MiG-31 - O CAÇADOR

Assuntos em discussão: Força Aérea Brasileira, forças aéreas estrangeiras e aviação militar.

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Luís Henrique
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Re: MiG-31 - O CAÇADOR

#121 Mensagem por Luís Henrique » Seg Jan 09, 2012 2:20 pm

GDA_Fear escreveu:Assim passar a França pois a mesma vai enfrentar uma turbulência gigante agora e não significa que nós economicamente estamos crescendo e sim os outros desacelerando.

Mas concordo que 120 é ridiculo pro tamanho do nosso país, de FX-2 teria que ser umas 200~250 unidades, mas vai explicar isso pro governo, vão falar de bolsa familia etc, enfim pro bolsa desmola grr familia sempre tem, mas para a Defesa Nacional nunca.
Em vez de 120 Rafale poderiamos pensar em 240 MiG-35.

Talvez o preço fique parecido. :wink: :twisted: :twisted: :twisted:




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Bolovo
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Re: MiG-31 - O CAÇADOR

#122 Mensagem por Bolovo » Seg Jan 09, 2012 2:28 pm

Olá, meu nome é realidade.

Vcs moram num país que demora 20 anos pra comprar 36 caças.

Assinado,

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Re: MiG-31 - O CAÇADOR

#123 Mensagem por Dall » Seg Jan 09, 2012 2:42 pm

Quando se fala em inventário de forças armadas russas é necessário saber o que é número de planilha e o que realmente esta em condições de emprego operacional, boa parte disto é fonte de peças para os caças ativos.

No Brasil temos situação parecida, dos mais de 700 aviões da FAB precisamos ter critério para saber o que esta em condições de pronto emprego e o que é apenas números.

Ai faz falta uma imprensa de verdade para dar a opinião publica a real dimensão do problema de modo que nossos planos futuros neste segmento sejam baseados em pragmatismo e busca por resultados palpáveis.

A imprensa brasileira se divide em duas;

A grande imprensa mal e porcamente cobre aspectos básicos do noticiário o que dirá cobrir um tema complexo e “oculto” como defesa nacional.

A imprensa que se intitula especializada é uma confraria de pessoas que estão atrás de patrocinadores para seus blogs, sites e revistas e seja por um anuncio de um fornecedor ou para a oportunidade de voar em um C-130 e bater algumas fotos escreve o que o anunciante “encomenda”.

Sobre a Rússia, já fazem 20 anos do fim da URSS, a herança soviética esta chegando ao fim e os desafios daquele país para a criação de uma estrutura militar crível, que não dependa apenas de seu arsenal nuclear, são monumentais.

A seu favor a Rússia tem algo pouco percebido por quem não é da área, cultura militar. Parece algo abstrato, mas é algo decisivo para FA´s fortes.

Contra a Rússia pesa o gigantismo das suas FA´s que estão atoladas em uma gama enorme de sistemas, ICBM, SLBM, SSN, SSBN, aviação embarcada, Aviação Estratégica, Utilização militar do espaço, Defesa Aérea em uma área gigantesca, Capacidade de transporte estratégico, aviação de caça de quinta geração, tudo isto com uma economia menor do que a brasileira.

Neste tipo de situação só existem duas possibilidades, ou se tenta fazer todas as coisas e não se consegue fazer bem a grande maioria delas ou se define prioridades e renuncia-se a algumas capacidades.

Este debate na Rússia esta atrasado e os corporativismos internos, a falta de debate politico bem como um orgulho de superpotência que não mais existe apenas tende a atrasar o resultado deste debate.

Aos fãs das forças aéreas russas, não estou querendo dizer que elas sejam ruins, pelo contrário, elas são um importante elemento dissuasor e servem perfeitamente para a sua principal função que é a garantia da integridade territorial da Rússia atual.


Porem precisam ser modernizadas e daqui a 20 anos teremos uma Rússia bastante diferente em termos militares, embora ainda bastante poderosa sobre qualquer padrão que não envolva os EUA e a China, estes sim as verdadeiras superpotências militares das próximas décadas.




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Re: MiG-31 - O CAÇADOR

#124 Mensagem por Boss » Seg Jan 09, 2012 2:45 pm

Bolovo escreveu:Olá, meu nome é realidade.

Vcs moram num país que demora 20 anos pra comprar 36 caças.

Assinado,

A Direção.

:lol: :lol: :lol:

Aqui não basta fazer um projeto medíocre, ainda atrasam ele ad infinitum. :lol:




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Re: MiG-31 - O CAÇADOR

#125 Mensagem por talharim » Seg Jan 09, 2012 4:17 pm

Seria perigoso demais um MIG-31 entrar em dogfight contra um Gripen ou F-5 visto que estes poderiam ser facilmente sugados pela entrada de ar do MIG causando uma tragedia .




"I would rather have a German division in front of me than a French

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Re: MiG-31 - O CAÇADOR

#126 Mensagem por GDA_Fear » Seg Jan 09, 2012 4:23 pm

talharim escreveu:Seria perigoso demais um MIG-31 entrar em dogfight contra um Gripen ou F-5 visto que estes poderiam ser facilmente sugados pela entrada de ar do MIG causando uma tragedia .
:lol: :lol: :lol:




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Re: MiG-31 - O CAÇADOR

#127 Mensagem por FoxTroop » Seg Jan 09, 2012 5:43 pm

talharim escreveu:Seria perigoso demais um MIG-31 entrar em dogfight contra um Gripen ou F-5 visto que estes poderiam ser facilmente sugados pela entrada de ar do MIG causando uma tragedia .
:lol: :lol: :lol: :lol: :lol: :lol: Fiquei a rir-me estupidamente para o monitor do PC, por um bom bocado :lol: :lol: :lol:




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Re: MiG-31 - O CAÇADOR

#128 Mensagem por Carlos Lima » Seg Jan 09, 2012 5:47 pm

FoxTroop escreveu:
talharim escreveu:Seria perigoso demais um MIG-31 entrar em dogfight contra um Gripen ou F-5 visto que estes poderiam ser facilmente sugados pela entrada de ar do MIG causando uma tragedia .
:lol: :lol: :lol: :lol: :lol: :lol: Fiquei a rir-me estupidamente para o monitor do PC, por um bom bocado :lol: :lol: :lol:
Essa merece ir para os imortais... :lol:

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Re: MiG-31 - O CAÇADOR

#129 Mensagem por Carlos Lima » Seg Jan 09, 2012 5:48 pm

Bolovo escreveu:Olá, meu nome é realidade.

Vcs moram num país que demora 20 anos pra comprar 36 caças.

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:lol:

Mandou bem!

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Re: MiG-31 - O CAÇADOR

#130 Mensagem por FoxHound » Seg Jan 09, 2012 7:42 pm

De volta ao serviço na Rússia
Sessenta MiG-31 até 2020
09.01.2012
As autoridades militares russas indicaram no inicio de Janeiro de 2012 que estão a considerar a possibilidade de modernizar um total de 60 exemplares do intercetor supersónico MiG-31, num programa de oito anos.

Um contrato para a modernização dos modelos mais antigos, reconvertidos para o padrão MiG-31BM, terá sido já assinado e as aeronaves serão modernizadas na fábrica de a um ritmo de uma unidade por mês de 2014 e até 2020, altura em que todos os exemplares deverão estar operacionais.
Com um radar que pode detetar ameaças a distâncias de até 320km [1].
A aeronave também poderá ser equipada com mísseis anti-radar KH-31A, adequados para atacar aeronaves inimigas, especialmente aeronaves do tipo AWAC, embora também possam ser utilizados para atacar outro tipo de aeronaves.

Embora o MiG-31 não tenha saído de serviço, é uma aeronave virtualmente inútil nos dias de hoje. Ele é uma modernização do interceptor MiG-25, que os soviéticos desenvolveram como resultado do logro montado pelos americanos, que levou aqueles a acreditar que embora os programas de bombardeiros supersónicos «Valkirye» tivessem sido cancelados, o seu desenvolvimento secreto prosseguia.

Quando os soviéticos perceberam que os bombardeiros que o MiG-25 fora construido para interceptar nunca existiriam, entenderam o logro e iniciaram um processo de modernização destinado a aproveitar o caríssimo projeto.
Surge assim o MiG-31, uma versão modernizada do MiG-25, com radar mais poderoso e armamento mais eficiente.

Construido como intercetor, o caça não tem no entanto manobrabilidade para entrar em combate contra aeronaves modernas. O seu desenho ultrapassado (datado dos anos 50) e a sua enorme dimensão tornam-no um alvo fácil dos mísseis modernos. Ele possuiu um canhão de 23mm[3] e a sua defesa baseia-se em mísseis ar-ar e naturalmente na sua capacidade para fugir.
De facto a sua principal vantagem é a potência dos seus motores que o torna num dos caças mais rápidos do mundo, ainda que o MiG-31 seja mais lento que o seu antecessor o MiG-25.

A volta ao serviço do MiG-31, mostra que os russos continuam a preferir desenvolver velhos conceitos e aplica-los a realidades novas, em vez de desenvolver novos sistemas.
O orçamento russo é hoje uma sombra do que era no tempo da URSS e não é possível por isso custear novos programas.

A futura entrada ao serviço do MiG-31BM também demonstra que os russos estão a responder a uma nova tendência no armamento convencional dos seus potenciais adversários.
Os intercetores foram pensados para atacar aeronaves inimigas que penetram no espaço aéreo.
Durante muito tempo os soviéticos e posteriormente os russos, acreditaram que sem bombardeiros de longo alcance, os mísseis anti-aéreos de médio e longo alcance poderiam ser eficientes contra caças ou caça-bombardeiros.
Afinal, um ou mesmo dois mísseis eram muito mais baratos que um, caça. No conflito entre dois lados, a questão do custo da guerra é sempre importante e o míssil mantinha a vantagem.
Bombas de pequeno diâmetro

Mas este paradigma aparenta estar condenado a mudar, por causa da introdução por parte das forças ocidentais, especialmente dos Estados Unidos das chamadas SDB`s.
Estas bombas guiadas de pequeno diâmetro são proporcionalmente muito mais baratas que um míssil e podem ser produzidas em grandes quantidades.
Os norte-americanos já começaram a utilizar a SDB para ataque contra alvos fixos e está em desenvolvimento a SDB-2, que permite atacar veículos em movimento.

Estas bombas podem ser lançadas a cerca de 100km do alvo, protegendo assim a aeronave lançadora dos mísseis anti-aéreos. Já foi testada uma destas bombas, auxiliada por um minúsculo motor de custo mínimo, que permite que a bomba atinja um alvo a mais de 500km.

As bombas destinam-se principalmente a destruir as instalações de mísseis anti-aéreos e os seus radares, cegando assim a defesa adversária.
As defesas são poucas, pois não é viável disparar mísseis contra as bombas porque embora elas são relativamente lentas (podem ser destruidas por mísseis anti-aéreos) o custo é incomportável. Um só F-15 pode transportar 32 bombas que têm um custo que é uma fração do custo de um só míssil anti-aéro.

Este novo tipo de armas, implica uma volta a conceitos de defesa mais antigos. A resposta mais óbvia é voltar a utilizar aeronaves intercetoras que utilizem a sua superior velocidade para chegar próximo aos aviões bombardeiros. Além disso, a existência dos intercetores permite dispor de uma segunda linha de defesa, mesmo quando a barreira de defesa de mísseis anti-aéreos deixar de funcionar. Sem essa linha de defesa secundária, os mísseis tornam-se pouco relevantes.[1]

Ao dispor de caças MiG-31BM equipados com um radar que em teoria pode detetar alvos a 360km, os russos pretendem proteger-se do eventual colapso de um sistema de defesa baseado em mísseis, que a mais recente tecnologia americana ameaça por em causa. Ainda assim a solução não é eficiente. Quando todos os 60 exemplares estiverem ao serviço, terão decorrido 60 anos desde que começou o seu desenvolvimento, algo que se está a tornar comum em muitos sistemas russos e não só.




[1] – Dados fornecidos pela industria russa, que normalmente não são verificáveis nem são sujeitos a testes ou normas internacionais.

[2] - Foi isto que aconteceu por exemplo na guerra do Yom Kippur em 1973. Enquanto Israel teve que se debater com os mísseis anti-aéreos soviéticos disparados pelos egípcios, sofreu pesadas baixas. Mas quando a ameaça dos mísseis anti-aéreos desapareceu, a superioridade tecnológica dos Mirage sobre os MiG-17 e MiG-21 acabou por garantir o desfecho favorável.

[3] – Inicialmente o MiG-25 não possuia canhões
http://www.areamilitar.net/noticias/not ... nrnot=1152




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Re: MiG-31 - O CAÇADOR

#131 Mensagem por Luís Henrique » Seg Jan 09, 2012 9:45 pm

Nossa que artigo estranho.
Ainda bem que uns 3 posts atrás tem um colega que lembra bem o que certos jornalistas e blogs fazem.
Um texto sem base, sem conhecimento e no mínimo preconceituoso.

O MiG-31 é virtualmente inútil? Só se for virtualmente mesmo.
O caça é de 1982 e foi produzido em grande quantidade durante a década de 90.
Dizer que é da década de 50 é forçar a barra.
Os russos possuem mais de 300, sendo 150 ativos em condições de combate.

O caça é alvo fácil devido ao tamanho grande???
Existe muita diferença de tamanho entre ele e caças como o Flanker, o F-15, o F-22, o Pak Fa, o J-20 e até mesmo o F-18E?
O caça não tem manobrabilidade para entrar em combate?
Ele não foi projetado para combate do tipo dogfight. Assim como o F-14 também não.
Assim como o Super Hornet também não.
Então o Super Hornet é virtualmente inútil?
Porque todos sabem que os caças manobráveis puxam 9G, o MiG-35 puxa 10G e o Super Hornet puxa 7,5G.
Assim como o SH prioriza o combate BVR e para isto possui um excelente radar e mísseis de médio alcance, o MiG-31 vai além e possui um radar MONSTRO e mísseis de Ultra-Longo alcance.
Claro que está obsoleto, porém com a modernização será um interceptador sem igual no mundo.




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Re: MiG-31 - O CAÇADOR

#132 Mensagem por Carlos Lima » Seg Jan 09, 2012 10:02 pm

O Mig-31 mesmo sem Modernização ainda é um Interceptador lá no topo entre os melhores do mundo. :wink:

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Re: MiG-31 - O CAÇADOR

#133 Mensagem por Paisano » Seg Jan 09, 2012 10:49 pm

Carlos Lima escreveu:
FoxTroop escreveu: :lol: :lol: :lol: :lol: :lol: :lol: Fiquei a rir-me estupidamente para o monitor do PC, por um bom bocado :lol: :lol: :lol:
Essa merece ir para os imortais... :lol:

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Re: MiG-31 - O CAÇADOR

#134 Mensagem por papagaio » Seg Jan 09, 2012 11:09 pm

talharim escreveu:Seria perigoso demais um MIG-31 entrar em dogfight contra um Gripen ou F-5 visto que estes poderiam ser facilmente sugados pela entrada de ar do MIG causando uma tragedia .
Sensacional.
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Re: MiG-31 - O CAÇADOR

#135 Mensagem por papagaio » Seg Jan 09, 2012 11:10 pm

Dall escreveu:Quando se fala em inventário de forças armadas russas é necessário saber o que é número de planilha e o que realmente esta em condições de emprego operacional, boa parte disto é fonte de peças para os caças ativos.

No Brasil temos situação parecida, dos mais de 700 aviões da FAB precisamos ter critério para saber o que esta em condições de pronto emprego e o que é apenas números.

Ai faz falta uma imprensa de verdade para dar a opinião publica a real dimensão do problema de modo que nossos planos futuros neste segmento sejam baseados em pragmatismo e busca por resultados palpáveis.

A imprensa brasileira se divide em duas;

A grande imprensa mal e porcamente cobre aspectos básicos do noticiário o que dirá cobrir um tema complexo e “oculto” como defesa nacional.

A imprensa que se intitula especializada é uma confraria de pessoas que estão atrás de patrocinadores para seus blogs, sites e revistas e seja por um anuncio de um fornecedor ou para a oportunidade de voar em um C-130 e bater algumas fotos escreve o que o anunciante “encomenda”.

Sobre a Rússia, já fazem 20 anos do fim da URSS, a herança soviética esta chegando ao fim e os desafios daquele país para a criação de uma estrutura militar crível, que não dependa apenas de seu arsenal nuclear, são monumentais.

A seu favor a Rússia tem algo pouco percebido por quem não é da área, cultura militar. Parece algo abstrato, mas é algo decisivo para FA´s fortes.

Contra a Rússia pesa o gigantismo das suas FA´s que estão atoladas em uma gama enorme de sistemas, ICBM, SLBM, SSN, SSBN, aviação embarcada, Aviação Estratégica, Utilização militar do espaço, Defesa Aérea em uma área gigantesca, Capacidade de transporte estratégico, aviação de caça de quinta geração, tudo isto com uma economia menor do que a brasileira.

Neste tipo de situação só existem duas possibilidades, ou se tenta fazer todas as coisas e não se consegue fazer bem a grande maioria delas ou se define prioridades e renuncia-se a algumas capacidades.

Este debate na Rússia esta atrasado e os corporativismos internos, a falta de debate politico bem como um orgulho de superpotência que não mais existe apenas tende a atrasar o resultado deste debate.

Aos fãs das forças aéreas russas, não estou querendo dizer que elas sejam ruins, pelo contrário, elas são um importante elemento dissuasor e servem perfeitamente para a sua principal função que é a garantia da integridade territorial da Rússia atual.


Porem precisam ser modernizadas e daqui a 20 anos teremos uma Rússia bastante diferente em termos militares, embora ainda bastante poderosa sobre qualquer padrão que não envolva os EUA e a China, estes sim as verdadeiras superpotências militares das próximas décadas.
Dall
Parabéns pelo nível dos seus posts, sempre muito lúcidos.
Abs,




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