knigh7 escreveu: ↑Sáb Jul 20, 2024 5:19 pm
FCarvalho escreveu: ↑Sáb Jul 20, 2024 2:08 pm
Esta era a proposta a partir da aquisição dos lançadores do RBS-70NG e Girafe 1X sobre o Guarani.
Se não estou enganado isto aparentemente subiu no muro depois da última LAAD 2023, e ficou meio que perdido, já que o EB não falou mais no assunto.
Conquanto, tais quantidades, como se pode ver, não são suficientes para cobrir todas as bdas mec que se pretende, sendo apenas um paliativo para as mesmas em termos de defesa AAe.
Me parece que o exército continua sem saber o que fazer ainda neste assunto, mesmo tendo os manuais nas mãos dizendo o que é para ser feito. Mas sei lá. Vai ver essa gente já não lê os próprios manuais há muito tempo, de tão antigos que são.
Aquilo foi apenas uma ilustração. O EB não abriu nenhum processo de aquisição da AAAe para os Guaranis, até porque a viraturas antiaéreas serão recebidas a partir de 2028.
O documento mais recente que encontrei sobre o assunto é este aqui:
PORTARIA - EME/C EX Nº 944, DE 12 DE JANEIRO DE 2023
Aprova a Diretriz de Concepção Integrada da Viatura Blindada de Combate Antiaérea Média Sobre Rodas e cria o Grupo de Trabalho para elaboração dos elementos de definição e do Estudo de Viabilidade (EV) (EB20-D-08.059).
Como se pode ver, tem mais de ano e meio que foi emitida, tendo os resultados em 120 dias podendo ser prorrogado, consecutivamente, por mais 30 dias. Não encontrei nada sobre os resultados destes estudos, e menos ainda qualquer nova diretriz sobre a VBC AAe MSR.
Isto significa que o EB ainda não sabe o que fazer, ou não está interessado em resolver esta questão por agora, já que como bem dissestes, o modelo só começa a entrar em operação daqui a 4 anos. Na cronologia da adm pública isso é tempo pra caramba.
Era para ter um resultado em maio de 2023, mas estamos em julho de 2024, praticamente 1 anos e 2 meses sem que tivéssemos uma resposta. Para mim o negócio subiu no muro e não desceu mais.
Outra coisa que me chamou a atenção foi esta parte aqui:
Concepção Integrada da Viatura Blindada de Combate Antiaérea Média Sobre Rodas de Seção de Artilharia Antiaérea Mecanizada de Mísseis,
Se entendi corretamente, esta seção faz parte da CiaCmdoAp dos RCM, a priori. Pode ser, também, parte da CiaCmdoAp dos BIMec. Ao menos entendo seção como parte da SU componente das OM citas. Não sei se o EB teria a liberalidade de apor em nível seção a defesa AAe na CiaCmdoAp das brigadas, que no caso, seria um pelotão, e não seção. Mas isto no fim acaba sendo apenas mera questão de nomeclatura. O EB põe e dispõe de quantos veículos achar que consegue manter nos diversos níveis operacionais.
Outra questão que chama a atenção é a seguinte, sobre os objetivos:
3. OBJETIVOS
a. Obter Viaturas Blindadas de Combate Antiaéreas Média sobre Rodas(versões Unidade de Tiro e Controle e Alerta);
b. Integrar o sistema de plataforma veicular da família de blindados Guarani com o subsistema de mísseis antiaéreos de baixa altura de dotação do Exército e subsistema de controle e alerta, no escalão Seç AAAe Msl;
h. Proporcionar capacidade de DAAe móvel às Brigadas Mecanizadas/Blindadas.
A ideia segue sendo, até nova norma em contrário, equipar os Guarani com os RBS-70NG, que salvo melhor juízo, é o subsistema míssil AAe de curto alcance padrão hoje no exército, além da unidade de controle e alerta(radar).
Em adendo, mesmo falando apenas do Guarani, a ideia está focada em cobrir, também, as bdas bldas. De que forma, a ver.
O uso está restrito ao escalão seção AAe Msl das OM das bdas, ou seja, no meu entendimento, RCM e BIMec.
Enfim, pelo que consta até agora, este EV não trouxe nenhuma novidade em termos práticos quanto à VBC AAe MSR, ainda que o objetivo fosse equipar os Guarani com os RBS-70NG. Porque a coisa toda parou no meio do caminho, não sei dizer. E a SAAB também não fala mais no assunto.
Com 49 undes tiro, com uma seção sendo formada por 2 ou 3 veículos, é possível equipar entre 24 e 16 seções AAe Msl, de forma a integrar 12 RCM + 12 BIMec ou 10 RCM + 4 BIMec + 2 EsqCavMec (2 bda bldas). Apesar do documento falar da defesa AAe das brigadas, ainda faltaria equipar os PelAAe da CiaCmdoAp das brigadas, estes, teoricamente, voltados para a defesa de média altura das GU, e que seria equivalente a uma Bia AAe, ou o que o exército achar necessário.
Enfim, me parece que a solução apresentada neste estudo de viabilidade não será objetivamente a que será adotada. Principalmente levando em conta a quantidade de novos produtos que estão aparecendo no mercado e que podem atender as demandas e requisitos propostos pelo exército. Até a UT30BR 2 poderia servir de torre AAe se equipada para tal, mas isto é algo que dificilmente acontecerá. Resta a TORC30 ou a UT30 Mk II a serem adaptadas conforme as indicações acima. Ao menos em nível de seção, seriam escolhas a meu ver muito melhor e adequadas ao que se pretende.
A ver.