Nada, eles estão crescendo encima de nós, querem vender seus equipamentos com porteira fechada, isto é, os misseis e todos os sensores que vem juntos. Nós temos que ir lá e construir a porra de uma fábrica de aviões para eles, enquanto eles querem vender tudo de prateleira... aí é pra fuder. Eles querem vender de prateleira, perfeito, então o avião tem que ser de prateleira também. Quem se curva demais, acaba mostrando a bunda sabe....FCarvalho escreveu: ↑Sex Ago 09, 2024 1:14 pm Os radares M-200 estarem atrasados e sem recursos não é exatamente uma novidade, dado que já faz mais de 1 ano que o M-200V foi testado aqui no Amazonas, e desde então praticamente não existem mais notícias sobre o desenvolvimento do mesmo. E se a versão Vigilante não foi para frente, como esperar que a Multimissão, maior e mais complexa saia do papel?
Os indianos não deixam de ter razão na negativa de integrar seus mísseis e sistemas a um produto que sequer está pronto. E eles não tem nada a ver com a nossa negligência em termos de PDI na área de defesa.
Quem fez a merda que limpe a sua cagada.
Agora, se o EB tem grana para tirar do papel um radar contra bateria, porque não tem para terminar os M-200 que começaram antes e estavam praticamente terminando o seu desenvolvimento, com alta prioridade dada à AAe e a compra de sistemas anexos?
O futuro da AAAe no Brasil
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Re: O futuro da AAAe no Brasil
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Re: O futuro da AAAe no Brasil
Mas não dá pra fazer integração em algo que sequer existe. Vale para os indianos, vale para qualquer um.
O problema é nosso de não bancar os projetos da defesa e obedecer cronogramas. Era para os dois radares estarem prontos há tempos, e no entanto, nem um e nem outro saiu do papel. E o EB metendo os pés pelas mãos iniciando um terceiro projeto. Isso sim é que atrapalha.
Não é por acaso que a FAB deu um f..-se nisso de AAe comum e comprou radar francês pronto e com logística no país.
O problema é nosso de não bancar os projetos da defesa e obedecer cronogramas. Era para os dois radares estarem prontos há tempos, e no entanto, nem um e nem outro saiu do papel. E o EB metendo os pés pelas mãos iniciando um terceiro projeto. Isso sim é que atrapalha.
Não é por acaso que a FAB deu um f..-se nisso de AAe comum e comprou radar francês pronto e com logística no país.
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Re: O futuro da AAAe no Brasil
Fábio Machado escreveu: ↑Sex Ago 09, 2024 3:12 pmNada, eles estão crescendo encima de nós, querem vender seus equipamentos com porteira fechada, isto é, os misseis e todos os sensores que vem juntos. Nós temos que ir lá e construir a porra de uma fábrica de aviões para eles, enquanto eles querem vender tudo de prateleira... aí é pra fuder. Eles querem vender de prateleira, perfeito, então o avião tem que ser de prateleira também. Quem se curva demais, acaba mostrando a bunda sabe....FCarvalho escreveu: ↑Sex Ago 09, 2024 1:14 pm Os radares M-200 estarem atrasados e sem recursos não é exatamente uma novidade, dado que já faz mais de 1 ano que o M-200V foi testado aqui no Amazonas, e desde então praticamente não existem mais notícias sobre o desenvolvimento do mesmo. E se a versão Vigilante não foi para frente, como esperar que a Multimissão, maior e mais complexa saia do papel?
Os indianos não deixam de ter razão na negativa de integrar seus mísseis e sistemas a um produto que sequer está pronto. E eles não tem nada a ver com a nossa negligência em termos de PDI na área de defesa.
Quem fez a merda que limpe a sua cagada.
Agora, se o EB tem grana para tirar do papel um radar contra bateria, porque não tem para terminar os M-200 que começaram antes e estavam praticamente terminando o seu desenvolvimento, com alta prioridade dada à AAe e a compra de sistemas anexos?
IMHO os caras têm toda a razão e mais um pouco: seus produtos já são uma realidade, o daqui não é mais do que uma maquete com algumas características de demonstrador de tecnologia, e principalmente matéria-prima para teses de mestrado/doutorado pra tigrada "do aquário"; e quem se dispõe a comprar até mais que o dobro do pedido ORIGINAL da FAB tem mais é que fazer exigências de acordo com isso.
Vejas a própria FAB, exigiu tudo e mais um pouco por três dúzias de Gripen e a SAAB aceitou bem quietinha...
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Re: O futuro da AAAe no Brasil
Se o retrato da realidade do M-200 V/MM no texto do Caiafa refletir ainda que apenas 50% do que de fato está acontecendo com este programa, já é mais que motivo para ninguém querer ele no negócio.
Simplesmente não dá pra fazer qualquer coisa sem dinheiro. E mesmo que colocassem fundos para ele semana que vem, dificilmente esses radares estarão prontos e operacionais antes de uns 5 anos.
Até lá o EB faz o quê?
Simplesmente não dá pra fazer qualquer coisa sem dinheiro. E mesmo que colocassem fundos para ele semana que vem, dificilmente esses radares estarão prontos e operacionais antes de uns 5 anos.
Até lá o EB faz o quê?
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Re: O futuro da AAAe no Brasil
O Caiafa disse no canal dele no YT nesta semana que os indianos venderam em tempos recentes para a Armência o Akash NG. Mentira. Venderam a mesma versão que apresentaram ao EB, que é a anterior, o sistema S1, que está ainda em produção, com aquele míssil tosco.
E não vi até agora eles exportarem.
Como ele lê o Fórum para se informar agora ele vai pegar notícas de que a Armênia tem interesse em adquirir o NG. Interesse, dada a capacidade do míssil, as nações têm. O problema está nos indianos aceitarem vender. Todos queremos que o KC-390 seja o vencedor do MTA. Mas usar a atividade jornalística para fazer lobby, mentindo, é dose.
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Re: O futuro da AAAe no Brasil
Como assim??? É em troca do C-390, não é? Oras! C-390 é um produto sólido, maquete é o tal do akash NG. Mais, se for o primeiro Akash (toscão), os indianos deveriam oferecer mundos e fundos para comprarmos essa cópia meio bosta de míssil soviético. Se eles querem uma fábrica de aviões lá na Índia, então alguma tecnologia eles tem que transferir para nós. Brasileiro é foda, só mostrar dinheiro e a calcinha desce. Tem que ter alguma reciprocidade nessa operação aí, nos gastamos muita grana para desenvolver o C-390.Túlio escreveu: ↑Sex Ago 09, 2024 5:55 pmFábio Machado escreveu: ↑Sex Ago 09, 2024 3:12 pm
Nada, eles estão crescendo encima de nós, querem vender seus equipamentos com porteira fechada, isto é, os misseis e todos os sensores que vem juntos. Nós temos que ir lá e construir a porra de uma fábrica de aviões para eles, enquanto eles querem vender tudo de prateleira... aí é pra fuder. Eles querem vender de prateleira, perfeito, então o avião tem que ser de prateleira também. Quem se curva demais, acaba mostrando a bunda sabe....IMHO os caras têm toda a razão e mais um pouco: seus produtos já são uma realidade, o daqui não é mais do que uma maquete com algumas características de demonstrador de tecnologia, e principalmente matéria-prima para teses de mestrado/doutorado pra tigrada "do aquário"; e quem se dispõe a comprar até mais que o dobro do pedido ORIGINAL da FAB tem mais é que fazer exigências de acordo com isso.
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Re: O futuro da AAAe no Brasil
Fábio Machado escreveu: ↑Sáb Ago 10, 2024 3:21 pm
Como assim??? É em troca do C-390, não é? Oras! C-390 é um produto sólido, maquete é o tal do akash NG. Mais, se for o primeiro Akash (toscão), os indianos deveriam oferecer mundos e fundos para comprarmos essa cópia meio bosta de míssil soviético. Se eles querem uma fábrica de aviões lá na Índia, então alguma tecnologia eles tem que transferir para nós. Brasileiro é foda, só mostrar dinheiro e a calcinha desce. Tem que ter alguma reciprocidade nessa operação aí, nos gastamos muita grana para desenvolver o C-390.
Calma com os ufanismos, são duas coisas separadas:
O míssil parece estar pronto e antes os melancias vão lá olhar, provavelmente pra ver se os adorados ianques lá deles ficam com ciúmes e oferecem, sei lá, um mini-NASAMS pra botar no Guaraná.
Se não prestar eles não compram, oras. Aliás, e sério agora, em meu tempo de vida, se tem setor que NUNCA vi o EB comprar porcaria foi na AAAe: anos 70 foram os Roland 2, na época provavelmente o melhor SAM de Defesa de Ponto que o dinheiro podia comprar no mundo, idem os Oerlykon geminados (nunca gostei do Bofors pelo método de municiamento: se dá pra fazer cinto para 35, por que não daria pra 40?), depois vieram os Gepard (também com Oerlykon), os Igla e RBS, tudo excelente contra alvos a baixa altura e curto alcance. Resta apenas ver se mantêm a tradição em outras faixas de altitude e distância, que é o mesmo que escolher IFV: nunca tiveram nada parecido pra se basear!
O 390 é outra história, que eu saiba a EMBRAER quer até mais de uma linha de montagem do 390 (com parceria) no exterior, tendo eu lido também sobre Arábia Saudita e Coréia do Sul, talvez haja até mais interessados. BTW, não te vi reclamando da parceria com a Sierra Nevada pra fazer Super Tucano, e isto arrisca se repetir na Europa, talvez Portugal, o que na prática deixaria tudo em casa. E o ST já se pagou, enquanto o 390 ainda tá longe disso, em parte graças ao cajuzinho "sueco".
Uma parceria numa linha de montagem não significa perder tecnologia (ou a SAAB jamais toparia fazer Gripen aqui), no máximo ensaiar e instalar componentes indianos no avião, tudo isso com os caras pagando, claro.
PS.: uma curiosidade, a EMBRAER, que eu saiba, jamais desenvolveu um sucessor para aeronave do mesmo nicho, isso desde o véio Bandeco; mesmo o Super Tucano tem pouco em comum com o Tucaninho, até as missões são outras. O nicho do próprio 145 me parece abandonado por inteiro, não achei um só concorrente moderno em produção.
O míssil parece estar pronto e antes os melancias vão lá olhar, provavelmente pra ver se os adorados ianques lá deles ficam com ciúmes e oferecem, sei lá, um mini-NASAMS pra botar no Guaraná.
Se não prestar eles não compram, oras. Aliás, e sério agora, em meu tempo de vida, se tem setor que NUNCA vi o EB comprar porcaria foi na AAAe: anos 70 foram os Roland 2, na época provavelmente o melhor SAM de Defesa de Ponto que o dinheiro podia comprar no mundo, idem os Oerlykon geminados (nunca gostei do Bofors pelo método de municiamento: se dá pra fazer cinto para 35, por que não daria pra 40?), depois vieram os Gepard (também com Oerlykon), os Igla e RBS, tudo excelente contra alvos a baixa altura e curto alcance. Resta apenas ver se mantêm a tradição em outras faixas de altitude e distância, que é o mesmo que escolher IFV: nunca tiveram nada parecido pra se basear!
O 390 é outra história, que eu saiba a EMBRAER quer até mais de uma linha de montagem do 390 (com parceria) no exterior, tendo eu lido também sobre Arábia Saudita e Coréia do Sul, talvez haja até mais interessados. BTW, não te vi reclamando da parceria com a Sierra Nevada pra fazer Super Tucano, e isto arrisca se repetir na Europa, talvez Portugal, o que na prática deixaria tudo em casa. E o ST já se pagou, enquanto o 390 ainda tá longe disso, em parte graças ao cajuzinho "sueco".
Uma parceria numa linha de montagem não significa perder tecnologia (ou a SAAB jamais toparia fazer Gripen aqui), no máximo ensaiar e instalar componentes indianos no avião, tudo isso com os caras pagando, claro.
PS.: uma curiosidade, a EMBRAER, que eu saiba, jamais desenvolveu um sucessor para aeronave do mesmo nicho, isso desde o véio Bandeco; mesmo o Super Tucano tem pouco em comum com o Tucaninho, até as missões são outras. O nicho do próprio 145 me parece abandonado por inteiro, não achei um só concorrente moderno em produção.
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Re: O futuro da AAAe no Brasil
Eu li em diversas fontes indianas de mídia aberta que o Akashi NG foi comprado pela IAF. Não lembro agora quantidades. Isso teria ocorrido ano passado salvo engano.knigh7 escreveu: ↑Sáb Ago 10, 2024 1:05 pmO Caiafa disse no canal dele no YT nesta semana que os indianos venderam em tempos recentes para a Armência o Akash NG. Mentira. Venderam a mesma versão que apresentaram ao EB, que é a anterior, o sistema S1, que está ainda em produção, com aquele míssil tosco.
E não vi até agora eles exportarem.
Como ele lê o Fórum para se informar agora ele vai pegar notícas de que a Armênia tem interesse em adquirir o NG. Interesse, dada a capacidade do míssil, as nações têm. O problema está nos indianos aceitarem vender. Todos queremos que o KC-390 seja o vencedor do MTA. Mas usar a atividade jornalística para fazer lobby, mentindo, é dose.
O exército indiano usaria a primeira versão.
Eles falam muito também nessa exportação para a Armênia, mas é difícil entender de qual míssil estão falando, pois eles misturam ambas versões. É muito confuso.
De qualquer forma, o desenvolvimento do NG segundo o DRDO está finalizado e pronto para produção, em princípio para a IAF. Como eles tem lá também o Barak 8 e versões terrestres dele, há uma certa concorrência entre as empresas pelas verbas do governo.
O EB está interessado no Akashi menos pelo míssil em si do que pelas óbvias razões de off set que teremos de bancar no negócio do KC-390. Mas se os indianos começarem a ratear demais, não duvido que em dois tempos o EB se volte para Israel novamente sem maiores preocupações.
Vamos ver quem estica mais a corda.
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Re: O futuro da AAAe no Brasil
Há várias notícas relevantes:
A matéria no qual o Salles se refere é esta:
https://idrw.org/india-rejects-brazilia ... tegration/
A matéria no qual o Salles se refere é esta:
https://idrw.org/india-rejects-brazilia ... tegration/
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Re: O futuro da AAAe no Brasil
O problema continua sendo o de sempre: verba para proporcionar continuidade aos projetos do EB.
Diz-se que o M-200 Vigilante não saiu do estágio em que estava um ano atrás quando foi testado aqui. E sem recursos para finalizar o radar, vão cobrar integração com sistemas alheios?
Essa resistência indiana já era meio que esperada. Eles priorizam o "made in Índia", e não iriam abrir mão disso por causa de uma mísera bateria de mísseis. Não faz qualquer sentido. Na verdade é muita cara de pau do EB pedir integração nacional para o quase nada que diz estar interessado em comprar. E mesmo que fossem equipar todos os GAAe com uma bateria que fosse, ainda assim seria insuficiente para requerer tal integração. O mundo não funciona como na cabeça dos generais tupiniquins.
O pior de tudo, é que mesmo sem verba para terminar o projeto de desenvolvimento do M-200 o EB já se meteu a desenvolver o radar contra bateria, que até outro dia sequer estava na lista de prioridades de PDI da força.
Vai entender essa gente.
Diz-se que o M-200 Vigilante não saiu do estágio em que estava um ano atrás quando foi testado aqui. E sem recursos para finalizar o radar, vão cobrar integração com sistemas alheios?
Essa resistência indiana já era meio que esperada. Eles priorizam o "made in Índia", e não iriam abrir mão disso por causa de uma mísera bateria de mísseis. Não faz qualquer sentido. Na verdade é muita cara de pau do EB pedir integração nacional para o quase nada que diz estar interessado em comprar. E mesmo que fossem equipar todos os GAAe com uma bateria que fosse, ainda assim seria insuficiente para requerer tal integração. O mundo não funciona como na cabeça dos generais tupiniquins.
O pior de tudo, é que mesmo sem verba para terminar o projeto de desenvolvimento do M-200 o EB já se meteu a desenvolver o radar contra bateria, que até outro dia sequer estava na lista de prioridades de PDI da força.
Vai entender essa gente.
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Re: O futuro da AAAe no Brasil
No caso do negócio com os indianos dar errado, e exército seguir insistindo na integração dos mísseis com os M-200 V\MM, qual o plano B do exército, se é que existe um plano B?
A saber, os outros candidatos que até o momento já alardearam de público fazer a integração dos seus sistemas com os radares e C2 nacionais são a MBDA com o Land Ceptor, a Dielh com o IRIS-T SLM, e os israelenses com o Barak MX e Spyder.
Qualquer um desses sistemas, como o Akash indiano, a priori terão os mesmos problemas em relação aos radares nacionais, uma vez que estes não estão prontos, e como disse anteriormente, no atual ritmo de desenvolvimento, ou seja, parado, vai levar no mínimo uns 5 anos para estarem prontos e operacionais.
Até lá, fazemos o que com a AAe e seus três programas (MD, EB e FAB) que pretendem solucionar o problema de obsolescência em bloco da arma no Brasil
Por enquanto não se sabe ao certo o que a China anda oferecendo oficialmente ao exército, apenas indicações aleatórias que aparecem na mídia especializada. Mas, fato é que os chineses tem tantos sistemas AAe diferentes para todas as faixas de cobertura, que escolher fica até difícil, tendo em vista a multiplicidade de opções que se pode fazer.
Transferência de tecnologia também é algo que segue sendo oferecido por todos os eventuais concorrentes, conforme os requisitos emanados pelos documentos do exército. Até onde isto é lícito neste momento, já que encarece, e muito, qualquer proposta, quando não temos mais defesa AAe concretamente há décadas, é de se discutir.
Para quem não tem nada com o que se defender na prática, em termos de AAe, compras de oportunidade e\ou de prateleira seriam, na verdade são, talvez a única opção aceitável neste momento, e provavelmente a única que caberia no nosso bolso em curto prazo.
A ver.
A saber, os outros candidatos que até o momento já alardearam de público fazer a integração dos seus sistemas com os radares e C2 nacionais são a MBDA com o Land Ceptor, a Dielh com o IRIS-T SLM, e os israelenses com o Barak MX e Spyder.
Qualquer um desses sistemas, como o Akash indiano, a priori terão os mesmos problemas em relação aos radares nacionais, uma vez que estes não estão prontos, e como disse anteriormente, no atual ritmo de desenvolvimento, ou seja, parado, vai levar no mínimo uns 5 anos para estarem prontos e operacionais.
Até lá, fazemos o que com a AAe e seus três programas (MD, EB e FAB) que pretendem solucionar o problema de obsolescência em bloco da arma no Brasil
Por enquanto não se sabe ao certo o que a China anda oferecendo oficialmente ao exército, apenas indicações aleatórias que aparecem na mídia especializada. Mas, fato é que os chineses tem tantos sistemas AAe diferentes para todas as faixas de cobertura, que escolher fica até difícil, tendo em vista a multiplicidade de opções que se pode fazer.
Transferência de tecnologia também é algo que segue sendo oferecido por todos os eventuais concorrentes, conforme os requisitos emanados pelos documentos do exército. Até onde isto é lícito neste momento, já que encarece, e muito, qualquer proposta, quando não temos mais defesa AAe concretamente há décadas, é de se discutir.
Para quem não tem nada com o que se defender na prática, em termos de AAe, compras de oportunidade e\ou de prateleira seriam, na verdade são, talvez a única opção aceitável neste momento, e provavelmente a única que caberia no nosso bolso em curto prazo.
A ver.
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Re: O futuro da AAAe no Brasil
Duas possíveis opções de uso do sistema Akash NG para o exército.
Sem veículo trator
Com veículo trator.
A outra, e muito menos provável, diria inviável neste momento, seria isto aqui:
A envergadura dos mísseis da versão NG devem estar em torno de 300mm ou menos, em relação a versão Prime e S1 do sistema.
Os foguetes SS-60, SS-80 e SS-150 do ASTROS possuem 300mm de envergadura. Neste aspecto, dispor destes veículos como módulo básico de fogo dos Akash NG não seria de todo modo impossível.
Mas, como até radar os indianos não estão à vontade para dispor a integração.
Sem veículo trator
Com veículo trator.
A outra, e muito menos provável, diria inviável neste momento, seria isto aqui:
A envergadura dos mísseis da versão NG devem estar em torno de 300mm ou menos, em relação a versão Prime e S1 do sistema.
Os foguetes SS-60, SS-80 e SS-150 do ASTROS possuem 300mm de envergadura. Neste aspecto, dispor destes veículos como módulo básico de fogo dos Akash NG não seria de todo modo impossível.
Mas, como até radar os indianos não estão à vontade para dispor a integração.
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Re: O futuro da AAAe no Brasil
Não sei se vc se lembra de uma apresentação reservada de um certo General Teixeira Primo, comandante de uma certa Brigada de Artilharia Antiaérea, em 2020. O EB havia solicitado RFI para 3 fabricantes que tinham sistemas que atendiam ao ROC: IAI, Rafael e Diehl.
Mas com a mudança de governo, esquece. Os 2 primeiros por restrições vindas do governo atual. A última porque eu suspeito de restrições vindas do governo alemão.
Se não der certo com os indianos, é melhor o EB postergar a decisão para o próximo governo. Senão vai vir míssil xing-ling que até os russos criticam.
Mas com a mudança de governo, esquece. Os 2 primeiros por restrições vindas do governo atual. A última porque eu suspeito de restrições vindas do governo alemão.
Se não der certo com os indianos, é melhor o EB postergar a decisão para o próximo governo. Senão vai vir míssil xing-ling que até os russos criticam.
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Re: O futuro da AAAe no Brasil
Fábio Machado escreveu: ↑Sáb Ago 10, 2024 3:21 pmComo assim??? É em troca do C-390, não é? Oras! C-390 é um produto sólido, maquete é o tal do akash NG. Mais, se for o primeiro Akash (toscão), os indianos deveriam oferecer mundos e fundos para comprarmos essa cópia meio bosta de míssil soviético. Se eles querem uma fábrica de aviões lá na Índia, então alguma tecnologia eles tem que transferir para nós. Brasileiro é foda, só mostrar dinheiro e a calcinha desce. Tem que ter alguma reciprocidade nessa operação aí, nos gastamos muita grana para desenvolver o C-390.Túlio escreveu: ↑Sex Ago 09, 2024 5:55 pm
IMHO os caras têm toda a razão e mais um pouco: seus produtos já são uma realidade, o daqui não é mais do que uma maquete com algumas características de demonstrador de tecnologia, e principalmente matéria-prima para teses de mestrado/doutorado pra tigrada "do aquário"; e quem se dispõe a comprar até mais que o dobro do pedido ORIGINAL da FAB tem mais é que fazer exigências de acordo com isso.
Vejas a própria FAB, exigiu tudo e mais um pouco por três dúzias de Gripen e a SAAB aceitou bem quietinha...
Parabéns.
Voto com o relator: -'' Brasileiro é foda, ´só mostrar dinheiro e a calcinha desce''. De fato a '' elite'' brasileira não se importa com o interesse nacional, lamentavelmente e apátrida, vendida e entreguista.
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Re: O futuro da AAAe no Brasil
Lembrar eu não lembro, mas concordo consigo que qualquer eventual recusa do Akash NG dentro do ROC da AAe, a melhor alternativa é deixar para depois, e ver o que acontece. De qualquer forma os M-200 não vão sair do papel antes de 2030.knigh7 escreveu: ↑Ter Ago 13, 2024 5:00 pm Não sei se vc se lembra de uma apresentação reservada de um certo General Teixeira Primo, comandante de uma certa Brigada de Artilharia Antiaérea, em 2020. O EB havia solicitado RFI para 3 fabricantes que tinham sistemas que atendiam ao ROC: IAI, Rafael e Diehl.
Mas com a mudança de governo, esquece. Os 2 primeiros por restrições vindas do governo atual. A última porque eu suspeito de restrições vindas do governo alemão.
Se não der certo com os indianos, é melhor o EB postergar a decisão para o próximo governo. Senão vai vir míssil xing-ling que até os russos criticam.
As opções ocidentais podem até ser levadas em conta, mas concordo consigo novamente, a gestão atual dificilmente vai deixar, ou pelo menos irá procrastinar enquanto possível, qualquer coisa vinda de Israel, ainda que tenha sido aprovada, como no caso do ATMOS. E a Alemanha está de fato dando cada vez mais motivos para ser substituída na Europa como fornecedora primária de ativos militares. Franceses, italianos e ingleses agradecem. Correndo por fora, Espanha e alguns países do leste europeu. Penso que deveríamos olhar aquela região com mais atenção no que tange os projetos da Defesa.
Pessoalmente, como já disse aqui várias vezes, já temos o sistema AAe 90% pronto com insumos nacionais, o que nos falta mesmo são os mísseis e a integração com plataformas e sistemas C4ISR. Neste aspecto, como EB e FAB agora andam a falar em sistemas de longo alcance, me parece sensato olhar novamente para a família Umkhonto, da Denel, que já nos foi oferecida anos atrás enquanto parceira para desenvolvimento e co-produção local. A meu ver, se pudermos fazer com que do dinheiro do financiamento venha de alguma fonte externa ao orçamento, e seja de longo prazo, como a FINEP, e outros, temos aqui SIATT, AKAER, e mais uma ou outra empresa na BIDS com capacidade neste segmento, e não seria difícil apostar neste sistema sul africano como a melhor opção a longo prazo para nós. A última versão proposta atingia os 60 km de alcance, enquanto a básica tinha entre 20 e 40 km. De lambuja, poderíamos nos colocar novamente na fronteira do desenvolvimento com o BVR Marlin e o A-DARTER. Temos expertise e competência para isso. Basta alinhar a questão orçamentária. Até o MAR-1 poderia ser redivivo nesta parceria com os sul africanos, evitando a repetição de erros passados.
Temos tempo? Aparentemente sim, visto que o horizonte distante sul americano não inclui na agenda nenhum conflito ou questões mais sérias que mereçam soluções urgentes. E como de praxe em quase tudo que é política de Estado no país, se houver necessidade urgente, sempre podemos recorrer aos depósitos e estoques dos fornecedores tradicionais ou eventualmente de algum novo fornecedor diferente do habitual como quebra galho.
Em tempo, há hoje no país, mesmo com todos os contratempos orçamentários, uma luz no fim do túnel que releva que mesmo (re)começando agora, o desenvolvimento de uma família de mísseis como os que citei acima, ainda assim seria benéfico para nós no longo prazo. As ffaa's estão muito focadas na transferência e desenvolvimento de novas tecnologias no pais, além da pertinente e obrigatória capacitação industrial e logística da BIDS, a fim de prover o sustento necessário aos sistemas que se deseja obter e operar no futuro. Esta é apenas uma das muitas lições reaprendidas com a guerra da Ucrânia. Penso que o caminho seja esse. O problema todo é resolver ao menos em parte a questão orçamentária. Mas isso com gestão focada no que é de fato importante pode ser resolvido, principalmente se for dada a devida prioridade aos processos de PDI em todas as forças, ainda que o custo em tempo e recursos seja alto tendo em vista o resultado no longo prazo.
Por fim, a nossa demanda para manter linhas de produção ativas no país é pequena e refratária, mas há de se ver também que as ffaa's raramente utilizam seus estoques de armamento real para treinamento, o que pode ser também contornado com novas políticas de emprego, treinamento e formação, tendo em vista a manutenção de compras regulares junto à BIDS. Para isso o planejamento orçamentário tem que ser revisto, de forma a priorizar o que de fato é importante e necessário. Temos muita gordura saturada para cortar no orçamento da Defesa. É questão de coragem e iniciativa, a priori, do MD. E de vontade política, claro.
Temos apenas 6 GAAe, incluindo a única OM de selva em Manaus. Daqui a pouco teremos mais 1 ou 2 novas OM AAe a curto e médio prazo. Continua não sendo muito, mas a rigor, com 3 bia cada, são 18 lançadores por GAAe. Tirando o 12o GAAe Sl, que utiliza primariamente o RBS-70NG, todos os demais grupos poderiam ser equipados completamente com lançadores de mísseis e\ou canhões automáticos. Seriam, teoricamente, até 7 GAAe a equipar, de forma que a demanda para mísseis recomendaria a produção\aquisição de mais de uma centena de mísseis. Número mais que suficiente para sustentar e pagar o investimento feito neles. Seriam 18 a 21 baterias com, potencialmente, entre 756 a 864 unidades iniciais de produção, sem direito a reserva para estoques táticos e\ou estratégicos. Se forem anotadas estas últimas, o número passa facilmente de 3 mil unidades do míssil escolhido. Considere-se 6 mísseis por lançador, como no Akash NG.
Lembrar que cada grupo AAe, no manual, precisa necessariamente dispor de capacidade para emprego imediato de carga e 2 recargas. Este é o padrão. Qualquer exército de primeiro mundo garante isto como sendo o mínimo necessário a si para ter alguma dissuasão crível. E nós não somos diferentes de ninguém.
Idem para todos os outros sistemas citados acima. Parece muito, e realmente é diante da nossa eterna sofreguidão clássica em relação aos assuntos da Defesa Nacional. Mas, na hora da necessidade, qualquer muito sempre será pouco quando se tem a vida ou liberdade por um fio. E nós também não somos diferentes neste aspecto, mesmo crendo que sim.
Carpe Diem