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Re: Guerra civíl na Bolívia e a ameaça ao fornecimento de gá

Enviado: Qua Jul 11, 2012 7:35 pm
por NettoBR
Bolívia nacionalizará mineradora canadense por pressão indígena
Grupos indígenas que exigiam a saída da South American Silver do projeto da mina Mallku Khota
10/07/2012 21:36

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Morales acusou os países mais ricos de quererem obrigar os países do Sul a serem os guardiões pobres das florestas e afetarem sua soberania

La Paz - O presidente da Bolívia, Evo Morales, decidiu nesta terça-feira anular uma concessão da mineradora canadense South American Silver, na segunda nacionalização feita em um mês sob a pressão de movimentos sociais.
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Grupos indígenas que exigiam a saída da South American Silver (SAS) do projeto da mina Mallku Khota --de prata, índio e gálio-- levaram o presidente a tomar a decisão após protestos que deixaram um morto e dezenas de feridos.

Três semanas antes, Morales decretou a reversão para domínio estatal da mina de estanho e zinco Colquiri, explorada pelo grupo suíço Glencore, acalmando uma dura disputa entre mineradores assalariados e cooperativistas pelo controle da reserva que havia sido privatizada na década passada.

Diferentemente de Colquiri, uma mina explorada há várias décadas, a mina de Mallku Khota é apenas um prospecto, na qual a empresa canadense descobriu uma gigantesca reserva de classe mundial que previa explorar eventualmente depois de 2015.

A SAS é uma mineradora júnior que havia anunciado um investimento de até 50 milhões de dólares na exploração da reserva, que seria concluída em 2015.

Fonte: http://exame.abril.com.br/economia/mund ... ndigena--2

Re: Guerra civíl na Bolívia e a ameaça ao fornecimento de gá

Enviado: Qui Jul 12, 2012 1:54 pm
por rodrigo
Os petistas plantonistas devem ler a notícia com um lenço para não babarem de inveja.



Censura boliviana tenta reprimir imprensa brasileira

Em vez de investigar denúncias, Evo Morales ameaça a liberdade de expressão

Não satisfeitos em reprimir a imprensa em seu próprio território, os governos bolivarianos começam a mostrar suas garras contra a liberdade de expressão até em países vizinhos. Nesta semana, após a publicação da matéria A República da Cocaína em VEJA, a Bolívia ameaçou processar a revista por revelar documentos que vinculam autoridades bolivianas com um narcotraficante brasileiro. Sobre mandar investigar as denúncias, nada foi dito.

A reportagem de VEJA, escrita pelo editor Duda Teixeira, é baseada em relatórios produzidos por uma unidade de inteligência da polícia boliviana que revelam uma conexão direta entre o homem de confiança de Evo Morales, o ministro da Presidência Juan Ramón Quintana, e um traficante que atualmente cumpre pena na penitenciária de segurança máxima em Catanduvas, no Paraná: Maximiliano Dorado Munhoz Filho.

Os documentos vazaram para a imprensa boliviana e americana por um político do Movimento ao Socialismo (MAS), o partido de Morales. Segundo eles, Quintana, quando era diretor da Agência para o Desenvolvimento das Macrorregiões e Zonas Fronteiriças, em 2010, esteve com Jessica Jordan, famosa no país por ter sido eleita miss Bolívia quatro anos antes, na casa de Dorado Munhoz, depois extraditado.

Repercussão - Na terça-feira dia 10, em entrevista à imprensa de seu país, o senador boliviano Bernard Gutiérrez confirmou as informações contidas na reportagem de VEJA. Gutiérrez declarou à rádio boliviana Pio XII que ele e seu colega Roger Pinto já tinham entregado “pessoalmente” ao presidente Morales, em 2011, alguns documentos recebidos pela sua bancada que vinculam dois altos funcionários do governo ao narcotráfico e que confirmam os dados publicados por VEJA. “Morales tem essa informação e não fez absolutamente nada com elas”, disse Gutiérrez. Deputados indígenas também pediram explicações ao vice Álvaro García Linera sobre a reportagem. Para eles, se Quitana tem alguma dignidade, deve renunciar e se submeter aos tribunais da Bolívia e do Brasil.

Mostrando cópias das páginas da reportagem de VEJA, o deputado da Convergência Nacional Adrian Oliva também afirmou em uma coletiva de imprensa que esta é a chance de Morales esclarecer os vínculos do seu governo com o tráfico de drogas e recomendou a formação de uma comissão internacional para investigar as denúncias. O mesmo deputado lembrou na sexta-feira passada que Roger Pinto tinha dado uma entrevista ao canal boliviano Red Uno sobre a estranha relação entre Quintana e Dorado Munhoz.

O jornal El Dia, de Santa Cruz, confirmou em sua edição de terça-feira, com base em informações da FELCN (Força Especial de Luta contra o Narcotráfico, da polícia boliviana), que o endereço citado na reportagem de VEJA era mesmo o da casa de Dorado Munhoz.

Ameaças - Na segunda-feira, o ministro Quintana afirmou em entrevista coletiva que “vai recorrer às instâncias judiciais no Brasil por meio de nossa embaixada” e “pedir a VEJA que prove que as autoridades bolivianas estão envolvidas com o narcotráfico”. Ele nega conhecer Dorado Munhoz ou ter se encontrado com o traficante. "Temos que pedir evidências tangíveis, provas claras", disse. O relatório da unidade de inteligência da polícia boliviana afirma o seguinte:

“Na data 18-11-2010, às 14h, a pé, verifica-se o ingresso de duas pessoas do governo, o senhor Juan Ramón de la Quintana e a senhorita Jessica Jordan no domicílio, os quais entram no mesmo sem portar nenhum objeto nem pacote nas mãos, permanecendo no domicílio por aproximadamente vinte minutos, saindo do domicílio ao final desse tempo, portando cada um duas maletas tipo ‘executivo’, saindo em direção ao terceiro anel interno, entre Beni e Alemanha, sem que os seguíssemos dada a falta de pessoal e sendo a prioridade o controle do domicílio de Maximiliano Dorado.”

No mesmo relatório, o agente boliviano, ao comentar sobre os procedimentos para prender Dorado Munhoz, mostra-se preocupado com a possibilidade de que a influência do traficante junto a membros do poder Judiciário e do governo atrapalhe a operação. Por isso, os policiais decidiram informar apenas as coordenadas geográficas da casa de “Max” ao juiz que daria o mandado de prisão:

“Na data 28-12-2010, tramita-se a ordem de apreensão para o domicílio de Maximiliano Dorado, sem fazer conhecer o endereço do mesmo, somente colocando as coordenadas por satélites, já que se sabe que este cidadão tem muitos contatos no Poder Judicial, Ministério Público, pessoas do governo, além de membros da FELCN, os quais poderiam adverti-lo se alguém estiver por entrar em seu domicílio.”

Diplomacia de emergência - Nesta quarta-feira, o governo da Bolívia nomeou como novo embaixador no Brasil o socialista Jerjes Justiniano, com a missão expressa de reduzir o impacto que a reportagem de VEJA causou no governo boliviano. Em entrevista coletiva em La Paz, Justiniano afirmou que pedirá uma “retratação” a VEJA, acrescentando que, caso contrário, processará a revista. “É uma responsabilidade que tenho que assumir imediatamente, porque estão envolvidos funcionários do estado”, declarou.

Segundo Justiniano, é “absolutamente secundário” o caso do senador opositor Roger Pinto, refugiado há mais de 40 dias na embaixada brasileira em La Paz. O senador não pode sair da Bolívia porque o governo Morales não lhe concede um salvo-conduto solicitado por Brasília. Pinto, a quem o governo brasileiro concedeu asilo no início de junho, é alvo de perseguição política por Morales, como muitos outros opositores que estão detidos ou se refugiaram no exterior.

http://veja.abril.com.br/noticia/intern ... as-do-pais

Re: Guerra civíl na Bolívia e a ameaça ao fornecimento de gá

Enviado: Ter Jul 17, 2012 12:34 pm
por marcelo l.
http://www.estadao.com.br/noticias/inte ... 1334,0.htm

BUENOS AIRES - Após 50 dias na Embaixada do Brasil em La Paz, o futuro do senador da oposição Roger Pinto Molina é incerto e não há previsão de quando ele deixará o local, segundo parlamentares de sua legenda.

Pinto Molina, mais conhecido como Roger Pinto, procurou a Embaixada do Brasil no dia 28 maio passado, pedindo asilo político e alegando sofrer de perseguição política e correr risco de vida.

O Brasil concedeu o asilo, mas a Bolívia ainda não emitiu um salvo-conduto para que o senador, que era líder da bancada de oposição ao governo de Evo Morales, pudesse deixar o local e se dirigir ao aeroporto.

Na Embaixada, ele reside em um quarto improvisado, onde passa o dia lendo jornais, falando com a família no seu celular e recebendo políticos da sua agremiação, a Convergência Nacional.

"A situação dele hoje é indefinida", disse à BBC Brasil o deputado Luis Oliva.

"Sem o salvo-conduto, ele não pode sair da Embaixada para o aeroporto para embarcar rumo ao Brasil", contou Oliva por telefone, no momento em que visitava o senador na Embaixada juntamente com um grupo de políticos locais.

Impasse político

De acordo com o deputado, existe hoje "um impasse político entre Brasil e Bolívia" em relação à situação do senador da oposição.

"O governo brasileiro concedeu o asilo político para o senador em dez dias (no dia 8 de junho), mas o governo boliviano parece querer ganhar tempo e até aqui vai negando a decisão brasileira", afirmou.

De acordo com a assessoria de imprensa do Ministério das Relações Exteriores da Bolívia, não corresponderia ao governo boliviano emitir esta medida.

"O salvo-conduto deve ser dado por um organismo internacional e não pelo governo boliviano. Além disso, o senador deveria se apresentar à Justiça para responder pelas acusações de irregularidades que lhe pesam".

Autoridades do governo do presidente Evo Morales, como o vice-presidente Álvaro García Linera, afirmaram à imprensa local que Roger Pinto teria procurado a embaixada porque "tem vinte processos na Justiça".

Sem resposta

Interlocutores do governo da presidente Dilma Rousseff disseram que o Brasil ainda não teria recebido uma resposta oficial do governo boliviano, após a concessão do asilo político a Pinto, no mês passado.

"Temos indicações de que poderá haver uma negativa ao (pedido de) asilo político que já concedemos ao senador, mas até agora não há nada oficial", disseram.

Na opinião do professor de ciências políticas da Universidade de Santa Cruz, Gustavo Pedraza, a relação entre Brasil e Bolívia ficou "tensa" com este episódio.

"A negativa, até agora, do governo de Evo Morales em conceder o salvo-conduto para que o senador Pinto abandone o país e se estabeleça no Brasil deixa a relação bilateral tensa e mostra o governo boliviano como reticente em cumprir as normas do direito internacional", afirmou Pedraza.

O senador foi governador no Departamento (Estado) de Pando, na fronteira com o Acre, e é um dos lideres da oposição ao presidente Morales.

A mulher dele, uma filha, a sogra e dois netos mudaram-se para o Brasil logo depois que ele procurou a Embaixada do Brasil, argumentando sofrer "perseguições políticas" e correr risco de vida.

Segundo parlamentares da oposição, o senador teria afirmado que sua permanência na Embaixada poderá "durar meses", caso não lhe seja concedido o salvo-conduto.

"Tempo é o que mais tenho hoje aqui na Embaixada. Mas se eu sair daqui sem o salvo-conduto serei preso e sem direito a defesa", disse o político a correligionários.

O novo embaixador da Bolívia no Brasil, Jerjes Justiniano, anunciado na semana passada, disse que o salvo-conduto será "analisado com base na Constituição Política do Estado (CPE)".

"Vou estudar a Constituição e qualquer decisão será a partir do que dizem as leis (bolivianas)", teria afirmado de acordo com o jornal El Deber, do Departamento de Santa Cruz, na fronteira com o Brasil.

Re: Guerra civíl na Bolívia e a ameaça ao fornecimento de gá

Enviado: Ter Jul 17, 2012 1:27 pm
por Sterrius
Pega ele de helicoptero :lol: .

Re: Guerra civíl na Bolívia e a ameaça ao fornecimento de gá

Enviado: Ter Jul 17, 2012 8:27 pm
por NettoBR
Indígenas bolivianos ocupam mina que conta com capital brasileiro
17 de julho de 2012 • 19h30

O secretário de Mineração do Governo de Potosí, Arnulfo Gutiérrez, informou nesta terça-feira que indígenas da região boliviana de Posotí ocuparam uma mina que é explorada com a ajuda de investimentos brasileiros para reivindicar projetos sociais.
O secretário contou que se trata de indígenas da comunidade de Suk''awaña, ao norte de Potosí, que reivindicam "maior atenção social" por parte da empresa Cerusita Andina LTDA, que opera a mina de chumbo e prata há oito anos.

Gutiérrez contou que o Governo de Potosí enviou uma comissão ao local para dialogar com os indígenas sobre as demandas. Uma fonte da embaixada do Brasil em La Paz confirmou que a Cerusita Andina LTDA conta com capital brasileiro.
Eleuterio Choque, líder dos indígenas, disse à rádio "Erbol" que o setor reivindica que a empresa restaure as estradas da região, apoie projetos educativos e pague royalties ao município de Sacaca. Segundo Choque, nenhum dos pedidos foi cumprido.

A jazida de Mallku Khota é também ocupada por indígenas que sequestraram, há dias, sete pessoas e entraram em confronto com a polícia para exigir do presidente Evo Morales a anulação da concessão.
Morales aceitou a reivindicação dos grupos indígenas, que tem origem aimara, como o próprio presidente. A decisão afeta diretamente os investimentos da mineradora canadense South American Silver.

Em outro conflito ocorrido no mês passado, o Governo boliviano decidiu nacionalizar uma mina de estanho e zinco, operada pela Glencore, para resolver uma disputa entre grupos mineiros rivais. As ocupações de minas e os enfrentamentos entre indígenas e mineiros são frequentes na Bolívia. EFE

Fonte: http://noticias.terra.com.br/mundo/noti ... leiro.html

Re: Guerra civíl na Bolívia e a ameaça ao fornecimento de gá

Enviado: Ter Jul 17, 2012 9:13 pm
por Túlio
Eu não me apressaria a culpar o governo do Evil Morales; me parece refém dos tales de "movimentos sociais"...

Re: Guerra civíl na Bolívia e a ameaça ao fornecimento de gá

Enviado: Ter Jul 17, 2012 9:52 pm
por suntsé
Túlio escreveu:Eu não me apressaria a culpar o governo do Evil Morales; me parece refém dos tales de "movimentos sociais"...
É mais um que os movimentos sociais elegeram e os próprios vão derrubar.

Re: Guerra civíl na Bolívia e a ameaça ao fornecimento de gá

Enviado: Ter Jul 17, 2012 10:47 pm
por Sterrius
Qualquer negocio na Bolivia é feito com total ciência de ali qualquer pensamento além de 10 anos é pensar demais.

Investir na bolivia é como investir em ações voláteis. O Lucro é alto, mas o prejuízo tb pode ser.

Re: Guerra civíl na Bolívia e a ameaça ao fornecimento de gá

Enviado: Qua Jul 18, 2012 11:49 am
por Algus
A população da Bolívia tem uma mentalidade completamente diferente da que estamos acostumados a lidar.

O McDonalds, por exemplo, decidiu retirar suas rede de franquias deste país. Até onde sei foi o único caso no mundo onde a inserção da rede resultou em fracasso.
Não porque os bolivianos não teriam dinheiro para comprar seus produtos. Não é bem assim, do contrário a rede não deveria ter sucesso em muitos outros lugares.

Acontece que para muitos bolivianos o "preparar" é parte importante da culinária, a comida não pode ser feita de qualquer jeito, quero dizer, ao contrário da gente eles não pagarão uma fortuna pra comer um lanchinho chechelento só por causa de uma marca. Por isso nenhum fastfood deveria enxergar o país como negócio de dinheiro fácil, precisaria de uma boa estratégia para entrar no mercado.

A Bolívia também tem um histórico de instabilidade política, talvez o maior da América. Foram muitos golpes desde surgimento do país até hoje e nem mesmo nos tempos da ditadura havia solidez política: Uma parte importante da população se reunia em praça num modelo que até aparentava o da democracia grega. Ele tinha tanta força que os miliares pensaram várias vezes antes de encará-lo de frente.

Compartilho da ideia que o território da Bolívia é uma espécie de Heartland da América do Sul (com suas devidas proporções, claro). Pra mim é fundamental que este país esteja sob nossa influência se quisermos levar adiante o processo de integração regional e acho até que desde os tempos da ditadura nossos líderes tem pensado de forma semelhante, mas o povo boliviano é tão único que precisaria de uma receita exclusiva para que possamos ter sucesso nesta empreitada.

Re: Guerra civíl na Bolívia e a ameaça ao fornecimento de gá

Enviado: Qua Jul 18, 2012 11:56 am
por rodrigo
Qualquer negocio na Bolivia é feito com total ciência de ali qualquer pensamento além de 10 anos é pensar demais.

Investir na bolivia é como investir em ações voláteis. O Lucro é alto, mas o prejuízo tb pode ser.
O Presidente Geisel disse isso literalmente. No início das negociações da exploração do gás na Bolívia, ele foi voto vencido, e acabou dizendo a frase:
´´Quando os bolivianos fecharem a torneira, eu vou ter que mandar o Exército Brasileiro ir abrir?``

Re: Guerra civíl na Bolívia e a ameaça ao fornecimento de gá

Enviado: Qua Jul 18, 2012 12:59 pm
por JT8D
rodrigo escreveu:
Qualquer negocio na Bolivia é feito com total ciência de ali qualquer pensamento além de 10 anos é pensar demais.

Investir na bolivia é como investir em ações voláteis. O Lucro é alto, mas o prejuízo tb pode ser.
O Presidente Geisel disse isso literalmente. No início das negociações da exploração do gás na Bolívia, ele foi voto vencido, e acabou dizendo a frase:
´´Quando os bolivianos fecharem a torneira, eu vou ter que mandar o Exército Brasileiro ir abrir?``
Acho qualquer associação com o governo populista da Bolivia uma irresponsabilidade total. É aí que se encontra, na minha opinião, o maior risco de perda de credibilidade de nossa política externa.
Digam o que disserem, não há ganho econômico que supere o desgaste político de se associar com bandidos (desculpem, mas não tem nome mais adequado). Aliás, mesmo com toda a deferência com que os tratamos eles continuam a nos hostilizar. Desde que Evo assumiu o Brasil só perdeu influência e dinheiro na Bolivia.
Obviamente um governo como o de Evo Morales não tem como durar muito tempo. E depois que ele for varrido para a lata de lixo da história, como é que fica a imagem do Brasil?
Está cada vez mais claro que o Brasil é um mero expectador na América do Sul. Se tivessemos mesmo alguma influência ela teria de ser usada para tirar do poder aquele incompetente.
Alguns certamente dirão: "Ah, mas ele é amigo do Chavez e contra os Estados Unidos". E eu pergunto: e daí? Incompetentes nunca ajudam, só atrapalham, não interessa se são de centro, de esquerda ou de direita.

Abraços,

JT

Re: Guerra civíl na Bolívia e a ameaça ao fornecimento de gá

Enviado: Qua Jul 18, 2012 1:09 pm
por delmar
A população da Bolívia tem uma mentalidade completamente diferente da que estamos acostumados a lidar. ---
......
A parte inicial é a única em que estou plenamente de acordo com o companheiro, nas demais sou levado a discordar. Lendo o que o companheiro escreveu fica a impressão de que a Bolívia é um país com uma sociedade organizada e que luta pela sua cultura e independência de maneira diferenciada. O que eu vejo é uma sociedade caótica, desorganizada, violenta e que age por impulsos momentâneos. Nas etnias indígenas impera ainda o caciquismo, onde o líder da comunidade busca vantagens imediatas e pontuais, para ele e seus liderados, sem levar em conta a necessidade do país. A maioria das vezes é pura chantagem mesmo e o governo central não tem força para impor a lei. Qualquer regra, ordem ou lei pode ser quebrada por um cacique local que junta uma centena de índios embriagados, armados com paus e facões, e bloqueia uma rodovia, passando a exigir alguma vantagem. O importante, na maioria dos casos, não é o pedido em si, o importante é o cacique demonstrar publicamente que tem poder, que é uma pessoa capaz de bloquear um estrada. Enquanto continuar assim não vejo qualquer possibilidade da Bolívia progredir.

Re: Guerra civíl na Bolívia e a ameaça ao fornecimento de gá

Enviado: Qua Jul 18, 2012 1:29 pm
por FoxHound
delmar escreveu:
A população da Bolívia tem uma mentalidade completamente diferente da que estamos acostumados a lidar. ---
......
A parte inicial é a única em que estou plenamente de acordo com o companheiro, nas demais sou levado a discordar. Lendo o que o companheiro escreveu fica a impressão de que a Bolívia é um país com uma sociedade organizada e que luta pela sua cultura e independência de maneira diferenciada. O que eu vejo é uma sociedade caótica, desorganizada, violenta e que age por impulsos momentâneos. Nas etnias indígenas impera ainda o caciquismo, onde o líder da comunidade busca vantagens imediatas e pontuais, para ele e seus liderados, sem levar em conta a necessidade do país. A maioria das vezes é pura chantagem mesmo e o governo central não tem força para impor a lei. Qualquer regra, ordem ou lei pode ser quebrada por um cacique local que junta uma centena de índios embriagados, armados com paus e facões, e bloqueia uma rodovia, passando a exigir alguma vantagem. O importante, na maioria dos casos, não é o pedido em si, o importante é o cacique demonstrar publicamente que tem poder, que é uma pessoa capaz de bloquear um estrada. Enquanto continuar assim não vejo qualquer possibilidade da Bolívia progredir.
Ou seja a Bolivia é um Afeganistão sul americano com a diferença de que levou pau de todos os seus vizinhos é isso que enxergo.

Re: Guerra civíl na Bolívia e a ameaça ao fornecimento de gá

Enviado: Qua Jul 18, 2012 1:35 pm
por JT8D
FoxHound escreveu:
delmar escreveu: A parte inicial é a única em que estou plenamente de acordo com o companheiro, nas demais sou levado a discordar. Lendo o que o companheiro escreveu fica a impressão de que a Bolívia é um país com uma sociedade organizada e que luta pela sua cultura e independência de maneira diferenciada. O que eu vejo é uma sociedade caótica, desorganizada, violenta e que age por impulsos momentâneos. Nas etnias indígenas impera ainda o caciquismo, onde o líder da comunidade busca vantagens imediatas e pontuais, para ele e seus liderados, sem levar em conta a necessidade do país. A maioria das vezes é pura chantagem mesmo e o governo central não tem força para impor a lei. Qualquer regra, ordem ou lei pode ser quebrada por um cacique local que junta uma centena de índios embriagados, armados com paus e facões, e bloqueia uma rodovia, passando a exigir alguma vantagem. O importante, na maioria dos casos, não é o pedido em si, o importante é o cacique demonstrar publicamente que tem poder, que é uma pessoa capaz de bloquear um estrada. Enquanto continuar assim não vejo qualquer possibilidade da Bolívia progredir.
Ou seja a Bolivia é um Afeganistão sul americano com a diferença de que levou pau de todos os seus vizinhos é isso que enxergo.
Eu acho que se você pegar o Afeganistão, tirar o islamismo e acrescentar muita cocaína o resultado será a Bolívia.

Abraços,

JT

Re: Guerra civíl na Bolívia e a ameaça ao fornecimento de gá

Enviado: Qua Jul 18, 2012 2:09 pm
por FoxHound
JT8D escreveu:
FoxHound escreveu: Ou seja a Bolivia é um Afeganistão sul americano com a diferença de que levou pau de todos os seus vizinhos é isso que enxergo.
Eu acho que se você pegar o Afeganistão, tirar o islamismo e acrescentar muita cocaína o resultado será a Bolívia.

Abraços,

JT
Bom no caso do Afeganistão não é o problema da cocaina e sim a Heroina, realmente se tirar o islamismo do Afeganistão ele não passa de uma bolivia com diferênça de estar situado numa região geográfica com muitas potências e superpotências a Bolivia não.