Tropa da Rotam só volta às ruas em 40 dias
.
Dos 39 inscritos no primeiro novo curso, apenas oito militares se formaram
.
Apenas oito militares conseguiram concluir o curso e se formaram ontem cedo, no auditório da Companhia Energética de Goiás (Celg), no Jardim Goiás, como integrantes das novas Rondas Ostensivas Táticas Metropolitanas (Rotam). Outros 31 militares que começaram o curso foram eliminados ou desistiram de fazer parte da tropa.
O tenente-coronel Luiz Alberto Sardinha Bittes, comandante da Rotam, explicou que muitos foram reprovados no teste psicológico. "Buscamos pessoas com controle emocional", disse. Outros não conseguiram o condicionamento físico necessário a um integrante. Alguns candidatos desistiram por problemas pessoais ou não se identificaram com a metodologia empregada pela Rotam.
"É normal que exista desistência em um curso que exige tanto do aluno", comentou o coronel Bittes. Ele revelou que para o primeiro curso da nova Rotam - que garante ter uma nova doutrina e mentalidade, voltada aos direitos humanos -, era exigido tempo mínimo de três anos na Polícia Militar. "Para o segundo curso de Rotam não há essa exigência".
Já a volta da Rotam para as ruas da cidade ocorre apenas dentro de 40 dias, já que, segundo o coronel Bittes, os oito militares que se formaram serão monitores durante o segundo curso da tropa, que começa em 10 dias e tem duração de um mês.
"Não temos como colocar a Rotam nas ruas imediatamente porque não temos efetivo suficiente. Somente após a formatura da segunda turma é que isso será possível". A Rotam foi retirada das ruas no dia 3 de março e voltou em caráter experimental por algumas semanas durante o estágio dos oito militares que se formaram ontem.
Para o segundo curso de Rotam, o comandante contou que foram inscritos 120 policiais militares, mas que apenas 69 foram aprovados na etapa inicial. "Destes 69 aprovados para fazer o curso esperamos que pelo menos 50 se formem".
Somente após a formatura da nova turma que a Rotam terá condições de voltar a patrulhar as ruas de Goiânia e a atender em ocorrências de grande vulto, como, por exemplo, assaltos a bancos.
O tenente-coronel Bittes acredita que até o final do ano a tropa seja formada por 150 militares, formando pelo menos, 15 equipes em cada turno de serviço na capital.
"Vamos trabalhar dentro da legalidade, respeitando os preceitos dos direitos humanos, mas com o intuito de que os bandidos se mudem de Goiás, caso contrário serão presos", garantiu o comandante da nova Rotam.
Enquanto aguarda a volta da Rotam para as ruas, o comandante da tropa acompanha a reestruturação e reforma da nova sede do batalhão, que irá funcionar no Autódromo Internacional de Goiânia, na GO-020.
Na próxima segunda-feira começam as obras para a construção da portaria, alojamento dos oficiais e dos praças e do pátio para solenidades. Futuramente, segundo ele, serão construídos o auditório e o estante de tiro.
.
.
Fonte:
http://www.opopular.com.br