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Re: É O MELHOR MOMENTO DA HISTÓRIA DA ECONOMIA BRASILEIRA

Enviado: Sex Nov 19, 2010 3:43 pm
por marcelo bahia
Túlio escreveu:Excelente. Necessário ler com calma OS DOIS artigos. Como estimular crescimento industrial com taxas de juros extremamente convidativas à especulação pura e simples? Dinheiro por mais dinheiro, dinheiro produzindo dinheiro! Quem vai arriscar abrir uma empresa ou expandir a que tem se no mercado financeiro o ganho é CERTO e o risco é praticamente ZERO, ao contrário da atividade produtiva?
Túlio,

Essa tem que ser nossa luta!! Lembremos sempre do que aconteceu na Argentina em 2001. :roll: Tenho esperança que Dilma vai acabar com essa brincadeira perigosa!! Prefiro viajar menos, mas ver meu país em paz!!

Sds.

Re: É O MELHOR MOMENTO DA HISTÓRIA DA ECONOMIA BRASILEIRA

Enviado: Sex Nov 19, 2010 3:44 pm
por marcelo bahia
Êtcha!! :twisted:

Mais 10 bi para gastos extras!! É a farra do natal!! Talvez as F.As façam umas comprinhas de última hora. De qualquer forma, fica difícil planejar sem previsibilidade!! :wink:

Sds.

[quote]19/11/2010 11h29 - Atualizado em 19/11/2010 12h07

Governo libera mais R$ 8,6 bilhões em gastos para ministérios

Informação consta no relatório de receitas e despesas do quinto bimestre. Também estão sendo liberados mais R$ 10 bi para 'créditos extraordinários'.

Alexandro Martello
Do G1, em Brasília

O Ministério do Planejamento informou nesta sexta-feira (19) que o governo decidiu liberar mais R$ 8,6 bilhões em gastos para o orçamento dos ministérios neste ano. Essa é a terceira liberação de recursos para o orçamento de 2010.

Em março, ao efetuar a primeira revisão do orçamento de 2010, o governo efetuou um corte de R$ 21,8 bilhões nas despesas dos ministérios - o maior de ambos os mandatos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Em maio, o limite para despesas foi reduzido em mais R$ 10 bilhões. Na ocasião, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse que o objetivo era "jogar água na fervura" da economia e impedir pressões inflacionárias. Mais adiante, no mesmo mês, o ministro disse que o corte era "para valer".

Em julho, porém, o governo começou a rever os bloqueios de gastos e decidiu liberar R$ 2,54 bilhões para despesas dos ministérios. Em setembro, uma nova liberação de R$ 1,72 bilhão foi feita e, agora em novembro, outro descontingenciamento de R$ 8,6 bilhões aconteceu.

Desde julho, houve um desbloqueio total, portanto, de R$ 12,87 bilhões. Com isso, o corte extra de R$ 10 bilhões anunciado em maio pelo ministro Guido Mantega acabou sendo totalmente revertido.

Além das despesas discricionárias dos Ministérios, o Planejamento também informou que estão sendo liberados mais R$ 10 bilhões para "créditos extraordinários".

O governo lembra que a grande liberação de recursos que está sendo autorizada nesta sexta-feira só foi possível por conta das receitas que a União recebeu da Petrobras por conta da cessão onerosa de cinco bilhões de barris de petróleo. Com a operação da Petrobras, houve uma receita extra de R$ 31,9 bilhões para o governo, o que levou as contas públicas a baterem recorde em setembro.

Re: É O MELHOR MOMENTO DA HISTÓRIA DA ECONOMIA BRASILEIRA

Enviado: Sex Nov 19, 2010 3:46 pm
por marcelo bahia
19/11/2010 14h33 - Atualizado em 19/11/2010 15h16

Criação de empregos formais totaliza 204 mil em outubro

O valor não é recorde para outubro, ao contrário do que estimou ministro. No ano, porém, empregos somam 2,4 milhões e batem recorde histórico.

Alexandro Martello
Do G1, em Brasília

Informações do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgadas nesta sexta-feira (19) pelo Ministério do Trabalho revelam que foram criados 204.804 empregos com carteira assinada no mês de outubro.

Cai 41% a criação de vagas no estado de SP em setembro, diz governoEmprego na indústria recua 0,1% em setembro após 8 altas, diz IBGEO valor, porém, não é recorde histórico para meses de outubro, ao contrário do que havia estimado o ministro do Trabalho, Carlos Lupi, no mês passado. Na ocasião, ele havia dito que outubro "provavelmente" registraria recorde para este mês.

Explicações

"[O fato de não ser recorde em outubro] é efeito do período do ano, quando diminui produção sucroalcooleira, e cai a contratação de toda a cadeia do setor. Também caiu um pouco alguns setores da indústria, por uma acomodação do setor. E, por conta do período eleitoral, quando são proibidas licitações públicas, recuou o emprego formal na construção civil", disse o ministro Lupi nesta sexta-feira.

Ele não quis fazer, porém, uma avaliação mais precisa sobre o mês de novembro. Disse apenas que a criação de empregos com carteira assinada deve ficar acima de 200 mil vagas neste mês, e acrescentou que o mês de dezembro, quando normalmente há mais demissões do que contratações, deve ter um fechamento de vagas inferior ao ano passado - quando as demissões somaram cerca de 400 mil postos de trabalho com carteira assinada.

Acumulado do ano

No acumulado de janeiro a outubro deste ano, segundo dados do Caged, foram abertas 2,4 milhões de vagas formais de trabalho, informou o Ministério do Trabalho. Com isso, o resultado dos dez primeiros meses deste ano representou novo recorde. A série histórica do Caged tem início em 1992. O recorde anterior foi registrado em 2008, quando, de janeiro a outubro, foram criadas 2,14 milhões de vagas.

Além de o emprego formal ter registrado recorde no período de janeiro a outubro deste ano, o valor de empregos com carteira assinada criados se aproximou do valor previsto para todo este ano. A estimativa do minsitro Lupi é de que sejam abertas 2,5 milhões de vagas em 2010, o que, se confirmado, representará novo recorde histórico para um ano fechado. "Vai passar de 2,5 milhões de vagas em 2010", disse ele nesta sexta-feira. Para 2011, ele prevê a abertura de 3 milhões de vagas formais.

Re: É O MELHOR MOMENTO DA HISTÓRIA DA ECONOMIA BRASILEIRA

Enviado: Sáb Nov 20, 2010 2:23 pm
por Boss
Que desindustrialização é essa?
A indústria brasileira nunca esteve tão turbinada como agora. Apesar disso, há quem defenda, sem nenhuma evidência, que ela esteja em franca decadência
Por Guilherme Queiroz e Hugo Cilo


Na semana passada, o vice-presidente da Helibrás, Eduardo Mauad, se surpreendeu com um estudo do governo indicando desindustrialização na economia brasileira. À frente da empresa, ele tem testemunhado o oposto.

“O setor de defesa cresce como nunca”, disse à DINHEIRO. A Helibrás é apenas um exemplo entre muitos. Dados do IBGE mostram alta nas vendas em 25 dos 27 setores industriais.

A Confederação Nacional da Indústria, por sua vez, constatou que as receitas das empresas superaram, em setembro, os patamares pré-crise mundial. E estão previstos US$ 37,5 bilhões em investimentos externos, voltados ao setor industrial nos próximos anos.


Gestado no Ministério do Desenvolvimento, o estudo conclui que o Brasil experimenta um preocupante processo de “desindustrialização negativa”. Outra conclusão dos técnicos do órgão dá conta de que o País está em processo de “primarização”, decorrente da maior participação dos produtos básicos no total das exportações.

Parte desse fenômeno pode ser explicada pelo boom nos preços das commodities e pela gigantesca demanda da China — hoje maior parceira comercial do Brasil — por matérias-primas.

Em 2010, o Brasil deve exportar mais de US$ 10 bilhões em soja para o mercado chinês, cinco vezes mais do que há quatro anos. Em nota, o ministro Miguel Jorge afirmou que o estudo é apenas um entre muitos produzidos no ministério e que reflete apenas a opinião dos autores.

De fato, os números da indústria contrariam a tese. A Brasil Foods, por exemplo, planeja consolidar um aporte de R$ 1 bilhão em suas unidades e para ganhos de produtividade. O mesmo valor deve ser investido em 2011.

“O nosso setor está bem. Estamos expandindo no Brasil e adquirindo unidades lá fora”, disse à DINHEIRO Luiz Fernando Furlan, copresidente da multinacional e ex-ministro do Desenvolvimento.


A Helibrás também tem ampliado seu parque industrial e as encomendas de seus fornecedores. “Estamos comprando no Brasil as partes do nosso helicóptero militar”, relata Eduardo Mauad. E a Voith Siemens hoje bate recordes na produção de turbinas para hidrelétricas.

O único ponto que realmente merece reparos é a competitividade do produto brasileiro em relação aos importados. “Deveríamos compensar o câmbio por melhorias no Custo Brasil, reduzindo juros e encargos sobre a folha”, disse à DINHEIRO Robson Andrade, presidente da CNI.

“Com 25% da indústria sujeita à concorrência das importações, o desequilíbrio cambial gera problemas”, reforçou Jorge Gerdau, presidente do conselho de administração do Grupo Gerdau.

De fato, o câmbio tem sido o grande vilão de setores importantes da indústria. Tem propiciado também um cenário em que parte da aquecida demanda interna tem sido suprida com insumos importados.

Caso da indústria do aço. Este ano, o setor estima importar oito milhões de toneladas, o equivalente à produção de duas grandes usinas. “A relação de importação e consumo, que se mantinha na casa de 4%, este ano está em 20%”, relata Marco Polo Lopes, presidente do Instituto Aço Brasil. Mas daí a falar em desindustrialização, há uma distância enorme.

Re: É O MELHOR MOMENTO DA HISTÓRIA DA ECONOMIA BRASILEIRA

Enviado: Qui Nov 25, 2010 10:11 pm
por Penguin
25/11/2010 09h39 - Atualizado em 25/11/2010 09h58
Dívida pública sobe 1,15% em outubro, para R$ 1,64 trilhão
Dívida pública é composta por endividamentos interno e externo.
Contabilização de juros foi o principal fator a elevar dívida em outubro.

Alexandro Martello
Do G1, em Brasília


Dívida avançou pouco mais de R$ 18 bilhões no mês passado
A dívida pública federal, o que inclui os endividamentos interno e externo, subiu 1,15% em outubro deste ano, quando atingiu o valor de R$ 1,64 trilhão, informou nesta quinta-feira (25) a Secretaria do Tesouro Nacional. Em setembro, a dívida estava em R$ 1,62 trilhão. Ao todo, a dívida pública avançou pouco mais de R$ 18 bilhões no mês passado.

No fim de 2009, a dívida pública somava R$ 1,49 trilhão, de acordo com números do governo. Para 2010, a expectativa do Tesouro Nacional é de que a dívida pública suba entre R$ 103 bilhões e R$ 233 bilhões, podendo atingir até R$ 1,73 trilhão. Dentro dessa projeção, divulgada no início deste ano, está contabilizado o novo aporte de recursos, de R$ 80 bilhões para o BNDES, que já foi concluído.

Fatores para o aumento
De acordo com o governo, o principal fator que contribuiu para a elevação da dívida pública em outubro deste ano foi a contabilização dos juros incidentes sobre o endividamento brasileiro.

No mês passado, a despesa com juros somou R$ 14,1 bilhões. Outros fatores, porém, contribuíram no sentido inverso, ou seja, para a queda da dívida pública. Em outubro, a emissão líquida de papéis (acima do volume de emissões) somou R$ 4,22 bilhões.

Dívidas interna e externa
No caso da dívida interna, segundo informou o Tesouro Nacional, foi registrado um crescimento de 1,19% em outubro, para R$ 1,55 trilhão. Em setembro, a dívida interna estava em R$ 1,53 trilhão. Neste caso, o crescimento foi de R$ 18 bilhões.
Já a dívida externa brasileira, resutlado da emissão de bônus soberanos no mercado internacional e de contratos firmados no passado, o governo contabilizou o crescimento de 0,49% em outubro, para R$ 92,21 bilhões. Em setembro, o estoque da dívida externa estava em R$ 91,76 bilhões. A dívida externa avançou R$ 450 milhões.

Re: É O MELHOR MOMENTO DA HISTÓRIA DA ECONOMIA BRASILEIRA

Enviado: Sáb Nov 27, 2010 12:12 am
por Penguin
26/11/2010 - 16h14
Governo adia leilão do trem-bala para abril de 2011
http://www1.folha.uol.com.br/mercado/83 ... 2011.shtml

Imagem

Re: É O MELHOR MOMENTO DA HISTÓRIA DA ECONOMIA BRASILEIRA

Enviado: Sáb Nov 27, 2010 3:50 am
por Sterrius
como ja suspeitava, terraplanagem torna o custo de muitas rotas de trem no brasil proibitivas. Chega a ser absurdo ter que gastar +de 50% do custo so em preparação de terreno.

Re: É O MELHOR MOMENTO DA HISTÓRIA DA ECONOMIA BRASILEIRA

Enviado: Sáb Nov 27, 2010 9:42 am
por joao fernando
Quanto ao trem bala: aqui na região de Santa Isabel, ou vai de pontilhão ou de tunel. Ou trem comum, mais barato e facil de fazer, e que resolveria um puta gargalo logistico na nossa região

Pra mim, o trem bala não sai

Re: É O MELHOR MOMENTO DA HISTÓRIA DA ECONOMIA BRASILEIRA

Enviado: Sáb Nov 27, 2010 12:45 pm
por LeandroGCard
Penguin escreveu:25/11/2010 09h39 - Atualizado em 25/11/2010 09h58
Dívida pública sobe 1,15% em outubro, para R$ 1,64 trilhão
Dívida pública é composta por endividamentos interno e externo.
Contabilização de juros foi o principal fator a elevar dívida em outubro.

Alexandro Martello
Do G1, em Brasília


Dívida avançou pouco mais de R$ 18 bilhões no mês passado
A dívida pública federal, o que inclui os endividamentos interno e externo, subiu 1,15% em outubro deste ano, quando atingiu o valor de R$ 1,64 trilhão, informou nesta quinta-feira (25) a Secretaria do Tesouro Nacional. Em setembro, a dívida estava em R$ 1,62 trilhão. Ao todo, a dívida pública avançou pouco mais de R$ 18 bilhões no mês passado.

No fim de 2009, a dívida pública somava R$ 1,49 trilhão, de acordo com números do governo. Para 2010, a expectativa do Tesouro Nacional é de que a dívida pública suba entre R$ 103 bilhões e R$ 233 bilhões, podendo atingir até R$ 1,73 trilhão. Dentro dessa projeção, divulgada no início deste ano, está contabilizado o novo aporte de recursos, de R$ 80 bilhões para o BNDES, que já foi concluído.

Fatores para o aumento
De acordo com o governo, o principal fator que contribuiu para a elevação da dívida pública em outubro deste ano foi a contabilização dos juros incidentes sobre o endividamento brasileiro.

No mês passado, a despesa com juros somou R$ 14,1 bilhões. Outros fatores, porém, contribuíram no sentido inverso, ou seja, para a queda da dívida pública. Em outubro, a emissão líquida de papéis (acima do volume de emissões) somou R$ 4,22 bilhões.

Dívidas interna e externa
No caso da dívida interna, segundo informou o Tesouro Nacional, foi registrado um crescimento de 1,19% em outubro, para R$ 1,55 trilhão. Em setembro, a dívida interna estava em R$ 1,53 trilhão. Neste caso, o crescimento foi de R$ 18 bilhões.
Já a dívida externa brasileira, resutlado da emissão de bônus soberanos no mercado internacional e de contratos firmados no passado, o governo contabilizou o crescimento de 0,49% em outubro, para R$ 92,21 bilhões. Em setembro, o estoque da dívida externa estava em R$ 91,76 bilhões. A dívida externa avançou R$ 450 milhões.
Se não fosse apenas pelos efeitos deletérios nos investimentos, o próprio tamanho absoluto da dívida pública brasileira torna a política de combate à inflação apenas pelo lado dos juros um suicídio, pois a conta de juros vai acabar fazendo a dívida estourar sozinha, mesmo se o governo conseguir reduzir os demais gastos públicos.

Se não quisermos entrar de novo em crises sucessivas em um futuro não muito distante alguma estratégia nova terá que ser imaginada pelo pessoal do Ministério da Fazenda e pelo BC. A saída de Meireles foi uma boa indicação neste sentido (na minha opinião ele já foi tarde e não deixará saudades)


Leandro G. Card

Re: É O MELHOR MOMENTO DA HISTÓRIA DA ECONOMIA BRASILEIRA

Enviado: Sáb Nov 27, 2010 2:02 pm
por RobertoRS
LeandroGCard escreveu:Se não fosse apenas pelos efeitos deletérios nos investimentos, o próprio tamanho absoluto da dívida pública brasileira torna a política de combate à inflação apenas pelo lado dos juros um suicídio, pois a conta de juros vai acabar fazendo a dívida estourar sozinha, mesmo se o governo conseguir reduzir os demais gastos públicos.

Se não quisermos entrar de novo em crises sucessivas em um futuro não muito distante alguma estratégia nova terá que ser imaginada pelo pessoal do Ministério da Fazenda e pelo BC. A saída de Meireles foi uma boa indicação neste sentido (na minha opinião ele já foi tarde e não deixará saudades)


Leandro G. Card
Se o governo reduzir seus gastos, poderá ajustar o Juro para baixo.

Re: É O MELHOR MOMENTO DA HISTÓRIA DA ECONOMIA BRASILEIRA

Enviado: Sáb Nov 27, 2010 4:46 pm
por Bourne
joao fernando escreveu:Quanto ao trem bala: aqui na região de Santa Isabel, ou vai de pontilhão ou de tunel. Ou trem comum, mais barato e facil de fazer, e que resolveria um puta gargalo logistico na nossa região

Pra mim, o trem bala não sai
Trem bala é delírio. O investimento tinha que ser transporte de cargas. As pessoas que peguem o avião.

Re: É O MELHOR MOMENTO DA HISTÓRIA DA ECONOMIA BRASILEIRA

Enviado: Sáb Nov 27, 2010 5:03 pm
por LeandroGCard
RobertoRS escreveu:
LeandroGCard escreveu:Se não fosse apenas pelos efeitos deletérios nos investimentos, o próprio tamanho absoluto da dívida pública brasileira torna a política de combate à inflação apenas pelo lado dos juros um suicídio, pois a conta de juros vai acabar fazendo a dívida estourar sozinha, mesmo se o governo conseguir reduzir os demais gastos públicos.

Se não quisermos entrar de novo em crises sucessivas em um futuro não muito distante alguma estratégia nova terá que ser imaginada pelo pessoal do Ministério da Fazenda e pelo BC. A saída de Meireles foi uma boa indicação neste sentido (na minha opinião ele já foi tarde e não deixará saudades)


Leandro G. Card
Se o governo reduzir seus gastos, poderá ajustar o Juro para baixo.
Se o governo ajustar os juros para baixo IRÁ reduzir os seus gastos. Os juros são simplesmente a MAIOR despesa do governo.

Os juros não estão no patamar que estão por questões de refinanciamento da dívida pública, e sim para combater a inflação. Se forem utilizados outros métodos para evitar o crescimento da inflação (aumento do depósito compulsório, limites aos prazos de financiamento, redução seletiva de impostos, eliminação do crédito consignado, etc...) os juros poderiam cair imediatamente. A política atual de incentivar o crescimento através do aumento da oferta de crédito para o consumo e depois aumentar os juros para combater a inflação resultante disso é esquizofrênica (para não dizer criminosa).

Leandro G. Card

Re: É O MELHOR MOMENTO DA HISTÓRIA DA ECONOMIA BRASILEIRA

Enviado: Sáb Nov 27, 2010 5:04 pm
por LeandroGCard
Bourne escreveu:
joao fernando escreveu:Quanto ao trem bala: aqui na região de Santa Isabel, ou vai de pontilhão ou de tunel. Ou trem comum, mais barato e facil de fazer, e que resolveria um puta gargalo logistico na nossa região

Pra mim, o trem bala não sai
Trem bala é delírio. O investimento tinha que ser transporte de cargas. As pessoas que peguem o avião.
E não é incrível que as pessoas não percebam a obviedade de uma coisa destas?



Leandro G. Card

Re: É O MELHOR MOMENTO DA HISTÓRIA DA ECONOMIA BRASILEIRA

Enviado: Sáb Nov 27, 2010 5:06 pm
por RobertoRS
LeandroGCard escreveu:Se o governo ajustar os juros para baixo IRÁ reduzir os seus gastos. Os juros são simplesmente a MAIOR despesa do governo.

Os juros não estão no patamar que estão por questões de refinanciamento da dívida pública, e sim para combater a inflação. Se forem utilizados outros métodos para evitar o crescimento da inflação (aumento do depósito compulsório, limites aos prazos de financiamento, redução seletiva de impostos, eliminação do crédito consignado, etc...) os juros poderiam cair imediatamente. A política atual de incentivar o crescimento através do aumento da oferta de crédito para o consumo e depois aumentar os juros para combater a inflação resultante disso é esquizofrênica (para não dizer criminosa).

Leandro G. Card
Só que o rabo jamais vai abanar o cachorro... Enquanto não houver ajuste fiscal, qualquer afrouxamento da Política Monetária resultará em mais inflação, até porque a Política Fiscal do Governo fomenta enormemente a demanda agregada.

Re: É O MELHOR MOMENTO DA HISTÓRIA DA ECONOMIA BRASILEIRA

Enviado: Sáb Nov 27, 2010 5:21 pm
por LeandroGCard
RobertoRS escreveu:
LeandroGCard escreveu:Se o governo ajustar os juros para baixo IRÁ reduzir os seus gastos. Os juros são simplesmente a MAIOR despesa do governo.

Os juros não estão no patamar que estão por questões de refinanciamento da dívida pública, e sim para combater a inflação. Se forem utilizados outros métodos para evitar o crescimento da inflação (aumento do depósito compulsório, limites aos prazos de financiamento, redução seletiva de impostos, eliminação do crédito consignado, etc...) os juros poderiam cair imediatamente. A política atual de incentivar o crescimento através do aumento da oferta de crédito para o consumo e depois aumentar os juros para combater a inflação resultante disso é esquizofrênica (para não dizer criminosa).

Leandro G. Card
Só que o rabo jamais vai abanar o cachorro... Enquanto não houver ajuste fiscal, qualquer afrouxamento da Política Monetária resultará em mais inflação, até porque a Política Fiscal do Governo fomenta enormemente a demanda agregada.
O ajuste fiscal é MAIS UMA das ferramentas para combater a inflação, mas um ajuste fiscal sem a redução concomitante dos juros vai frear o investimento e limitar severamente o crescimento, para um nível muito abaixo do potencial real do país, dificultando em muito... o ajuste fiscal.

Caramba, já não vimos o bastante deste filme nos últimos 16 anos?


Leandro G. Card