JAS-39 Gripen

Assuntos em discussão: Força Aérea Brasileira, forças aéreas estrangeiras e aviação militar.

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NovaTO
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Re: JAS-39 Gripen

#11641 Mensagem por NovaTO » Sex Jan 18, 2013 11:36 pm

Luís Henrique escreveu:
NovaTO escreveu:
Caro Olinda,

O Gripen E/F a despeito de ser um caça de leve tendendo para o médio, terá capacidades infinitamente superiores à qualquer vetor operado atualmente pela FAB. Um caça com capacidade planejada de carga de 6 tons, contra os 4 do AMX e 3,5 do F-5E . Por ser monomotor e esse motor ser praticamente o mesmo GE-414 que é usado no F-18E e futuramente no Tejas MK2, é garantia de logística e baixos custos operacionais. No meu entender 36 Gripen E/F é muito mais que 36 F-5EM ou 36 AMX. Mas é claro que 36 não resolve. O Brasil é territorialmente extenso, manter o que temos hoje em quantidade é o mínimo, ou seja 46+11+12=71. Somando-se à esses o AMX, +53, totalizando 124. 120 Gripen E/F no TO da AS já seria muita coisa. A mas 120 F-18E ou 120 Rafale seriam muito mais. Concordo. Se o orçamento da FAB for elástico para comportar F-18E, Rafale e Gripen em igual número, ótimo. Agora caso exista alguma restrição orçamentária, um teto, que faça optar por exemplo, entre 120 Gripen E/F ou 60 Rafale/F-18E, ficaria com a primeira opção. Quantidade tem sua qualidade por si mesma, especialmente quando o cobertor é curto. :)

[]'s
E desde quando o Gripen custa a metade dos outros dois???
Pelo que foi divulgado na Índia (MMRCA) o Gripen impressionou, pois não imaginavam que um caça tão pequeno pudesse ser bom. Porém disseram que CUSTA CARO.
Aqui no Brasil foi divulgado que o Rafale custaria E$ 53 mi, o SH U$ 55 mi e o Gripen U$ 50 mi.
Uma diferença de apenas 10% em relação ao Super Hornet. Que é um caça médio-pesado.

Caro Luís Henrique,

Não estou afirmando que o Gripen E/F custe a metade do Rafale/SH. Mas vale lembrar que a comparação não seria apenas com os valores de aquisição, mas também os custos operacionais somados ao longo de 30 anos.

Por exemplo, SE o Gripen E/F custar em média US$8000 a hora/vôo e o Rafale US$21000, multiplique isso por 180x30
Teremos o custo operacional ao longo de 30 anos:
Gripen E/F :US$43.2 milhões
Rafale: US$US$113.4 milhões

Some a isso os valores de compra teremos:

TCO Gripen US$93.2 milhões
TCO Rafale US$188.5 milhões

Ou seja, operar o Rafale realmente custará o DOBRO de um Gripen E/F :D

Agora, cabe ressaltar que são valores que não podem ser comprovados, portanto, use mais como exemplificação. Somente a FAB, e por extensão o MD e o GF tem os valores exatos. E se eles fizeram essa conta, e chegaram à essa conclusão, fica a pergunta: O que é mais vantagem: Operar 120 Gripen E/F ou 60 Rafales?? :?

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Re: JAS-39 Gripen

#11642 Mensagem por Carlos Lima » Sex Jan 18, 2013 11:44 pm

É bom tomar cuidado com essa história de custos...

Em primeiro lugar uma aeronave operando em um território pequeno e em grandes quantidades vai voar menos e custar menos para manter.

Os sul africanos já diminuiram as horas de vôo do Gripen C por lá e fazem mais uso do Hawk e do "D" porque o Gripen não custa tão barato assim para voar.

Além disso essa quantidade de incertezas sobre o Gripen E e o número de unidades vai afetar diretamente no custo da hora de vôo da mesma quando entrar em serviço.

Outros "poréns" é que até hoje a Af. do Sul está esperando os Off-sets dessa compra e não recebeu nem perto de 30% ainda.

Quando a aeronave já está voando e operando esses custos variam muito de operador para operador... imagina uma aeronave que ainda está no papel e tem todas essas dependências de compras para se tornar realidade.

É bom tomar muito cuidado com as promessas lindas de custos baixos e horas de vôo garantidas...

[]s
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Re: JAS-39 Gripen

#11643 Mensagem por Carlos Lima » Sex Jan 18, 2013 11:45 pm

É bom tomar cuidado com essa história de custos...

Em primeiro lugar uma aeronave operando em um território pequeno e em grandes quantidades vai voar menos e custar menos para manter.

Os sul africanos já diminuiram as horas de vôo do Gripen C por lá e fazem mais uso do Hawk e do "D" porque o Gripen não custa tão barato assim para voar.

Além disso essa quantidade de incertezas sobre o Gripen E e o número de unidades vai afetar diretamente no custo da hora de vôo da mesma quando entrar em serviço.

Outros "poréns" é que até hoje a Af. do Sul está esperando os Off-sets dessa compra e não recebeu nem perto de 30% ainda.

Quando a aeronave já está voando e operando esses custos variam muito de operador para operador... imagina uma aeronave que ainda está no papel e tem todas essas dependências de compras para se tornar realidade.

É bom tomar muito cuidado com as promessas lindas de custos baixos e horas de vôo garantidas...

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Re: JAS-39 Gripen

#11644 Mensagem por Penguin » Sáb Jan 19, 2013 12:02 am

Carlos Lima escreveu:
Penguin escreveu:Um dos grandes trunfos do Gripen NG para a FAB me parece ser....ver último parágrafo da 1a coluna e continuação (última edição da RFA):

Imagem
Sem saber detalhes sobre a arquitetura... fica díficil.

Parece mais aquelas promessas de marketing para ser honesto.

No mais, é bom lembrar que um grande número de componentes do Gripen é Made in USA e precisa das devidas autorizações mesmo que a arquitetura dos seus sistemas seja boa...

E para ser honesto esse 'trunfo' está mais para 'super-trunfo'.

É muito bla bla bla (como sempre) sem nem existir um avião voando ainda...

[]s
CB_Lima
Quase tudo que se diz sobre caças partindo dos fabricantes passa invariavelmente pelo departamento de marketing, seja ele sueco, russo, americano, inglês, francês, indiano, etc.

Se o que o fabricante diz é verdade, talvez isso ajude a explicar a teimosia da FAB/COPAC em colocar o Gripen NG - o caça de papel - para concorrer contra caças reais e estar no short list de 3. Talvez....

Liberdade para integrar sistemas e armas e efetuar upgrades com a maior autonomia possível sempre me pareceram objetivos tecnológicos neste FX-2.

[]s




Editado pela última vez por Penguin em Sáb Jan 19, 2013 12:24 am, em um total de 1 vez.
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Re: JAS-39 Gripen

#11645 Mensagem por Luís Henrique » Sáb Jan 19, 2013 12:17 am

NovaTO escreveu:
Luís Henrique escreveu: E desde quando o Gripen custa a metade dos outros dois???
Pelo que foi divulgado na Índia (MMRCA) o Gripen impressionou, pois não imaginavam que um caça tão pequeno pudesse ser bom. Porém disseram que CUSTA CARO.
Aqui no Brasil foi divulgado que o Rafale custaria E$ 53 mi, o SH U$ 55 mi e o Gripen U$ 50 mi.
Uma diferença de apenas 10% em relação ao Super Hornet. Que é um caça médio-pesado.

Caro Luís Henrique,

Não estou afirmando que o Gripen E/F custe a metade do Rafale/SH. Mas vale lembrar que a comparação não seria apenas com os valores de aquisição, mas também os custos operacionais somados ao longo de 30 anos.

Por exemplo, SE o Gripen E/F custar em média US$8000 a hora/vôo e o Rafale US$21000, multiplique isso por 180x30
Teremos o custo operacional ao longo de 30 anos:
Gripen E/F :US$43.2 milhões
Rafale: US$US$113.4 milhões

Some a isso os valores de compra teremos:

TCO Gripen US$93.2 milhões
TCO Rafale US$188.5 milhões

Ou seja, operar o Rafale realmente custará o DOBRO de um Gripen E/F :D

Agora, cabe ressaltar que são valores que não podem ser comprovados, portanto, use mais como exemplificação. Somente a FAB, e por extensão o MD e o GF tem os valores exatos. E se eles fizeram essa conta, e chegaram à essa conclusão, fica a pergunta: O que é mais vantagem: Operar 120 Gripen E/F ou 60 Rafales?? :?

[]'s
Os franceses ofereceram o Rafale com custo de hora/vôo em contrato bem abaixo deste valor.
Mesmo que não seja, o SH possui custo operacional bem abaixo de 21 mil.
E mesmo que estes números sejam verdadeiros, as coisas não são tão simples.

Primeiro) uma aeronave menor levará MENOS armamento e percorrerá MENORES distâncias.
Assim podemos prever que necessitaremos MAIS aeronaves para as mesmas missões e MAIS missões REVO para percorrerem as mesmas distâncias.

AI eu pergunto: O que fica mais barato: 2 Su-35 atacando um alvo estratégico distante e se defendendo de aeronaves inimigas ao mesmo tempo.
Ou 2 Gripen atacando um alvo distante apoiados por uma aeronave REVO + 2 Gripen defendendo estas aeronaves e apoiadas por uma aeronave AEWAC.
???

Segundo) se levarmos em conta que passaremos 30 anos em PAZ a aeronave mais barata irá nos poupar alguns milhões. Caso não ocorra desta forma e entremos em algum tipo de conflito ai o jogo muda e a aeronave MAIS CAPAZ nos poupará MUITAS VIDAS E TAMBÉM MUITOS BILHÕES.




Su-35BM - 4ª++ Geração.
Simplesmente um GRANDE caça.
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Re: JAS-39 Gripen

#11646 Mensagem por Penguin » Sáb Jan 19, 2013 12:39 am

Luís Henrique escreveu:
NovaTO escreveu:
Caro Luís Henrique,

Não estou afirmando que o Gripen E/F custe a metade do Rafale/SH. Mas vale lembrar que a comparação não seria apenas com os valores de aquisição, mas também os custos operacionais somados ao longo de 30 anos.

Por exemplo, SE o Gripen E/F custar em média US$8000 a hora/vôo e o Rafale US$21000, multiplique isso por 180x30
Teremos o custo operacional ao longo de 30 anos:
Gripen E/F :US$43.2 milhões
Rafale: US$US$113.4 milhões

Some a isso os valores de compra teremos:

TCO Gripen US$93.2 milhões
TCO Rafale US$188.5 milhões

Ou seja, operar o Rafale realmente custará o DOBRO de um Gripen E/F :D

Agora, cabe ressaltar que são valores que não podem ser comprovados, portanto, use mais como exemplificação. Somente a FAB, e por extensão o MD e o GF tem os valores exatos. E se eles fizeram essa conta, e chegaram à essa conclusão, fica a pergunta: O que é mais vantagem: Operar 120 Gripen E/F ou 60 Rafales?? :?

[]'s
Os franceses ofereceram o Rafale com custo de hora/vôo em contrato bem abaixo deste valor.
Mesmo que não seja, o SH possui custo operacional bem abaixo de 21 mil.
E mesmo que estes números sejam verdadeiros, as coisas não são tão simples.

Primeiro) uma aeronave menor levará MENOS armamento e percorrerá MENORES distâncias.
Assim podemos prever que necessitaremos MAIS aeronaves para as mesmas missões e MAIS missões REVO para percorrerem as mesmas distâncias.

AI eu pergunto: O que fica mais barato: 2 Su-35 atacando um alvo estratégico distante e se defendendo de aeronaves inimigas ao mesmo tempo.
Ou 2 Gripen atacando um alvo distante apoiados por uma aeronave REVO + 2 Gripen defendendo estas aeronaves e apoiadas por uma aeronave AEWAC.
???

Segundo) se levarmos em conta que passaremos 30 anos em PAZ a aeronave mais barata irá nos poupar alguns milhões. Caso não ocorra desta forma e entremos em algum tipo de conflito ai o jogo muda e a aeronave MAIS CAPAZ nos poupará MUITAS VIDAS E TAMBÉM MUITOS BILHÕES.

Com relação ao custo de operação do Rafale, para a França chega a 26.800 euros/h de voo.

Fonte:
Enregistré à la Présidence de l’Assemblée nationale le 10 octobre 2012.
RAPPORT
FAIT
AU NOM DE LA COMMISSION DES FINANCES, DE L’ÉCONOMIE GÉNÉRALE ET DU CONTRÔLE BUDGÉTAIRE SUR LE PROJET DE loi de finances pour 2013 (n° 235),
PAR M. Christian ECKERT,
Rapporteur Général,
Député

——

ANNEXE N° 11
DÉFENSE
BUDGET OPÉRATIONNEL DE LA DÉFENSE

II.C.2.
Le poids croissant des dépenses de maintenance, véritable défi pour les années à venir 41

http://www.assemblee-nationale.fr/14/bu ... 1348_93951

Ver tabela: COMPOSITION DU COÛT DE L’HEURE DE VOL DES PRINCIPAUX MATÉRIELS AÉRONAUTIQUES DES ARMÉES
Muito interessante. Alguns custos/h de voo selecionados (em 1000 euros):

Mirage 2000: 11,7
C 130: 8,3
Xingu: 3,6
Super Puma: 12,8
Cougar: 12,1
EC 725: 14,4
Lynx: 17,1
Panther: 9,6




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Re: JAS-39 Gripen

#11647 Mensagem por FIGHTERCOM » Sáb Jan 19, 2013 9:51 am

Penguin escreveu:
Liberdade para integrar sistemas e armas e efetuar upgrades com a maior autonomia possível sempre me pareceram objetivos tecnológicos neste FX-2.
Esse sempre foi o objetivo dos diversos programas FX no tocante a ToT. No entanto, depois que a Rafale International alardeou a possibilidade de "100% de ToTs", o pessoal se agarrou nessa falsa promessa e passou a defender o Rafale como sendo a única opção que nos daria a tão almejada independência. O que eles não entendem (ou não querem entender) é que, mesmo que o GF queira e bata o martelo a favor do Rafale, não temos pessoal e muito menos empresas capacitadas para receber 100% dessas tecnologias. É tão ridículo e fantasiosa essa promessa que já cheguei a discutir com alguns membros dos DB que ainda teimam em acreditar e disseminar essa mentira. Mas fazer o quê?! Paciência, cada um tem a ignorância que merece. Além disso, caso estivéssemos aptos para tal empreitada, seria mais interessante e produtivo partimos para o desenvolvimento de um projeto nacional.

Para mim, o que a FAB sempre desejou foi ter a capacidade de executar a manutenção e a possibilidade de integrar armamentos/sensores ao longo da operação desses caças. As metas são simplórias? Podem até ser, mas elas são exeqüíveis dentro da realidade orçamentária da Força. Além disso, analisando o FX ao longo desses anos, penso que o vetor a ser escolhido era o de menos, o mais importante nesse primeiro momento era consolidar a indústria mísseis/bombas. Aí sim, partir para algo mais ambicioso, ou seja, um "AMX-2".


Abraços,

Wesley




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Re: JAS-39 Gripen

#11648 Mensagem por Justin Case » Sáb Jan 19, 2013 10:20 am

FIGHTERCOM escreveu:
Penguin escreveu:
Liberdade para integrar sistemas e armas e efetuar upgrades com a maior autonomia possível sempre me pareceram objetivos tecnológicos neste FX-2.
Esse sempre foi o objetivo dos diversos programas FX no tocante a ToT. No entanto, depois que a Rafale International alardeou a possibilidade de "100% de ToTs", o pessoal se agarrou nessa falsa promessa e passou a defender o Rafale como sendo a única opção que nos daria a tão almejada independência. O que eles não entendem (ou não querem entender) é que, mesmo que o GF queira e bata o martelo a favor do Rafale, não temos pessoal e muito menos empresas capacitadas para receber 100% dessas tecnologias. É tão ridículo e fantasiosa essa promessa que já cheguei a discutir com alguns membros dos DB que ainda teimam em acreditar e disseminar essa mentira. Mas fazer o quê?! Paciência, cada um tem a ignorância que merece. Além disso, caso estivéssemos aptos para tal empreitada, seria mais interessante e produtivo partimos para o desenvolvimento de um projeto nacional.

Para mim, o que a FAB sempre desejou foi ter a capacidade de executar a manutenção e a possibilidade de integrar armamentos/sensores ao longo da operação desses caças. As metas são simplórias? Podem até ser, mas elas são exeqüíveis dentro da realidade orçamentária da Força. Além disso, analisando o FX ao longo desses anos, penso que o vetor a ser escolhido era o de menos, o mais importante nesse primeiro momento era consolidar a indústria mísseis/bombas. Aí sim, partir para algo mais ambicioso, ou seja, um "AMX-2".


Abraços,

Wesley
Wesley, bom dia.

Essa história de 100% de TOT é uma invenção postada em blogs e fóruns de defesa (talvez até utilizada pela imprensa tradicional, leiga nesses assuntos).
Isso nunca foi ofertado e nem prometido, simplesmente porque é inútil e impraticável.
O que está na oferta, pelo que se pode constatar em todos as informações disponibilizadas pelo Consórcio Rafale (http://www.rafale.com.br ), é uma uma transferência de tecnologia dita "irrestrita".
Isso quer dizer que o Governo brasileiro pode escolher e compartilhar das tecnologias que lhe interessam, que podem ser úteis e têm condições de ser absorvidas.
Erros de entendimento são muito mais comuns do que mentiras, fantasias, falsidades, etc.
Quanto lhe parecer que muitos ao seu redor estão errados, desconfie de um erro conceitual.
Não há tantos loucos e ignorantes trabalhando com defesa.
Bom fim de semana,

Justin




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Re: JAS-39 Gripen

#11649 Mensagem por FIGHTERCOM » Sáb Jan 19, 2013 2:28 pm

FIGHTERCOM escreveu:
Esse sempre foi o objetivo dos diversos programas FX no tocante a ToT. No entanto, depois que a Rafale International alardeou a possibilidade de "100% de ToTs", o pessoal se agarrou nessa falsa promessa e passou a defender o Rafale como sendo a única opção que nos daria a tão almejada independência. O que eles não entendem (ou não querem entender) é que, mesmo que o GF queira e bata o martelo a favor do Rafale, não temos pessoal e muito menos empresas capacitadas para receber 100% dessas tecnologias. É tão ridículo e fantasiosa essa promessa que já cheguei a discutir com alguns membros dos DB que ainda teimam em acreditar e disseminar essa mentira. Mas fazer o quê?! Paciência, cada um tem a ignorância que merece. Além disso, caso estivéssemos aptos para tal empreitada, seria mais interessante e produtivo partimos para o desenvolvimento de um projeto nacional.

Para mim, o que a FAB sempre desejou foi ter a capacidade de executar a manutenção e a possibilidade de integrar armamentos/sensores ao longo da operação desses caças. As metas são simplórias? Podem até ser, mas elas são exeqüíveis dentro da realidade orçamentária da Força. Além disso, analisando o FX ao longo desses anos, penso que o vetor a ser escolhido era o de menos, o mais importante nesse primeiro momento era consolidar a indústria mísseis/bombas. Aí sim, partir para algo mais ambicioso, ou seja, um "AMX-2".


Abraços,

Wesley
Justin,

Não gosto de destrinchar os posts, mas terei que comentar por partes:
Justin Case escreveu: Essa história de 100% de TOT é uma invenção postada em blogs e fóruns de defesa (talvez até utilizada pela imprensa tradicional, leiga nesses assuntos).
Isso nunca foi ofertado e nem prometido, simplesmente porque é inútil e impraticável.
O que está na oferta, pelo que se pode constatar em todos as informações disponibilizadas pelo Consórcio Rafale (http://www.rafale.com.br ), é uma uma transferência de tecnologia dita "irrestrita".
Discordo. Essa falácia de "100% de ToT" não é uma mera "invenção postada em blogs e fóruns de defesa". Muito pelo contrário, tem origem e nome:
Outro ponto destacado por especialistas no tema diz respeito à transferência de tecnologia nos projetos—questiona-se a real disposição dos franceses em cumprir com esse compromisso. “A transferência de tecnologia é elemento essencial em relação ao vencedor da concorrência do F-X2, isso vai significar um salto enorme na nossa indústria”, afirmou o deputado Carlos Zarattini. Eric Trappier, por sua vez, disse ao BRASIL ECONÔMICO que sim, lembrando que a Dassault está pronta a transferir 100% da tecnologia do Rafale ao Brasil.
http://www.defesanet.com.br/fx2/noticia ... mpresarios
Se for procurar na internet, você vai encontrar muito mais declarações nesse sentido. O que aconteceu foi que a Rafale International mudou o discurso e passou a usar a expressão "ToT irrestrista". Porém, isso não muda o que coloquei acima, o fato é que o pessoal se agarrou nessa falácia e o final todo mundo já conhece, ou seja, mais uma lenda...
Justin Case escreveu:Erros de entendimento são muito mais comuns do que mentiras, fantasias, falsidades, etc.
Quanto lhe parecer que muitos ao seu redor estão errados, desconfie de um erro conceitual.
Reconheço que não sou o dono da verdade e nem tenho a pretensão de impor minha opinião aos demais membros desse fórum. Afinal, estamos aqui para debater. No entanto, por mais que os erros de entendimento sejam comuns, isso não pode ser utilizado como um pretexto para disseminar mentiras. Por isso tomei o cuidado de pesquisar na internet e apontar a origem da declaração de transferência de 100% de ToTs. Às vezes é uma tarefa até desnecessária, pois quem acompanha o FX a mais tempo sabe de todos esses detalhes. Mas me espanta a capacidade que essas pessoas tem de "esquecer" e continuar com o mesmo discurso.
Justin Case escreveu: Não há tantos loucos e ignorantes trabalhando com defesa.
O que me preocupa não são os loucos e tão pouco os ignorantes, mas sim as pessoas com interesses escusos que povoam os fóruns e blogs. Essas são um perigo! :wink:


Abraços,

Wesley




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Re: JAS-39 Gripen

#11650 Mensagem por Penguin » Sáb Jan 19, 2013 4:48 pm

..




Editado pela última vez por Penguin em Sáb Jan 19, 2013 5:40 pm, em um total de 1 vez.
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Re: JAS-39 Gripen

#11651 Mensagem por Penguin » Sáb Jan 19, 2013 4:49 pm

..




Editado pela última vez por Penguin em Sáb Jan 19, 2013 5:35 pm, em um total de 1 vez.
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Re: JAS-39 Gripen

#11652 Mensagem por Penguin » Sáb Jan 19, 2013 4:51 pm

..




Editado pela última vez por Penguin em Sáb Jan 19, 2013 5:24 pm, em um total de 1 vez.
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Re: JAS-39 Gripen

#11653 Mensagem por Penguin » Sáb Jan 19, 2013 4:53 pm

Justin,

Com todo o respeito, mas discordo. Isso não me parece retratar a realidade.
Se as ToT fossem irrestritas, o que impediria o Governo de criar uma Turbobras e absorver a restritíssima tecnologia da turbina do Rafale? Seria uma barganha imperdível que nos pouparia décadas de esforços tecnológicos. O mesmo valeria para outros sistemas e componentes críticos.
No mundo real, não há ToT para essas coisas (o que dá no mesmo dizer que se faz e durante as negociações cobrar um preço absurdo, superior ao que se gastaria para desenvolver do zero no próprio país sem ajuda externa).

[]s




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Re: JAS-39 Gripen

#11654 Mensagem por NovaTO » Sáb Jan 19, 2013 5:26 pm

Luís Henrique escreveu:
NovaTO escreveu:
Caro Luís Henrique,

Não estou afirmando que o Gripen E/F custe a metade do Rafale/SH. Mas vale lembrar que a comparação não seria apenas com os valores de aquisição, mas também os custos operacionais somados ao longo de 30 anos.

Por exemplo, SE o Gripen E/F custar em média US$8000 a hora/vôo e o Rafale US$21000, multiplique isso por 180x30
Teremos o custo operacional ao longo de 30 anos:
Gripen E/F :US$43.2 milhões
Rafale: US$US$113.4 milhões

Some a isso os valores de compra teremos:

TCO Gripen US$93.2 milhões
TCO Rafale US$188.5 milhões

Ou seja, operar o Rafale realmente custará o DOBRO de um Gripen E/F :D

Agora, cabe ressaltar que são valores que não podem ser comprovados, portanto, use mais como exemplificação. Somente a FAB, e por extensão o MD e o GF tem os valores exatos. E se eles fizeram essa conta, e chegaram à essa conclusão, fica a pergunta: O que é mais vantagem: Operar 120 Gripen E/F ou 60 Rafales?? :?

[]'s
Os franceses ofereceram o Rafale com custo de hora/vôo em contrato bem abaixo deste valor.
Mesmo que não seja, o SH possui custo operacional bem abaixo de 21 mil.
E mesmo que estes números sejam verdadeiros, as coisas não são tão simples.

Primeiro) uma aeronave menor levará MENOS armamento e percorrerá MENORES distâncias.
Assim podemos prever que necessitaremos MAIS aeronaves para as mesmas missões e MAIS missões REVO para percorrerem as mesmas distâncias.

AI eu pergunto: O que fica mais barato: 2 Su-35 atacando um alvo estratégico distante e se defendendo de aeronaves inimigas ao mesmo tempo.
Ou 2 Gripen atacando um alvo distante apoiados por uma aeronave REVO + 2 Gripen defendendo estas aeronaves e apoiadas por uma aeronave AEWAC.
???

Segundo) se levarmos em conta que passaremos 30 anos em PAZ a aeronave mais barata irá nos poupar alguns milhões. Caso não ocorra desta forma e entremos em algum tipo de conflito ai o jogo muda e a aeronave MAIS CAPAZ nos poupará MUITAS VIDAS E TAMBÉM MUITOS BILHÕES.

Caro Luis Henrique,

O Penguin postou a hora/vôo do Rafale, valor oficial do Ministério da Defesa Francês:26.800 euros= 35.700 dólares.
Ou seja MUITO MAIS que o valor que eu lancei no cáculo. Mesmo que o valor da hora/vôo Gripen seja US$10.000 ainda assim a diferença é gritante. A França ter ofertado um valor FIXO, provavelmente seria para a manutenção de alguns equipamentos eletrônicos. Nada mais. Combustível, spare parts, e outros provavelmente seriam somados ao contrato de CLS do Rafale.

Mas, ok pensar apenas nos custos, é mesquinhez. Mas, se observarmos o que vem acontecendo ao redor do mundo, excetuando a região Japão-China-Índia-Paquistão, a preocupação com custos vem crescendo com o consequente desmantelamento de esquadrões e diminuição de encomendas. HOJE, a preocupação é sim mais de caráter econômico.

Sobre o exemplo do que vale a pena 2 SU-35 ou 4 Gripen E/F: Na minha opinião dependeria muito do tipo de missão. Se o Gripen precisaria de Revo, acredito que o SU-35 também, a questão é outra, que sim o SU-35 entrega mais. E tem mais tempo permanência em CAP, por exemplo. Portanto, sim, um bimotor pesado como o SU-35 tem suas vantagens. A desvantagem óbvia é seu custo operacional será proporcional.

Minha solução para isso seria manter 2 tipos de aeronaves, um mais pesado, para missões que exijam esse tipo de equipamento:Interdição à longa distância, Persistência em combate. Apoiado por outro mais leve e operado em maiores quantidades, para missões de apoio aéreo, e defesa aérea mais aproximado. :)

Meu sonho de consumo no caso seria não o SU-35, mas o SU-50 "Firefox" :mrgreen: apoiados pelo Gripen E/F. :wink:

[]'s




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Justin Case
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Re: JAS-39 Gripen

#11655 Mensagem por Justin Case » Sáb Jan 19, 2013 8:07 pm

Amigos,

Focando um pouco mais o assunto, reforço o que disse sobre ser o 100% impraticável e inútil.
Quando se analisa um avião de caça, vê-se que ele comporta uma infinidade de tecnologias.
Algumas evoluem rapidamente, outras são praticamente imutáveis por várias décadas.
Em um Rafale (ou Gripen, ou SH), encontramos tecnologias da década de 80, de 90 e de 2000 e NENHUMA de 2010.
A maioria dessas tecnologias já dominamos há tempos. Estão presentes, por exemplo, nos aviões da Embraer.
Esse foi o primeiro aspecto sobre a inutilidade dos 100%. Não precisamos da maioria das tecnologias "disponibilizadas", mas algumas delas são críticas para o nosso futuro.
Um avião operacional não contém NENHUMA tecnologia no estado da arte. O estado da arte está em constante DESENVOLVIMENTO. O mais próximo que chegamos dessa tecnologia é quando é feita uma atualização da aeronave (um radar AESA, um míssil meteor, um melhoramento nos motores).
Se for olhar, por exemplo, um expoente da aviação militar, o F-22, esse avião tinha processadores da época do Pentium (lembra?). Apenas no final da década passada foram atualizados para um PPC (do início daquela década).
O que interessa então das tecnologias desses novos caças?
Somente as tecnologias críticas, aquelas que ainda não dominamos e precisamos para poder produzir algo operacionalmente útil e competitivo no mercado mundial (civil, pelo menos).
Ou seja: 100% é inútil.
Edit: Disponibilidade de 100% = "irrestrita", embora seja absurdo imaginar que alguém venha a requerer "tudo".
Como citei antes, precisamos da tecnologias CRÍTICAS, e aí está o valor do termo "irrestrito". Não são todos que podem ofertar isso. Alguns têm restrições legais e formais para compartilhar esse conhecimento, outros já estão defasados ou abdicaram totalmente de acompanhar a evolução, partindo para soluções de prateleira.
Ninguém consegue ser líder ou mesmo competitivo no mercado mundial (ou prevalente na operação militar) utilizando apenas soluções disponíveis em prateleira.
Como estar no estado da arte? Só investindo e desenvolvendo o nível máximo que já está disponível.
Se alguém quiser pegar uma tecnologia específica de qualquer um desses caças e aplicar em um novo produto, isso só pode resultar, daqui a cinco ou dez anos, em um produto tecnologicamente defasado e de performance que não o torna competitivo.
Para mim, desenvolvimento conjunto é a única solução, uma vez que não temos conhecimento inicial, prioridade, demanda nem dinheiro para fazer isso autonomamente.
Mas isso não basta. A Força Aérea tem que cumprir sua missão, e precisamos de aviões adequados agora (ontem?) ou em curto prazo.
Por isso é que eu defendo a solução do Rafale. Acho que pode associar o fornecimento de um avião de performance excelente, com a possibilidade de seguir em desenvolvimentos conjuntos.
Quanto aos foristas e suas preferências, pouquíssimos por aqui se mantêm isentos ou "em cima do muro".
Os motivos para as escolhas são variados, mas devem ser coerentes.
Todos, no entanto, devem ser capazes de avaliar a credibilidade do que é escrito. Isso faz parte do ambiente dos blogs e fóruns.
Abraços,

Justin




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