O futuro da AAAe no Brasil
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Re: O futuro da AAAe no Brasil
Falando em programa defesa AAe comum, até agora não vi nenhum sistema que possa se adequar às condições da região norte - clima, relevo, vegetação - para operação dentro da atual organização do EB por aqui. Todos os sistemas são grandes, pesados e com mobilidade extremamente dependente do modal rodo-aéreo para deslocamento. Nada que combine com a completa falta de infraestrutura e de logística adequada que o exército dispõe por aqui. A não ser que a ideia seja operar tudo em bases fixas e seja o que Deus quiser. Neste aspecto, adotar um único tipo de equipamento comum a todas as forças se mostra, de novo a meu ver, uma ideia pouco lógica e contraproducente.
Os RBS-70NG podem fazer a cobertura a nível GAAe ou BiaAAe no limite da baixa altura\alcance das brigadas de selva, complementando os Manpad que devem existir nos Pel AAe de cada BIS. Mas quando se fala em média altura\alcance, estamos em uma situação complicada pois nada do que nos foi mostrado até agora se encaixa nas condições amazônicas de operação.
Notar que tudo por aqui depende do transporte por balsas e\ou barcos regionais, ou o que se consiga à mão dos meios civis locais, e de helos e aviões que não existem em quantidade e qualidade suficiente em nenhuma das 3 forças, e que provavelmente nunca existirão. Assim, qualquer sistema AAe que se queira implantar aqui além da defesa de curto alcance\altura torna-se um desafio muito maior, já que seguimos com esta ideia errática de adotar um sistema único para todos.
Em termos de defesa AAe na região norte o EB tem necessidade de pelo menos 3 ou 4 GAAe de média e longa distância\altura, visto as demandas para a defesa de pontos focais do poder militar e civil. Na baixa altura os sistemas suecos e os mísseis Manpad podem servir para a defesa primária dos comandos de fronteira e dos BIS, mas, no que tange alvos considerados estratégicos, como as sedes dos comandos de área e região militar, assim como os sistemas de C4ISR na região, é indispensável a cobertura em camadas superiores, inclusive, e principalmente, contra munições guiadas e mísseis, que seria a primeira vaga de ataque contra nós na região, a fim de isolar a mesma do resto do país. Alvos prioritários como Tucuruí, e o restante do sistema de distribuição da rede elétrica também devem ser protegidos em escala, assim como a rede de comunicações via satélite e outras.
Em termos organizacionais, os comandos de fronteira, a depender do sistema adotado, além de Manpad e RBS-70NG, poderiam contar também com elementos de média altura\alcance, visto que a posição em que se encontram favorece a defesa AAe em profundidade a estendendo para além dos limites do nosso território. Tal capacidade a meu ver é no mínimo requisito básico para uma defesa efetiva e a devida dissuasão.
Manaus e Belém por serem a sede dos comandos de área e região militar com certeza devem dispor de seus próprios sistemas de defesa AAe fixos, em complemento aos da FAB e MB, que também tem nestas cidades a sede de COMAR e Distritos Navais.
Aqui cabe perguntar se não seria o caso de adotar-se sistemas de longo alcance ao invés de médio alcance\altura, ou ambos, com as forças operando-os de forma complementar a fim de não incorrer na duplicação de esforços e sistemas. idem Porto Velho, que também deve contar com tais sistemas, vide ser sede de um dos centros de comando do Cindacta IV. Cabe pensar também em Boa Vista e Macapá, que tem limites fronteiriços com países que potencialmente podem abrigar forças estrangeiras com capacidade de ataque ao país.
Para ilustrar:
Os RBS-70NG podem fazer a cobertura a nível GAAe ou BiaAAe no limite da baixa altura\alcance das brigadas de selva, complementando os Manpad que devem existir nos Pel AAe de cada BIS. Mas quando se fala em média altura\alcance, estamos em uma situação complicada pois nada do que nos foi mostrado até agora se encaixa nas condições amazônicas de operação.
Notar que tudo por aqui depende do transporte por balsas e\ou barcos regionais, ou o que se consiga à mão dos meios civis locais, e de helos e aviões que não existem em quantidade e qualidade suficiente em nenhuma das 3 forças, e que provavelmente nunca existirão. Assim, qualquer sistema AAe que se queira implantar aqui além da defesa de curto alcance\altura torna-se um desafio muito maior, já que seguimos com esta ideia errática de adotar um sistema único para todos.
Em termos de defesa AAe na região norte o EB tem necessidade de pelo menos 3 ou 4 GAAe de média e longa distância\altura, visto as demandas para a defesa de pontos focais do poder militar e civil. Na baixa altura os sistemas suecos e os mísseis Manpad podem servir para a defesa primária dos comandos de fronteira e dos BIS, mas, no que tange alvos considerados estratégicos, como as sedes dos comandos de área e região militar, assim como os sistemas de C4ISR na região, é indispensável a cobertura em camadas superiores, inclusive, e principalmente, contra munições guiadas e mísseis, que seria a primeira vaga de ataque contra nós na região, a fim de isolar a mesma do resto do país. Alvos prioritários como Tucuruí, e o restante do sistema de distribuição da rede elétrica também devem ser protegidos em escala, assim como a rede de comunicações via satélite e outras.
Em termos organizacionais, os comandos de fronteira, a depender do sistema adotado, além de Manpad e RBS-70NG, poderiam contar também com elementos de média altura\alcance, visto que a posição em que se encontram favorece a defesa AAe em profundidade a estendendo para além dos limites do nosso território. Tal capacidade a meu ver é no mínimo requisito básico para uma defesa efetiva e a devida dissuasão.
Manaus e Belém por serem a sede dos comandos de área e região militar com certeza devem dispor de seus próprios sistemas de defesa AAe fixos, em complemento aos da FAB e MB, que também tem nestas cidades a sede de COMAR e Distritos Navais.
Aqui cabe perguntar se não seria o caso de adotar-se sistemas de longo alcance ao invés de médio alcance\altura, ou ambos, com as forças operando-os de forma complementar a fim de não incorrer na duplicação de esforços e sistemas. idem Porto Velho, que também deve contar com tais sistemas, vide ser sede de um dos centros de comando do Cindacta IV. Cabe pensar também em Boa Vista e Macapá, que tem limites fronteiriços com países que potencialmente podem abrigar forças estrangeiras com capacidade de ataque ao país.
Para ilustrar:
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- FCarvalho
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Re: O futuro da AAAe no Brasil
Uma visão do futuro que seria importante dispor como capacidade de auto defesa AAe para os PEF, e que ainda favoreceria as localidades onde o SISFRON for implantado.
É só substituir o Land Rover por uma AM-21 Marruá.
Ou este conjunto, com as Marruá sendo os veículos base, e adotado pela Finlândia:
ASRAD-R
Em complemento os indefectíveis Manpad.
Notar que o SISFRON será integrado com seus sistemas praticamente em quase todas as OM de fronteira, seja com SU de C4ISR, seja com radares e outros dispositivos necessários á manutenção e operação do mesmo.
A defesa das pistas de pousos nos PEF, apesar de pouco ou nada comentada e notada é algo fulcral para que o SISFRON consiga manter-se como sistema válido para as operações do EB na região norte. Por conseguinte, sua defesa AAe tem que ser levada em conta na hora de decidir como se constituirá a rede de defesa AAe na região, evitando-se o máximo possível soluções de continuidade.
É só substituir o Land Rover por uma AM-21 Marruá.
Ou este conjunto, com as Marruá sendo os veículos base, e adotado pela Finlândia:
ASRAD-R
Em complemento os indefectíveis Manpad.
Notar que o SISFRON será integrado com seus sistemas praticamente em quase todas as OM de fronteira, seja com SU de C4ISR, seja com radares e outros dispositivos necessários á manutenção e operação do mesmo.
A defesa das pistas de pousos nos PEF, apesar de pouco ou nada comentada e notada é algo fulcral para que o SISFRON consiga manter-se como sistema válido para as operações do EB na região norte. Por conseguinte, sua defesa AAe tem que ser levada em conta na hora de decidir como se constituirá a rede de defesa AAe na região, evitando-se o máximo possível soluções de continuidade.
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Re: O futuro da AAAe no Brasil
Turkish military received the first batch of the SUNGUR MANPADS
The Turkish-made SUNGUR portable anti-aircraft missile system is already in the service of the Turkish Armed Forces.
https://mil.in.ua/en/news/turkish-milit ... r-manpads/
Mais uma opção que a indústria turca pode nos oferecer a fim de substituir no futuro os Igla-S.
link Roketsan - Sungur
https://www.roketsan.com.tr/en/products ... ile-system
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Re: O futuro da AAAe no Brasil
ALKA NEW
Network Enabled Weapon
https://www.roketsan.com.tr/en/products ... led-weapon
Mais uma opção de complementaridade aos sistemas de mísseis e canhões AAe que se possa apor no futuro para a defesa de vários tipos de OM e alvos civis importantes que precisam ser protegidos.
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Re: O futuro da AAAe no Brasil
Turkiye Test-Fires SIPER Area Air Defence Missile
The Turkish Defense Industry Agency (SSB) announced that the air defense missile "SIPER" was successfully test-fired at the Sinop firing range on August 26, 2022.
https://www.navalnews.com/naval-news/20 ... e-missile/
O SIPER irá atuar na faixa acima dos 100 kms de alcance, complementando o HISAR A e O, respectivamente de baixa e média altura. O míssil também atende pela nome de HISAR U.
Por enquanto os turcos não tem sistemas que possam apresentar para o programa defesa AAe comum do exército, já que os HISAR A e HISAR O não contemplam os requisitos mínimos de alcance para o sistema.
Notar que este programa tem como base fundamental dos requisitos absolutos a transferência de tecnologia, off set e, principal, a oferta de um sistema de arquitetura aberta com fins de incluir no mesmo os produtos hora desenvolvidos aqui para este sistema via BIDS e centros de pesquisa das ffaa's.
Os turcos podem oferecer tot e off set muito interessantes. Resta saber se teriam disposição para abrir o seu sistema para outros inputs made in Brasil.
A ver.
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Re: O futuro da AAAe no Brasil
BR-IN Comandante do Exército Brasileiro visita a Índia
A Índia pode comprar até 80 KC-390 da EMBRAER, mas a decisão só será confirmada se o Brasil apresentar uma contrapartida comercial, que seria a aquisição do míssil de média altura Akash-NG.
https://www.defesanet.com.br/br_in/noti ... a-a-india/
"A medida que a complexidade aumenta, as declarações precisas perdem relevância e as declarações relevantes perdem precisão." Lofti Zadeh
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- FIGHTERCOM
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Re: O futuro da AAAe no Brasil
Vamos supor que seja o NG. Tenho a seguinte dúvida: seriam mantidas aquelas quantidades originais ou teríamos um aumento tendo em vista que se trata de um escambo por 80 KC390?
Abraços,
Wesley
"A medida que a complexidade aumenta, as declarações precisas perdem relevância e as declarações relevantes perdem precisão." Lofti Zadeh
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Re: O futuro da AAAe no Brasil
Mesmo que não seja Akash, há dezenas de outros produtos que podemos adquirir ou trabalhar juntos, como UCAV da DRDO, mísseis, BrahMos...
- knigh7
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Re: O futuro da AAAe no Brasil
Para 15 Baterias estaríamos falando em torno de 500 mísseis pelo menos. O problema seria saber o quanto ficaria tudo pois não houve comercialização desse sistema com o 'NG".É importante ressaltar que essa versão do míssil é muito mais sofisticada que a atual, tem uma antena AESA.FIGHTERCOM escreveu: ↑Dom Set 03, 2023 6:07 pmVamos supor que seja o NG. Tenho a seguinte dúvida: seriam mantidas aquelas quantidades originais ou teríamos um aumento tendo em vista que se trata de um escambo por 80 KC390?
Abraços,
Wesley
O míssil mais moderno é exibido (não estou falando de demonstração de disparo). Mas para o EB não foi.
E cuidado com o lobby, clickbaits e jornalistas especializados em Defesa fanfarrões.
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Re: O futuro da AAAe no Brasil
O cmdt da MB também vai lá:FIGHTERCOM escreveu: ↑Dom Set 03, 2023 4:32 pmBR-IN Comandante do Exército Brasileiro visita a Índia
A Índia pode comprar até 80 KC-390 da EMBRAER, mas a decisão só será confirmada se o Brasil apresentar uma contrapartida comercial, que seria a aquisição do míssil de média altura Akash-NG.
https://www.defesanet.com.br/br_in/noti ... a-a-india/
https://www.financialexpress.com/busine ... 2-3226766/
Early next month the Commander of the Brazilian Navy is scheduled to visit India and the focus will be on Coastal Systems and a contract with Mumbai-based Mazagon Dock Limited (MDL) to acquire Offshore Patrol Vessels is expected to be firmed up. Additionally, Brazil is working on nuclear-powered attack submarines equipped with cruise missile systems and is modernizing its existing submarine fleet. During their visit to MDL, discussions will center on collaborative efforts for submarine maintenance and repairs. This initiative aims to enhance the capabilities of these platforms through mid-life refits and potentially incorporate BrahMos-NG systems.
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Re: O futuro da AAAe no Brasil
https://www.financialexpress.com/busine ... s-3229035/
Brazil’s Ambitious Defense Modernization: Forging Strategic Collaboration with India for Akash Missile and Advanced Artillery Systems
Brazil’s Ambitious Defense Modernization: Forging Strategic Collaboration with India for Akash Missile and Advanced Artillery Systems
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Re: O futuro da AAAe no Brasil
Se alguém achava que essa venda dos KC-390 iria sair de graça, se enganou totalmente. Os indianos não são bestas. Vão querer empurrar tudo e mais um pouco dos seus produtos da indústria de defesa, que ainda não é muito conhecido deste lado do mundo.
Falando apenas de projetos estratégicos das três ffaa's, eles possuem soluções muito boas para atender grande parte das nossas necessidades materiais e tecnológicas. Infelizmente como estamos cavando o fundo do poço em relação a renovação material, vai sobrar pouco espaço para negócios na área de PDI.
Na área de artilharia o EB pode comprar tudo o que os indianos possuem hoje e que está disponível para venda ao exterior, de 105mm a 155mm. AAe é apenas uma das possibilidades. FAB e MB também possuem demandas que a indústria indiana pode atender. A pergunta que fica é se eles estão interessados apenas em vender seus produtos, ou se dispõe a fazer também transferência de tecnologia e off set. Esta é uma demanda fixa de todos os projetos estratégicos das forças armadas, e não se abre mão disso.
Supondo que o avião da Embraer custe em torno de US$ 85 milhões a unidade, 80 vão custar a eles US$ 6,8 bilhões. Como eles querem também Tot e off set, produção local, etc, estamos falando de uma conta que poderá irá ultrapassar facilmente a casa do 8 bilhões de dólares.
A ver o que os cmtes conseguem tirar deles. Porque o governo aqui quer investir na defesa 10 bilhões de dólares em dez anos ou mais. Se chegar a tanto.
Falando apenas de projetos estratégicos das três ffaa's, eles possuem soluções muito boas para atender grande parte das nossas necessidades materiais e tecnológicas. Infelizmente como estamos cavando o fundo do poço em relação a renovação material, vai sobrar pouco espaço para negócios na área de PDI.
Na área de artilharia o EB pode comprar tudo o que os indianos possuem hoje e que está disponível para venda ao exterior, de 105mm a 155mm. AAe é apenas uma das possibilidades. FAB e MB também possuem demandas que a indústria indiana pode atender. A pergunta que fica é se eles estão interessados apenas em vender seus produtos, ou se dispõe a fazer também transferência de tecnologia e off set. Esta é uma demanda fixa de todos os projetos estratégicos das forças armadas, e não se abre mão disso.
Supondo que o avião da Embraer custe em torno de US$ 85 milhões a unidade, 80 vão custar a eles US$ 6,8 bilhões. Como eles querem também Tot e off set, produção local, etc, estamos falando de uma conta que poderá irá ultrapassar facilmente a casa do 8 bilhões de dólares.
A ver o que os cmtes conseguem tirar deles. Porque o governo aqui quer investir na defesa 10 bilhões de dólares em dez anos ou mais. Se chegar a tanto.
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Re: O futuro da AAAe no Brasil
Editado pela última vez por FCarvalho em Sáb Set 09, 2023 4:05 pm, em um total de 3 vezes.
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