim.

As ações de pequenas unidades mostram claramente o modo pelo qual os russos corrigiam seu erros iniciais e se desemvolveram numa força de combate eficaz . Nesses exemplos de combate blindado a descrição de detalhes é menor que no engajamento de infantaria do mesmo escalão. Essa relativa falta de informações reflte a própria natureza da guerra de blindados, o se verifica num ritimo rápido e, destarte, oferece menos elementos que permitam a reconstituição dos acontecimentos.




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Re: Doutrinas táticas, operacionais e estratégicas.

#124 Mensagem por EDSON » Sáb Jun 19, 2010 9:31 pm

2. Bloqueio Blindado de Estradas (junho de 1941)

Quando a Alemanha desencadeou seu ataque contra a Rússia, na manhã do dia 22 de junho de 1941, o grupo de exércitos Norte lanço-se ao ataque de posições ao longo da fronteira entre a Prússia Oriental e a Lituânia. À D + 1, a 6º Divisão Panzer, que integrava aquele grupo de exércitos, recebeu ordem para ocupar a localidade lituana de Rossienie e , em seguida, conquistar as duas pontes rodoviárias sobre o rio Dubysa, a nordeste da localidade. Após a tomada de Rossienie a divisão foi dividida nos Grupo tarefa (GT) R e S, aos quais caberia ao estabelicimento de duas cabeça de ponte, sendo que o GT R e foi atribuída aponte mais próxima de Lydavenai, uma vila situada quase diretamenta ao norte daquela localidade. Nas primeiras horas da tarde, as duas colunas haviam atravessado o rio e estabelecido contato com as duas cabeças de ponte.

Operações de limpeza em torno de sua cabeça de ponte dera ao GT R uma quantidade de prisioneiros, 20 dos quais, inclusive um 1º tenente, foram embarcados em um caminhão a fim de serem evacuados para Rossienie; um sargento alemão ficou encarregado deste grupo . A meio caminho para Rossienie;, o motoristaavistou subtamente um carro russo parado na estrada. Quando o caminhão parou, os prisioeniros saltaram sobre o motorista e o sargento,enquanto o tenente russo procurava tirar a submetralhadora deste último. Na luta que se seguiu, oforte sargento alemão soltou seu braço direito e golpeou o tenenete com tal violência que ele e vários soldados russos foram derrubados pelo impacto. Antes que os prisioneiros pudessem novamente se aproximar, o sargento soltou seu braço e disparou sua arma contra o grupo, com um efeito devastador. Somente o tenete e uns poucos russos consguiram escapar; o restante foi morto.

O sargento e o motorista regressaram para cabeça de ponte com o caminhão vazio e informaram a seu comandante que a única via de suprimento estava bloqueada por um carro pesado KV. Neste interim, a guarnição do carro russo havia destruído as comunicações telefônicas entre a cabeça de ponte e o PC divisionário.

O plano russo não estava claro. Ao estudar a situação o comandante da cabeça de ponte concluiu que, em vista do encontro com o carro, era de espera um ataque contra a cabeça de ponte pela retarguada e, de acordo com essa idéia organizou, imediatamente, uma defesa circular. Uma bateria AC foi deslocada para uma localização próxima ao PC, uma das baterias de obuseiro inverteu seu campo de tiro, de a fazer face á direção sudoeste e a companhia de engenharia preparou para minar a estrada e a área em frente da posição de defesa. O batalhão de carros, que se encontrava desdobrado em uma floresta a sudeste da cabeça de ponte, preparousse para um contrataque.

Durante o resto do dia, o carro não se moveu. Na manhã seguinte, 24 de junho, a divisão expirimentou mandar doze caminhões de suprimentos de Rossienie para cabeça de ponte. Foram todos destruídos pelo carro russo. Uma patrulha de reconhecimento enviado por volta do meio dia não encontrou indicíos de que estava eminente um ataque geral russo.

Os alemães não podiam evacuar seu feridos da cabeça de ponte. Cada tentativa de desbordar o carro fracassava porque toda viatuara que saía da estrada ficava atolada na lama e à mercê dos russos escondidos na floresta.


Nesse mesmo dia uma bateria de canhões AC de 50mm recebeu ordem de avançar e destruir o carro. A bateria recebeu essa missão com confiança. Ao se aproximar os primeiros canhões a uma distância de 100 metros do KV, este permaneceu em posição aparentemente iguinorando o movimento alemão. Nos próximos trinta minutos, toda a bateria, bem camuflada, havia se colocado a distância de tiro. E o carro continuava imóvel. Era um alvo tão perfeito que o comandante da bateria julgou que o mesmo estivesse abandonado e danificado, mas de qualquer modo decidiu atirar. O primeiro tiro, de uma distância de 600 metros, atingiu o alvo; seguiranse um segundo e um tereceiro disparo. Os soldados, reunidos na colina próximo do PC e do GT, aplaudiram com se fossem espectadores de uma competição de tiro. E o carro continuou imóvel. Ao ser disparo o oitavo tiro, a guarnição do carro russo já havia descoberdo a posição da bateria e fazendo cuidadosa pontaria silenciou toda bateria com algumas granadas de 76mm, que destruíram dois canhões e danificaram os outros. Tendo sofrido elevadas baixas, as guarnições dos canhões retraíram a fim de evitar maiores perdas. Somente após o escurecer, os canhões danificados puderam ser recuperados. Como so canhões de AC de 50mm não haviam conseguido penetrar na blindagem de 7,5 cm do KV, foi decidido que apenas um canhão AA de 88mm, com suas granadas perfurantes, seria bem sucedido. Nessa mesma tarde, um desse canhões foi tirado da posição, próximo de Rossienie, e cautelosamente deslocado na direção do carro que se encontrava, então, com a torre voltada para cabeça de ponte. Bem camufaldo com ramos dde árvores e escondidos pelos caminhões alemães queimados ao longo da estrada, o canhão atingiu a salvo a orla da floresta e parou a 900 metros do carro russo.

No momento em que a guarnição alemã colocava o canhão em posição, o carro girou sua torre e disparou, lançando o canhão numa vala. Todos os tiros atingiram o alvo e a guarniçao sofreu fortes perdas. O fogo da metralhadora do carro não permitiu retirar o canhão ou os corpos dos alemães mortos. Os russos haviam permitindo a aproximação do canhão sem molestálo, sabendo que os mesmo não constituído ameaça, enquanto em movimento e que quanto mais próximo chegasse mais certo seria sua destruíção.

Enquanto isso, os suprimentos da cabeça de ponte estavam tão escassos que as tropas tiveram de comer suas rações de emergência enlatadas. Foi convocado uma reunião do Estado Maior a fim de discutir outros modos e meios de lidar com o carro. Ficou decidido que um destacamento de engenharia fazê-lo-ia explodir numa operação noturna.

Quando o comandante da companhia pediu doze voluntários, os homens estavam tão anciosos de obter êxito onde outros haviam fracassado, que todos os 120 homens da companhia se apresentaram. O comandante deu ordem para compnhia contasse em voz alta e escolheu cada décimo homen. O destacamento foi informado sobre sua missão, recebeu instruções detalhadas e distribui explosivos e o equipamento essencial.

Sob a proteção da escuridão, o destacamento partiu chefiado pelo comandante da companhia. O caminho seguido foi uma trilha de areia, pouco usada, que passava pela colina 400 e pelo interior do bosque que cercava o lugar onde se encontrava o carro. Ao se aproximarem do carro, os engenheiros puderam distinguir seu desenho à luz pálida das estrelas. Após tirarem as botinas, rastejaram até a margem da estrada a fim de observarem o carro mais de pertoe decidiram sobre a realização de sua missão.

Subtamente ouviu-se um barulho do outro lado da estradae notou o movimento de vários vultos escuros. Os alemães pensaram, a princípio, que a guarnição russa havia descido do carro. Pouco depois, entretanto, ouviu o o ruído de batidas contra a chapa lateral do carro e atorre abriu vagarosamente. Os vultos entregaram alguma coisa a guarnição do carro ouviu, a seguir, o barulho de pratos de metal. Os alemães concluíram que se tratava de guerrilheiros trazendo alimentos para guarnição do carro. A tentação de dominá-los era grande e teria sido uma coisa simples; tal ação, no entanto, alertaria a tripulação do carro e talvez prejudicasse toda a manobra. Cerca de uma hora mais tarde, os guerrilheiros se retiram e a torre do carro se fechou.

Era aproximadamente uma hora quando os engenheiros puderam, finalmente, começara a trabalhar. Colocaram uma carga explosiva na largata e no lado do carro e se retiram após acender o estopim. Uma violenta explosão ecou. Seus últimops ainda não haviam se dissipado quando as metralhadoras do carro começaram a varrer a área com seu fogo. O carro não se moveu. Suas lagartas pareciam estar danificadas mas não era possível um exame mais de perto em virtude do intenso fogo das metralhadoras. Em dúvida quanto ao êxito de sua missão, o destacamento de engenharia regressou à cabeça de ponte e fez seu relatórioUm dos doze homens havai desaparecido.

Pouco antes doalvorece, ouviu uma segunda explosão nas vizinhaças do carro, uma vez mais seguida do fogo de metralhadora; depois, após algum tempo, novamente o silêncio.

Mais tarde, nessa mesma manhã, enquanto o pessoal em volta do PCDo GT R se entregava às suas atividades habituais, foi visto um soldado descalço atravessando a área do bivaque. Quando o comandante o fez parar, todos os olhos voltarm em expectativa. Ouviusse o coronel pedir ao soldado ao seu aspecto não militar. Suas vozes tornaranse inaudíveis à medida que os dois principais personagens desse pequeno drama travavam uma seria conversação.

À medida que falavam, o rosto do coronel se animava, e alguns minutos depois ele oferceu ao soldado um cigarro, que este último aceitou, visilmente embaraçado.Finalmente, o coronel deu alguams batidas amistosas nas cpstaas do soldado, apertoulhe a mão eos dois se separam, o soldado ainda conduzindo suas botinas. a curiosidade dos espectadores não ficou sastifeita até que ordem do dia não foi publicada, juntamente com o seguinte extrato do relatório do soldado descalço:



Fui desiguinado do destacamento que recebeu a missão de explodir o carro de combate russo. Uma vez feito todo os preparativos, o comandante da companhia e eu colocamnos uma carga de aproximadamente o dobro do seu tamanho normal na lagarta do carro e voltei para vala que servia de meu observatório. A vala era bastante profunda para oferecer proteção contra estilhaços e aí esperi para espera o efeito da explosão. O carro, entretanto, cobriu a área com fogo intermitente de metralhadora logo após a explosão. Após cerca de uma hora quando tudo se alcamou, rastejeir até o carro e examinei o local onde havia colocado a carga. Nem metade lagarta fora destruída e e não pude achar qualquer outro estrago no carro. Voltei ao ponto de reunião apenas para constatar que do destacamento havia partido. Enquanto procurava por minhas butinas, encontrei uma outra carga de demoliçãoque havai sido abandonada. Apanhei-a, voltei até o carro, subi nele e prendi a carga no tubo do canhão, com esperança de pelo menos destruir apenas aquela parte do carro e detonei a carga. O carro imediatamente cobriu a orla da floresta, com fgo de metralhadoras que não cessou até o alvorecer, quando finalmente, pude sair debaixo do carro, rastejando. Quando verifiquei o efeito da carag de demolição, vi, para meu desgosto, que a carga usada havia sido muito fraca. Ocarrnhão estava ligeiramente danificado. Ao voltar ao ponto de reunião, encontrei um par botinas que procurei calçar verificando então que era muito pequeno. Alguém evidentemente havai, por engano, apanhado minhas botinas. Por esta razão é que regressei descalço e atrasado a minha companhia.


Essa foi a explicação do soldado desaparecido sobre a explosão matutina e os segundo disparos de metrallhadoras.

Trê tentaivas alemãs haviam fracassado. O carro ainda bloqueava a estrada e podia disparar à vontade. O plano 4, que compreendia uma ataque por bombardeiro de mergulho, teve de ser cancelado quando se soube não dispor de tais aviões no momento. É duvidoso que o avião de mergulho conseguisse acertar no carro, mas se tem duvida que qualquer outro resultado não teria eliminado.

O plano 5 implicava num risco calculado e exigia que se iludisse a guarnição do carro. Esperava desse modo que as perda alemãs fossem mínimas. Compreendia um ataque frontal por uma formação de carros partindo de vários pontos da floresta a leste da estrada enquanto outro canhão de 88 mm seria trazido de Rossienie para destruir o carro de combate. O terreno era bastante favorável para esta operação; a floresta era ligeiramente boscosa e não apresentava qualquer obstáculo à manobra de carros.

Os blindados alemães desdobraranse e atacaram o carro russo por tês lados. A guarnição russa, visilmente exitada, girou a torre do canhão várias vezes num esforço para atingir os carros alemães que mantinham um fogo contínuo do interior do bosque.

Enquanto isso o canhão de 88 entrava em posição à retarguada do carro. O primeiro tiro acertou em cheio e, quando a guarnição procurava girar o canhão para retarguada, a segunda e terceira granadas acertaram o alvo. Moratlamente atingido, o carro permaneceu imóvel mas não se incendiou. Quatro outras granadas perfurantes de 88 atingiram o alvo. Então, após o último impacto, o canhaõ do carrro levantou verticalmente como, ainda agora a desafiara seus atacantes.

Os alemães mais próximos desceram de seus carros e aproximaram de sua vítima. Para sua grande surpresa verificaram que apenas duas granadas de 88 haviam perfurado a blindagem do carro e que cinco outras havia feito somente mossas profundas. Foram encontradas oito marcas azuis feitas pelos impactos dos canhões de AC 50mm. Os resultados do ataque da engenharia limitaram-se apenas a uma lagarta danificada e uma ligeira mossa no tubo do canhão. Não se encontraram indícios dos tiros disparados dos carros alemães subiram no carro e procuraram abrir a torre, mas sem resultado. Subitamente, o tubo do canhão começou a mover e a maioria dos alemães se disperçou. Rapidamente, dois engeinheiros deixaram cair granadas de mão pelos orifícios feitos eplso impactos na parte inferior da torre; seguiu uma explosão abafada e a parte superior da torre soltou. No interior do carro estavam os corpos mutilados de sua guarnição.

Os alemães tinham sido mal sucedidos em seu primerio encontro com um KV; nessa parte da frente, um único carro tinha conseguido bloquear a estrada de suprimento de uma poderosa força alemã durante 48 horas.




Editado pela última vez por EDSON em Ter Jun 29, 2010 2:53 pm, em um total de 14 vezes.
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Re: Doutrinas táticas, operacionais e estratégicas.

#125 Mensagem por EDSON » Sáb Jun 19, 2010 11:19 pm

3. Os Engenheiros Blindados Alemães Capturam Duas Pontes (junho de 1941)


Enquanto a 6º Divisão Panzer eram assim retardados, a 8º Divisão Panzer, que também pertencia ao Grupo de Exércitos Norte, atuava como ponta de lança do ataque alemão mais ao sul, tomando os russos completamente de surpresa. Esta divisão progrediu velozmente para nordeste, em virtude da esporádica e cada vez menor resistência inimiga, deixando unidades russas para trás e nos flanco para serem, posteriormente destruídas pela infantaria alemã. Na noite de 24 de junho, a divisão atingiu Smelyne, uma vila entre a fronteira entre a lituânia e Letônia, 20 Km a sudoeste de Dvinsk. Seu avanço fora realizado por uma exelente estrada e através de terreno suave e limpo.

Mais tarde, ainda nessa noite, o comandante da divisão fez estudo da situação. Seu objetivo era a cidade de Dvinsk situada na margem norte do Dvina. Entretanto, para capturar a cidade, a divisão teria de capturar duas pontes sobre aquele rio que, nessa área , tinha aproximadamente 250 metros de largura. Enquanto a ponte rodoviária era necessária para o avanço da divisão, a outra, uma ponte ferroviária situada a 1,5 Km a jusante, seria utilizada como uma alternativa, no caso dos russos destruírem a ponte rodoviária. O reconhecimento aéreo alemão indicou que os russos pretendiam defender Dvinsk e que as duas pontes sobre o Dvina havim sido preparadas para destruíção. Essa destruíção, entretanto, atrasaria o avanço da divisão e prejudicaria, dessa forma, o calendário do Grupo de Exércitos. Consequentemente, as duas pontes teria de ser conquistadas mediante uma incursão de surpresa antes que os russos conseguissem destruílas.


Imagem





O comandante da Divisão decidiu agir sem demora; mandou que o comandante da vanguarada divisionária e o tenente Schneider, comandante da 3º companhia do 59º batalhão de Engenharia Blindado, se apresentassem imediatamente em seu PC. Após a chegada dos dois oficiais, expôs brevemente a situação geral e deu as seguintes ordens verbais:



"Um pelotão da 3º Companhia, dividido em quatro destacamentos de assalto, lançara um ataque de surpresa contra as duas ponte de Dvinsk. Os destacamentos partirão a 1:30 hora do dia 25 de junho e se dirigirão para ponte em quatro caminhões russos capturados pela divisão hoje pela manhã. Os russos devem acreditar que os caminhões são amigos, de modo que os destacamentos de assalto possam chegar a distância de assalto das pontes, os destacamentos deverão cortar todos os cabos que se dirijam para as mesmas de ambas as margens, a fim de evitar que o inimigo consiga detonar elétricamente ambas as cargas de demolição; cortar todos os estopins das cargas e defender a ponte dos contataques russos.
O grosso da 3º companhia também partirá a 1:30 hora, mas avançará um pouco mais devagar de modo chegar às pontes cerca de 15 minutos depois dos destacamentos de assalto, os quais substituíra. A 3º companhia será seguida pela vanguarda divisonária que atingirá a ponte rodoviária as 03:05 horas. Como esta ponte deverá estar firmemente em poder dos alemães a essa hora, a vanguarda, constituída por um batlhão de infantaria blindado e um batlhão de carros, atravessára o rio penetrando em Dvinsk e atuando como ponta de lança da divisão no avanço para nordeste.
Senhores, tenho tenho confiança em sua capacidade para executar a missão com sucesso e desejo aos senhores sorte. Se não há perguntas, isto é tudo."



Os preparativos para missão iminente foram feitos com rapidez. Scheneider organizou o 4º pelotão de sua companhia em quatro destacamentos de assalto, cada um constituído por dez homens equipados com metralhadoras e submetralhadoras, granadas de mão e cortadores de arame.

O grosso da 3º companhia deveria deslocar na seguinte ordem: 1º e 2º pelotões, cada um equipado com 5 carros especiais de engenharia. Esses carros eram do tipo Mark II, armados com um canhão de 20mm e uma metralhadora, cada um. Em sua parte de trás, fora montado um dispositivo especial para colocação de cargas de demolição e para remoçao de obstáculos. Os sete meias laragatas do 4º Pelotão, equipados com uma estrutura para lançamento de rojões, deveriam acompanhar os dois primeiros pelotões. Durante o deslocamento, essas viaturas seriam oupadas apenas por seus motoristas, pois os demais homesn do 4º Pelotão deveriam constituir os destacamentos de assalto.

O 5º Pelotão composto de engenheiros de combate equipados com carga de demolição, deveria seguir em caminhões.

O 3º Pelotão da companhia encontrava-se engajado em construção de ponte, em outra parte, e assim sendo não poderia ser empregado na operação.

A 3º Companhia deslocou de seu bivaque, próximo de Smelyne á 01:30. Os caminhões, com faróis acesos, transportando os destacamentos de assalto deslocou velozmente, a C PH, sobre a estrada pamiventada, na direção nordeste com destino a Dvinsk. Os carros de combate e as viaturas de meia largata da companhia seguiram os caminhões a uma velocidade mais moderada. Inicialmente tudo ocorreu de acordo com o plano. Os destacamentos de assalto não encontraram quaisquer elementos russos e prosseguiram em direção às ponte sem diminuir velocidade.

Ao atingir Varpas, a três quilômetros do rio, os três primeiros caminhões viraram para leste e prosseguiram em direção da ponte rodoviária, enquanto o quarto caminhão dirigiu diretamente para ponte ferroviária. Os caminhões passaram por vários infantes russos que, evidentemente, concluíram tratar de caminhões amigos e nada fizeram.

a. A luta pela ponte rodoviária. Após virar para leste, em Varpas, os três caminhões continuaram a toda velocidade e atingiram Griva, na margem sul do Dvina, às 02:15 horas. As orlas sudoeste dessa cidade estavam ocupadas por uma retarguada russa de cerca de 50 homens que deixou os caminhões passarem. Apenas uma pequena distância separava os destacamentos de assalto da ponte, e os homens tornaranse tensos. Ao se aproximarem da ponte, sentinelas russas bloquearam a estrada e fizeram sinal ao primeiro caminhão para parar. O comandante do destacamento teve a imprensão que a sorte terminara. Como não era mais possível dissimular, somente uma rápida ação poderia dar resultado. O motorista do primeiro caminhão encostou par junto das sentinelas russas , como se fosse parar; então, no último momento pisou no acelarador e o caminhão saltou para frente com ruído e lançou através da ponte, seguido pelo segundo caminhão. Alguns dos russos que se encontrava à sua frente, conseguira livrarse do caminhão, saltando para fora do caminho; outros, menos afortunados, foram atropelados. Todos que se encontravam em condições de fazêlo, correram em socorro dos camradas feridos. Na confusão, pouca atenção foi dada ao terceiro caminhão que havia parado no acesso para ponte . A um dado sinal, seus ocupantes repentinamente saltaram sobre os confusos russos com facas e baionetas, matando todos. Em seguida, quatro dos homens correram para ponte e cortarm todo os fios que puderam encontrar. O primeiro caminhão, nesse ínterim, havia conseguido atravessar aponte sem ser atacado; o segundo, no entanto, que parava ligeiramente no meio da ponte para desembarcar uma equipe de cortadores de fios, recebeu tiros de armas portáteis da margem norte e rapidamente deslocousse para estremidade da ponte, onde se reuniu ao primeiro.n A equipe de cortadores de fio apenas havia terminado seu trabalho quando as metrallhadoras e canhões AC abriram fogo da margem norte do Dvina, aferrando-os ao solo. Os dois destacamentos que atingiram a extremidade norte da ponte também receberam tiros e sofreram suas primeiras baixas. Às 02:30 horas, os russos lançaram um forte contrataque numa tentativa de expulsar os dois destacamentos da extremidade norte da ponte. No combate aproximado que se seguiu, ambos os lados sofreram elevadas perdas. Dez minutos depois dos caminhões terem atravessado a ponte, a força de retarguada russa, que se encontrava em Griva, chegou e atacou o destacamento da extremidade sul. Entretanto, não obstante sua superioridade numérica, os russos não conseguiram desalojar os três destacamentos da ponte, embora tivessem evitado que os engenheiros alemães fizessem uma sistemática inspenção da ponte em busca de cargas de demolição. Muito embora os alemães tivessem cortado todos os cabos da ponte, impossibilitando os russos de detonarem as cargas elétricamente, sempre havia o perigo de conseguirem fazer detonar mediante o uso de estopins, caso conseguisse atingir a ponte.

Às 02:40 horas, perecisamente qundo os destacamentos começavam a sentir falta de munição e de gramadas de mão, foram os mesmo substituídos pelo grosso da companhia. Durante os 20 minutos de luta, os três destacamenteos de assalto, que somavam 30 homens inicialmente, sofreram elevadas perdas; Um oficial, um sargento e três soldados foram mortos e quatro homens feridos.

Com a chegada do grosso da companhia, os carros de combate do 1º e 2º pelotões entrarm em posição na margem sul do rio e começaram a atirar sobre as tropas russas em Dvinsk. Dez minutos depois, os meis lagartas do 4º pelotão juntaram-se aqueles carros e disparam seus foguetes sobre a cidade. Em pouco tempo, grandes incêndios lavraram as cidades.

Após uma breve luta, os remanescentes da retaguada russa na margem sul renderansse. Uma forte força russa, que havia se reunido ao norte da ponte para um contrataque, foi colhida pelo fogo de barragem alemão e dispersa, antes que pudessem iniciar o ataque.

Às 02:55 horas, ao chegara vanguarda da divisão, a 3º Companhia cumpriu sua missão de connquistar a ponte rodoviária intacta. Às 03:05 horas, a vanguarda divisionária começou a atravessar a ponte e avançar sobre Dvinsk, contra feroz resistência russa.

Restava uma última coisa a ser feita pela 3º Companhia: a remoção das cargas de demolição da ponte. Uma inspenção rápida mostrou que os russos haviam preparado a demolição de cada um dos três vão da ponte, mas não revelou a existência de cargas nas pilastras de sustentação.

Enquanto um grupo se preparava para fazer a remoção das cargas , um dos homes notou subtamente nas proximeidades um pouco de fumaça e descobriu que um russo havia rastejado até a ponte, evidentemente sem ser percebido, e acendido um dos cordéis detonadores. De um salto, o engenheiro arrancou o cordél da carga de demolição quando faltavam apenas 10 segundo para mesma explodir. Quase ao mesmo tempo, ocorreu incidente semelhante ao próximo da extremidade norte da ponte e , aí, a explosão também foi evitada pouco antes de se efetivar.

Cumprida a missão da companhia na ponte rodoviária, o tenenete Scheneider pode volta sua atenção para ponte ferroviária, onde o ruído de combate era audível, indicando que o 4º Destacamento de assalto se encontrava em dificuldades. Scheneider enviou os 2º e 5º pelotões da 3º Companhia para essa ponte, pela estrada que corria paralela ao rio.

b. A luta pela ponte ferroviária. Quando os três prImeiros destacamentos de assalto, que se dirigiam para ponte rodoviária, tomaram a posição leste ao atingir Varpas, pouco depois das 02:00 horas, o outro caminhão prosseguiu na direção norte pela estrada principal que conduzia diretamente á ponte ferroviária. Várias centenas de metros aquém da ponte, na interseção da estrada que corre paralela ao rio havia um velho forte pelo qual o caminhão teria que passar. Ao virar a direita para tomar a a estrada do rio, o caminhão recebeu fogos de armas portáteis partidos daquele forte e, numa questão de segundos , incendiou, sendo apressadamente abandonado. O destacamento tentou, então, progredir a pé combatendo, em direção à ponte, distante cerca de 500 metros. Entretanto, os homens foram logo aferrados pelo fogo russo mas, não obstante, continuaram rastejando, lenta e laboriosamente, em direção à ponte. No momento em que o destacamento havia chegado bstante próximo da ponte, de modo a poder assaltála, ouviu uma terrível explosão. Os russos sem dúvida, cientes das intenções alemãs, haviam feito detonar as cargas de demolição colocadas nos pilares de aço. Ao se dissipar a fumaça, ficou evidente que a demolição não havia sido eficaz; a ponte continuava intacta. As pranchas de madeira e os dormente haviam, no entanto, se incendiado e havia perigo de que o fogo fizesse explodir as cargas que, normalmente, são colocadas debaixo de certas vigas de treliças. Fazia-se necessário um ação rápida por parte do destacamento de assalto para extinguir o fogo e salvar a ponte.

Às 03:30 horas, os 2º e 5º pelotões da 3º Companhia chegaram à entrada leste do forte que estava bloqueada por um pesado portão de aço. Como o fogo na ponte ferroviária ainda não estava contido e não era possível a aproximação de equipamento para combatê-lo, enquanto os russos consservassem a ponte sob fogo, os dois pelotões receberam ordens para tomar o forte de assalto.

Os homens do 5º Pelotão, que haviam desembarcado e procuravam colocar a carga de demolição junto ao portão, atraíram fortes fogos de armas portáteis russas. Um estudo da situação indicou que seria desaconselhável a aproximação do portão sem a proteção de blindados. Em vista dissso, um dos carros de combate do 2º Pelotão recebeu ordem para recuar sobre o portão e colocar, com seu guindaste, junto ao mesmo, uma carga de 50 Kg de alto explosivo. Colocada a carga e removido o carro para uma distância segura, foi detonada a carga. Uma terrível explosão destruiu o portão e aturdiou os russos que se encontravam em sua vizinhança imediata. No entanto, quandos os carros alemães avançaram através da brecha, eles novamente abriram fogo. Sua proteção também foi obstada por uma segunda muralha cujo o portão, também de aço ficava voltado para o rio. Uma vez mais, um carro especial de engenharia trouxe uma outra carga de 50 Kg de AE que foi detonada com resultados da primeira. A essa altura, alguns russos se renderam; num total aproximado de 20 homens , continuou a resistir no PC, localizado numa construção bem no centro do forte. Enquanto os russos, no interior do forte, tentavam desesperadamente repelir o ataque alemão, o equipamento contra incêndio da 3º Companhia chegava à ponte ferroviária e extinguia rapidamente as chamas. Utilizando cargas alongadas e granadas de mão, o 5º Pelotão conseguiu finalmente expulsar os russos de seu último reduto no interior do forte. Às 04:00 horas, a luta pela posse do forte terminou; da companhia russa que defendia, foram mortos ou feridos 70 homens, enquanto 30 eram feitos prisioneiros.

Toda a operação fora realizada com grande rapidez, decorrendo somente meia hora desde o assalto inicial até a captura do forte. Ao serem interrogados, os russos feito prisioneiros no forte declaravam que haviam recebido ordens para resistir o máximo possível, mesmo que a ponte fosse demolida. Deveriam evitar que os alemães deslocassem equipamento de pontes pela estrada e retardar seu avanço o máximo que pudessem.

Com ambas as pontes firmemente em poder dos alemães, estava cumprida a missão da 3º Companhia. Na luta feroz que continuou até a noite, a 8º Divisão Panzer capturou Dvinsk e prosseguiu em seu avanço para nordeste, na direção de Leningrado.

O exemplo precedente ilustra a extenção dos resultados que podem ser conseguidos com emprego de blindados em situação em que a velocida é imperativa. A conquista das duas pontes de Dvinsk foi possível apenas porque os quatro caminhões russos capturados foram enviados a frente do grosso da 3º Companhia, tomando, dessa forma, os russos de surpresa e impedindo que destruissem as pontes antes que os alemães pudessem atingilas.

A escolha da 3º Companhia para esta missão justificava, pois seus carros de combate especiais e suas viaturas de meia lagarta possuíam potência de fogo suficiente para aferrar os russos ao norte da ponte rodoviária e, assim, preparar o caminho para vanguarda da divisão, sobre Dvinsk. Durante a luta pela posse do forte, os carros especiais mostraram mais uma vez seu estimável valor na destruição dos dois portões. Somente blindados poderia chegar bastante junto dos portões para colocar as cargas de demolição, em virtude do intenso fogo de armas portáteis russo.




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Re: Doutrinas táticas, operacionais e estratégicas.

#126 Mensagem por EDSON » Seg Jun 21, 2010 2:04 pm

Erro.




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Re: Doutrinas táticas, operacionais e estratégicas.

#127 Mensagem por EDSON » Seg Jun 21, 2010 5:39 pm

4. Emboscada de carro russo (julho de 1941)

Em começos de julho de 1941, a 3º Divisão Panzer, integrante do Grupo de Exércitos Centro, atingira o rio Dneper, ao Norte de Zhlobin, e se preparava para atravessar o rio. A 6 de julho, o regimento de carros da divisão, até então em reserva, recebeu ordens para auxiliar uma divisão de infantaria que encontrara forte resitência russa ao atacar Zhlobin por sudoeste. O ataque de infantaria parara a cerca de 4 Km a sudoeste da localidade.

O terreno em torno de Zhlobin era um prado suavemente ondulado e que se alterava em áreas pantanosas. O tempo estava quente e ensolarado.

O comandante de regimentos de carros decidiu empregar dois batlões, cada um com cerca de 40 carros. De acordo com o plano, o 1º Batalhão deveria avançar diretamente sobre Zhlobin; o 2º deveria acompanhar o 1ºaté um ponto aproximadamente a 1,5 Km. da RLR russa a nordeste de Zhlobin, virar para o sul, atravessar a linha férrea e avançar na direção sudeste para esmagar as forças que, imaginava ele, mantinham posições imediatamente ao sul da localidade. Essa arremetida em duas direções leva-lo-ía à posse de Zhlobin e, simultaneamente, aliviaria a infantaria alemã.

Imagem


As colunas de marcha avançavam, de acordo com o plano. A cerca de 4Km a noroeste de Zhlobin, o 1º Batalhão penetrou na LPR russa encontrando fraca resistência, ultrapassou algusns elementos de infantaria russa e passou por uma bateria de artilharia. Repentinamente, quando os carros mais avançados se enontravam apenas 1,5Km das orlas da localidade, receberam um fogo devastador de carros russos astutamente dissimulados entre as casas, granjas e celeiros. Os carros russos emboscados haviam retido seu fogo até o último momento. Quando os carros do 1º Batalhão mudaram de direção para escapar ao ataque, receberam tiros diretos da bateria de artilharia anteriormente ultrapassada; os artilheiros russos haviam voltado suas peças contra o batalhão. Em consequência desta emboscada, os alemães perderam 22 carros.

Imagem

O 2º Batalhão, nesse interim, recebera pedidos desesperados do 1º batalhão, pelo rádio, mas não pôde ir em seu socorro porque o alto aterro da estrada de ferro o obstruía sua passagem. O comandante do batalhão decidiu, então, aliviar a situação, mediante uma arremetida direta sobre Zhlobin. Encontrando o flanco esquerdo russo desguarnecido, o batalhão entrou pela localidade pelo sul e destruiu 25 dos 30 carros russos sem sofrer qualquer perda. Os russos não esperavam um ataque dessa direção e haviam voltado sua atenção para luta contra o 1º Batalhão.

O fracasso do ataque frontal do 1º Batalhão deve ser atribuído à insuficiência de seu reconhecimento prévio; além disso, carros numa missão independente devem ser acompanhados por infantaria blindada. Nesse caso, a infantaria blindada poderia ter capturado a bateria de artilharia russa.

Se o 2º Batalhão tivesse acompanhado o 1º, a bateria de artilharia poderia ser neutralizada e o primeiro poderia ter recebido assistência imediata. Em situações obscuras, é melhor avançar em profundidade a fim de poder atender a uma possível surpresa de forças inesperadas, do que avançar numa frente relativamente larga onde o contato pode ser perdido e elementos separados de uma mesma força podem ser aferrados. Na emboscada do 1º batalhão, a disciplina russa combinada com sua caracateristíca astúcia compensou, com vantagem, sua inferioridade de instrução e equipamento. Uma emboscada é realmente uma operação econômica, quando o inimigo é descuidado.




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Re: Doutrinas táticas, operacionais e estratégicas.

#128 Mensagem por EDSON » Ter Jun 22, 2010 5:49 pm

5. A Engenharia Blindada Alemã na Estrada de Leningrado (agosto de 1941)

Durante os últimos dias de agosto de 1941, as forças do Grupo de Exércitos Norte lançaram-se na direção de Leningrado, partindo de Kingisepp e Luga. Num esforço para manter aberta a via de retraimento de suas forças derrotadas em Luga, os russos resistiram fortemente aos blindados alemães que avançavam de Kingisepp para leste. Continuanado seu avanço incessante, as disisões panzer alemãs irromperam através da frente russa, a sudoeste de Leningrado, em diversos pontos. A essa altura, o alto comando russo perdera o controle geral das forças empregadas nas vizinhaças de Leningrado, mas unidades independentes - provalvelmente impulsionados por seus comissionários - continuaram a lutar obstinadamente.

A 28 de agosto, a 8 Divisão Panzer, que se encontrava reunida aproximadamente a 50 Km a sudeste de Kingisepp, recebeu ordens de atuar como ponta de lança da arremetida de sudoeste, no dia seguinte. Avançando por Moloskovitsy e Volosovo, a divisão deveria atingir a estrada Luga- Leningrado num ponto ao sul de Gatchina. Ao chegar à estrada deveria tornar a direção sudeste e, atacando pela retarguada, as forças russas em retirada, facilitar o avanço das divisões de infantaria alemães que progrediam, combatendo, na direção norte. Enquanto isso as outras força blindadas alemãs deveriam capturar Gatchina e vários outros objetivos ao norte, na estrada para Leningrado.


O terreno através pelo qual os blindados alemães deveriam avançar era coberto por floresta pantanosas. Algumas elevações pequenas proporcionavam boa visão das circuvizinhanças. Nessa época do verão todas as estradas e caminhos, com exceção dos que conduziam através de terreno extremamente pantanoso, permitiam o trânsito de viaturas. O sol nascia às 03:00 horas.

A 8º Divisão Panzer iniciou seu deslocamento às 04:00 horas de 29 de agosto e entrou em Moloskovitsy durante as primeiras horas da manhã. Fracas forças russas, entricheiradas na estação da estrada de ferro foram rapidamente dispersas e a vanguarda continuou sua marcha na direção de Volosovo. Ninhos de resitência isolados não conseguiram deter os alemães.

A 3º Companhia do 59º Batalhão de Engenharia Blindado, deslocou-se a testa da coluna da divisão, chegou a Volosovo, às 12:30 horas e fez alto para um pequeno descanso. Um oficial de ligação e motociclistas mensageiros mantiveram o contato com a vanguarda que, de acordo com so últimos informes, atingira Kikerino às 12:15 horas.

Às 12:35 horas, o Tenente Schneider, comandante da 3º Companhia, ouviu tiros de metralhadoras e canhões de AC na direção nordeste. No momento em que entrava em sua viatura, com instensão de investigar a situação, um caminhão de suprimentos da vanguarda chegou e parou. O motorista informou que sua coluna de viaturas foi emboscada a cerca de 2,5 Km de Volosovo. Enquanto os outros motoristas tentavam escapar acelerando as outras viaturas, ele havia feito meia volta e regressado, a fim de avisar o comandante da coluna de marcha.

Com base nessa informação, deu ordem ao 1º e 2º Pelotões de carros ( Ver a organização desta unidade no tópico 3) para se deslocarem para bifurcação de estradas de Lagonovo e ao 4º Pelotão, constituído de lança rojões montados sobre viaturas de meia lagarta, para se dirigir para um ponto imediatamente ao sul daquela bifurcação. O 5º Pelotão, composto por engenheiros de combate, deveria tomar posição nas orlas nordeste de Volosovo. Schneider entrou em sua viatura e dirigiu-se na direção de Kikerino. A cerca de 1,5 KM a leste da bifurcação de Lagonovo, parou no topo de uma crista baixa, da qual pode verificar aproximadamente 300 infantes russos saindo da orla oeste do bosque Gubanitsy, num ponto cerca de 800 metros ao norte da estrada. Dirigiam-se para crista a apenas algumas centenas de metros ao oeste do bosque. Schneider notou, também que uma metralhadora e um canhão AC russos eram colocados em posição na orla sudoeste da floresta. Sentiu-se certo que aquelas armas eram as mesmas que haviam sido utilizadas na emboscada da coluna de caminhões. Dois caminhões em chamas achavam-se caído na vala ao longo da estrada a cerca de 500 metros de seu posto de observação: munição de armas portáteis explodiam um dos caminhões.

Schneider chegou à conclusão de que os russos tentavam isolar a vanguarda e recapturar Volosovo. Fazia-se imperativa uma ação rápida para que os russos restaRdassem o avanço da divissão na direção da estrada Luga-Leningrado.

Ao regressar a bifurcaçãoMde Lagonovo, às 13:05 horas, Sheneider se encontrou com o comandante da coluna de marcha que aprovou seu plano para eliminar a ameaçã russa. Scheneider, em consequência, reuniu seus comandantes de pelotões e deu as seguintes ordens:

1. A 3º Companhia atacará imedatamente as companhias russas que se aproximam Da Crista, dispersando-as e impendirá que quaisquer outras forças russas saiam da floresta.

2. O 1º Pelotão de Carros desdobrar-se-á imediatamente ao longo da estrada Lagonovo-Gubanitsy, a meia distância entre as duas localidades, lançará uma cortina de fumaça, quando os lança rojões desencadearam suas rajadas e progredirá para floresta. O pelotão fara proteção de seu próprio flanco esquerdo.

3. O 2º Pelotão se reunirá a leste da bifurcação de estradas e atacará simultaneamente com o 1º na direção da floresta.

4. O 4º Pelotão fará proteção fora de Lagonovo e dispará um rajada de 24 rojões sobre a orla da floresta a ser atacada. Em seguida reunir-se-á ao 2º Pelotão e atingirá as forças russas que ficarem entre a crista e a orla da floresta. O um GC do pelotão permanecerá em sua posição de tiro como reserva da companhia.

5. O 5º Pelotão progredirá ao longo da estrada, desembarcará em um ponto a cerca de 1000 metros a leste da bifurcação de estradas, ocupará o trecho da estrada que atravessa a crista e constituirá o flanco direito da força de ataque. Este pelotão fará, também, a limpeza da orla sudeste da floresta e se apossará do trecho da estrada que ocorre junto à mesma.

6. Eu estarei com o 4º Pelotão.


Às 13:30 horas os quatro pelotões achavam-se reunidos para o ataque e Scheneider deslocou na direção de Gubamitsy. No caminho, viu os primeiros russos que desciam a encosta oeste da crista. Avançavam em formação desemvolvida, com exploradores a cerca de 20 metros à frente do grosso. Observou também alguns russos também puxando canhão AC da floresta em direção à crista. Duas outras companhias de infantaria russa emergiam, nesse momento, seguindo o mesmo caminho que a primeira.

Cinco minutos depois, o 4º Pelotoão disparou sua primeira rajada de rojões que caiu bem no centro da segunda vaga que se achava em deslocamento. A cortina de fumaça lançada pelos dois pelotões de carros escondia o avanço das viaturas aos russos que começaram a dispar da crista. Os carros responderam ao fogo e a troca de tiro tomou uma grande intensidade à medida que o contrataque da 3º Companhia adquiria impulsão.

Quando a fumaça começou a se dissipar, minutos mais tarde, Schneider viu que os carros haviam atingido o topo da elevação e que seu fogo aferrava a infantaria russa, cujas as fileiras começavam a ceder. Numa vã tentativa de fugir a aniquilação, infantes isolados juntavam-se, mas eram logos dizimados pelas metralhadoras dos carros. Os canhões AC russos ficaram no meio do campo, , abandonado por suas guarnições. Ninhos de resistência isolados continuavam a lutar, mas suas armas portáteis eram inificazes contra os carros alemães que se dirigiam diretamente para os objetivos designados. O 5º Pelotão vinha atrás dos carros, fazendo a limpeza e reunindo os prisoneiros. Os remanescentes da segunda vaga, que haviam escapado à rajada de rojões, tentaram fugir em direção ao bosque.

Por volta das 14:00 horas, os quatro pelotões haviam cumprido suas missões e a luta quase terminada quando o flanco do 1º Pelotão começou a receber fogos de armas pesadas da direção norte. O comandante do pelotão enviou mensagem rádio informando que a infantaria inimiga atacava com o valor de uma companhia. Schneider imediatamente empregou o GC reserva do 4º Pelotão, mais um carro da seção de comando e deu ordem para que fossem disparados 12 rojões contra a força atacante russa. Às 14:20 horas, o ataque de flanco havia sido repelido e, 10 minutos mais tarde, Schneider informava à coluna de marcha que o trânsito na estrada para Kikerino podia ser restabelecido. Toda a operação tomara menos de duas horas. As forças russa que se encontravam na floresta sofreram perdas tão elevadas que não se esperava mais ataques às colunas de marcha alemãs nesse ponto.

Em seu posterior avanço na estrada Luga-Leningrado, 8 º Divisão Panzer encontrou pequena resitência. Em contraposição, as divisões de infantaria, que se dirigiam de Luga para o norte, progrediram pouco. Tinham pela frente, forças russas que não haviam se desintegrado, e estavam, portanto, em condições de oferecer prolongada resistência. Na noite do mesmo dia, a estrada Luga-Leningrado foi cortada quando os elementos da 8º Divisão Panzer atingiram Sivoritsy, uma vila situada 16 Km ao sul de Gatchina.

Os planos para o dia seguinte inpunham que a divisão se dividesse em dois grupamentos. Uma coluna deveria avançar pelo sul, ao longo da estrada, na direção de Luga enquanto outra deveria se dirigir para sudeste, na direção de Staro-Siverskaya. Durante a noite de 29-30 de agosto, Schneider e seus homens deveriam se dirigir, via Kobrino, e ocupar esta última localidade. O camandante da divisão considerava Kurovitsy uma importante junção, através da qual os russos poderiam canalizar importante reforços ou retrair suas tropas em direção de Virytsa. Em qualquer caso, a posse da localidade era importante para o sussesso da missão da divisão de auxiliar o avanço das divisões de infantaria.

Com o 1º e 5º Pelotões em 1º escalão, a companhia passou por Kobirino sem para e atingiu Kurovitsy às 21:45 horas. Aí fez novamente contato com as tropas russas quando seus carros mais avançados subtamente divisaram 10 caminhões cheios de infantes russos na iminência de partir na direção de Vyritsa. Os carros imediatamente abriram fogo, mas um caminhão conseguiu escapar em direção a Vyritsa e dois outros pela estrada que conduzia a Staro-Siverskaya. Os demais caminhões ficaram imobilizados, mas a maioria de seus ocupantes escapou se benificiando da escuridão, que era tão grande que os alemães desistiram de perseguir.

Scheneider decidiu organizar a defesa de Kurovitsy a fim de passar o resto da noite. Nas orlas sul, o 1º Pelotão e um grupo do 5º ficaram encarregados de minar e bloquear as duas estradas para Sataro-Siverskaya. O 2º Pelotão, menos um carro, devria obstruir a estrada para Vyritsa, nas orlas leste. Um outro grupo do 5º Pelotão recebeu a missão de ocupar a posição na orla da floresta, cerca de 1;5 Km mas abaixo na mesma estrada nesse ponto. O 5º Pelotão menos aqueles dois grupos, deveria deslocar para orla da floresta, a nordeste da vila e estabelecer uma linha de postos avançados. O restante das forças combatentes ficaria em reserva da companhia, reunidos na parte norte e nordeste da vila. As viaturas de serviço haviam ficado em Kobrino. Schneider achou que essas medidas proporcionariam uma segurança adequada contra um ataque inesperado que, não obstante a quietude reinante, era esperado a qualquer momento.

Às 00º15 hora, o 2º Pelotão informou ter ouvido ruído de veículos de lagarta aproximando de Virytsa. 45 minutos mais tarde, um camninhão russo, que se dirigia de Staro-Siverskaya para o norte, fez explodir uma mina. Foi capturado um oficial russo e morreram dois homens; os demais escaparam.

Às 02:30 horas, o 2º Pelotão enviou nova mensagem dizendo que se ouvia ruído de veículos sobre lagarta, desta vez mais próximo do que antes. Pouco depois o ruído cessou e o silêncio reinou até 04:00 horas, quando o 2º Pelotão informou que seu comandante havia sido atingido de emboscada.; Meia hora mais tarde, o 1º Pelotão enviou uma mensagem comunicando que 5 caminhões se aproximavam da direção de Staro-Siverskaia e, pouco depois, Scheneider, em seu PC a nordeste da vila, ouviu ruído de luta que parecia vir das orlas sul. Descobriu logo que os blindados haviam ficado imobilzados por baterem em minas alemãs. Enquanto as metralahdoras alemãs disparavam sobre eles a curta distância, cerca de 30 russos saltaram dos caminhõese procuram abrigar-se em ambos os lados da estrada. Dois carros alemães dispersaram-se e aos poucos consguiraram escapar retraindo para os bosques próximos.


Alguns minutos mais tarde, ouviu tiros isolados de armas portáteis vindos do interior da vila. Um mensageiro a pé chegou ao PC de Scheneider e informou que fora atacado dois quarteirões abaixo da rua principal e forçado a abandonar sua motocicleta danificada. O barulho do combate gradualmente se aproximava, quando o 2º Pelotão informou, pelo rádio, que estavam recebendo fogos das casa localizadas nas orlas leste da vila. Schenider concluiu que se faziam necessárias imediatas contramedidas e deu ordem para o 5º Pelotão para reunir todos os seus grupos nas orlas norte e percorrer a vila de norte para o sul.

Às 05:10 horas, op 5º Pelotão, apoiado por dois carros de combate, começou a progredir para o sul, a cavaleiro da rua principal. Verificou-se uma tenaz luta de casa a casa. Os alemães, ao se aproximarem, eram recebidos com tiros de atiradores exímios escondidos em casas, cercas e montes de feno. Os engenheiros blindados utilizaram cargas concentradas, granadas de mão e fogos de metralhadora e dos canhões dos carros, para fazer a limpeza de casa após casa. Alguns soldados russos fingiram-se de mortos para voltar a luta tão logo os alemães passavam. A luta no interior de Kurovitsy atingiu seu clímax às 05:20 hora. Vinte minutos mais tarde, a parte leste estava limpa e foram feito 10 prisioneiros. Para limpar a parte oeste, Scheneider teve, entretanto, de utilizar toda sua reserva. Cada monte de feno e palha teve que ser varrido a balas. Cada russo tinha que ser expulso, caso se quisesse de impedilo de voltar a lutar atirando às escondidas contra os alemães. Aqueles que se renderam, apenas o fizeram por não ter outra alternativa. Às 06:00 horas, terminou a resistência russa em Kurovitsy.

Embora agora a localidade estivesse firmemente em poder dos alemães, Scheneider achou que ainda eram possíveis novos ataques da direção de Staro-Siverskaya e, assim sendo, reforçou o 1º Pelotão. Às 07:50 horas, enquanto inspecionava as defesas da orla sul, o 2ºPelotão informou sobre o ruído de carros que se aproximavam da direção de Vyritsa. Pouco depois caiam as primeiras granadas no centro de Kurovitsy. No momento que Schneider estava para partir para nova área de perigo nas orlas leste, tropas de infantaria russa, com o valor de uma companhia, emergiam do bosque a sudoeste de Kurovittsy e cerraram contato com todas as posições do 1º Pelotão. Simultaneamente, um observador alemão trepado num telhado alto informou a exitência de movimentos suspeitos na orla da floresta diretamente a oeste da vila.

Schneider mal sabia para onde se voltar em primeiro lugar. Ao chegar ao PC do 2º Pelotão, foi informado que um carro KV se encontrava pouco além do campo de minas da estrada para Vyritsa, de onde disparava contra Kurovitsy. Nenhum outro carro, entretanto, fora observado. Scheneider deu ordem aos lança rojões do 4º Pelotão para se reunirem nas orlas norte e prepararem para atirar, tanto na direção do carro como nas vias de acesso a oeste da vila.

Às 08:15 horas, o 5º Pelotão entrou em posição nas orlas oeste para defender a vila contra um ataque nesta direção. Os homens chegaram a tempo de ver um companhia de infantaria russa avançando diretamente em sua direção. Os alemães abriram fogo a uma distancia de 1000 metros, aproximadamente; verificou a seguir uma intensa luta. O 1º Pelotão encontra-se empenhado em repelir o ataque russo do sul, quando se ouviu uma forte explosão na direção da estrada de Vyritsa. O carro KV batera numa mina. Com seu binóculo, Schneider pôde ver a tripulação sair do carro, verificar os danos e reembarcar. Logo depois o canhão do KV voltava a atirar, mas as granadas passavam por cima dos telhados e iam cair, além das orlas oeste da vila.

Às 08:50 horas, a defesa de Kurovitsy, atingira uma fase crítica. O ataque russo de oeste progredira lenta mais firmemente, não obstante a tenaz resitência do 5º Pelotão. Simultaneamente, a luta na parte sul tornou-se mais intensa com a chegado do sul de novas forças russas. Os tiros do canhão de carro de combate tornaram-se mais precisos. Durante a ação, às mensagens rádio de Schneider, pedindo o auxílio do comandante do grupamento, ficaram sem resposta.

Schneider, em consequência, decidiu reduzir a pressão inimiga silenciando, em primeiro lugar, o canhão do carro, em seguida, lançando um contrataque no lado oeste. Deu ordem aos lança rojões para dispararem uma rajada contra o carro russo; várias granadas acertarem o alvo, destruindo o carro. Entretanto, antes que as viaturas de meia lagarta tivessem que mudar de frente e de se preparar par lançar uma outra rajada contra a infantaria, russa que avançava de oeste, o alcance se tornara muito pequeno para disparar os rojões. Schneider reuniu todos os carros de meia lagarta disponíveis, conduziu a coluna a 550 metros na direção de Kobrino, virou à esquerda e se lançou , com todos os caminhões disparando, contra o flanco e retarguada da companhia de infantaria russa que, a essa altura, se encontrava apenas a 250 metros das orlas oeste da localidade. Essa arremetida pegou os russos de surpresa. A maioria deles foi esmagada pelos carros; o restante fugiu em busca de abrigo ou se rendeu. O aparecimento dos alemães do lado oeste da vila levou as forças russas, que atacavam ao sul retrair para o bosque ao norte de Staro-Siverskaya. Às 08:15 horas, a luta estava terminada e, 15 minutos depois, a vanguarda do grupamento da 8º Divisão Panzer entrava em Kurovitsy, depois de passar por Kobrino.

O comandante do grupamento explicou a Schenider que seu avanço fora retardo por um ataque russo partindo de Gatchina às primeiras horas da manhã. Seu grupamento tivera que auxiliar a captura de Gatchina, antes que pudesse lançar uma investida para o sul. Scheneider e seus homens foram autorizados a tirar um um bem merecido descanso.

No curso das ações mencionadas, a companhia de engenharia blindada mostrou-se eficacaz como unidade de combate independente. O exelente trabalho da equipe dos pelotões de carros, lança rojões e de engenharia de combate tranformou esta unidade numa formidável força combatente.

Os exemplos precedentes são casos isolados em que os russos conseguiram rertardar o avanço alemão depois dos primeiros meses após a invasão de seu país. Em geral, entretanto, os defensores conseguiram expulsar os defensores que tiveram a maioria de seus blindados destruída pelo esforço combinado dos canhões AC, artilharia ataques aéreos e os panzer alemães. O Exército Alemão avançou sem cessar até pequena distância de Leningrado e Moscou, forçando os russos a abandonar até mesmo equipamento ligeiramente danificado que poderia ser recuperado e reparado. Ao chegar o inverno de 1941-42, os russos possuíam relativamente poucos carros de combate para empregar. Não obstante, nunca deixaram uma opurtunidade de contratacar.




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#129 Mensagem por EDSON » Sáb Jun 26, 2010 10:36 pm

6. A Luta por Abrigo (dezembro de 1941)

O inverno de 1941-42 foi particulamente severo e a luta, em muito setores da frente, se concentrou em torno de localidades habitadas que poderiam oferecer proteção contra o frio. Em meados de dezembro, uma patrulha alemã capturou uma ordem de operações que revelava a aintensão russa de atacarna direção sudoeste, ao longo de uma estrada que vinha de Lisichansk, com a idéia de desmantelar as linhas de comunicações alemãs. A 18 de dezembro, o 203° RI (Regimento de Infantaria) ocupou uma nova posição de combateno interior e em torno de Berestovaya, uma vila situada ao longo sobre o provável eixo de progressão russo. O regimento organizou seu núcleo de resistência em trono de um edifício de pedra, no centro da vila.

O 203 RI estivera engajado em intenso combate defensivo durante várias semanas e sua eficiência combativa havia diminuido bastante. O efetivo médico das companhias de infantria estava reduzido aproximadamente a 50 homens e o regimento havia perdido cerca de um treço de suas armas pesadas.

As características predominantes do terreno ondulado eram constituídas por algumas árvores e aldeias espalhadas em torno de Berestovaya, cujas as casas de pedra - raras nessa parte da Rússia - Proporcionavam amplo abrigo contra a s temperaturas do mês de dezembro que, em média atingiam -9°Celsios. A corbertura de neve variava de 10cm a mais de 1 metro de profundidade.

De 18 a 22 de dezembro, os russos desdobraram suas forças e expulsaram os portos avançados alemães, uns ap´so outros, o que indicava a iminência de um grande ataque. Na noite de 22 de dezembro, o 2° Batalhão foi atacado por uma força de infantaria russa do valor de um regimento. O fogo defensivio alemão conseguiu deter o avanço russo de ambos os lados da estradaLisichansk-Belogorovka; entretanto, um ponto frote alemão, no flanco esquerdo da 6° Companhia, foi dominado e elementos russos penetraram em Berostovka até o PC do 2° Batalhão. O comandante do batalhão empregou, então, sua reserva e restabeleceu a situação.

A 23 de dezembro os russos realizaram, sem sussesso, ataques fragmentários, com valor de companhia a batalhão, contra o setor do 2° Batalhão a cavaleiro da estrada Lisichhansk-Belogorovka. Após o escurecer, os russos desncadearam uma breve concentração de artilharaia contra as posições avançadas da 7° Companhia na área leste da estrada; em seguida, atacaram a companhia com 2 batalhões e 10 carros, consguindo romper a frente próximo a colina 676. A artilharia alemã abriu fogo contra os blindaos russos, forçando a retraírem; a infantaria, sem o apoio dos carros, ficou sem condições de avançar. O s alemães, em vista dissso, empregaram a 9° e 11° companhia, que se achavam em reserva no batalhão, e repeliram a penetração russa, restabelecendo a frente.

No dia 24, os russos, empregando apenas infantria atacaram ao longo da estrada e , pela primeira vez, contra o fflanco esquerdo do 1° Batalhão, vizinho do 2°. Na manhã do dia de Natal, os russos atacaram ao longo da estrda e na direção leste com dois batalhões, mas foram detidos pelo fogo de artilharia. Pouco depoois, dois grupos de assalto russos, consistindo de uma a duas companhias apoiadas por fogo de morteiros, desembocaram das ravinas a noroeste de Berestovaya e atacaram a 1° e 3° Companhia. Não obstante sua inferioridade numérica, os alemães conseguiram repelir estes ataques.


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Por volta das 14:00 horas, apesar de um forte vento leste, 12 carros russos emergiam repentinamente das mesmas ravinas e fizeram um ataque de surpresa de oeste na direção de de Berestovaya. Acompanhados por infantaria, os carros avançaram lentamente, mantendo os pontos fortes alemães sobfogo. Em menos de uma hora, os carros irrompiam através da posição da 1° Companhia, onde 40 homens tentavam manter uma frente de 1.000metros. Alguns carros separaram-se da infantria acompanhante e deslocaram-se para o sul, na direção do aterro da estrda de ferro, mas se retraíram após o dois carros term sido destruídos pelo fogo AC.

A 11° Companhia contratacou do sul e limpou a vila dos elementos que haviam irrompido através de suas defesas. A Companhia de comando o 3° Batalhão e a 9° Companhia foram deslocadas de Belogovka e empregadas; às 21:00 horas, a RPL alemã estava restabelecida.

As pesadas perdas sofridas até aquele momento forçaram o 203° RI a reorganizar sua defesa, colocando os três batalhões em linha, ficando o 3° no centro, flanqueados pelos 1° e 2° à esquerda e direita, respectivamente. Cada batlhão conservou uma compnhia de reserva.

Ao alvorecer do dia 26, os russos iniciaram fortes ataques na área entre Berestovaya e o trecho da estrada de ferro imediantamente a oeste da vila. 17 carros russos acompanhado por infantaria, avançaram contra o flanco direito do 1° Batalhão esmagando a posição da 2° Companhia. Ao chegarem ao aterro da estrada de ferro, os russos foram detidos pelo fogo de artilharia alemão. Alguns dos caros russos deslocaram para sudeste, na colina 728, uma elevação saliente no terreno em geral ondulado. A colllina não oferecia proteção aos alemães que não pederam mantela face ao fogo dos carros russos, retraindo, em consequência, para a estrada de ferro, ao sul.A divisõ com a finalidade de reforçar a defesa do regimento, fez deslocar um batlhão de infantaria e um esquadrão a pé de infantaria sobre bicicletas para Belogorovka.

Os aviões de apoio terrestre alemães foram empregados durante as primeiras horas da manhã, mas com pouci sussesso a situação em terra estava tão confusa que era impossível realizar bombardeiro e metralhamento com precisão. Às 09:30 horas, so russos penetraram em Brestovaya por oeste e, ao meio dia, o comandante do regimento autorizou o 2° Batalhão a se retrair da vila. Entretanto com a chegada pouco depois de reforços e de 5 cahnões de assalto , o batalhão pode resistir a pressão russa até as 16:00 horas, quando a infantaria, juntamente com alguns carros, lançou um novo ataque ao longo da estrada. Com o rompimento da frente pelos russos, os alemães perderam dois pontos fortes próximo a colina 676, mas com o auxílio do batalhão reserva e dos canhões de assalto, o 2° Batalhão conseguiu repelir os russos. À meia noite, a LPR do 2° Batalhão estava restabelecida, mas o contato entr os 1° e 3° Batalhões fora perdido, pois este último ocupara uma nova posição de aterro da estrada de ferro.

Ao alvorecer do dia 27, os russos desencadearam um ataque tão potente como o do dia anterior. Arremetendo pelo intervalo do 1° e 3° Batalhões, uma forte força de infantaria, apoiada por, pelo menos, 20 carros, atacou as posições do 1° Batalhão ao longo do aterro da estrada de ferro. Os 8 canhões AC de 37 mm, do batalhão em posição no aterro, foram ineficazes contra os carros T34 que, em pouco tempo, os destruíram, forçando com isso os alemães a abandonar o aterro.

Perto das 11:00 horas, após uma forte preparação de artilharia, a infantria russa, apoiada por carros, atacou partindo da aéra imediatamente ao oeste e o nororeste de Berrrestovaya e conseguiu atingir o centro da vila. Os alemães em seguida contratacaram e o capturaram novamente, para uma outra força russa o envolver após um movimento pelo sul.




Às 14:00 horas, uma força de infantria russa, acompanhada por vários carros de combate, irrompeu em Berestovaya por oeste. Pouco depois, uma força de infantria e carros atacou ao longo da estrada Lisichansk-Belogorovka e entrou na vila por leste. O comandante do 2° Batalhão, em vista disso, ordenou a evacuação de Berestovaya durante a noite.

O retraimento noturno realizousse sem interferência do inimigo. Os russos, que haviam sofrido elevadas perdas, continuaram o ataque no dia seguinte, mas estavam tão enfraquecidos que os alemães não tiveram dificuldades para deter qualquer tentativa de avanço.

Esta ação exemplefica a tenacidade com que ambos contedores lutavam pela posse de vilas, ou outra espécie de abrigos de tipo permanente, durrrante o rigoroso inverno de 1941-42. A defesa alemã de Berestovaya foi facilitada pela exitência de casas de pedras que não podiam ser destruídas com a mesma facilidade com que eram as construções normais russa de madeira, barro ou palha.

No curso de seus repetidos ataques, os russos dissiparam sua força ofensiva sem definir os pontos de esforço principal. Os carros eram empregados exclusivamente em apoio a infantaria, característica que se repitiu bastante durante os primeiros meses de guerra.Os russos poderiam ter conquistado Berestovaya com muito menos esforço se tivessem, desde o início, procurado envolvêla. Uma arremetida prévia, sobreo terreno dominante da coluna 708, teria isolado as forças alemãs que se achavam no interior e em volta de Berestovaya e impossibilitado uma defesa prolongada.




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Re: Doutrinas táticas, operacionais e estratégicas.

#130 Mensagem por EDSON » Dom Jun 27, 2010 2:54 pm

7. Combate de Tomada e Retomada da Localidade em Temperaturas Abaixo de Zero (janeiro de 1942)

O início da ascendência dos blindados russos sobre os dos alemães é exempllificado pela ação seguinte durante a qual unidades de carros russas mostram mais agressivas do que o normal. Em janeiro de 1942, a frente alemã, próxima de Kursk, estndia-se de norte a sul, a cerca de 30 Km a leste da cidade. Em virtude das fortes nevascas, os movimentos através do campo eram dificultados por profundas torrentes e a temperatura caíra para -35°C, enquanto fortes ventos varriam campos ondulados.

Nas existindo bosques na região, a visibilidade era boa, exceto nos lugares baixos. A monotonia do panorama era quebrada apenas por algumas vilas e localidades.

Os alemães, exposos pela primeira vez aos rigores do inverno russo, lutavam deseperadamente contra os elementos, enquanto suas armas automáticas, carros de combate e caminhões entravam em colapso com frio intenso. A madeira para melhoramneto das posições era escassa; em consequência, as fadigadas unidades de infantaria alemãs, empregadas então em largas frentes., concentravam sua defesa em pontos fortes organizados nas vilas. Os russos, tirando vantagem de sua superioridade numérica e da maior adaptação às condições de inverno, procuravam minar as defesa alemãs mediante relização de ataques locais, de objetivos limitados.



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No setor da 16° DIM alemã as patrulhas de reconhecimento russa haviam habilmente indentificado um ponto falho, no limite entre os dois regimentos. Um gurpamento de armas conbinadas, de infantaria e carros russos, consegui penetrar através da LPR alemã num local em que a mesma atravessava a estrada que, de leste para o oeste, se dirigia para o Kursk e por onde passavam, paralelamente à frente, uma ferrovia e uma rodovia vitais aos movimentos de suprimentos alemães.

Aproveitando a ruptura, uma força de 25 carros T34, transportando infantaria e carros russos, conseguiu penetrar através da LPR alemã num local em que a mesma aravessava a estrada que, de leste para oeste, se dirigia para o Kursk e por onde passavam, paralelamente à frente, uma ferrovia e uma rodovia vitais aos movimentos de suprimentos alemães.

A localidade de Vorontsovo, situada sobre a estrada para o Kursk, foi ocupada por uma fraca força russa. Um batalhão de carros alemão, cujo o efetivo estava reduzido a 22 carros, foi retirado de outro setor e enviado do norte ontra o flanco direito da força infiltrante russa. O batalhão tomou Vorontsovo mediante golpe de mão, forçando assim os russos a interromperem seu avanço par oeste.

Após recebr insiguinificantes reforços, sob a forma de um canhão AAe de 88mm e de recomplemmmentos de um batlhão de infantria recentemente chegados da zona do interior, os alemães realizaram incursões de inquetação nas áreas leste e oeste de Vorontsovo, interfirindo eficazmente no suprimento das tropas russas, que haviam sido cortados a oeste da localidade. No terceiro dia dessa ação, as forças russas isoladas atacaram com infantaria e carros, mas foram repelidas. No dia seguinte, durante uma tempestade de neve, os russos atacaram Vorosntsovo, tanto por leste como por oeste, empregando carros nesta últia direção. Tirando sobre sua maior altura e menor pressão sobre o solo, os carros russos passaram por terreno que os alemães haviam considerado impraticável por carros.

Os jovens recomplementos de infantaria alemães, ainda não testados em combate, ressentiam de falta de experiência no combate aproximado do interior de vilas e localidades; ainda não sabiam como lutar em conjunção com os carros e foram rapidamente superados. Os carros alemães, inferiores em potência de fogo e mobilidade em relação aos carros russos , foram quase compltamente destruídos e Vorontsovo voltou novamente as mãos dos russos.

O ataque russo a esta importante localidade, de duas direçoes diferentes, foi perfeitamente coordenado. Os alemães nunca descobriram se as forças russas haviam estabelecido contato por rádio ou, talvez, tivessem sido auxiliadas por civis que haviam permanecido na localidade. Executado durante uma violenta tempestade de neve, o ataque russo obteve surpresa, pois as precaussões alemãs foram inadequadas. Reconhecimento intenso e medidas de segurança são precaussões elementares que devem ser sempre ser tomadas, independentemente das condições meterológicas. Negligenciar estes pontos essenciais é arriscar vidas.
O contrataque alemão foi deficientemente apoiado e conduzido e a infantaria inexperiente foi mais um empecilho do que propriamente um auxílio durante a operação. Uma unidade blindada, no desempenho de uma missão independente, deve ser apoiada por tropas experimentadas equipadas com nessessárias armas de apoio.




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Re: Doutrinas táticas, operacionais e estratégicas.

#131 Mensagem por EDSON » Dom Jun 27, 2010 9:18 pm

8. A Ordem de Fedorenko ( junho de 1942)

Os russos verificaram a superioridade do carro T34 no período da guerra e transformaram suas instalações industriais para exclusiva fabricação deste modelo. Durante seu primeiro inverno na Rússia, os alemães encontraram carros inimigos isolados ou em pequenos grupos. Essa escassez de blindados se verificou porque a produção de carros era pequena e em virtude de muitos dos carros disponíveis esterm em uso na retarguada para treinamento de guarnições na mais moderna doutrina tática. Com o melhoramento do equipamento ótico e de rádio, o comando russo pôde finalmente organizar grandes formações blindadase empreg´la em operções profundas.

Muito embora os miltares russos tivessem razões para ficarem satisfeitoscom os sussessos locais obtidos durante o invrno de 1941-42, estavam também perfeitamente cientes das deficiências ainda existentes na tática das grandes formaçoes blindadas.

Semtiam, em vista disso, compelidos a intervir nos assuntos de blindados em fisn de junho de 1942 e o fizeram através da distribuição de uma nova diretriz, que se tornou particulamente importante por ter seu ator, Fedorenko (Marechal Chefe das Forças Mecanizadas e de Carros de Combate e Assistente do Comandante da defesa), chegado a conclusões acertadas em consequencia de erros anteriores A correção dessas conclusões foi comprovado pelos acontecimentos subsequentes. É de presumir que os princípios básicos contidos nessa ordem continuem a governar o emprego dos blindados russos até os dia de "hoje". Segue uma tradução da ordem de Fedorenko:


ASSUNTO: Emprego de Formações Blindadas
A: Todos os comandantes de forças blindadas nos
QG e de Grupo de Exércitos e Exércitos e Generais
Comandante de Exércitos e Corpos Blindados



Uma análise das operações de combate, de vários corpos blindados de maio de 1942, indica que os comandantes de forças blindadas nos grupos de exércitos e exércitos ressentem da exata compreensão dos requisitos básicos que governam o emprego das grandes formações blindadas na guerra moderna.

O 12º Corpo Blindado, por exemplo, empregado no flanco direito de uma força que atacava na direção de Kharkov, foi desmenbrado em brigads isoladas e empregado por partes, fazendo que o comandante das forças blindadas do grupo de exércitos ficasse impossiblitado de conduzir as operações do corpo. Os 21º e 22º Corpos Blindados, no flanco esquerdo da força atacante, foram indentificados pelo inimigo muito antes de seu emprego em combate. Uma vez mais, o comandante das forças blindads do grupo de exércitos não teve qualquer controle dos corpos subordinados.

Até a aprovação e distribuição, pelo Comissário da Defesa, dos regulamentos oficiais para o emprego das tropas blindadas, as seguintes ordens serão observadas:


1. O corpo blindado é uma unidade básica e será reservado à execussão de missões estratégicas.

2. O corpo blindado é subordinado ao grupo de exércitos e será empregado para execução de missões estratégicas em combinação com outra combinações de tropas do grupo de exércitos.

3. Fica proibido colocar o corpo blindado sob o comando de exércitos e desmenbrar com a finalidade de reforçar a infantaria. Um corpo blindado, empregado na áre de um exército, operará em combinação com esse exército enquanto durar a operação prevista, mantendo simultanaeamente contato com o grupo de exércitos.

4. Numa operação ofensiva conduzida por um grupo de exércitos, um corpo blindado tem a função de emassar suas forças para uma arremetida profunda, de envolver as principais forças do inimigo, cercar e destruir em cooperação com a força aéra e com outras forças terrestres.

5. A fim de preservar a potência de um corpo blindado para um envolvimento estratégico e par o combate subsequente na restarguada inimiga, fica proibido o emprego do corpo blindado na ruptura de posições fortificadas inimigas. Entretanto, quando reforçado por artilharia, força aérrea tática, infantaria e engenharia, um corpo blindado pode ser empregado num ataque frontal a uma posição inimiga preparada.

6. Um corpo blindado pode se lançar a frente de outras forças amigas e penetrar na posição inimiga até uma profundidade de 40 ou 50 Km, desde que uma segunda vaga seja lançada através da brecha. Asituação frequentemente exigirá que, imediatamente à ruptura das posições inimigas, suas forças principais, , localizadas de 15 a 25 Km da LPR, sejam envolvidas, cercadas e aniquiladas com o auxílio de outra formações.

7. O corpo blindado é capaz de operar interruptamente de 72 a 96 horas.

8. O cumprimento da missão de um corpo blindado depende essencilamente do treinamento e espírito de corpo de seu pessoal, do apoio aéreo e da apropriada coordenação com a artilharia, com as unidades da força aéra tática, com a engenharia e outras armas e serviços.

9. Uma vez realizado o envolvimento estratégico, um corpo blindado estabelecerá contato com as tropas transportadas pelo ar e com unidades de guerrilheiros.

10. No curso de operações defensivas, um corpo blindado será empregado em contrataques contra as forças inimigas que penetrem na LPR amiga ou que consigam envolver o flancos, especialmente seestas forças consistirem de unidades blindadas e motorizadas. Nesse casos, o contrataque não será executado comu uma manobra frontal, mas antes será desencadeado contra o flanco ou retaguarda inimigo.

11. Em qualquer caso , a surpresa é essencial no emprego de um corpo blindado. Por essa razão, a reunião ou regrupamento das forças deverá sempre ser realizado à noite. Caso seja inevitável um reagrupamento diurno, este se processárá em grupos de nunca mais de três a cinco carros.

12. O terreno deve merecer especial consideração na seleção da direção de ataque de um corpo blindado.Deve favorecer o emprego em massa dos blindados.

13. Existindo instalaçoes ferroviária intactas, fica proibido odeslocamento de carros atravé do campo em distâncias superiores a 50 Km.

14. Ao planejar o emprego de um corpo blindado, especialmente num envolvimento estratégico, deve ser previsto o suprimento de combustível, munição, alimentação e sobressalentes para toda a operação e e organizado, de forma apropriada, o serviço de operaçãode carros. as seguintes quantidades de suprimento serão normalmente conduzidas nos trens de combate:

Combustível - equivalente a três vezes a capacidade da viatura.
Munição - duas ou três dotações orgâncias.
Alimentos - cinco rações diárias.
A guarnição dos carros levará as seguintes rações extraordinárias; duas ou três latas de carnes e salcichas, presunto enlatado, sopas cocentradas, pão, biscoitos, açúcar e chá ou água em garrafas térmicas.

15. Os comandantes de corpos blindados e de forças blindadas, assim como o Estado Maior do grupo de exércitos, serão responsáveis pelo correto emprego dos corpos blindados em combate, bem como também por seu apoio técnico e logístico.


Os efeitos da ordem de Fedorenko não foram imediatamente notados. No verão de 1942, os alemães uma vez mais tomaram a iniciativa das operaçoes na maior parte da frente russa. Os russos, ainda inferiorizados pela deficiência de carros modernos, foram obrigados a empregar seus carros pesados, mais lentos e menos manobráveis, juntamente com os T34. Recorreram a uma quantidade de ardis e emboscadas num esforço para ganhar o máximo de tempo e perder o mínimo de espaço. Alentados por uma constante produção de carros, fizeram todos os esforços para conter a violenta arremetida alemã, mediante a aplicação de hábeis manobras defensivas.




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Re: Doutrinas táticas, operacionais e estratégicas.

#132 Mensagem por EDSON » Dom Jun 27, 2010 10:26 pm

9. Finta, Emboscada e Ataque (julho de 1942)


As ações que se seguem vereficam-se em 1942, na frente central, durante um ataque de duas divisões panzer apoiadas por duas divisões de infantaria. Os russos ocupavam posições bem fortificadas protegidas por extensos campos de minas. Em alguns pontos, o sistema defensivo russo atingia a uma profundidade de 5 Km. O objetivo alemão era investir na direção do rio Resseta, em cuja a proximidade novas fortificações russas achavam-se em construção. Fotografias aérea, tiradas antes do ataque, não revelaram a presença de carros de combate russos. Durante o dois priemeros dias, o ataque prosseguiu de acordo com o plano. As duas DI atravessaram o cinturão de minas e avançaram combatendo através das posições russas. No terceiro dia as duas divisões panzer foram empregadas na direção do Resseta. A 11º Divisão Panzer estava com seus efetivos completos, enquanto a 19º estava reduzida a 60%. Somente cerca de metade das unidades de infantaria blindadas estava motorizada; as outras se deslocavam a pé. Os russos, enquanto isso, haviam recebido reforços, inclusive de carros. Suas forças aéreas, particulamente as esquadrilhas de caças bombardeiros, estavam muito ativas.


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A luta teve lugar no interior ou bastante próximo de florestas muito densas, onde a visibilidade era muito deficiente, Os cursos de água eram vadeáveis em vários pontos. O tempo estava quente e ensolarado.
Quando a 19º Divisão Panzer atacou de Kholmishchi para nordeste, os elementos blindados do 1º escalão encontraram fortes defesas AC russas ao sul de Nikitskoye. Ao estabelecer seu sistema de defesa, os russos haviam tirado vantagem integral da cobertura proporcionada pelo terreno e pela vegetação. Uma coluna blindada alemã foi diretamente de encontro a uma frente guarnecida por canhões AC dispostos em semicírculo face ao sul. Os canhões russos, dispostos aos pares afim de se apoiarem mutuamente, estava enterrados de forma que apenas seus tubos apareciam acima do solo. Entre cada dupla de canhões AC havia um outro canhão AC montado numa carreta de fazenda com duas rodas. Esses canhões achava-se camuflados, mas sem a preocupação de os esconder.

Quando os carros alemães avançaram, os canhões enterrados disparam uma rajada e pararam. Procurando a origem dos tiros, os alemães notaram os canhões montados sobre as carretas e se dirigiram para esses alvos. Tão logo um carro alemão virava de modo a disparar contra os canhões da carretas, era atingido pelo fogo dos canhões AC russos que se achavam escondidos. Os canhões das carretas eram apenas fictícios. Vários carros foram perdidos nessa ação antes que os alemães conseguissem destruir os verdadeiros canhões AC. Ao colocar os falsos canhões, os russos tiveram cuidado de deixar visível apenas o bastante par que constituíssem um alvo compensador. Atraídos por este ardil, os alemães viraram os seus carros para poder enfrentar a "isca", expondo destarte suas lagartas e a blindagem lateral, suas partes mais vulneráveis.

Elementos da 19º Divisão Panzer, após atravessarem Nikitskoye, ficaram em apuros ao norte da localidade, onde foram reptidamente atacados por grupos de 5 a 7 carros russos que emergiam da grande floresta adjacente ao flanco esquerdo da divisão. Após permitirem a passagem da ponta blindada da divisão, os carros russos se precipitaram sobre os veículos motorizados que os acompanhavam. Sempre que os alemães contratacavam , os carros russos imediatamente se retríam para floresta para, logo depois emergir em um outro ponto. Os carros utilizados nessa operação eram de um tipo mais antigo e não constituía adversários para seus correspondentes alemães em campo aberto. Em vista disso, os russos empregavam - e com bons resultados - somente em ataques rápidos seguidos imedatamente de retraimento. Essas táticas russas custaram aos alemães grande número de perdas e causaram considerável retardo.

O comandante da divisão alemã em vista dissso, determinou que um batalhão de carros cobrisse o flanco esquerdo da coluna de marcha. Escalonados em profundidade e apoiados por engenheiros blindados, os carros inicaram a limpeza das orlas da floresta e, dessa forma, a coluna ficou protegida contra quaisquer outros ataques de surpresa.

Ao empregar carros em áreas densamente boscosas, os alemães verificaram ser mais eficaz fazer acompanhar por infantria ou engenharia, porquanto as guarnições dos carros, sozinhas, não podia ver e ouvir o suficiente para poder avançar com segurança.



Enquanto isso 11º Divisão Panzer deslocou para o Resseta à direita da 19º, atacou de Ulyanovo para nordeste de acordo com o plano. Quando os carros do 1º escalão se aproximaram da vila de Rechitsa, vários T34 desembocaram das profundas ravinas e atacaram os blindados alemães pela esquerda. Após uma luta árdua, os T34 desapareceram nas ravinas para somente renovarem seu ataquem outro ponto mais ao norte.

Os carros médios alemães, enviados em sua persiguição, foram subtamente atingidos por fogos de flanco partidos das ravinas próximas. Ao procurar a origem desses fogos, os alemães observaram que os russos haviam enterrado carros pesados de forma que apenas as torres e os canhões eram visíveis. Esses carros sustavam seu fogo até que os carros alemães, saíam de marcha ré das ravina e dirigiam velozmente para norte.

Embora os carros russos fossem em menor números, suas táticas, bem coordenadas com o terreno, ocasionaram danos elevados aos blindados alemães. Os russos exploraram habilmente a maior potência de fogo de seus carros pesados e a maneabilidade de seus T34, de forma compensar a elevada lentidão do primeiro e o reduzido número dos últimos.


Inicialamente, o comandante da 11º Divisão Panzer procurou enfrentar estas táticas inusitadas, mediante o emprego de canhões AC e artilharia. Os aviões de reconhecimento, protegidos por caças, sobrevoavam a área mantendo constante contato rádio com o QG divisionário. Ao menos um avião de reconhecimento sobrevoava constantemente o eixo de progressão da divisão e informava a localização dos esconderijos dos carros russos através do rádio ou sinais luminosos. Essa informação era transmitida para os comandantes de carros alemães. Em virtude desse bom trabalho a equipe ar-terra, os blindados russos foram repelidos com elevadas perdas.

A despeito do insucesso inicial, esta ação de blindados teve uma conclusão rápida e bem sucedida. Os aviões de reconhecimento, uma vez estabelecida a presença de blindados russos, conserva sob observação até sua aniquilação pelos carros alemães ou até seu retraimento para o norte.

Entretanto, a 11º Divisão Panzer não estava livre dos esquivos T34. Ao atacar Kolosovo seu último objetivo antes de atingir o Resseta, os russo empregaram 20 T34 partindo de Dretovo, a menos de 1,5Km do rio. Tão logo estabeleceram contato com elementos avançados dos blindados alemães, imediatamente ao norte de Kolosovo, os T34 começaram a retrair, combatendo em ação retardadora. Após todas as formações de carros passarem por Kolosovo, foram as mesmas hostilizadas por forte fogo AC partidos do bosque ao norte da localidade. A maioria dos blindados inflitiu, então, para a esquerda, na direção da floresta, enquanto o restante permaneceu no eixo principal de progressão. Quando aqueles carros se aproximavam das orlas da floresta, toda uma brigada irrompeu de Polyana, a oeste de Kolosovo, , e atacou os carros alemães pelo flanco e retagurada forçado os alemães retrair para Kolosovo; esta localidade mudou de mãos várias vezes durante a tenaz batalha de carros que se verificou. Somente após o comandante divisionário ter empregado toda a sua artilharia e canhões AC, conseguiram os alemães tomarem firmente posse da localidade.

O ataque subsequente e posterior retraímento dos T34 retardou o avanço alemão para o norte, proporcionando um alvo perfeito para os canhões AC localizados ao norte de Kolosovo. Essa emboscada de canhões AC, em si insuficiente para atingir a divisão alemã, distraiu a atenção dos alemães, enquanto a brigada de carros russos desencadeava um severo golpe contra o flanco e retarguada alemães. As três fases do plano tático russo - a finta, a emboscada e o ataque da brigada de carros- foram perfeitamente coordenadas. Em contraposição, se os reconhecimento aéro e terrestre alemães tivessem atuado efizcamente, o comandante da divisão panzer teria sido alertado em tempo das intenções russas.

Durante essas ações que se verificaram ao sul do rio Resseta, os russos revelaram sua habilidade na adaptação de táticas de blindados a diferentes tipos de terreno. Não obstante sua inferioridade numérica, conseguiram infligir severas perdas e retardar o avanço alemão.

Em contraste com os combates verificados durante o inverno de 1941-42, os carros russos apareceram em formação de brigada nos primeiros meses de 1942. A maioria dessas unidades recentemente formadas compunhasse de T34, ocasionalmente misturado com alguns carros leves e alguns KV de 52 toneladas.. As brigadas blindadas não possuíam unidades orgâncias de infantaria, artilharia ou AC. Em muitos casos eram empregados para penetrar na LPR alemã, alargar uma brecah para poder obter um penetração em profundidade. Brigadas ou diviões de infantria eram eram normalmente conbinadas com as brigadas blindadas, na primeira fazse do ataque- quando os infantes eram transportados por carros- ou após a realização de penetração, para largar a brecha e proporcionara segurança aos carros. Com esta última finalidade, os russos empregavam tanto infantaria a pé como motorizada. Mesmo a pé, os infantes russos frequentemente acompanhavam os blindados e mostravansse capazes de consolidar e manter o terreno conquistado pelos carros.




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Re: Doutrinas táticas, operacionais e estratégicas.

#133 Mensagem por EDSON » Seg Jun 28, 2010 2:12 pm

10. Emboscada sem Continidade (dezembro de 1942)
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Em dezembro de 1942, quando os alemães combatiam desesperadamente no bolsão de Stalingrado, sua investida para o Cáucaso fora detida a cerca de 500Km dos campos petrolíferos de Baku. A 3º Divisão Panzer achava-se na área nordeste de Mozdok, cobrindo o flanco esquerdo do 1° Exército Panzer que havia passado à defensiva. Na frente do flanco direito da divisão fora formada uma contínua linha de defesa que se reduziz a uma simples linha de segurança à medida que se dirigia para o norte na direção do limite da divisão.As forças russas ao norte do rio Terek recebiam constantemente reforços e suas patrulhas de reconhecimento investigavam permanentemente os pontos fracos da frente da divisão. Entre a divisão e Stalingrado, 400 Km ao norte, havia apenas uma divisão de infantaria blindada alemã e o Grupo Velmy, unidade heterogênea constituída por voluntários não alemães.

A estepe nesta área era desprovida de vegetação de habitante; a monotomia caractrística dos desertos era apenas quebrada pela existência das pequenas colinas.

Ao meio dia de 4 de dezembro, a divisão recebeu ordem de atacar as forças russas que se achavam à sua esquerda e ao mesmo tempo continuar a proporcionar segurança ao flanco esquerdo do Exército. O ataque foi marcado para o dia seguinte.

A realização simultânea de operaçãoes apresentava um sério problema, a divisão estava com seus efetivo reduzidos e possuía gasolina somente para operar num raio de 160 Km. O comandante da divisão dividiu suas forças em dois grupos: o Destacamento M, para fazer o ataque, e o Descamento F, para manter a ocupação. A força de ataque, comandada por um dos comandantes de RI, compreende duas companhias de carros, uma companhia de infantaira, transportada em viaturas blindadas de transporte de pessoal, dois pelotões de reconhecimento blindado e uma bateria de 105mm autopropulsada.

A 5 de dezembro, o Destacamento M se deslocou. Após uma progressão lenta de cerca de 2Km em terreno difícil, encontrou tenaz resistência de tropas de infantaria russa em posições enterradas. Depois de três horas, as defesas russas foram finalmente superadas, mas qualquer outro avanço neste dia era impraticável em virtude da proximidade do escurecer. Pouco antes de cair a noite, o reconhecimento aéreo alemão informou ter assinalado uma reunião de tropas russas, de valor desconhecido, a cerca de 5Km a sudeste do local escolhido para o bivaque. A leste e nordeste, entretanto, não haviam sido assinaladas forças inimigas.

Bem cedo, na manhã de 6, o destacamento progrediu em duas colunas na direção da concentração inimiga assinalada. As companhias de carro constituíam a coluna da esquerda; a companhia de infantaria blindada um pouco enfrequecida pelo engajamento do dia anterior, a da direita. alguns infantes foram desiguinados para proteger a bateria de artilharia que cobria o avanço.

Após um avanço de cerca de 1,5Km, as colunas alemãs estabeleceram contato com infantaria russa que enfrentava frotalmente o destacamento, 15 carros russos irromperam subtamente de uma depressão e dispararam, de curta distância, contra o flanco da coluna alemã da esquerda. Um dos dois comandantes das companhia de carros foi morto e dois carros destruídos. O destacamento alemão conseguiu romper o combate tão somente em virtude dos russos não terem tentado explorar sua vantagem.

Este foi um caso em que os russos habilmente retiveram seus carros até os blindados alemães se encontrarem aferrados ao fogo frontal. O destacamento não era bastante potente para se desdobrar em profundidade. Se o fosse, poderia ter montado um ataque contra o flanco russo.

Os alemães falharam na relaização do reconhecimento terrestre e na proteção de seus flancos durante o avanço.




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Re: Doutrinas táticas, operacionais e estratégicas.

#134 Mensagem por EDSON » Seg Jun 28, 2010 10:21 pm

11. Carros fracassam na Redução de uma Cabeça de ponte (junho de 1944)

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Esta ação, ocorrida em 1944, mostra que os príncipios estabelecidos por Fedorenko havia sido aproveitados e estava sendo postos em prática. Foi prova sintomática da progressiva melhoria dos métodos de emprego de blindados russos.

Em fins de maio de 1944, após uma série de movimentos retrógados, a frente alemã na área de Kishinev estava localizada ao longo da margem oeste do rio Dnestr. As principais características do terreno nessa área eram as colinas baixas e os pedaços de floresta. A margem leste do Dnestr tinha comandamento sobre as defesa alemãs.

Prevendo uma retomada em curto prazo da ofensiva russa, um comandante de corpo alemão organizou um destacamento com 40 carros e infantaria blindada transportada e o conservou em reserva num ponto central a cerca de 15Km do rio. Zonas de reunião para um contrataque e vias de acesso até ao corte do rio foram cuidasomente reconhecidas e todas as viaturas receberam uma carga extra de combustível.

Às 22:00 horas de 1º de junho, os russos atacaram em força através do rio e rapidamente estabeleceram uma cabeça de ponte com 5 a 8Km de profundidade por 11Km de largura. O destacamento alemão foi imediatamente alertado para contra atacar ao alvorecer juntamente com a infantaria que fora repelida da margem do rio.

O contragolpe alemão começou com a preparação de artilharia. Inicialmente os carros encontrarm fortes fogos de canhões AC russos; uma vez neutralizados esses forgos o contrataque progrediu bastante e a infantria russa foi expulsa de suas fortificações de campanha, ainda inacabadas, em toda a orla da cabeça de ponte.

o destacamento não encontrou carros na cabeça de ponte, pois os russos não haviam tido opurtunidade de fazê-los atravessar o rio. Entretanto, tão logo o comandante dos carros russos soube do contrataque alemão, fez deslocar seus blindados do local em que se encontravam aguardando o sinal para atravessar o rio. Os carros se dirigiam, então, para o terreno dominante à margem do rio e apoiaram a artilharia russa que ali se encontrava desdobrada. Enquanto esta atirava contra a infantaria alemã em progressão, os carros foram empregados como canhão AC móveis, na falta de destruidores de carro.

Sem a proteção de uma densa cortina de fumaça e de forte apoio de artilharia e de caça bombardeiros, o destacamento alemão não conseguiu eliminar a cabeça de ponte. Não havia munição química e o apoio aéreo às forças terrestres, muito embora tivesse destruído alguns carros russos no início do combate, cessou pouco depois, quando o fogo antiaéro russo sobre a cabeça de ponte tornousse mais intenso. O contrataque alemão parou a cerca de 2.500 metros da margem do rio, reduzindo mas não eliminando a cabeça de ponte russa.

Se o contrataque tivesse sido realizado antes do alvorecer, talvez o destacamento alemão conseguisse atingir seu objetivo. Tal resultado poderia apenas ser obtido mediante o desncadeamento de um ataque noturno imedatamente depois da travessia do rio pelos primeiros elementos inimigo, quando a maioria das forças russa se encontrava de ambos lados do rio. Embora o destacamento estivesse reunido apenas 16Km do rio, teve de percorrer 30Km em estradas sinuosas para atingir o local de travessia. Numa situação ideal, o destacamento estaria a distância correta do rio, isto é, fora do alcance eficaz da artilharia e, ao mesmo tempo, próximo bastante para desencadear um ataque em qualquer dos possíveis locais de transposição. Deve observar, entretanto, que em 1944 os carros de combate eram tão escassos no Exército alemão que unidades blindadas relativamente pequenas, tinham de ser empregadas como reservas ao longo de uma frente muito extensa. No caso em questão, a deficiência do material obrigou os alemães abandonar os princípios táticos, tendo eles, em vista disso, sofrido as consequências.




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Re: Doutrinas táticas, operacionais e estratégicas.

#135 Mensagem por EDSON » Ter Jun 29, 2010 3:04 pm

12. Destacamento Blindado Conquista Duas Pontes Vitais (agosto de 1944)

Nas situações isoladas em que as unidades blindadas alemãs estavam com seus efetivos comletos, conseguiram elas obter sussessos locais, até mesmo no verão de 1944. Durante as noites de 11 e 14 de agosto de 1944, a 3º Divisão Panzer desembarcou de trem em Kielce, ao sul da Polônia. A missão da divisão era deter o avanço das forças russas que haviam rompido as linhas alemãs por ocasião do colapso do Grupo de Exércitos Centro e apoiar as unidades alemãs em retraimento no estabelecimento de uma nova linha de defesa próximo ao trecho superior do rio Vístula.

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A fim de proporcionar a todas as unidades da divisão o tempo necessário ao preparo para a realização da nova missão, o comandante da divisão decidiu formar um destacamento blindado com as undiades que haviam desenbarcado primeiro. A força seria comandada pelo comandante do 2º BCC e constituída pela 5º e 6º companhia de carros - equipadas com carros Panther- uma comanhia de infantaria blindada transportada e uma bateria de obuseiros de 105mm autopropulsada. O destacamento deveria realizar um ataque de surpresa contra avila Z, situada aproximadamente a 50 Km de Kielce, e conquistar as pontes ao sul e leste da vila, a fim de permitir ao grosso da divisão avançar ao longo da estrada Kielce-Opatow na direção do Vístula.

O ataque deveria ser desencadeado no alvorecer do dia 16 de agosto. De acordo com informações obtidas pelo reconhecimento aéreo às 18:00 horas de 15 de agosto, a vila Z estava ocupada por forças russas relativamente fracas e nenhum grande movimento de tropas fora observado na região. A única unidade alemã entre Kielce e a vila Z era o 188º RI que ocupava as alturas a leste do rio A e cujo o PC ficava na vila X.

O terreno era ondulado. Plantações de cereais, batatas e beterrabas eram intercaladas com trechos de floresta. O tempo estava seco e ensolarado, com altas temperaturas durante o dia e noites frias e enluaradas. O sol nascia às 04:45 horas, e se escondia às 19:30 horas.

O comandante do destacamento recebeu sua ordem às 20:00 horas de 15 de agosto, e imediatamente começou a estudar o plano de ataque. Como as unidades participantes da operação ainda não estavam alertadas, era provável que o destacamento só pudesse se deslocar depois das 23:00 horas. A velocidade máxima de deslocamento sobre uma estrada rústica e empoierada, sem luzes, era de 10Km por hora. A marcha de aproximação da vila Z requeria, assim, um mínimo de 5 horas. Considerando o tempo necessário para reabastecer e para o desdobramento das unidades, o comandante chegou à conclusão de que o ataque não poderia ser desencadeado antes do alvorecer. Como a operação podia em vista disso, ser privada do elemento surpresa, decidiu aplicar uma vanguarda que deveria se deslocar uma hora mais cedo do que o grosso de suas forças, atingir a vila X por volta das 02:00 horas, na pior das hipóteses, e cobrir os 10Km restante em 1,5 hora. Após uma curta parada, a vanguarda poderia atacar a vila Z pouco antes do alvorecer.

Às 20:20 horas, o comandante do destacamento reuniu os comandantes das unidades participantes em seu PC e transmitiu as seguintes ordens verbais:


" A 6º Companhia do 6º Regimento de Carros, reforçada por um pelotão de infantaria blindada, constituíra uma vanguarda que deve estar pronta para se deslocar às 22:00 horas, a fim de consquistar a vila Z e as duas pontes sobre o rio B, mediante um "golpe de mão". Um destacamento de reconhecimento guiará a vanguarda até a vila X. Dois caminhões carregados de gasolina acompanharão a vanguarda pra reabastecer, o que está previsto par acontecer no bosque 3 Km a oeste da vila Z.
O grosso do destacamento acompanhará a vanguarda às 23:00 horas e formará a coluna de marcha na seguinte ordem: Comando do 2º BCC, 5º Companhia do 6º Regimento de Carros, 1º Bateria do 75º RA e 1º Companhia d 3º RI Blindado menos um pelotão). Após a travessia do rio A, a companhia de carros passará para para 1º escalão, seguida do comando do 1º Batalhão, companhia de infantaria blindada e bateria de artilharia, nesta ordem.
O destacamento fará alto e reabastecerá 3Km a oeste da vila Z. Silêncio de rádio até cruzar o rio A.
O comandante da 6º Companhia partirá às 21:00 horas e acompanhame-á até o PC do 188º RI a fim de estabelecer contato com esta unidade. O comandante da 5º Companhia chefiára a coluna de marcha de Kielce até a vila X."


Após receber estas instruções, o comandante da 6º Companhia, Tenente Zobel, regressou à sua unidade, reuniu os comandantes de pelotões, o 1ºsargento e o chefe da seção de manutenção e deu os esclerecimentos necessários. Indicou o eixo da marcha que todos assinlaram em suas cartas. Para o deslocamento de Kielce para vila X, a seção de comando iria à testa da coluna, seguida pelos quatro pelotões de carros, pelo pelotão de infantaria blindado, caminhões de de gasolina e pelas seções de manutenção e de aprovisionamento. O comandante de pelotão mais antigo chefiaria a coluna até que Zobel se reunisse a ela na vlia X. Café quente deveria ser servido meia hora antes da partida que estava prevista para as 22:00 horas. O destacamento de reconhecimento deveria se deslocar às 21:30 horas, e colocar guias ao longo da estrada até a vila X.

Após distribuir estas instruções aos seus subordinados, Zobel voltou a se reunir com comandante do destacamento com o qual se dirigiu para vila X. Ao chegarem ao PC do 188º RI, receberam informações detalhadas da situação. Souberam que após violenta luta na região de Opatow, o regimento havia retraído para suas atuais posições durante a noite de 14-15 de agosto. Tentava estabelecer uma linha contínua em combinação com outras unidades que se retraíam da parte superior do Vístula para o oeste. Os russos, até então, não haviam passado da vila Z. Dois civis poloneses, aprisonados no bosque ao oeste da vila, haviam declarado não haver russos naquela floresta.

O comandante do destacamento, em vista disso, deu ordem a Zobel a pôr em execução o plano de ataque. Zobel esperou a chegada da vanguarda nas orlas oeste da vila X. Quando a coluna chegou, às 10:45 horas, Zobel assumiu o comando e reconstituíu, colocando o 1º Pelotão de Carros à testa, seguido da seção de comando, 2º e 3º Pelotões de carros, pelotão de infantaria blindada, elementos motorizados e 4º Pelotoão de carros. Um guia do 188º RI deslocou no carro testa do 1º Pelotão até atingir a linha de postos avançados além do rio A, onde a coluna chegou às 02:30 horas. A sentinela informou não ter observado quaisquer movimentos russos durante a noite. Zobel informou ao comandante do destacamento, pelo rádio, que ia entrar em ação.

A fim de permitir uma melhor observação, os carros deslocaram com as viseiras abertas. Os chefes de carros mantinham eretos com a cabeça emergindo da torre e ouvindo através do fone de seus capacetes. Todas as demais aberturas dos carros estavam fechadas. Os artilheiros e carregadores estavam prontos para abrir fogo ao menor sinal. Prevendo um encontro com carros russos, os canhões estavam carregados com granadas perfurantes.

Às 03:45 horas, a vanguarda atingiu a área boscosa em que deveria fazer alto e reabastecer. Os carros formaram duas filas, uma de cada lado da estrada, enquanto os infantes blindados proporcionavam segurança a leste e oeste da coluna parada. Sentinelas foram colocadas, com 50 metros de intervalo, na floresta ao norte e ao sul da estrada. Os caminhões carregados com camburões de gasolina avançavam pela estrada entre as duas vilas de carros parando junto de cada dois carros para descarregar os canburões e receber os vazios na viagem de volta. Os carregadores auxilaram os motoristas a reabastecer e a inspecionar os carros. Os artilheiros verificarm suas armas, enquanto cada operador de rádio recebia café para guarnição de seu carro. Zobel fez algumas últimas recomendações aos comandantes de pelotões e chefes de carros e pediu a um dos motoristas dos caminhões que regressavam que entregassem uma mensagem, em mão, ao comandante do destacamento da vila X, sobre o progresso da operação.

De acordo com o plano de assalto de Zobel, a vanguarda deveria irromper do bosque em duas colunas. A da esquerda compreendia o 1º Pelotão de Carros, a Seção de comando e o 4º Pelotão de Carros, enquanto a direita ficava constituída pelos 2º e 3º Pelotões de Carros e pelo Pelotão de infantaria blindada. O 1º Pelotão deveria tomar posição de frente para orla sul da vila Z e o 2º ao pé e ao sul da colina. Sob a proteção desses dois pelotões, o 3º e 4º pelotões deveria conquistar a ponte sul em combinação com o pelotão de infantaria blindado, atravessar a vila e capturar a segunda ponte localizada a cerca de 800 metros a leste da vila. O 2º Pelotão deveria passar a ponte sul atravessar a vila e bloquear a estrada que se dirigia para o norte. O 1º Pelotão, a seguir, deveria manter a ponte sul. Os carros não deveria abrir fogo até encontrar resistência inimiga.

Zobel não enviou nenhum destacamento de reconhecimento pois não desejava atrair a atenção dos russos. Ao reorganizar seu plano, Zobel não se esqueceu que o sucesso da operação dependeria de uma sincronização adequada e da habilidade e iniciativa dos seus comandantes de pelotões. Em virtude da rapidez necessária à inscursão, teria pouca opurtunidade no curso dos acontecimentos, uma vez desencadeado o ataque.

Às 04:30 horas, quando os primeiros carros saíram do bosque, era quase dia e a visibilidade era de aproximadamente de 1.000 metros. Enquanto o 1º e 2º pelotões se deslocavam pela estrada na direção da vila Z, foram subtamente batidos por fogos de flanco de carros e canhões AC russos. Três carros alemães foram imediatamente danificados e um deles incendiou-se. Zobel deu ordem aos dois pelotõees para se retraírem.

Como não havia mais fator surpresa e a vanguarda já perdera três de seus carros, Zobel abandonou seu plano de ataque e decidiu esperar pela chegada do grosso do destacamento. Informou o fracasso da operação pelo rádio e, às 05:15 horas, o grosso se reuniu às suas unidades. Após Zobel fazer seu relatório pessoal, o comandante do destacamento decidiu atacar a vila Z antes que a guarnição russa recebesse reforços. Dessa vez, o ataque deveria ser desencadeado pelo sul e sob proteção dos fogos de artilharia

O plano previa um ataque diversionário pela companhia de Zobel ao longo da mesma via de acesso anteriormente tomada, a fim de atirar contra alvos de opurtunidade através do rio. Enquanto isso a 5º Companhia e a Companhia de Infantaria Blindada deveriam deslocar para o sul, rodeando a colina aproximando da vila pelo sul. Os 3º e 4º Pelotões da 5ºCompanhia, A Companhia de Infantaria Blindada e a 6º Companhia deveria concentrar seu fogo sobre as orlas sul da vila, enquanto os 1º e 2º pelotões da 5º Companhia atacariam através da ponte sul, penetrariam na vila, inflentiriam para leste na praça do mercado e capturariam a ponte leste. Tão logo so dois primeiros pelotões tivessem atravessado a ponte, os outros carros da 5º Companhia deveriam cerrar e investir sobre a orla norte da vila. Os veículos de infantaria blindada deveriam prosseguir através da ponte sul e apoiar o 1º e 2º pelotões de carros na captura da ponte leste. A 6º Companhia deveria aniquilar a quaisquer forças russas que continuassem oferecendo resistência na orla sul da vila. A bateria de artilharia deveria entrar em posição na orla do bosque e apoiar os carros.

Apenas dois pelotões de carros poderiam ser apoiados na arremetida inicial, pois a ponte sul podia surportar um carro de cada vez. Todo o resto da potência de fogo do destacamento seria necessário para desencadear uma cortina de fogos ao longo de toda orla sul da vila. Este era o meio mais eficaz para neutralizar a defesa inimiga durante o período critíco do deslocamento dos dois pelotões de carros em direção à ponte. Para facilitar a aproximação dos carros à ponte, a bateria de artilharia deveria lançar uma cortina de fumaça ao sul da vila, ao longo do corte do rio. Uma vez no interior da vila, os dois pelotões do 1º escalão não deveria se deixar distrair de seu objetivo, a ponte leste. A eliminação das resistências inimigas deveria ser deixada para os elementos que viessem à sua retarguada O ataque deveria partir às 06:00 horas.

Os carros da 5ºCompanhia reabasteceram rapidamente no bosque e a bateria entrou em posição. O destacamenteo estava pronto para entrar em ação.

A 6º Companhia partiu às 06:00 horas. O comandante do destacamento e um observador de artilharia deslocaram com a companhia. A bateria proporcionava o apoio de fogo atirando contra os alvos de precisão. Às 06:10 horas, os carros da 5º Companhia irromperam do bosque em duas colunas, formaram uma cunha, viraram pra o sul e fizeram um largo círculo em volta da colina. Os veículos da companhia de infantaria blindada acompanhavam a curta distância. A o se aproximarem da colina pelo sul, os carros e os transportes blindados de pessoal foram subtamente batidos por fogo de metralhadoras e de Fuzil AC russos partidos do alto da colina. O comandante da 5º Companhia reduziu velocidade e pediu instruções. O comandante do destacamento, pelo rádio, deu instruções para que somente engajasse as tropas russas da colina que obstruíssem a continuação do ataque. Em vista disso, os carros da 5º Companhia desdobraransse e avançaram em uma larga frente, proporcionando proteção aos transportes de pessoal, vulneráveis às granadas ACV. Pouco depois, a 5º Companhia informava ter neutralizado a infantaria russa e estava pronta para desencadear o assalto. O comandante do destacamento deu, então, o sinal para o destacamento de artilharia sobre a orla sul da vila. Três minutos depois, os 1º e 2º pleotões deslocaram em direção à ponte, atravessando em fila indiana, enquanto os carros da 6º Companhia se aproximavam por oeste do local da travessia.

Logo após os último carro dos 1º e 2º pelotões ter atravessado a ponte, os outros dois pelotões da 5º Companhia e os transportes de pessoal aprossimaransse a grande velocidade. Os dois pelotões do 1º escalão atravessaram a vila e capturaram a ponte leste sem encontrar qualquer resistência. Os 3ºe 4 pelotões dominaram as tropas de infantaria russas que tentavam escapar e destruíram dois carros na orla norte da vila. Pouco depois todas unidades informavam ter cumprido suas missões.

O comandante do destacamento organizou , então, a defesa da vila Z, a qual teria que manter até a chegada do grosso da 3º Divisão Panzer. Dois pelotões de carros bloquearam a estrada para o norte, dois protegeraam a ponte leste do rio B e as unidades restantes ficaram em reserva no interior da vila. A bateria de artilharia entrou em posição na margem sul do rio, próximo da ponte sul. Seus canhões, com elementos a zero, apontavam para vias de acesso à vila pelo norte e pelo leste.

Nessa ação o comandante do destacamento cometeu o erro de mandar que a vanguarda de Zobel parasse e reabastecesse no bosque, a 3 Km oeste da vila Z. Aplicou assim, o pricípio que os carros devem entrar em combate com gasolina suficiente para assegurar sua mobilidade, por um dia de luta; entretanto, este princípio é válido em tese e não deveria ter sido observado neste caso particular. Uma vez que o fator surpresa era de decisiva importância para o sussesso da operação, tudo mais deveria ficar subordinado ao objetivo de apanhar os russos desprevinidos. Se necessário, a vanguarda deveria ter reabastrecido na vila X ou pouco depois de cruzar o rio A. Como o bosque usado para reabastecimento encontravasse a praticamente 3Km da vila Z, o comandante alemão deveria ter imaginado que a partida dos motores dos carros alertaria os postos avançados russos que se achavam exatamente na colina sul da vila. Um ataque de surpresa deve ser planejado como todo cuidado, de modo que o risco de descoberta prematura seja evitado.

E mais ainda, o comandante do destacamento não devia ter permanecido atrás, na linha X; devia, sim, ter comandado pessoalmente a vanguarda. Se o tivesse feito, estaria em melhores condições para exercer controle tanto sobre a vanguarda como sobre o grosso de sua força.

O ataque por toda sua força reunida foi bem planejado e sua execução alcançou os rápidos resultados esperados.




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