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Re: Crise Econômica Mundial

Enviado: Seg Set 07, 2009 5:47 pm
por Bourne
O problema continua.

Bretton Woods foi para o espaço quando o país centro do sistema resolver retomar as rédeas de sua economia, onde precisava tomar medidas que era contrárias ao interesse dos demais membros.

Nessa proposta, nada impede que cedo ou tarde, algum país importante quebre o acordo em nome de seus interesses.

Para dar certo exigiria que os países envolvidos tivessem políticas macroeconômicas complementares, agindo em conjunto. O que é difícil acreditar nisso. por que são países muito diferentes, tanto em estrutura econômica quanto em modus operanti. Mesmo a Europa que se supõe ter países semelhantes já é muito complicado, imagina os emergentes.

Re: Crise Econômica Mundial

Enviado: Ter Set 08, 2009 7:04 am
por P44
08-09-2009 10:47 - Brasil será o mais beneficiado com a crise

O Fórum Económico Mundial elegeu o Brasil como país que melhor sairá da crise financeira mundial, em termos de competitividade.

O estudo foi divulgado hoje, em anexo ao Relatório de Competitividade Global 2009. Os especialistas avaliaram se a actual crise terá um impacto negativo (nota zero) ou positivo (nota sete).

O Brasil obteve a melhor média, seguido da Índia, China, Austrália e Canadá. O Relatório de Competitividade Global 2009, divulgado anualmente, mostra, por seu turno, que o Brasil subiu oito lugares num “ranking” com 133 economias, conquistando a 56ª posição.








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Re: Crise Econômica Mundial

Enviado: Qua Set 09, 2009 12:56 am
por Vitor
Menos prejudicado não é igual a beneficiado.

Re: Crise Econômica Mundial

Enviado: Qua Set 09, 2009 7:39 am
por soultrain
"Vamos ter uma nova crise"

O antigo presidente da Reserva Federal norte-americana, por muitos considerado co-responsável pela tempestade que varreu o mundo financeiro, está convicto de que a banca voltará a dar dores de cabeça num futuro próximo porque é "da natureza humana" assumir que a prosperidade se vai manter, e isso conduz a erros de avaliação.
Eva Gaspar
egaspar@negocios.pt

O antigo presidente da Reserva Federal norte-americana, por muitos considerado co-responsável pela tempestade que varreu o mundo financeiro, está convicto de que a banca voltará a dar dores de cabeça num futuro próximo porque é "da natureza humana" assumir que a prosperidade se vai manter, e isso conduz a erros de avaliação.

“A economia mundial vai enfrentar uma nova crise financeira, embora diferente da actual”, afirma Alan Greenspan, em entrevista à BBC.

O antigo presidente da Reserva Federal norte-americana, por muitos considerado co-responsável pela tempestade que varreu o mundo financeiro, está convicto de que a banca voltará a dar dores de cabeça num futuro próximo porque é “da natureza humana” assumir que a prosperidade se vai manter, e isso conduz a erros de avaliação.

Greenspan diz, aliás, ter antecipado a actual crise porque, como todas as outras, esta foi uma reacção a longo período de crescimento, em especial nos Estados Unidos. “Todas as crises são diferentes, mas todas têm a mesma raiz” que é “ a capacidade sôfrega dos seres humanos, quando confrontados com longos períodos de prosperidade, de assumirem que esta vai manter-se”.

Greenspan é acusado por muitos de ter favorecido o colapso que pôs de joelhos muitos colossos financeiros ao ter permitido o desenvolvimento de engenharias financeiras cada vez mais complexas fora do campo de actuação dos supervisores e reguladores e por ter mantido as taxas de juro demasiado baixas durante demasiado tempo.

Mas, na entrevista à BBC, o antigo “nº1” da política monetária norte-americana diz que o gatilho da crise foi accionado pela banca comercial. Foi ela que concedeu empréstimos a quem se sabia não ter capacidade para os honrar, expandindo enormemente o segmento do crédito “sub-prime”, acusa.

Re: Crise Econômica Mundial

Enviado: Qui Set 10, 2009 1:24 pm
por Rui
«The Economist»: Zapatero vai causar problemas no futuro
Publicação defende que a redução dos gastos seria a solução para a economia espanhola
O jornal britânico «The Economist» destaca na edição desta semana «a volta de 180 graus» na política económica do presidente do Governo espanhol, José Luis Zapatero, que anunciou o aumento dos impostos para combater o défice. Com esta decisão e recusando-se a cortar nos gastos, a publicação inglesa afirma que Zapatero está a gerar problemas para o futuro, escreve o «Cinco Días».

O «The Economist» afirma que a anterior política de Zapatero de «gastar, gastar, gastar» foi substituída por «impostos, impostos, impostos», enquanto o défice continua a subir e a economia sem recuperar.

O jornal recorda ainda que o presidente do governo de Espanha apenas anunciou na quarta-feira que o valor de subida tributária irá atingir 1,5% do PIB, mas não esclareceu os detalhes do aumento.

«A economia espanhola não vai recuperar em menos de um ano», arrisca a publicação lembrando o «enorme buraco» nas contas públicas, acrescentando que o défice do país irá atingir perto de 10% ainda este ano, o que só poderá ser resolvido ou através do corte nos gastos, opção que Zapatero parece ter posto de lado, ou do aumento dos impostos ou de empréstimos.

Re: Crise Econômica Mundial

Enviado: Sex Set 11, 2009 10:01 am
por Grifon
PIB sobe 1,9% no 2º tri e encerra recessão; em um ano queda é de 1,2%
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CIRILO JUNIOR
da Folha Online, no Rio

Atualizado às 09h12.


A economia brasileira voltou crescer no segundo trimestre deste ano, com alta de 1,9% frente aos três meses imediatamente anteriores, informou nesta sexta-feira o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Em relação a igual período em 2008, no entanto, o PIB (Produto Interno Bruto) teve recuo de 1,2%.

A alta frente ao trimestre anterior configura que o país saiu do quadro de recessão técnica, quando há duas retrações consecutivas. No primeiro trimestre, a queda foi de 1% após revisão (a leitura inicial era de queda de 0,8%), e no quarto trimestre de 2008, o recuo havia sido de 3,4% após revisão (o dado anterior era de queda de 3,6%).

No acumulado do semestre, a economia caiu 1,5% frente aos seis primeiros meses de 2008, a maior retração para um semestre em toda a série histórica, inciada em 1996.

Ao todo, a economia movimentou R$ 756,2 bilhões de abril a junho. A taxa acumulada dos últimos 12 meses (encerrados em junho) indica alta de 1,3% do PIB em relação aos quatro trimestres imediatamente anteriores.

O PIB, que mostra o comportamento de uma economia, é a soma das riquezas produzidas por um país. O indicador é composto por indústria, agropecuária e serviços. O PIB também pode ser analisado a partir do consumo, ou seja, pelo ponto de vista de quem se apropriou do que foi produzido. Neste caso, é dividido pelo consumo das famílias, pelo consumo do governo, pelos investimentos feitos pelo governo e empresas privadas e pelas exportações.

O consumo das famílias, um dos principais componentes do PIB, teve aumento de 2,1% em relação ao primeiro trimestre, o que mostra que os brasileiros continuaram a comprar apesar da crise, estimulados pela redução de impostos. Quando confrontado com o segundo trimestre de 2008, o consumo teve alta de 3,2%. Ao longo do primeiro semestre, os gastos das famílias cresceu 2,3%, e no acumulado dos últimos 12 meses, acumula incremento de 3,5%.

Já o consumo do governo no segundo trimestre registrou variação negativa de 0,1% em relação ao primeiro trimestre. Sobre igual período em 2008, constatou-se crescimento de 2,2%. No primeiro semestre, registra alta de 2,5%, e nos últimos 12 meses, o aumento chega a 4,2%.

O investimento --medido pela chamada Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) e que indica a confiança das empresas--, ficou estável em relação ao primeiro trimestre. Em relação ao segundo trimestre de 2008, houve retração de 17%. No acumulado do semestre, a queda foi de 15,6%, e nos últimos 12 meses, a queda chega a 2,2%.

A taxa de investimento de abril a junho representou 15,7% do PIB, a menor para um segundo trimestre desde 2003 (14,8%); em igual período em 2008, a taxa significou 18,5%. No acumulado do semestre, o investimento representou 16,1% do PIB, menor taxa desde o primeiro semestre de 2005.

O setor industrial, após dois trimestres negativos, teve alta de 2,1% frente ao primeiro trimestre. Em relação ao período de abril a junho do ano passado, a indústria caiu 7,9%. De janeiro a junho, a queda foi de 8,6%, e no acumulado em 12 meses, houve retrocesso de 3%.
Já o setor de serviços registrou incremento de 1,2% na comparação com o primeiro trimestre. Em relação ao segundo trimestre do ano passado, o PIB dos serviços subiu 2,4%, assim como no acumulado do primeiro semestre, cujo avanço chegou a 2,1%. Nos últimos 12 meses encerrados em junho, verifica-se alta de 3,1%.

O setor agropecuário, por sua vez, teve variação negativa de 0,1% na comparação com o período de janeiro a março deste ano. Em relação ao segundo trimestre de 2008, a agropecuária teve queda de 4,2%. A retração do setor chegou a 3% quando o desempenho de janeiro a junho é comparado a igual período no ano passado. Nos últimos 12 meses, foi constatado avanço de 0,2%.

http://www1.folha.uol.com.br/folha/dinh ... 2169.shtml

Re: Crise Econômica Mundial

Enviado: Sex Set 11, 2009 12:21 pm
por Sterrius
Se manter a tendencia de 1,5% o pais vai fechar o ano muito bem!

Re: Crise Econômica Mundial

Enviado: Seg Set 14, 2009 10:27 am
por soultrain
Stiglitz
"Bancos demasiado grandes para falir estão ainda maiores"

Eudora Ribeiro

14/09/09 12:30

O Nobel da Economia Joseph Stiglitz (na foto) considera que os EUA não conseguiram resolver nem tão pouco detectar os problemas subjacentes do sistema financeiro do país, depois da falência da Lehman Brothers.

Um ano depois do histórico Lehman Brothers ter declarado falência, Stiglitz vem dizer que "nos Estados Unidos e em muitos outros países, os bancos demasiado grandes para falir estão ainda maiores", afirmou o Nobel da Economia numa entrevista em Paris.

"Os problemas estão mais graves do que em 2007 antes da crise", acrescentou o Nobel da Economia, citado pela Bloomberg, sublinhando que nada de significativo está ser feito até agora.

As críticas de Stiglitz fazem eco de outros alertas de altos responsáveis, como o antigo presidente da Reserva Federal dos EUA, Paul Volcker, que aconselhou Barack Obama a reduzir a dimensão dos bancos do país.

Mas os problemas vão muito além do sistema bancário norte-americano. A agência de notação internacional Moody's deixou hoje o alerta de que os bancos britânicos estão prestes a sofrer perdas de 130 mil milhões de libras (147,7 mil milhões de euros) em crédito malparado e investimentos financeiros, nos próximos 12 a 18 meses.

Re: Crise Econômica Mundial

Enviado: Seg Set 14, 2009 1:09 pm
por Bourne
Hoje é aniversário do começo da última crise do capitalismo, segundo os catastrofistas de todas as linhas e influências. Porém não foi dessa vez como minzinho já vinha antecipado. [034] [035]

Re: Crise Econômica Mundial

Enviado: Seg Set 14, 2009 1:56 pm
por Túlio
Então 'tuzinho' continues acompanhando para veres na josta que vai dar... :twisted: :twisted: :twisted: :twisted:

Re: Crise Econômica Mundial

Enviado: Seg Set 14, 2009 2:07 pm
por Bourne
Comuna :twisted:

Re: Crise Econômica Mundial

Enviado: Seg Set 14, 2009 2:13 pm
por Bolovo
O Tulio fala mal, mas é mais comuna até do que meus professores mais xiitas-marxistas. E olha que de comunagem eu entendo! haha [003]

Re: Crise Econômica Mundial

Enviado: Seg Set 14, 2009 3:04 pm
por Túlio
Não, não sou comuna nem CEGO... :wink:

Re: Crise Econômica Mundial

Enviado: Seg Set 14, 2009 8:40 pm
por Bourne
Não é o fim, ainda. Apenas o recomeço do ciclo de acumulação capitalista, em que o Estado distante da regulação econômica desde a década de 1970, passa a intervir com maiores controles e regulamentações, especilamente no sistema financeiro. O Mister Obama está falando e o fará, mesmo com a resistência do mercado financeiro.

Re: Crise Econômica Mundial

Enviado: Qui Set 17, 2009 4:27 pm
por Izaias Maia
Lula acertou ao chamar crise de 'marolinha', diz jornal francês

O texto do Le Monde, intitulado 'A retomada do crescimento mundial repousa sobre os Bric', traça um panorama geral sobre a situação atual do grupo formado por Brasil, Rússia, Índia e China


17 Set 2009 - 14h01min

Ao prever que o "tsunami" da crise mundial provocaria apenas uma "marolinha" no Brasil, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva teve uma visão "bastante correta", afirmou o jornal francês Le Monde em artigo publicado nesta quinta-feira, 17. O texto, intitulado "A retomada do crescimento mundial repousa sobre os Bric", traça um panorama geral sobre a situação atual do grupo formado por Brasil, Rússia, Índia e China. O Bric, segundo o artigo, é o depositário da esperança "de que a fase de recuperação de seus níveis de vida perante os dos países ocidentais vai se acelerar. E de que seus modelos de crescimento, até o presente essencialmente baseados nas exportações (...), vão progressivamente dar lugar a um novo modo de desenvolvimento, que enfatize a demanda interna".

Na parte sobre o Brasil, o jornal ressalta o fato de a recessão ter durado apenas um semestre - o quarto trimestre do ano passado e o primeiro trimestre deste ano. "Atingido pela recessão mais tarde do que a maior parte dos países do mundo, o Brasil saiu dela mais cedo", afirma o artigo, chamando atenção não apenas para o crescimento de 1,9% do PIB brasileiro no segundo trimestre deste ano ante o primeiro como também para a recuperação do índice Bovespa (Ibovespa) e do real ante o dólar e o euro.

"A rápida recuperação do Brasil aponta para a correção da estratégia adotada pelo governo e centrada na sustentação do mercado interno. As reduções de impostos em favor de automóveis e eletrodomésticos mantiveram as vendas nesses dois importantes setores industriais", afirma o artigo, que destaca também a atuação do Banco Central ao irrigar o mercado e a resistência da confiança dos consumidores.

Sobre a China, o artigo afirma que o país "não dá a impressão de sofrer com a crise mundial. A taxa de crescimento de 8% do PIB, meta do governo para 2009, deverá ser cumprida, declarou recentemente o departamento nacional de estatísticas". O jornal francês destaca que o aporte de 4 trilhões de yuans (US$ 586 bilhões) do governo na economia "amorteceu o impacto (da crise) sobre o emprego e evitou uma explosão do caldeirão social", mas ao mesmo tempo trouxe desequilíbrio, já que parte dos recursos foi dirigida para a especulação.

O Le Monde destaca também o "ritmo sustentado" do crescimento da Índia, principalmente nos setores industrial e de serviços. "A Índia deve sua boa performance à robustez de sua demanda interna e à resistência de seu sistema financeiro", pouco conectado ao restante do mundo. "Em um país onde apenas 15% da economia depende das exportações, a demanda interna foi pouco afetada pela recessão mundial, sobretudo nas zonas rurais, que respondem pela metade da renda nacional", afirma o artigo, acrescentando que "o país continua sendo de todo modo um destino atraente para os investidores do mundo inteiro".

A Rússia, ao contrário, "foi bem mais atingida pela crise" do que o restante do Bric. O PIB russo despencou 10,9% no segundo trimestre em comparação com o mesmo período do ano passado, após contrair-se 9,8% no primeiro. "Essa aterrissagem brutal se explica pelo modelo de crescimento russo, centrado nas exportações de matérias-primas e na dependência significativa em relação ao crédito estrangeiro", diz o artigo. Agência Estado

http://www.opovo.com.br/negocios/910338.html