Re: O futuro da AAAe no Brasil
Enviado: Sáb Set 02, 2023 1:20 pm
Falando em programa defesa AAe comum, até agora não vi nenhum sistema que possa se adequar às condições da região norte - clima, relevo, vegetação - para operação dentro da atual organização do EB por aqui. Todos os sistemas são grandes, pesados e com mobilidade extremamente dependente do modal rodo-aéreo para deslocamento. Nada que combine com a completa falta de infraestrutura e de logística adequada que o exército dispõe por aqui. A não ser que a ideia seja operar tudo em bases fixas e seja o que Deus quiser. Neste aspecto, adotar um único tipo de equipamento comum a todas as forças se mostra, de novo a meu ver, uma ideia pouco lógica e contraproducente.
Os RBS-70NG podem fazer a cobertura a nível GAAe ou BiaAAe no limite da baixa altura\alcance das brigadas de selva, complementando os Manpad que devem existir nos Pel AAe de cada BIS. Mas quando se fala em média altura\alcance, estamos em uma situação complicada pois nada do que nos foi mostrado até agora se encaixa nas condições amazônicas de operação.
Notar que tudo por aqui depende do transporte por balsas e\ou barcos regionais, ou o que se consiga à mão dos meios civis locais, e de helos e aviões que não existem em quantidade e qualidade suficiente em nenhuma das 3 forças, e que provavelmente nunca existirão. Assim, qualquer sistema AAe que se queira implantar aqui além da defesa de curto alcance\altura torna-se um desafio muito maior, já que seguimos com esta ideia errática de adotar um sistema único para todos.
Em termos de defesa AAe na região norte o EB tem necessidade de pelo menos 3 ou 4 GAAe de média e longa distância\altura, visto as demandas para a defesa de pontos focais do poder militar e civil. Na baixa altura os sistemas suecos e os mísseis Manpad podem servir para a defesa primária dos comandos de fronteira e dos BIS, mas, no que tange alvos considerados estratégicos, como as sedes dos comandos de área e região militar, assim como os sistemas de C4ISR na região, é indispensável a cobertura em camadas superiores, inclusive, e principalmente, contra munições guiadas e mísseis, que seria a primeira vaga de ataque contra nós na região, a fim de isolar a mesma do resto do país. Alvos prioritários como Tucuruí, e o restante do sistema de distribuição da rede elétrica também devem ser protegidos em escala, assim como a rede de comunicações via satélite e outras.
Em termos organizacionais, os comandos de fronteira, a depender do sistema adotado, além de Manpad e RBS-70NG, poderiam contar também com elementos de média altura\alcance, visto que a posição em que se encontram favorece a defesa AAe em profundidade a estendendo para além dos limites do nosso território. Tal capacidade a meu ver é no mínimo requisito básico para uma defesa efetiva e a devida dissuasão.
Manaus e Belém por serem a sede dos comandos de área e região militar com certeza devem dispor de seus próprios sistemas de defesa AAe fixos, em complemento aos da FAB e MB, que também tem nestas cidades a sede de COMAR e Distritos Navais.
Aqui cabe perguntar se não seria o caso de adotar-se sistemas de longo alcance ao invés de médio alcance\altura, ou ambos, com as forças operando-os de forma complementar a fim de não incorrer na duplicação de esforços e sistemas. idem Porto Velho, que também deve contar com tais sistemas, vide ser sede de um dos centros de comando do Cindacta IV. Cabe pensar também em Boa Vista e Macapá, que tem limites fronteiriços com países que potencialmente podem abrigar forças estrangeiras com capacidade de ataque ao país.
Para ilustrar:
Os RBS-70NG podem fazer a cobertura a nível GAAe ou BiaAAe no limite da baixa altura\alcance das brigadas de selva, complementando os Manpad que devem existir nos Pel AAe de cada BIS. Mas quando se fala em média altura\alcance, estamos em uma situação complicada pois nada do que nos foi mostrado até agora se encaixa nas condições amazônicas de operação.
Notar que tudo por aqui depende do transporte por balsas e\ou barcos regionais, ou o que se consiga à mão dos meios civis locais, e de helos e aviões que não existem em quantidade e qualidade suficiente em nenhuma das 3 forças, e que provavelmente nunca existirão. Assim, qualquer sistema AAe que se queira implantar aqui além da defesa de curto alcance\altura torna-se um desafio muito maior, já que seguimos com esta ideia errática de adotar um sistema único para todos.
Em termos de defesa AAe na região norte o EB tem necessidade de pelo menos 3 ou 4 GAAe de média e longa distância\altura, visto as demandas para a defesa de pontos focais do poder militar e civil. Na baixa altura os sistemas suecos e os mísseis Manpad podem servir para a defesa primária dos comandos de fronteira e dos BIS, mas, no que tange alvos considerados estratégicos, como as sedes dos comandos de área e região militar, assim como os sistemas de C4ISR na região, é indispensável a cobertura em camadas superiores, inclusive, e principalmente, contra munições guiadas e mísseis, que seria a primeira vaga de ataque contra nós na região, a fim de isolar a mesma do resto do país. Alvos prioritários como Tucuruí, e o restante do sistema de distribuição da rede elétrica também devem ser protegidos em escala, assim como a rede de comunicações via satélite e outras.
Em termos organizacionais, os comandos de fronteira, a depender do sistema adotado, além de Manpad e RBS-70NG, poderiam contar também com elementos de média altura\alcance, visto que a posição em que se encontram favorece a defesa AAe em profundidade a estendendo para além dos limites do nosso território. Tal capacidade a meu ver é no mínimo requisito básico para uma defesa efetiva e a devida dissuasão.
Manaus e Belém por serem a sede dos comandos de área e região militar com certeza devem dispor de seus próprios sistemas de defesa AAe fixos, em complemento aos da FAB e MB, que também tem nestas cidades a sede de COMAR e Distritos Navais.
Aqui cabe perguntar se não seria o caso de adotar-se sistemas de longo alcance ao invés de médio alcance\altura, ou ambos, com as forças operando-os de forma complementar a fim de não incorrer na duplicação de esforços e sistemas. idem Porto Velho, que também deve contar com tais sistemas, vide ser sede de um dos centros de comando do Cindacta IV. Cabe pensar também em Boa Vista e Macapá, que tem limites fronteiriços com países que potencialmente podem abrigar forças estrangeiras com capacidade de ataque ao país.
Para ilustrar: