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Re: GEOPOLÍTICA

Enviado: Qua Jan 06, 2010 6:01 pm
por alexmabastos
Marino escreveu:
Pois é colega Marino.
Não adianta nascer deitado em berço esplêndido e, estar adormecido.
Água, terras férteis e energia, estar o mais próximo possível destas fontes no século 21.
É esta a leitura que faço do objetivo primário das bases dos EUA na Colômbia.
Pois é Rogério.
Vamos pensar um pouquinho só mais adiante.
- Bases americanas na AS hoje;
- Recriação da 4ª Frota;
- Criação do Comando Africano;
- A Índia considera o Índico sua área de influência;
- A China monta uma base naval no Índico;
- A China possui imenso interesse nos recursos africanos, já agindo agressivamente para agradar e convencer governos locais;
- A China, para garantir seus recursos aplicados na África, monta uma base naval aqui em frente. Avalio que a Namíbia seria uma opção.
Os focos de tensão:
- Índia e China no Índico;
- Índia e EUA no Índico;
- EUA e China no Índico;
- China e EUA na África (Atlântico), levando "por atração" a Índia.
O Brasil, em berço esplêndido, já explorando o pré-sal, fica olhando o fudevu de caçarola aqui em frente.
E tem gente que não quer PA na MB, quer perna curta na FAB, etc.
Citei algo de ser uma quase piada o Gripen na Fab lá nas aéreas mas fui meio "mal compreendido". Acho que quem o defende tem que pensar fora da caixa, é um pensamento pequeno, um tanto quanto inocente. O jogo vai ser cada vez maior mesmo. Insistem em não ver.
Mais uma coisa, a RN também vai querer um pedaço desse bolo aí do Atlântico, não?

Re: GEOPOLÍTICA

Enviado: Qua Jan 06, 2010 6:26 pm
por Marino
A RN está presente desde os tempos do Império Britânico, e não vai sair.
O pessoal das aéreas não gosta de dar uma passada aqui não.
Pena.

Re: GEOPOLÍTICA

Enviado: Qua Jan 06, 2010 7:29 pm
por Carlos Mathias
O pessoal das aéreas não gosta de dar uma passada aqui não.
Pena.
Olha Marino, eu me recuso a crer que uma Força pense tão pequeno, se é que me entendes. :?
Aliás, tenho certeza que entende.

Ah, rebateste bem o colega que quis dar uma esfolada na MB lá nas "aéreas", não deu nem pro começo.
Parabéns pela defesa da tua casa, atualmente, meu orgulho.

Abraços!

Re: GEOPOLÍTICA

Enviado: Qua Jan 06, 2010 8:27 pm
por Marino
Valeu.

Re: GEOPOLÍTICA

Enviado: Qua Jan 06, 2010 8:31 pm
por Marino
Não dá para fazer isso agora, mas adiante pretendo criar um tópico que apresente a TEORIA da Geopolítica, como fiz com a Estratégia Naval.
Vai dar trabalho, vai servir só para aqueles que quiserem continuar a pesquisar sozinhos, mas embasaria teoricamente as discussões deste tópico.
Para depois de fevereiro.

Re: GEOPOLÍTICA

Enviado: Qua Jan 06, 2010 9:45 pm
por irlan
Promessa é dívida Marino!! :lol:
Brincadeiras a parte estou na espera do novo tópico :wink:

Re: GEOPOLÍTICA

Enviado: Qua Jan 06, 2010 9:48 pm
por Rock n Roll
Prezado colega Marino.
Na indústria offshore desde os contratos de risco, pqdt ( modéstia a parte) e MG/MR/MP; Com passagem pela África ocidental, além de rato de sebo neófito no assunto.
Vou contribuir como for possível.
By the way, estou mastigando devagar um alfarrábio com o título The Battle For The Falklands, dos jornalistas Max Hastings, enbeded com o 2º Para, e Simon Jenkins no almirantado. Até agora um bom relato sem cair no tendencioso.
Lembrou bem o colega alexmabastos.
Já tive a oportunidade de trabalhar com veteranos ingleses da RN e de diferentes armas que estiveram no causo. Um deles, ex-RN, me contou que houve spot de subs dos EUA para a Fleet. Well, vai saber. A RN não vai deixar de reclamar sua fatia isso é certo.
TÔ dentro. [005]

Re: GEOPOLÍTICA

Enviado: Qui Jan 07, 2010 1:58 pm
por Marino
The Wall Street Journal
Brazil Steers an Independent Course

Washington needs to rethink its assumptions on South America.

Until recently, the Obama administration assumed that Brazil and the United States were natural allies who shared many foreign policy interests, particularly in Latin America. Brazil, after all, is a friendly democracy with a growing market economy and Western cultural values.

It will soon be the fifth largest economy in the world. It recently discovered billions of barrels of petroleum in the deep waters off its coast and is an agricultural powerhouse. It has also made significant progress in eradicating poverty. It therefore seemed only natural to expect that as Brazil became "more like us," it would seek to play a more active and constructive role in this hemisphere, and that U.S. and Brazilian political and security interests would largely coincide.

This now seems like wishful thinking. On a number of important political and security issues, Washington and Brasilia recently have not seen eye to eye. Nor has Brazil shown much leadership in tackling the important political and security challenges facing the region.

One example is Brazil's role in UNASUR (Union of South American Nations). At a September meeting in Quito focused on regional security issues, topics not discussed included the multibillion-dollar arms race in the region, the granting of sanctuary and other forms of aid by Venezuela to the Revolutionary Armed Forces of Colombia (FARC), a Colombian narco-guerrilla group, and the growing nuclear cooperation between Iran and Venezuela. Instead, Brazil joined UNASUR in criticizing Colombia for having agreed to allow the U.S. to use seven of its military bases for counterterrorist and counter narcotics activities inside Colombia.

The fact that Colombia has been under attack by an armed guerrilla group supported by some members of the Union was not considered relevant to the organization's decision to criticize Colombia for seeking help from Washington. Furthermore, none of the democratic countries in South America, including Brazil, has offered military or even rhetorical support to besieged Colombia.

Another example is Brazil's changing position concerning the importance of democratic governance. Both Brazil and the U.S. initially opposed the Honduran military's removal from office of the democratically elected president, Manuel Zelaya, despite the fact that Mr. Zelaya had violated Honduras's constitution.

Brazil's interest in democracy in Honduras does not, however, extend to Cuba. Only weeks earlier, Brazil voted in the Organization of American States to lift the membership ban on Cuba—a country that has not held a democratic election in 50 years. This decision contradicted the organization's democratic charter.

Brazil also has never tried to mobilize support against Venezuelan President Hugo Chávez's use of democratic institutions to systematically destroy that country's democracy. On the contrary, Brazil's President Lula da Silva is supporting Venezuela's efforts to join Mercosur (a South American customs union), despite rules that limit membership to democratic countries.

Finally, there is the issue of Brazil's apparent lack of concern regarding Iran's increasing penetration into Latin America through Venezuela. There are now weekly flights between Caracas and Tehran that bring passengers and cargo into Venezuela without any customs or immigration controls. Venezuela has also signed agreements with Iran for transferring nuclear technology, and there is speculation it is giving Iran access to Venezuelan uranium deposits.

Instead of expressing concern over Iran's activities in Latin America, Brazil is drawing closer to Tehran and hopes to expand its $2 billion bilateral trade to $10 billion in the near future. President Lula recently hosted President Mahmoud Ahmadinejad in Brazil. He reiterated his support for Iran's right to develop nuclear technology for peaceful uses, while insisting that there is no evidence that Iran is developing nuclear weapons.

Several conclusions can be drawn from Brazil's behavior. First, Brazil wants to prevent the U.S. from expanding its military involvement in South America, which Brazil regards as its sphere of influence. Second, Brazil much prefers working within multilateral institutions, rather than acting unilaterally.

Within these institutions, Brazil seeks to integrate all regional players, achieve consensus and avoid conflict and fragmentation—all worthy goals. But these are procedural, rather than substantive, goals.

Stated differently, Brazil's multilateral efforts in the region seem to value the appearance of leadership over finding real solutions to the growing political and security threats facing Latin America. These conclusions do not imply that the U.S. and Brazil have no overlapping interests, or that they cannot work together to solve particular regional or even global issues. They do mean Washington may need to rethink its assumptions regarding the extent to which Brazil can be relied on to deal with political and security problems in Latin America in ways that are also compatible with U.S. interests.

Re: GEOPOLÍTICA

Enviado: Qui Jan 07, 2010 7:54 pm
por Rock n Roll
Pelo artigo acima no post do Marino, a impressão é a da retórica. Não se consegue vislumbrar como, fator tempo, a administração Obama poderia amenizar toda uma sucessão de políticas tão equivocadas quanto preconceitusas praticadas pelos seus antecessores para com a AL. Mesmo porque não há uma cristalização da própria política e da administração Obama perante seu público interno.

Basta um próximo governo republicano WARM e toda a AL volta a ser de cucarachas e el cheapos.
Toda uma história de desgaste dos EUA para com a AL pairam sobre qualquer aproximação. O governo Obama colhe os frutos amargos do que foi plantado por seus antecessores nos últimos 30 anos.
Se Obama conseguir uma aprovação do seu público interno, que sinalize uma tendência para um 2º mandato o caso será outro. Até lá os EUA terão uma receptividade morna e desconfiada na AL. Tendo a Colômbia como única porta de entrada. Caso não surja um fato realmente relevante, ou, que os lap tops recuperados na operação na fronteira Colômbia-Equador, que abateu Reyes das FARC, contenha algo mais substancioso que movimento de caixa...

Enfim, nada além de exercício retórico, cheio de senões e pouca objetividade. Sem fatos concretos, que somente terão relevância a partir de sólidos e claros movimentos no âmbito da diplomacia, e,(ou) através da OEA. Hillary não tem a estatura de Kissinger. Até agora aparenta ser apenas um quadro acomodado no interesse da política partidária, sem a envergadura que a função exige.
Particularmente no tocante ao momento na AL, onde o ambiente político entre os atores cada vez mais se parece com uma troca de favores e chantagens; Muito menos do que a diplomacia e políticas mínimamente necessárias para a formação de um bloco continetal como a UE.

Principalmente porque fica claro na matéria o esfoço em apontar, pejorativamente, o que acontece na AL mas, sem dizer quais são as intenções e os planos da administração Obama para a região. [005]

Re: GEOPOLÍTICA

Enviado: Sex Jan 08, 2010 12:19 am
por Carlos Mathias
Ou seja, a nau segue o mesmo rumo de sempre. A deles, quero dizer. :wink:

Re: GEOPOLÍTICA

Enviado: Sex Jan 08, 2010 3:06 pm
por Rock n Roll
É isso aí matéria.
Seguinte, estou aproveitando o tempo (raro) pesquisando notícias sobre o a situação no Iêmen e na Somália. No caso do Iêmen como um novo foco de tensão bem no canal de tráfego para Suez. E, no caso da Somália mais complicado ainda.
Mal comparando, a Somália e o Iêmen, para a Al-Quaeda e afins, podem estar virando uma espécie de Port Royal ou Tortuga do século 21. Assim que eu achar algo com alguma consistência divido.
Sds. [005]

Re: GEOPOLÍTICA

Enviado: Sáb Jan 09, 2010 10:00 am
por Rock n Roll
Prezado Marino, ao se confirmarem as notícias desta manhã no Etadao Online vc poderia fazer um comparativo da balança militar na AL ? Saiu até notícia de PA em nota oficial.
Sds.
:?: :?: :?:

Re: GEOPOLÍTICA

Enviado: Sáb Jan 09, 2010 11:30 am
por Marino
Existe um site argentino, de estudos estratégicos, que faz isso anualmente.
Veja só:
http://www.nuevamayoria.com/index.php?o ... &Itemid=30
Acho que dá uma boa visão.

Re: GEOPOLÍTICA

Enviado: Sáb Jan 09, 2010 11:43 am
por Quiron
Em relação ao artigo postado pelo Marino e da visão americana sobre nós, creio que com Obama ou sem Obama, continuam apitando nos EUA os velhos caciques do Federal Reserve, aos quais a imensa maioria de seus políticos bate continência. Não existe e nem existirá mudança de rumos para aquele país nos próximos anos. Entra presidente, sai presidente mas os velhacos de sempre continuam apitando de dentro de seus gabinetes, sempre as mesmas velhas figuras indicadas pelo Federal Reserve americano, comandando as políticas desde antes da era Clinton.

Portanto, mudanças de discurso veremos muitas, assim como afagos e propostas de todos os tipos, mas no fim é tudo vazio. O roteiro que aquelas figuras desenharam para nós é antigo e não é o roteiro que queremos - o que não me faz necessariamente concordar com nossa recente aproximação com o Irã e demais párias bolivarianos, muito menos aceitar justificá-las por pretextos financeiros.

Re: GEOPOLÍTICA

Enviado: Sáb Jan 09, 2010 8:27 pm
por Rock n Roll
Valeu Marino. Irei até lá. :D