Vinicius Pimenta escreveu:Acredito que os venezuelanos não tenham opção. O único fornecedor de armamento é a Rússia. Os russos estão acostumados a vender pra quem não tem muita escolha, então é mais fácil negociar em vantagem. Vendem pra quem tem escolha? Sim, Índia, por exemplo, mas é excessão e não regra. Imagino que eles tenham "se esquecido" que a MB tem muitas escolhas, inclusive melhores. Enterraram de vez a chance de ter algo com a MB, tecnicamente, nos próximos anos. Politicamente depende do alinhamento do governo.
E vou lembrar aqui que não foi só com a MB. A experiência da FAB também foi negativa. E sei, mas infelizmente não posso comentar nem confirmar, que a FAB tem a mesma opinião.
Só que aqui no fórum e em outros, é comum se prenderem ao equipamento e não ao pano de fundo tão ou mais importante. Há uma paixão por equipamentos russos quase como uma seita religiosa. Foi criado um mito em torno dos equipamentos e da disposição dos russos em "transferirem tecnologia sem restrições" que não corresponde completamente com a realidade. Aí as pessoas não entendem como o Brasil não compra dos russos. Preferem desqualificar os desisores das Forças Armadas do que procurarem entender e aceitar que o problema possa vir do outro lado.
Prezado Vinicius Pimenta,
Se essa cobertura que envolve a aquisição dos equipamentos russos é ruim, como sugere, ou eles não sabem lidar com a questão propina (desculpe) política, ou não tem a técnica de qualidade (venda e suporte). Não acredito que teremos problemas, pois quem deve dar seu aval são especialistas da FAB, como tem mencionado nossos representantes, pra bem ou pra mal, pois como você mesmo disse temos opção. A francesa é interessante (Rafale), até gosto, mas não levo fé que tenha um suporte melhor que o russo, já que dificilmente compraremos 120 ou 150 caças, como dizem por aí.
Atenciosamente,
"A televisão, essa última luz que te salva da solidão e da noite, é a realidade. Porque a vida é um espetáculo: para os que se comportem bem, o sistema promete uma boa poltrona".(Eduardo Galeano)