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Re: JAS-39 Gripen

Enviado: Sáb Jan 19, 2013 8:36 pm
por Penguin
Há gente defendendo o Gripen E/F para o Canadá.

Gripen Fighters

By Peter Pigott
FrontLine Defence Magazine

http://www.frontline-canada.com/Defence ... p?page=115
Ottawa Citizen>Blogs >News>Defence Watch Defence Watch RSS Feed
Why Canada Should Buy The Saab JAS39 Gripen E “Next Generation” Fighter
January 7, 2013. 12:35 am • Section: Defence Watch

http://blogs.ottawacitizen.com/2013/01/ ... n-fighter/

Re: JAS-39 Gripen

Enviado: Sáb Jan 19, 2013 8:53 pm
por Justin Case
Penguin escreveu:Justin,

Com todo o respeito, mas discordo. Isso não me parece retratar a realidade.
Se as ToT fossem irrestritas, o que impediria o Governo de criar uma Turbobras e absorver a restritíssima tecnologia da turbina do Rafale? Seria uma barganha imperdível que nos pouparia décadas de esforços tecnológicos. O mesmo valeria para outros sistemas e componentes críticos.
No mundo real, não há ToT para essas coisas (o que dá no mesmo dizer que se faz e durante as negociações cobrar um preço absurdo, superior ao que se gastaria para desenvolver do zero no próprio país sem ajuda externa).

[]s
Penguin,

Isso que você comentou, da tecnologia da turbina do Rafale é um bom exemplo.
Se formos analisar o que está divulgado sobre o F-X2, a interpretação é exatamente esta. A tecnologia está disponível, de maneira irrestrita.
O que você quer fazer com ela? Pode fazer igual aos indianos. Resolveram aplicar uma tecnologia em um produto nacional, o Kaveri.
Só que, quando o produto ficou pronto, dez ou quinze anos depois, a tanto a tecnologia como os requisitos já mudaram, o resultado alcançado não foi operacionalmente útil.
Pegar uma tecnologia e sentar sobre ela, sem continuar o desenvolvimento não permite alcançar objetivos mais altos.
Para mim, a receita é: acessar uma tecnologia (de ponta), para nivelar-se ao melhor conhecimento disponível no momento e, a partir daí, investir na sua evolução. Investir autonomamente não creio que seja adequado, pois a quantidade de recursos é enorme e a demanda é restrita. O ideal seria estabelecer uma parceria para compartilhar recursos, conhecimentos, mercados, etc.
Uma associação com parceiros já defasados no mercado dará melhor resultados que um desenvolvimento autônomo, mas os "grandes" também precisam de parceiros.
Se o Brasil disser, por exemplo: quero participar do desenvolvimento do Meteor, do nEuron, da nova geração de AESA, de novas tecnologias para motores; tenho recursos para investir e vou utilizar o produto; acho que será recebido de braços abertos, pois todos os projetos de ponta precisam de recursos e de demanda para os produtos resultantes.

Abraço,

Justin

Re: JAS-39 Gripen

Enviado: Sáb Jan 19, 2013 9:45 pm
por Penguin
Justin Case escreveu:
Penguin escreveu:Justin,

Com todo o respeito, mas discordo. Isso não me parece retratar a realidade.
Se as ToT fossem irrestritas, o que impediria o Governo de criar uma Turbobras e absorver a restritíssima tecnologia da turbina do Rafale? Seria uma barganha imperdível que nos pouparia décadas de esforços tecnológicos. O mesmo valeria para outros sistemas e componentes críticos.
No mundo real, não há ToT para essas coisas (o que dá no mesmo dizer que se faz e durante as negociações cobrar um preço absurdo, superior ao que se gastaria para desenvolver do zero no próprio país sem ajuda externa).

[]s
Penguin,

Isso que você comentou, da tecnologia da turbina do Rafale é um bom exemplo.
Se formos analisar o que está divulgado sobre o F-X2, a interpretação é exatamente esta. A tecnologia está disponível, de maneira irrestrita.
O que você quer fazer com ela? Pode fazer igual aos indianos. Resolveram aplicar uma tecnologia em um produto nacional, o Kaveri.
Só que, quando o produto ficou pronto, dez ou quinze anos depois, a tanto a tecnologia como os requisitos já mudaram, o resultado alcançado não foi operacionalmente útil.
Pegar uma tecnologia e sentar sobre ela, sem continuar o desenvolvimento não permite alcançar objetivos mais altos.
Para mim, a receita é: acessar uma tecnologia (de ponta), para nivelar-se ao melhor conhecimento disponível no momento e, a partir daí, investir na sua evolução. Investir autonomamente não creio que seja adequado, pois a quantidade de recursos é enorme e a demanda é restrita. O ideal seria estabelecer uma parceria para compartilhar recursos, conhecimentos, mercados, etc.
Uma associação com parceiros já defasados no mercado dará melhor resultados que um desenvolvimento autônomo, mas os "grandes" também precisam de parceiros.
Se o Brasil disser, por exemplo: quero participar do desenvolvimento do Meteor, do nEuron, da nova geração de AESA, de novas tecnologias para motores; tenho recursos para investir e vou utilizar o produto; acho que será recebido de braços abertos, pois todos os projetos de ponta precisam de recursos e de demanda para os produtos resultantes.

Abraço,

Justin
Justin,

No Brasil há uma empresa que possui alguma experiência com radares militares embarcados: a Mectron (http://www.mectron.com.br/). A Mectron foi recentemente adquirida pela Odebrecht. Ou seja, é uma empresa genuinamente nacional, com uma carteira de produtos e serviços relativamente ampla, capitalizada e viável.

Por que diabos a "ToT" relacionada com o radar do Rafale não vai para ela e sim para uma subsidiaria da Thales, a Omnisys? Não deveria ser o Governo quem deveria decidir para onde cada tecnologia deveria ser transferida a exemplo do que está ocorrendo na Índia?

Esse exemplo é curioso. O Governo realmente pediu alguma tecnologia de radar a ser transferida para a subsidiaria do fabricante?! Por quanto a Thales precifica essa brincadeira? Como o Brasil pode confirmar esse valor? Deve aceitá-lo simplesmente? Ou essa é uma iniciativa do fabricante para inflar o valor dos offsets e chegar ao número incrível de 160% do valor do contrato?

Na Índia a coisa é mais facilmente verificável: 50% do valor do contrato de fornecimento dos 126 Rafales precisa ser suprido por empresas indianas. Ai reside o nó, que atrasa as atuais negociações dos indianos com os franceses.

[]s

Re: JAS-39 Gripen

Enviado: Sáb Jan 19, 2013 10:21 pm
por Olinda
Penguin escreveu:
Justin Case escreveu: Penguin,

Isso que você comentou, da tecnologia da turbina do Rafale é um bom exemplo.
Se formos analisar o que está divulgado sobre o F-X2, a interpretação é exatamente esta. A tecnologia está disponível, de maneira irrestrita.
O que você quer fazer com ela? Pode fazer igual aos indianos. Resolveram aplicar uma tecnologia em um produto nacional, o Kaveri.
Só que, quando o produto ficou pronto, dez ou quinze anos depois, a tanto a tecnologia como os requisitos já mudaram, o resultado alcançado não foi operacionalmente útil.
Pegar uma tecnologia e sentar sobre ela, sem continuar o desenvolvimento não permite alcançar objetivos mais altos.
Para mim, a receita é: acessar uma tecnologia (de ponta), para nivelar-se ao melhor conhecimento disponível no momento e, a partir daí, investir na sua evolução. Investir autonomamente não creio que seja adequado, pois a quantidade de recursos é enorme e a demanda é restrita. O ideal seria estabelecer uma parceria para compartilhar recursos, conhecimentos, mercados, etc.
Uma associação com parceiros já defasados no mercado dará melhor resultados que um desenvolvimento autônomo, mas os "grandes" também precisam de parceiros.
Se o Brasil disser, por exemplo: quero participar do desenvolvimento do Meteor, do nEuron, da nova geração de AESA, de novas tecnologias para motores; tenho recursos para investir e vou utilizar o produto; acho que será recebido de braços abertos, pois todos os projetos de ponta precisam de recursos e de demanda para os produtos resultantes.

Abraço,

Justin
Justin,

No Brasil há uma empresa que possui alguma experiência com radares militares embarcados: a Mectron (http://www.mectron.com.br/). A Mectron foi recentemente adquirida pela Odebrecht. Ou seja, é uma empresa genuinamente nacional, com uma carteira de produtos e serviços relativamente ampla, capitalizada e viável.

Por que diabos a "ToT" relacionada com o radar do Rafale não vai para ela e sim para uma subsidiaria da Thales, a Omnisys? Não deveria ser o Governo quem deveria decidir para onde cada tecnologia deveria ser transferida a exemplo do que está ocorrendo na Índia?

Esse exemplo é curioso. O Governo realmente pediu alguma tecnologia de radar a ser transferida para a subsidiaria do fabricante?! Por quanto a Thales precifica essa brincadeira? Como o Brasil pode confirmar esse valor? Deve aceitá-lo simplesmente? Ou essa é uma iniciativa do fabricante para inflar o valor dos offsets e chegar ao número incrível de 160% do valor do contrato?

Na Índia a coisa é mais facilmente verificável: 50% do valor do contrato de fornecimento dos 126 Rafales precisa ser suprido por empresas indianas. Ai reside o nó, que atrasa as atuais negociações dos indianos com os franceses.

[]s

Não seria melhor tentar adquirir a licença de fabricação de um caça (MIG-35), junto com radar e turbina. A implantar o aprendizado em um projeto junto a Embraer?

Teria a justificativa de investimento em empresa Nacional e desenvolvimento.

Re: JAS-39 Gripen

Enviado: Sáb Jan 19, 2013 10:28 pm
por Penguin
Olinda,

Não se pode partir do pressuposto que esse processo com os russos seria melhor do que com as empresas do short list do FX-2. Nada aponta nessa direção.

[]s

Re: JAS-39 Gripen

Enviado: Sáb Jan 19, 2013 10:33 pm
por Justin Case
Penguin escreveu:
Justin Case escreveu: Penguin,

Isso que você comentou, da tecnologia da turbina do Rafale é um bom exemplo.
Se formos analisar o que está divulgado sobre o F-X2, a interpretação é exatamente esta. A tecnologia está disponível, de maneira irrestrita.
O que você quer fazer com ela? Pode fazer igual aos indianos. Resolveram aplicar uma tecnologia em um produto nacional, o Kaveri.
Só que, quando o produto ficou pronto, dez ou quinze anos depois, a tanto a tecnologia como os requisitos já mudaram, o resultado alcançado não foi operacionalmente útil.
Pegar uma tecnologia e sentar sobre ela, sem continuar o desenvolvimento não permite alcançar objetivos mais altos.
Para mim, a receita é: acessar uma tecnologia (de ponta), para nivelar-se ao melhor conhecimento disponível no momento e, a partir daí, investir na sua evolução. Investir autonomamente não creio que seja adequado, pois a quantidade de recursos é enorme e a demanda é restrita. O ideal seria estabelecer uma parceria para compartilhar recursos, conhecimentos, mercados, etc.
Uma associação com parceiros já defasados no mercado dará melhor resultados que um desenvolvimento autônomo, mas os "grandes" também precisam de parceiros.
Se o Brasil disser, por exemplo: quero participar do desenvolvimento do Meteor, do nEuron, da nova geração de AESA, de novas tecnologias para motores; tenho recursos para investir e vou utilizar o produto; acho que será recebido de braços abertos, pois todos os projetos de ponta precisam de recursos e de demanda para os produtos resultantes.

Abraço,

Justin
Justin,

No Brasil há uma empresa que possui alguma experiência com radares militares embarcados: a Mectron (http://www.mectron.com.br/). A Mectron foi recentemente adquirida pela Odebrecht. Ou seja, é uma empresa genuinamente nacional, com uma carteira de produtos e serviços relativamente ampla, capitalizada e viável.

Por que diabos a "ToT" relacionada com o radar do Rafale não vai para ela e sim para uma subsidiaria da Thales, a Omnisys? Não deveria ser o Governo quem deveria decidir para onde cada tecnologia deveria ser transferida a exemplo do que está ocorrendo na Índia?

Esse exemplo é curioso. O Governo realmente pediu alguma tecnologia de radar a ser transferida para a subsidiaria do fabricante?! Por quanto a Thales precifica essa brincadeira? Como o Brasil pode confirmar esse valor? Deve aceitá-lo simplesmente? Ou essa é uma iniciativa do fabricante para inflar o valor dos offsets e chegar ao número incrível de 160% do valor do contrato?

Na Índia a coisa é mais facilmente verificável: 50% do valor do contrato de fornecimento dos 126 Rafales precisa ser suprido por empresas indianas. Ai reside o nó, que atrasa as atuais negociações dos indianos com os franceses.

[]s
Penguin,

O assunto offset e transferência de tecnologia é complexo.

Primeiro, temos que separar o que é tecnologia e o que é produção.
- Uma produção sob licença pode ser feita, praticamente sem nenhuma absorção de conhecimento, e até dedicada a uma área de baixo valor tecnológico.
-Já a tecnologia é conhecimento. Pode estar associada a uma produção, mas isso não é obrigatório. Pode-se perfeitamente conhecer um processo e a tecnologia e continuar realizando a produção onde for mais econômico, até no país de origem.

Em segundo lugar, a produção local e/ou absorção de conhecimento poderiam ser pagos e estabelecidos no contrato do governo. Isso custaria muito caro e, quando o Governo estabelece qual a empresa nacional que será beneficiada, ele assume o responsabilidade pelo resultado.

Outra maneira de ter resultados paralelos, sem usar recursos financeiros do Governo, é o dito offset.

Nesse caso, a empresa estrangeira escolhe uma empresa local para trabalhar no projeto.
Acontece que a empresa nacional deve custear a sua capacitação para produzir ou para assimilar a tecnologia. O que vem de fora é apenas o contrato de produção ou o conhecimento.
Nos critérios de offset, Governo não aceita pagar um centavo a mais pelo produto, tendo como base o valor que seria pago se tudo viesse de fora.
Mas alguém tem que pagar pela capacitação necessária para que ocorra participação nacional:
Para isso, as próprias empresas nacionais têm que investir SEUS recursos. Se vão produzir algo, vão recuperar esse investimento inicial ao vender sua produção para o projeto. Se vão aprender uma nova tecnologia, vão ter que recuperar esse investimento ao vender os produtos nos quais vão aplicar essa tecnologia.

Ocorre que as empresas nacionais não têm disponibilidade financeira ou vontade de usar seus recursos. Querem receber tudo isso como um brinde financiado pelo Governo.

Isso coloca os ofertantes estrangeiros em dificuldade. Têm que cumprir o offset, mas não podem colocar o custo de capacitação nacional ou da transferência de tecnologia na conta (no contrato).
Uma das soluções encontradas é estabelecer subsidiárias por aqui. Isso permitiria que fosse feito o investimento inicial na capacitação da empresa local, mas pelo menos boa parte desse investimento poderia ser recuperado no futuro ($$$).
Para o fornecedor estrangeiro, essa também é uma maneira de controlar a qualidade dos produtos e o cumprimento das metas de produção, que certamente afetam o desempenho do contrato com o Governo.
Em suma: se há uma empresa nacional que assuma o encargo de se preparar para receber a tecnologia ou produzir localmente, isso é feito; quando isso não ocorre, a busca de "subsidiárias" é a única solução para o cumprimento das metas de offset (produção local e tranferência de tecnologia).
Sob o ponto de vista industrial, o resultado é praticamente o mesmo. A produção será local, assim como a mão de obra, o pagamento de impostos e o conhecimento tecnológico adquirido pelos engenheiros brasileiros.

Outro aspecto que dificulta a escolha de parceiros nacionais é que as empresas locais não querem se comprometer com um só fornecedor estrangeiro, nessa fase de concorrência, pois poderiam ficar sem nada se outro fosse escolhido (com exceção das grandes, como Embraer, Mectron, Avibrás, AEL; que sempre receberiam algo de retorno). Então as empresas ficam "em cima do muro" e, às vezes, são preteridas por isso. Logo após a decisão, essas empresas indecisas correm para buscar uma rebarba que seja do contrato entre Governo e fornecedor estrangeiro.

Como você pode ver, isso é apenas parte da visão de um comentarista. O assunto é realmente complexo e muitos consideram mais fácil criticar algumas citações dos outros do que se engajar em uma discussão mais profunda, como a que nós entramos hoje.
Abraço,

Justin

Re: JAS-39 Gripen

Enviado: Sáb Jan 19, 2013 10:36 pm
por Olinda
Penguin escreveu:Olinda,

Não se pode partir do pressuposto que esse processo com os russos seria melhor do que com as empresas do short list do FX-2. Nada aponta nessa direção.

[]s

Mas no caso especifico da turbina e radar na short list temos apenas EUA e França (o radar não tenho certeza) , e estes dois itens são vitais para um caça. E com licença de fabricação pelo menos não existira a possibilidade de embargo, alem de poder empregar e o aprendizado em outros produtos (radares e turbinas). Acredito que com os russos a licença de fabricação seria mais fácil e com custo menor.

Re: JAS-39 Gripen

Enviado: Sáb Jan 19, 2013 10:40 pm
por Penguin
Justin Case escreveu:
Penguin escreveu: Justin,

No Brasil há uma empresa que possui alguma experiência com radares militares embarcados: a Mectron (http://www.mectron.com.br/). A Mectron foi recentemente adquirida pela Odebrecht. Ou seja, é uma empresa genuinamente nacional, com uma carteira de produtos e serviços relativamente ampla, capitalizada e viável.

Por que diabos a "ToT" relacionada com o radar do Rafale não vai para ela e sim para uma subsidiaria da Thales, a Omnisys? Não deveria ser o Governo quem deveria decidir para onde cada tecnologia deveria ser transferida a exemplo do que está ocorrendo na Índia?

Esse exemplo é curioso. O Governo realmente pediu alguma tecnologia de radar a ser transferida para a subsidiaria do fabricante?! Por quanto a Thales precifica essa brincadeira? Como o Brasil pode confirmar esse valor? Deve aceitá-lo simplesmente? Ou essa é uma iniciativa do fabricante para inflar o valor dos offsets e chegar ao número incrível de 160% do valor do contrato?

Na Índia a coisa é mais facilmente verificável: 50% do valor do contrato de fornecimento dos 126 Rafales precisa ser suprido por empresas indianas. Ai reside o nó, que atrasa as atuais negociações dos indianos com os franceses.

[]s
Penguin,

O assunto offset e transferência de tecnologia é complexo.

Primeiro, temos que separar o que é tecnologia e o que é produção.
- Uma produção sob licença pode ser feita, praticamente sem nenhuma absorção de conhecimento, e até dedicada a uma área de baixo valor tecnológico.
-Já a tecnologia é conhecimento. Pode estar associada a uma produção, mas isso não é obrigatório. Pode-se perfeitamente conhecer um processo e a tecnologia e continuar realizando a produção onde for mais econômico, até no país de origem.

Em segundo lugar, a produção local e/ou absorção de conhecimento poderiam ser pagos e estabelecidos no contrato do governo. Isso custaria muito caro e, quando o Governo estabelece qual a empresa nacional que será beneficiada, ele assume o responsabilidade pelo resultado.

Outra maneira de ter resultados paralelos, sem usar recursos financeiros do Governo, é o dito offset.

Nesse caso, a empresa estrangeira escolhe uma empresa local para trabalhar no projeto.
Acontece que a empresa nacional deve custear a sua capacitação para produzir ou para assimilar a tecnologia. O que vem de fora é apenas o contrato de produção ou o conhecimento.
Nos critérios de offset, Governo não aceita pagar um centavo a mais pelo produto, tendo como base o valor que seria pago se tudo viesse de fora.
Mas alguém tem que pagar pela capacitação necessária para que ocorra participação nacional:
Para isso, as próprias empresas nacionais têm que investir SEUS recursos. Se vão produzir algo, vão recuperar esse investimento inicial ao vender sua produção para o projeto. Se vão aprender uma nova tecnologia, vão ter que recuperar esse investimento ao vender os produtos nos quais vão aplicar essa tecnologia.

Ocorre que as empresas nacionais não têm disponibilidade financeira ou vontade de usar seus recursos. Querem receber tudo isso como um brinde financiado pelo Governo.

Isso coloca os ofertantes estrangeiros em dificuldade. Têm que cumprir o offset, mas não podem colocar o custo de capacitação nacional ou da transferência de tecnologia na conta (no contrato).
Uma das soluções encontradas é estabelecer subsidiárias por aqui. Isso permitiria que fosse feito o investimento inicial na capacitação da empresa local, mas pelo menos boa parte desse investimento poderia ser recuperado no futuro ($$$).
Para o fornecedor estrangeiro, essa também é uma maneira de controlar a qualidade dos produtos e o cumprimento das metas de produção, que certamente afetam o desempenho do contrato com o Governo.
Em suma: se há uma empresa nacional que assuma o encargo de se preparar para receber a tecnologia ou produzir localmente, isso é feito; quando isso não ocorre, a busca de "subsidiárias" é a única solução para o cumprimento das metas de offset (produção local e tranferência de tecnologia).
Sob o ponto de vista industrial, o resultado é praticamente o mesmo. A produção será local, assim como a mão de obra, o pagamento de impostos e o conhecimento tecnológico adquirido pelos engenheiros brasileiros.

Outro aspecto que dificulta a escolha de parceiros nacionais é que as empresas locais não querem se comprometer com um só fornecedor estrangeiro, nessa fase de concorrência, pois poderiam ficar sem nada se outro fosse escolhido (com exceção das grandes, como Embraer, Mectron, Avibrás, AEL; que sempre receberiam algo de retorno). Então as empresas ficam "em cima do muro" e, às vezes, são preteridas por isso. Logo após a decisão, essas empresas indecisas correm para buscar uma rebarba que seja do contrato entre Governo e fornecedor estrangeiro.

Como você pode ver, isso é apenas parte da visão de um comentarista. O assunto é realmente complexo e muitos consideram mais fácil criticar algumas citações dos outros do que se engajar em uma discussão mais profunda, como a que nós entramos hoje.
Abraço,

Justin
Justin,

Muito bom seu comentário!

[]s

Re: JAS-39 Gripen

Enviado: Dom Jan 20, 2013 7:19 pm
por Penguin
Publicado no http://www.basemilitar.com.br/forum/vie ... start=1215
wstrobel escreveu:Tailândia apresenta armamento do Gripen C / D e surpreende pela variedade.

RTAF Gripen JAS-39 com SR AAM IRIS-T e BVR AAM AIM-120 AMRAAM
Imagemfotos: Kornsak Chowchankit

Mostra no solo
Imagemfotos: Kornsak Chowchankit
Imagemfotos: Kornsak Chowchankit

Asa 7 Royal Thai Air Force estão baseadas em Surat Thani armas recentemente exibiu lutador JAS-39C / D tem.

Thai atualmente opera seis aeronaves JAS-39C / D Gripen como um substituto para o Tiger F-5, alguns dos quais se aposentou. Um total de mais seis aviões de caça Gripen foram encomendados e aguarda cronograma de entrega do fabricante Saab, na Suécia.

A exposição pode ser vista de que de fato as armas Gripen feitas na Suécia, Tailândia pode combinar mísseis europeus e americanos-made, como os dois sistemas compatíveis, enquanto os braços estão ligados a um padrão o Gripen é um cânone 27 milímetros Mauser BK-27.

Sidewinder AIM-9P
Sidewinder mísseis de curto alcance são os mais populares no mundo, Tailândia começou a fazer uma compra de ar-ar mísseis AIM-9P Sidewinder da série, em 1991, para armar as dela F-16C aeronaves. Este mísseis de curto alcance tem uma faixa de 18 km com uma velocidade de 2,5 mach, enquanto o sistema de referência utiliza infra-vermelho múltiplas ogivas homing enquanto a anular-explosão frag.

AIM-120C AMRAAM
aquisição de mísseis é algo único, a compra foi feita em 2001 em resposta à compra de MiG -29 e armas pacote por Myanmar. O míssil foi no início armazenado nos EUA e após o Vietnam receber os AA-12 os EUA autorizou a entrega para a Tailândia para manter o equilíbrio regional.
AMRAAM é um tipo de míssil que temia dada a sua vasta distância permite atingir além do alcance visual (além alcance visual). AIM-120C Series tem uma gama de distâncias de 105 180 km alcance em velocidades de até Mach 4, o sistema de direção usa radar ativo e ogivas usando alta explosiva explosão fragmentação.

RB-15F
RB-15F (Robotsystem 15) incluído na categoria de longo alcance fogo e esquecer anti-navio de mísseis, a capacidade do míssil para carregar Gripen da Força Aérea da Tailândia para realizar a tarefa para funções marítimas.

SIPRI observou, em 2012, a Tailândia encomendou 50 unidades mísseis anti-navio para aeronaves JAS-39 para agendar a sua chegada em 2013. O míssil é visto como tendo grandes dimensões (com peso de até 800 kg) para transportar 200 tipos kg ogiva de explosão Alto Explosivo e pré-fragmentado, enquanto o referente usa radar ativo, mas a velocidade do míssil é subsônico.

IRIS-T
Uma surpresa que a Tailândia tinha usado míssil IRIS-T (Infra Red Imaging System Tail / Thrust Vector-Controlada) porque a transação não está registado no Registo Comercial da ONU. IRIS-T é permanecer membros de mísseis da OTAN digadang para substituir o Sidewinder. O consórcio é liderado pelo alemão míssil de decisões por realização Itália, Suécia, Grécia, Canadá, Noruega e Espanha. míssil com infra-vermelho de direção tem um alcance efetivo de 25 km com uma velocidade de Mach 3 e ogivas explosivas Alta / Fragmentação e sistema de direção usa infrared. (Estudos de Defesa)

Re: JAS-39 Gripen

Enviado: Sex Fev 15, 2013 12:56 pm
por Lirolfuti
SAAB – Assina Acordo de U$D 8,5 Bi para o desenvolvimento e produção do Gripen NG
SAAB assina acordo para a nova geração do caça Gripen E recebe contrato de desenvolvimento. O Projeto Gripen NG passa oficialmente a ser chamado Gripen E/F.

Informe distribuído pela SAAB - 15 JAN 13


A empresa de Defesa e Segurança SAAB assinou um acordo com a Administração de Material de Defesa (FMV) relacionado ao caça Gripen E. O acordo inclui o desenvolvimento e modificação do Gripen E para a Suécia durante o período 2013-2026, e a possível encomenda do Gripen E da Suíça. A FMV também anunciou um investimento inicial no desenvolvimento SEK 2,5 bilhões e coroas suecas (400 milhões de dólares) , para o período de 2013-2014. Demais contratos da Suécia são esperados em 2013-2014. O total de contraltos relacionados a este desenvolvimento podem alcançar um total de SEK 47,2 bilhões de coroas suecas ( 8,5 Bilhões de dólares).

O Parlamento sueco, com uma grande maioria, decidiu que a Suécia adquirirá o Gripen E. O acordo assinado prevê as entregas iniciais do Gripen E para a Força Aérea da Suécia em 2018.

O acordo com a FMV inclui várias partes. A primeira parte, assinada hoje, relaciona-se ao Desenvolvimento do Gripen E, no período 2013-2014 e alcança SEK 2, 5 bilhões de coroas suecas. As demais partes do acordo são como segue:

Trabalho de Desenvolvimento do Gripen E para a Suécia SEK 10,6 bilhões – esperado para o primeiro quadrimestre de 2013.
Modificação de 60 Gripen C ao padrão Gripen E com as primeiras entregas para a Suécia, em 2018 – esperada para o quarto trimestre de 2013, no mais tardar.
Equipamentos de missão e apoio e manutenção para o Gripen E para a Suécia, com entregas iniciais em 2018 – esperado para o quarto trimestre de 2014, no mais tardar.
Na Suíça, a possível aquisição de 22 caças Gripen E está para ser aprovada pelo Parlamento. O acordo prevê a entrega de 22 “brand new” caças Gripen E, e equipamentos relacionados à Suíça, se a Suíça decidir adquirir o Gripen E.

Todos os contraltos em discussão incluindo a possível encomenda da Suíça , via FMV, alcança um valor de aproximadamente SEK 47,2 bilhões de coroas suecas, e serão lançados quando cada contrato for recebido.

O acordo inclui direitos para a FMV – condicionado a certos pré-requisitos – de cancelar no total ou parcialmente. Se tal acontecer, a SAAB tem o direito de ser compensada pelos investimentos realizados e os custos associados a descontinuação. O acordo também inclui detalhes se a Suíça decidir adquirir ou não o Gripen E.

“Este é um evento histórico para a SAAB. Nós estamos orgulhosos em continuar a fornecer aeronaves de caça de qualidade mundial para a Força Aérea Sueca. O Gripen é de longa data a coluna vertebral da Força Aérea Sueca, assim como de vários outros países. O próximo passo também cria mais oportunidades no mercado de exportação por muitos anos. Nosso atuais clientes que operam o caça Gripen C/D terão a vantagem de incorporar muitos dos desenvolvimentos nos futuros upgrades,” afirmou o presidente e CEO da SAAB, Håkan Buskhe.

“Nós estamos agora iniciando uma fase de teste e desenvolvimento que ocupará muitos dos nosso atuais colaboradores. Nós também antecipamos que teremos a necessidade de contratar. A produção será na Suécia, com fornecedores em vários países,” diz Lennart Sindahl, responsável pelos negócios Aeronáuticos da SAAB, e complementa:

“Com o acordo nós continuaremos a desenvolver o exitoso conceito do Gripen, como nossos próprios e inovadores projetos assim como nossos softwares combinados com diferentes subsistemas de fornecedores de todo o mundo.”

O Gripen E tem uma capacidade substancialmente incrementada quando comparado ás prévias edições. O caça está baseado no mesmo inteligente projeto com soluções tecnológicas, as quais leva a considerável economia quando comparados a outras alternativas. O Gripen E tem um motor mais potente com a capacidade de operar por um período maior e levar mais armas e carga paga. Novo radar, sistemas de apresentação de dados no cockpit aperfeiçoados e avionica moderna (eletrônica da aeronave) reforçam a capacidade de realizar com sucesso as mais diferentes missões. Os passos tecnológicos, que tem sido dados com o programa do demonstrador Gripen 39-7 E/F, cuja aeronave realizou mais de 250 horas de voa, na Suécia, reino Unido, Índia e Suíça entre outros países desde 2008.

Através da modernização de ambos, hardware e software, o Gripen E torna-se um Sistema Moderno, que terá facilitado as próximas etapas de modernização no futuro.

SAAB atua no Mercado global com produtos de qualidade, serviços e soluções para os mercados de defesa militar e segurança civil. A SAAB tem operações e empregados em todo os continentes e constantemente desenvolve, adapta e aperfeiçoa novas tecnologias par atende à evolução das necessidades dos clientes.

http://www.defesanet.com.br/fx2/noticia ... -Gripen-NG

Re: JAS-39 Gripen

Enviado: Sex Fev 15, 2013 1:42 pm
por Luís Henrique
importante destacar que falam em MODERNIZAÇÃO de 60 Gripen C para versão E.

Ou seja, aeronaves novas apenas as suíças. Se tudo der certo.

Re: JAS-39 Gripen

Enviado: Sex Fev 15, 2013 2:25 pm
por Alcantara
Meu Deus... a SAAB vai terminar o desenvolvimento do Gripen NG (E/F agora), colocá-lo em produção, e o Brasil AINDA NÃO DETERMINOU o vencedor do F-X!!!

[040]

Re: JAS-39 Gripen

Enviado: Sex Fev 15, 2013 2:39 pm
por P44
NG=E

E= MLU de C

O Gripen explicado matematicamente.

Re: JAS-39 Gripen

Enviado: Sex Fev 15, 2013 3:56 pm
por NovaTO
Alcantara escreveu:Meu Deus... a SAAB vai terminar o desenvolvimento do Gripen NG (E/F agora), colocá-lo em produção, e o Brasil AINDA NÃO DETERMINOU o vencedor do F-X!!!

[040]

Caro Alcântara,

Calma temos até 2020 ou além para decidir o FX-2 :mrgreen: [002]

[]'s

Re: JAS-39 Gripen

Enviado: Sex Fev 15, 2013 10:58 pm
por Paisano
P44 escreveu:NG=E

E= MLU de C

O Gripen explicado matematicamente.
:shock: :shock: :shock: :shock: :shock: