Fórum Defesa Brasil

Esse tipo de situação é bem mais comum do que se possa pensar. Tão ou mais comum quanto o(s) frequentes atoleiro(s) em que este Worker se encontrava.

abs

Eu até pensei em comparar com essa foto do Zetros, em que os elementos da transmissão ficam mais escondidos. Mas como já falaram, não tem como comparar um caminhão civil militarizado com um veículo que foi construído e pensado para ser puramente off-road.


Sobre a entrada dos caminhões militares 6x6 no EB, poderiam aproveitar a parceria com a Iveco e analisar alguns veículos:



Além das outras marcas como MAN/VW e Mercedes que já comercializam caminhões com o EB.

Na época da concorrência os modelos militares 6X6 foram negados por motivo de custo de aquisição e manutenção. lembro que tinha a Agrele com modelo renault e a Mercedes com modelos Mercedes.

No fim, ganhou o mais barato e nacionalizado que eram os MAN 6X6. Não acho que esteja errado. Nas condições parece ter sido a melhor escolha.

Mais barato, mas nem tanto
Saiu quase o mesmo preço do renault
Economia porca


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FCarvalho escreveu:Esse tipo de situação é bem mais comum do que se possa pensar. Tão ou mais comum quanto o(s) frequentes atoleiro(s) em que este Worker se encontrava.

Mais comum por que o EB arbitrariamente escolhe esses terrenos para treinar ou por que é isso que encontram no dia a dia e missões reais como Rio e Haiti?

Alternativa B Marechal.

As estradas em que normalmente o EB faz suas andanças pelo interior, e certos setores urbanos, do Brasil, são da pior qualidade possível, quando possuem asfalto, e quando não, é o que se vê aí em cima.

Como disse antes, seria ao menos interessante se tentar um mix na formação dos caminhões, entre 4x4 e 6x6, com as óbvias adaptações aos terreno em que cada OM mais costuma estar.

Mas do jeito que estamos, acho bem difícil uma coisa e outra.

abs

jeanscofield escreveu:Eu até pensei em comparar com essa foto do Zetros, em que os elementos da transmissão ficam mais escondidos. Mas como já falaram, não tem como comparar um caminhão civil militarizado com um veículo que foi construído e pensado para ser puramente off-road.
Além das outras marcas como MAN/VW e Mercedes que já comercializam caminhões com o EB.

Jean, infelizmente não tem jeito. Apesar de na última LAAD MAN, Iveco e outras gigantes do setor automobilístico terem trazido para a exposição seus modelos "pesados" 6x6 e até 8x8, nada de novo no front foi visto até o presente momento.

Enquanto não alterarmos a forma de manutenção dos orçamentos militares, ficaremos restritos a respostas do tipo "bom, nem tão bonito assim, mas essencialmente barato" nas ffaa's.

E cada um se vira como pode.

abs

Se EB desejar, a MAN e Mercedes entregam o caminhão com essa configuração de pneus. Porém terá perdas quando estiver trafegando no asfalta em que é o grosso da movimentação desse tipo de caminhão, possivelmente, mais lentos e maiores gastos de combustível. E os pneus single off-roads são bem mais caros.

O problema de custos sempre foi o nó da questão dos caminhões no EB. Por isso vemos hoje proliferar modelos 4x4 quem em geral, além de serem militarizados, não apresentam as características necessárias ao melhor aproveitamento fora de estrada. Os 6x6 há muito foram abandonados aos poucos em virtude do fato do EB não conseguir simplesmente mantê-los financeiramente.

Conversando com um engenheiro mecânico sobre o tema dos pneus utilizados em viaturas táticas do EB, principalmente as 4x4 nas diversas tonelagens - Worker (Fuscão ), Atego, Agrale Am11 Rec, Am21 -, chegamos a uma conclusão interessante que gostaria de debater com os colegas.

O Exército, ao escolher os pneus para seus veículos táticos no mercado nacional, está praticamente de mãos atadas. Podemos constatar isso olhando para a oferta de pneus especiais no mercado civil. Diferentemente da Europa, Rússia e Eua, os diversos operadores civis de veículos operacionais de trabalho off-road no Brasil devem se contentar com "pneus de uso dual", com características defasadas e pouco duráveis. Ao que parece, as grandes fabricantes de pneus no Brasil restringem o comércio de versões modernas daqueles pneus vistos em veículos na Europa ou Eua, forçando os fabricantes adotarem a antiga configuração de mais pneus por eixo (truck) ou aumento da quantidade de eixos, apesar que esta tendência é geral em algumas classes de veículos.

Para ilustrar a baixa variedade de pneus no Brasil em comparação a Alemanha e Rússia:



até em rally o pneu é o mesmo!!





Kamaz




Zil



Maz




Man






versão chinesa

No rally usam pneu off-road single.



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O problema da EB (também marinha e fab) é custo. Eles sabem do que precisam, mas não tem como arcar com os custos operacionais. Um caminhão com pneu off-road vai tender a desgastar mais rápido, deixar o caminhão mais lento, instável e elevadas velocidades. Além do que é preciso considerar que os Mercedinhos e MAN são usados uns 90% do tempo.

Agora um MAN 6X6 ou Unimog 4X4 valem a pena ter pneus especiais. Eles tem uma função bem especifica. Como o guarani que tem o mesmo padrão de pneu.

Bourne escreveu:No rally usam pneu off-road single.



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O problema da EB (também marinha e fab) é custo. Eles sabem do que precisam, mas não tem como arcar com os custos operacionais. Um caminhão com pneu off-road vai tender a desgastar mais rápido, deixar o caminhão mais lento, instável e elevadas velocidades. Além do que é preciso considerar que os Mercedinhos e MAN são usados uns 90% do tempo.

Agora um MAN 6X6 ou Unimog 4X4 valem a pena ter pneus especiais. Eles tem uma função bem especifica. Como o guarani que tem o mesmo padrão de pneu.

No Paris-Dakar pode ser, mas nos rallies internos do Brasil parece que os pneus são convencionais de uso dual.











Isso denota que pneu específico off-road para caminhões não tá barato para ninguém...

No Brasil nunca foi. Pneus off road são exceção tanto em termos de emprego como uso. Só muito recentemente começou-se a desanuviar caminhões com esta capacidade em terreno fora de estrada para emprego longe das zonas urbanas, e mesmo assim, são em geral caminhões pesado e/ou extra-pesados para funções muito específicas.

Com um mercado ainda restrito deste jeito fica mesmo difícil conseguir-se melhores condições de oferta de produtos e diversificação de fornecedores.

Como disse antes, o EB tem a possibilidade de tentar manter uma dualidade de emprego em seus caminhões, a fim de amenizar o problema dos pneus, ou pode simplesmente continuar a fazer o que já vem fazendo. Ou então, dar a louca e comprar um pouco de um, e de outro, e tentar levar do jeito que pode. Mas aí nós caímos novamente naquela questão custo x benefício, de difícil solução hoje pelos aspectos aqui lentados nos últimos post.

abs

O Exército colombiano tem um misto de caminhões ,modelos puro militar e outros adaptações de caminhões civis ...
Hoje temos bons caminhões operando nas nossas forças armadas ,digo pois convivi desde crianças indo no quartel com meu pai e sempre me apaixonando por caminhões militares ...
O EB deveria avaliar caminhões 100 % militar o mais rápido possível , pois temos caminhões indo pra sucata sem substituto ,os Mamutes(Boomerang) ,Reo's ,EE-25 ...
O EB hoje possui os novos MAN 6x6 que não acredito que seja um substituto a altura dos Mamutes ....
Então
Caminhões (6x6 e 8x8 ) 100 % militar para os grupos de artilharia (todos ) , caminhões oficina , algumas dezenas para a AVEX para reabastecimento de helicópteros (cisterna) , engenharia ,e algumas dezenas para logística ,o resto pode ser os que estão entrando em serviço atualmente que são bons caminhões ,porém não tem a robustez e o desempenho de um 100 % militar ...

O problema como sempre, é como dividir esta conta entre caminhões militares e militarizados no EB.
É só ver a situação da Agrale que desenvolveu um simples 4x4 de 2,5 tons e até hoje não consegui emplacar o veículo nas fileiras do EB, e de nem mais nenhuma outra ffaa. Tal caminhão poderia mesmo ser um substituo natual para os Reo e EE-25, mas passados quase dois anos de lançamento do produto, ninguém sabe, ninguém viu no que deu este projeto.
Deste jeito, como é quem uma industria por aqui pode pensar em caminhões de 5, 10 ou mais tons militares se nem o básico se consegue vender para o seu maior comprador?

abs

Bom, aí o EB teria de encontrar uma desculpa para a aquisição desses veículos. Pode transportar 2x a quantidade de familias quando ocorre um desastre natural, ou pode trafegar com mais carga em regiões alagadas etc. Os vw e Atego foram comprados em peso justamente por terem sido incluídos no PAC.

Infelizmente mesmo o PAC tece lá os seus cortes. E para este ano não será diferente. O que não for de cunho social, será cortado na carne. Não vai haver muito o que fazer este ano.
Mas em 2016, ano de olimpíada pode ser que as coisas melhorem um pouco.
Por enquanto, só o que se sabe de concreto é que este ano promete ser tão ruim ou pior em termos orçamentários para o MD do que foi 2014.
A ver.

abs