Aviação do Exército

Assuntos em discussão: Exército Brasileiro e exércitos estrangeiros, armamentos, equipamentos de exércitos em geral.

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PRick

Re: Aviação do Exército

#1126 Mensagem por PRick » Sáb Ago 20, 2011 12:25 pm

prp escreveu:
Valentim escreveu: A sujeira está no fato da AvEx ter escolhido o S70A ao inves do AS532 Cougar (o verdadeiro e não a versão UE), na avaliação feita nos anos 90, quando recebemos a visita em Taubaté das aeronaves para serem testadas. Para mim são aeronaves bem diferentes e possuem propósitos diferentes, mas o AvEx decidiu que avaliaria as duas aeronaves e se decidiria por uma delas e isso foi feito.
Dentro dos critérios levandos em consideração pelo AvEx, na época o BH venceu em todos os quesitos avaliados, exceto em um deles apenas: O Black hawk não consegue transportar em sua cabine as suas próprias pás do Rotor principal, nos demais deu BH na cabeça.
Acredito que o principal quesito levado em consideração pelo BH era que ele cumpria muito melhor o transporte de um CG equipado (função básica do Panther) e custava muito menos que o AS532 Cougar equipado com motores MK 2 (25.000.000), sua eletronica era mais simples que das aeronaves francesas e eram bem mais rustico, sem falar que era um projeto genuinamente militar, enquanto que o Super Puma/Cougar sempre foi na verdade uma versão civil do AS330 Puma, este sim originariamente militar.
Em 1997 para cumprir a missão de paz MOMEP nos Andes, foram adquiridos os 4 BH. Foi escolhido S70 pq além de ter vencido a avaliação feita em 92, ele possuia maior reserva de potencia que as aeronaves francesas, existentes na fota avex. Quem já voou no panther sabe que em altitudes elevadas e com peso máximo, a aeronave pena para sair do chão e este não é o caso do Falcão Negro. Quando a missão terminou as aeronaves foram deslocadas para Manaus e lá começou a conquistar a confiança de pilotos e de combatentes transportados na amazônia, a aeronave parecia para eles a solução ideal para todas as deficiencias apresentadas pelo Panther na selva amazonica.
Tudo levava a crer que o EB, ouvindo a AvEx e ao CMA, iria solicitar ao Congresso americano a autorização para adquirir, pelo menos mais 6 BH para o 4ºBAvEx.
Aí, a Eurocopter/Helibrás, vendo que seu reinado absoluto no EB começava realmente ser ameaçado, tratou de jogar sujo: criou a versão inédita AS532 UE "Cougar" pela bagatela de 10 milhões de dólares. A avaliação de 92 foi feita com uma aeronave AS532 L2 Cougar equipada com motor Makila 2, uma aeronave com peso max decolagem da ordem de 11 toneladas, seu preço em torno de 25 milhões, ja que era uma "evolução" do AS332 L1 Super Puma de 18 milhões e peso max 9 ton.
Pareceu para o EB uma maravilha adquirir uma aeronave de 25 milhões por 10. Mas o milagre só foi possível pq na prática não de tratava de um Cougar, mas sim de um Super Puma com motorizaçao padrão e aviônica equivalente ao do panther. Acredito até que eles ofereceram direto ao comando do EB, pq na AvEx a compra dos 6 BH já era certa.
Se isso não for uma jogada suja, não sei realmente o que é, até pq isso já tinha acontecido no passado, nos ofereceram o AS365M Panther motor Turbomeca 333 (protótipo militar) e nos entregaram 36 AS365K "Panther" motor Arriel 1M1 ( na verdade o AS365 N Dauphin, aeronave civil de série, sem o acabamento luxuoso de série). Cada um que tire suas conclusões.
Não é por nada não, mas se foi do jeito que você falou ai a incompetência foi toda do EB, se um exercito pede algo e o fabricante entrega outro isso se caracteriza quebra de contrato, simples assim. Se o EB aceitou foi porque nao soube fazer contrato, ou fingiu não saber, ou sofre de sadomazoquismo.
Se aconteceu do jeito que vc falou o EB mereceu isso.
Não existe nenhum jogo sujo, tudo está bem claro, em momento algum os BH´s são mais baratos que os Cougar, isso não existe, os BH´s versão para pobre que foi o oferecido, bem diferente das duas versões mais novas. A Helibras fez o mesmo ofereceu a versão para pobre do Cougar.

Por sinal, como a concorrência do Chile deixou claro os BH´s são mais caros que as versões dos Cougar equivalentes.

No caso dos Dauphins também é muito claro, o EB não comprou Panther mais Dauphins, agora está revendo isso com a troca dos motores e transmissão.

Não é defeito ou qualidade dos helos, mas a versão escolhida, esses são os fatos.

O que o EB tem que fazer agora, é passar os BH´s para a FAB, e ela se virar para dar manutenção a eles, esperando meses para chegada de peças, porque essa versão fajuta dos BH´s que compramos já deixou de ser produzida.

Ainda vem que o MD entrou no circuito e colocou logo a produção dos EC-725, que deixa no chinelo qualquer BH´s em matéria de transporte de tropa.

Sobre os BH´s vencer os Cougar em avaliação, deve ser a mesmo tipo que a avaliação da FAB! Porque os BH´s não levam nada a lugar nenhum, tem um cabine apertada e pouco alcance, é Helo para país rico brincar de guerra, essa papo de levar um CG é coisa da guerra do vietnã, não tem qualquer sentido nos imitarmos o que não tem nada haver com nossa realidade, tem gente que gosta de rabo do dono. :lol: :lol:


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Re: Aviação do Exército

#1127 Mensagem por Valentim » Sáb Ago 20, 2011 1:21 pm

prp escreveu:Não é por nada não, mas se foi do jeito que você falou ai a incompetência foi toda do EB, se um exercito pede algo e o fabricante entrega outro isso se caracteriza quebra de contrato, simples assim. Se o EB aceitou foi porque nao soube fazer contrato, ou fingiu não saber, ou sofre de sadomazoquismo.
Se aconteceu do jeito que vc falou o EB mereceu isso.
Leve em consideração o seguinte: Em 1986 ter uma aviação orgânica era um sonho juvenil por parte do EB. Ele estava ainda fascinado pela Guerra do Vietnâ e sua novidade tecnológica de guerra, o helicóptero.
Não havia nenhuma experiencia efetiva nas fileiras do Exército sobre operação e manutenção de aeronaves, o que existia era sim um cliente insatisfeito com o apoio aéreo oferecido pela força co-irmã.
Se houve uma licitação para compra das 52 aeronaves, não vejo indicios, o fato é que a Helibrás estava marcando passo naquele momento e a compra dos Esquilos e Dauphins veio a reaquece-la, isso é certo.
Uma aeronave AS365M Panther veio ao Brasil e foi apresentada. Nenhum AS365N existia no Brasil e nem foi trazido na ocasião. Não sei se o exército foi incompetente, mas com certeza foi muito inocente e inexperiente naquele momento inicial, como em diversas outras ocasiões futuras.
Estas quebras de contrato por parte da Eurocopter já aconteceram várias vezes, ou por maldade da montadora ou por ingenuidade aguda do EB, sempre terminando em reuniões de "compensação" onde a Eurocopter, em vez de condenada a pagar multas, oferece alguma coisa para compensar outra, exemplo cursos no exterior e outros "agrados".
Você afirma que o exército mereceu isso por causa da propria incompetencia, de forma geral também acho, mas afinal de que exército estamos falando?

a) Da alta cupula do EB que está em Brasilia e decide quais aquisições devem ser feitas no exterior?

b) Da AvEx que opera as aeronaves que são disponibilizadas, mesmo quando testa e escolhe outras e nunca é ouvida sobre compras, pq isso é exclusividade da Dmavex?

c) Da Gerência e Inspetoria de Manutenção que, apesar de conhecerem as discrepâncias e caracteristicas de manutenção das aeronaves, não foram nem sequer ouvidas sobrea viabilidade de aquisição de novas aeronaves e ou modernização desta ou daquela aeronave?.. afinal somos nós que vamos fazer estas jacas voarem...

Acho que os pilotos, no final das contas, é que são felizes. Qualquer aeronave que seja adquirida, com ou sem sua aprovação ou preferência, já está bom, está no lucro, pq é uma aeronave nova para ele voar.
Você conhece alguem que não fica feliz quando acaba de tirar um carro zero da concessionária?...




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Re: Aviação do Exército

#1128 Mensagem por Clermont » Sáb Ago 20, 2011 1:59 pm

"Porque os BH´s não levam nada a lugar nenhum, tem um cabine apertada e pouco alcance, é Helo para país rico brincar de guerra, essa papo de levar um GC é coisa da guerra do vietnã, (...)
Taí, fiquei com uma dúvida teórica: o que seria melhor, desembarcar um pelotão de fuzileiros reforçado (vamos chutar, uns 42 homens) utilizando quatro helicópteros "Blackhawk" (11 hm por aparelho), ou utilizando dois "Cougar" (22 hm)?




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Re: Aviação do Exército

#1129 Mensagem por PRick » Sáb Ago 20, 2011 2:18 pm

Clermont escreveu:
"Porque os BH´s não levam nada a lugar nenhum, tem um cabine apertada e pouco alcance, é Helo para país rico brincar de guerra, essa papo de levar um GC é coisa da guerra do vietnã, (...)
Taí, fiquei com uma dúvida teórica: o que seria melhor, desembarcar um pelotão de fuzileiros reforçado (vamos chutar, uns 42 homens) utilizando quatro helicópteros "Blackhawk" (11 hm por aparelho), ou utilizando dois "Cougar" (22 hm)?
Veja o que está ocorrendo no Afeganistão, as forças dos EUA estão preferindo usar Chinooks colocando até 44 homens dentro de um único helo para cumprir uma missão. Isso deixa claro que os BH´s estão claramente defasados para as necessidades dos usos atuais de um Helo de Transporte. Não tem sentido usar 10 helos quando posso usar 05 ou 03 para levar a mesma quantidade de tropas. Não é possível mas pensar em helo de assalto tão caro e complexo, limitado a um CG. Então como colocar isso na equação dos custos, 02 helos ou 01 helos para fazer o mesmo? A questão do custo não pode ficar restrita somente a manutenção, é preciso ver o quadro geral da operação para comparar os custos.

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Re: Aviação do Exército

#1130 Mensagem por knigh7 » Sáb Ago 20, 2011 2:27 pm

A principio, sim. Se bem que quando derrubam um Chinook, mata um pelotão inteiro...




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Re: Aviação do Exército

#1131 Mensagem por Frederico Vitor » Sáb Ago 20, 2011 2:42 pm

knigh7 escreveu:A principio, sim. Se bem que quando derrubam um Chinook, mata um pelotão inteiro...
O que está me matando do coração é seu Gif. Assim vc mata o véio :| :| :|




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Re: Aviação do Exército

#1132 Mensagem por knigh7 » Sáb Ago 20, 2011 2:46 pm

:mrgreen: :mrgreen: 8-]




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Re: Aviação do Exército

#1133 Mensagem por Valentim » Sáb Ago 20, 2011 3:12 pm

Clermont escreveu:
"Porque os BH´s não levam nada a lugar nenhum, tem um cabine apertada e pouco alcance, é Helo para país rico brincar de guerra, essa papo de levar um GC é coisa da guerra do vietnã, (...)
Taí, fiquei com uma dúvida teórica: o que seria melhor, desembarcar um pelotão de fuzileiros reforçado (vamos chutar, uns 42 homens) utilizando quatro helicópteros "Blackhawk" (11 hm por aparelho), ou utilizando dois "Cougar" (22 hm)?
Caro Clermont, vamos entender as coisas do inicio, Antes da Aviação do Exército, nós utilizava-mos (se é que ainda não usamos) a viatura blindada Urutu que tinha como missão principal o reconhecimento, e para isso, transportava um CG pardrão (10 homens na CAV e ou 9 na INF). Quando o panther chegou foi automaticamente relacionado com a capacidade de transporte do Urutu: 2 Pilotos, 1 Mec de Vôo e restavam 9 assentos (1 CG de INF) Se isso é o certo ou errado, não vem ao caso, a verdade é que houve um correlato entre o Urutu e o Panther.
Com a aquisição do HM-2, que oficialmente transporta o 11 homens totalmente equipados e sentados em assentos anti-crash, superou de forma efetiva a capacidade de transporte do Panther, até então o Heli de manobra básico. Apesar do BH transportar 11 homens equipados, se retirarmos os assentos, esta capacidade aumenta em muito. Durante a avaliação do S70 em 1992, um falcão negro veio dos EUA até o Brasil, voando e com um minimo de suprimentos.
Uma ação da aeronave que chamou a atenção foi o transporte de 22 militares armados em sua cabine, decolou monomotor e ficou no pairado para colocação de uma viatura xingu no gancho de carga. Logo após decolou monomotor com esta configuração. Na avaliação do Cougar em momento algum a aeronave voou monomotor.

Quanto a sua pergunta, respondo da seguinte maneira: o BAvEx tem que transportar 120 homens em uma unica vaga e para fazer isso em condições ideais com o BH precisamos de 11 aeronaves em, em condições de emergencia, sem bancos 06. no caso do SP precisaríamos também de 6.

No 4 bavex temos 12 aeronaves ( HM-1, HM-2 e HM-3) na prática, devido manutenção em taubaté , temos 4 HM-2, 3 HM-1 e 3 HM-3, destas aeronaves normalmente temos em média 2 aeronaves disponiveis por modelo, então o 4ºBavex não poderia cumprir sua missão básica prevista, em Taubaté poderiamos realizar a manobra, pq faríamos uma combinação envolvendo mais de um bavex e também o CIavex.

Se seguirmos a teoria simplista dos fãs da Eurocopter-Helibrás que o Cougar é melhor do que o Black Hawk pq, ele teoricamente, transporta mais combates, então a avex e todos os Exércitos do mundo teriam uma aeronave Mi-26 ou uma similar a esta. Já pensou cada batalhão de aviação teria um único Mi-26 e a coisa toda estaria simplesmente resolvida, transportado toda Cia Fuzileiros. Mas como não pensamos em apenas duas dimensões sabemos que a coisa não daria certo...
No caso do Afeganistão e do transporte por CH-47, não acredito que tenha sido por uma escolha tão simplista também, existem outras fatores operacionais envolvidos que desconhecemos.
O que sabemos é que se um BH for abatido, a possibilidade de baixas será de ordem de um grupo de combate (team), diferente do abate de um unico Chinook, que vai todo o pelotão de uma unica vez.

OBS: Só para exclarecer certas lendas, de usuários romanticos: o BH com os tanques subalares externos tem uma autonomia de 5 horas de vôo, mas do que o necessário para qualquer operação de transporte de tropas na amazonia. Tanto o Panther quanto o Cougar também possuem tanques auxiliares, e são constantemente utilizados nas operações na amazonia, só que internos, comprometendo o espaço em suas cabines, que seria necessário para transportar a capacidade máxima de passageiros destas aeronaves francesas.
Na prática o espaço interno maior do Cougar, quando em operação na amazonia, só serve para tirar sua reserva de potência que já é limitada, pois além de ser uma aeronave mais pesada, terá que transportar mais combustivel em detrimento de espaço interno para os combatentes.
Hoje com o advento da Pane de FCU dos motores Makila, O Cougar tem baixa confiabilidade por parte de seus pilotos aqui no 4ºBAvEx.
Pelo menos o EC 725 não deve ter FCU, o que é uma boa noticia, no meio de tantas incertezas do novo modelo...




Editado pela última vez por Valentim em Dom Ago 21, 2011 11:19 am, em um total de 3 vezes.
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Re: Aviação do Exército

#1134 Mensagem por Clermont » Sáb Ago 20, 2011 3:45 pm

PRick escreveu:Veja o que está ocorrendo no Afeganistão, as forças dos EUA estão preferindo usar Chinooks colocando até 44 homens dentro de um único helo para cumprir uma missão. Isso deixa claro que os BH´s estão claramente defasados para as necessidades dos usos atuais de um Helo de Transporte.

(...)

A questão do custo não pode ficar restrita somente a manutenção, é preciso ver o quadro geral da operação para comparar os custos.
Valentim escreveu:Com a aquisição do HM-2, que oficialmente transporta o 11 homens totalmente equipados e sentados em assentos anti-crash, superou de forma efetiva a capacidade de transporte do Panther, até então o Heli de manobra básico. Apesar do BH transportar 11 homens equipados, se retirarmos os assentos, esta capacidade aumenta em muito.

(...)

Quanto a sua pergunta, respondo da seguinte maneira: o BAvEx tem que transportar 120 homens em uma unica vaga e para fazer isso em condições ideais com o BH precisamos de 11 aeronaves em, em condições de emergencia, sem bancos 06. no caso do SP precisaríamos também de 6.

No 4 bavex temos 12 aeronaves ( HM-1, HM-2 e HM-3) na prática, devido manutenção em taubaté , temos 4 HM-2, 3 HM-1 e 3 HM-3, destas aeronaves normalmente temos em média 2 aeronaves disponiveis por modelo, então o 4ºBavex não poderia cumprir sua missão básica prevista, em Taubaté poderiamos realizar a manobra, pq faríamos uma combinação envolvendo mais de um bavex e também o CIavex.
Prick, Valentim, grato pelas considerações.
knigh7 escreveu:A principio, sim. Se bem que quando derrubam um Chinook, mata um pelotão inteiro...
Como dizem por aí, nunca ponha todos os seus ovinhos numa cesta só...




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Re: Aviação do Exército

#1135 Mensagem por Carlos Lima » Dom Ago 21, 2011 4:04 am

PRick escreveu:
Clermont escreveu: Taí, fiquei com uma dúvida teórica: o que seria melhor, desembarcar um pelotão de fuzileiros reforçado (vamos chutar, uns 42 homens) utilizando quatro helicópteros "Blackhawk" (11 hm por aparelho), ou utilizando dois "Cougar" (22 hm)?
Veja o que está ocorrendo no Afeganistão, as forças dos EUA estão preferindo usar Chinooks colocando até 44 homens dentro de um único helo para cumprir uma missão. Isso deixa claro que os BH´s estão claramente defasados para as necessidades dos usos atuais de um Helo de Transporte. Não tem sentido usar 10 helos quando posso usar 05 ou 03 para levar a mesma quantidade de tropas. Não é possível mas pensar em helo de assalto tão caro e complexo, limitado a um CG. Então como colocar isso na equação dos custos, 02 helos ou 01 helos para fazer o mesmo? A questão do custo não pode ficar restrita somente a manutenção, é preciso ver o quadro geral da operação para comparar os custos.

[]´s
PRick...

Menos... o Chinook é utilizado no Afeganistão porque opera melhor em altitudes grandes, mas os BH são super utilizados para transporte de suprimentos e suprir unidades durante fogo inimigo.

Além disso é o seguinte... pergunte para os suecos qual é a aeronave que irá substituir os seus S Puma em operação no Afeganistão e foi comprada em regime de Emergência:

Resposta... o BH.

Menos por favor.

[]s
CB_Lima




CB_Lima = Carlos Lima :)
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EC 725, a melhor sulução?

#1136 Mensagem por Valentim » Dom Ago 21, 2011 8:37 am

Já é sabido que existe uma relação comercial muito forte entre o Governo do Brasil e a da França.
Até a nossa Aviação do Exército tem muita afinidade com a ALAT (adotamos inclusive a boina azul deles).
Mas o EC 725 seria realmente a solução mais adequada para nós?
Neste momento já temos experiencia com algumas aeronaves francesas civis convertidas para uso militar, Esquilo, Panther, SP UE "Cougar", conhecemos bem suas limitaçãoes e possibilidades.
Temos uma experiencia, podemos dizer bem sucedida, com a operação de um projeto genuinamente militar.
Será que neste momento de compra dos EC 725, versão modernizada do clássico Super puma, não poderíamos nos "aventurar", assim como fez a FAB, e nos dar a chance de conhecer a outra face da moeda?
No ano de 1994 recebemos a visita do Mi-17, no então 1º/2º GAvEx (atual 4º BAvEx), que na época estava sendo avaliado pela AvEx. Me pareceu uma aeronave rústica e bem adequada a nossa realidade de operação (emprego geral) de transporte de tropas e cargas, além da possibilidade de conversão para plataforma armada.

Imagem

Comprimento: 25.35 M
Envergadura: 21.3 M
Altura: 5.7 2 x motores TV3-117VM(A)
Potência total: 4400 HP/CV
Peso vazio: 8000 Kg
Peso máximo/descolagem: 14000 Kg
Numero de suportes p/ armas: 2
Capacidade de carga/armamento: 4500 Kg
Tripulação : 3
Passageiros: 24 a 35 Velocidade Maxima: 250 Km/h
Máxima(nível do mar): 240 Km/h
De cruzeiro: 220 Km/h
Autonomia standard /carregado : 600 Km
Autonomia máxima / leve 1100 Km.
Altitude máxima: 6000 Metros

Imagem

A mais recente versão do helicóptero Mi-17, é fabricada pela fábrica de Ulan-Ude e destina-se à função de transporte, embora possa ser adaptado para a utilização de armamentos.

O Mi-17 V5 tem uma rampa traseira de acesso para utilização militar e um nariz carenenado, sem o tradicional formato de alta visibilidade.
Esta característica permite a instalação de sensores que podem ser acomodados segundo as exigências dos potênciais utilizadores.

A maior potência do Mi-17 V5 permite utiliza-lo como helicóptero de transporte para maior numero de passageiros.

Uma versão deste tipo de aeronave é também fabricada na fábrida de Kazan (Kazan-Helicopter) na República da Tartária.

Informação genérica:
Os helicópteros da família Mi-8 foram e em grande medida ainda são a principal «mula de carga» dos exércitos dos países do antigo bloco soviético.

Desde meados dos anos 60 que eles são uma marca registada das operações militares russas ou de países da antiga União Soviética, bem assim como das guerras em África (por exemplo em Angola), mas também de conflitos na América do Sul.

Não possuindo sistemas de navegação sofisticados, o Mi-8 afirmou-se por ser uma aeronave bastante resistente e capaz de operar em climas adversos.

Além de ter sido utilizado pelos países do antigo pacto de Varsóvia e satélites da União Soviética, o Mi-8 também foi adquirido para operação pelas Nações Unidas como helicóptero para apoio humanitário.


--------------------------------------------------------------------------------

As versões do Mi-8 são muitas, mas de entre estas destacam-se as seguintes:

Mi-8 «Hip-A» monomotor (protótipo)
Mi-8 «Hip-B» - Bimotor
Mi-8T «Hip-C» Versão standard que entrou em produção nos anos 60 (3.600cv de potência).
Mi-8MT - Versão mais potente equipada com motores mais porssantes.Alguns Mi-8MT foram convertidos para a versão Mi-17 (Mi-171SH).
Mi-8TB/TV - Versão equipada com metralhadora 12.7mm no nariz.
Mi-8TS - Versão adaptada para utilização no deserto
Mi-8BSMV «Hip-J» - versão para guerra electrónica. Existe uma versão de exportação conhecida como Mi-BPPA «Hip-K».

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Mi-17 «Hip-H» - Versão de exportação do Mi-8MT
Mi-17MD - Versão de exportação que introduziu a rampa de acesso em substituição das duas portas traseiras laterais.
Mi-17-1M Versão adaptada para operação em montanhas, utilizando motores TV3-117VM.
Mi-17-IV - Versão de transporte militar e de ataque com o motor TV3-117VM e com rampa traseira de acesso.
Mi-171 - Versão militar (helicóptero de ataque) de exportação do Mi-17 com o motor TV3-117VM.
Mi-172 - Versão civil produzida pela Kazan Helicopter.

--------------------------------------------------------------------------------

As designações dos modelos são algumas vezes conflituantes, por causa de os mesmos tipos de helicópteros serem produzidos por empresas diferentes.

De notar que os helicópteros Mi-8 também estão na origem do helicóptero de ataque / assalto Mi-24

Fonte: http://www.areamilitar.net




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Re: Aviação do Exército

#1137 Mensagem por FIGHTERCOM » Dom Ago 21, 2011 10:53 am

Prezado Valentim,

A combinação BlackHawk + Mi-17 já foi discutida anteriormente aqui no fórum, acredito que os debates estejam concentrados no link abaixo, em algumas das mais de 500 páginas da seção:

http://www.defesabrasil.com/forum/viewt ... =1&t=11939

Nem entro no mérito da capacidade do hardware. Acredito que, o que faltou na verdade foi uma proposta mais ampla dos russos, que englobasse mais do que uma simples montadora. Desta forma poderíamos ter contrabalançado a influência da Helibras. No final sairíamos ganhando de uma forma ou de outra: com um novo parque industrial de uma possível proposta russa ou uma proposta mais abrangente da Eurocopter.


Abraços,

Wesley




"A medida que a complexidade aumenta, as declarações precisas perdem relevância e as declarações relevantes perdem precisão." Lofti Zadeh
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Re: Aviação do Exército

#1138 Mensagem por Valentim » Dom Ago 21, 2011 11:16 am

FIGHTERCOM escreveu:(...) Desta forma poderíamos ter contrabalançado a influência da Helibras. No final sairíamos ganhando de uma forma ou de outra: com um novo parque industrial de uma possível proposta russa ou uma proposta mais abrangente da Eurocopter.Abraços,Wesley
Na realidade a proposta da Kazan, além de muito mais barata, incluia a instalação de montadora em território brasileiro.
O que realmente favorece os franceses, está em nossa peculiar cultura popular de "levar vantagem em tudo, certo?" As relações entre o Brasil /EB e a Helibrás/ Eurocopter, vão muito além dos negócios, sejam sob os pontos de vista político, comercial, social e de defesa, simplesmente assim.
Neste cenário cultural, não importa qual seja a proposta Russa, as regras de jogo já estão definidas, como vemos a todo tempo... O que quero discutir aqui, na verdade, independente de Lula, EB, relações comerciais, etc, do ponto de vista custo-beneficio e de defesa, a adoção do Mi-17 ou de sua mais nova versão, frente a compra pelo governo do EC725. Pois antes de mais nada sabemos que o helicóptero de emprego geral mais usado no mundo é o MI-8 / 17...




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Re: Aviação do Exército

#1139 Mensagem por Hader » Dom Ago 21, 2011 11:58 am

Não existe, no mundo, nada com as prestações X custos do MI-17. Pode não ser a mais bela máquina do mundo, nem tão pouco a mais recheada de eletrônicos, mas é robusta, confiável e barata de adquirir e operar. 100% das vezes que fui fazer algum trabalho via UN eu usava a Kazan taxi-aéreo...Floresta, deserto, neve, nível do mar, cáucaso...era dar uma vodka para a galera e sair voando... :shock: :mrgreen:




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Re: Aviação do Exército

#1140 Mensagem por DELTA22 » Dom Ago 21, 2011 1:49 pm

Não há como negar: o Mi-17 era o helicóptero médio ideal para o Brasil, sempre pensei isso...

O 725 foi escolha política e isso não se pode apontar o dedo para ninguém como culpado, pois foi intervenção de todos os partidos, infelizmente.

[]'s a todos.




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