Guerra das Malvinas / Falkland

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Wingate
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Re: Guerra das Malvinas

#1081 Mensagem por Wingate » Qui Dez 22, 2011 3:29 pm

wagnerm25 escreveu:Se os ingleses começarem a colocar tropas, navios e sei lá mais o quê aqui na região, pode muito bem ser um estímulo para a Dilma desemperrar o FX-2.
Desemperrar o FX-2 e apoiar/agilizar ainda mais as compras/projetos da MB.

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Re: Guerra das Malvinas

#1082 Mensagem por cnaves » Qui Dez 22, 2011 8:21 pm

Daily Mail diz que movimentação foi motivada por bloqueio do Mercosul

A tensão adormecida entre Argentina e Reino Unido sobre o controle das Ilhas Malvinas ganhou mais um capítulo nesta quinta-feira (22/12). O jornal Daily Mail revelou que o governo britânico está “tirando a poeira de seus planos de defesa” nas Malvinas, mais de 30 anos depois do fim da guerra entre os dois países.


O motivo da preocupação seria o acordo anunciado nesta semana de que os países do Mercosul (Argentina, Uruguai, Brasil e Paraguai, apesar de este último não ter litoral) não permitirão a passagem de barcos “com bandeiras ilegais das Malvinas”, ocupadas pelo Reino Unido desde 1833.


Reprodução/Daily Mail



Outra razão seriam os planos de enviar o príncipe William às ilhas durante seis meses, em 2012, para treinamento militar como piloto de busca e resgate da Força Aérea Real, o que aumentará as tensões com o governo argentino.


De acordo com o jornal, em 2010, o ex-ministro da Defesa britânico, Liam Fox, chegou a revisar e atualizar os planos de guerra para garantir a ocupação das ilhas. O atual ministro, Philip Hammond e o Conselho de Segurança Nacional foram informados de que atualmente não há uma ameaça militar iminente.


De fato, a presidente Cristina Kirchner anunciou na noite desta quarta-feira (21/12) que “muito em breve” a Argentina terá um embaixador no Reino Unido, 30 anos após o congelamento das relações diplomáticas derivado da Guerra das Malvinas.


“Mas se há uma ameaça, faremos os preparativos muito rapidamente. Temos certeza de que os argentinos não podem nem atracar um barco pesqueiro nas ilhas, mas é importante demonstrar que somos sérios em relação a nossas obrigações”, afirmou um oficial militar ao jornal inglês.


O relatório enviado a Hammond, no entanto, menciona a possibilidade de que um novo conflito bélico poderia surgir se houver uma piora nas relações entre os países e que cerca de 1.200 soldados seriam capazes de “repelir uma invasão até que reforços sejam enviados”.


Fontes do ministério de Defesa britânicos também afirmaram ao jornal que há um submarino nuclear no Atlántico Sul, onde estão localizadas as Malvinas. Um ex-comandante da Marinha britânica durante a guerra de 1982 disse que a decisão dos países do Mercosul era “escandalosa” e sugeriu que o submarino deveria “mostrar seu mastro e deixar claro que está lá”.


“Acredito que o ministério de Relações Exteriores deveria ser mais duro. Esta tensão está crescendo há um tempo e temos que fazê-los entender que a soberania não está na mesa de negociações. Os habitantes que moram lá querem continuar sendo britânicos”, afirmou.


Outra fonte militar, em declarações mais desafiantes ao jornal, ameaçou: “No segundo em que eles cruzem sua costa, desceremos do ar. Seria uma caça de perus”. Um oficial, por sua vez, disse que os britânicos contam com uma “força decente de ataque para proteger as ilhas, o que estava ausente em 1982, e as Forças Armadas argentinas não se recuperaram adequadamente da ‘paulada’ que receberam na última vez”.


Soberania argentina


Após o anúncio, realizado na Cúpula do Mercosul, de que os países-membro do bloco não permitirão que os navios com bandeira ilegal das ilhas atraquem em seus portos, os diplomatas britânicos na América do Sul convocaram reuniões nos países onde estão designados, exigindo “explicações urgentes” sobre o significado da medida.


Efe
Desde o início de seu mandato, Cristina Kirchner fez inúmeras declarações públicas, tanto em cúpulas regionais como mundiais, acerca da soberania argentina sobre as Ilhas Malvinas. Durante seu discurso em setembro na 66ª Assembléia Geral da ONU (Organização das Nações Unidas), a presidente argentina questionou o poder de veto dos cinco membros permanentes do Conselho de Segurança, entre os quais está o Reino Unido.


“Dez resoluções desta Assembleia convocaram o Reino Unido da Grã Bretanha e o meu país a sentarem e negociar, conversar sobre nossa soberania. Tenham em conta que a Argentina não está demandando que se cumpra esta resolução sob o reconhecimento da soberania, está simplesmente pedindo que se cumpra com alguma das dez resoluções da ONU”, queixou-se a mandatária.


A Argentina também mencionou as resoluções do Comitê de Descolonização e as declarações da OEA (Organização dos Estados Americanos). “Diversos fóruns (…) do mundo inteiro reclamam através de resoluções e declarações o tratamento desta questão e o Reino Unido se nega sistematicamente a cumpri-lo e obviamente utilizado sua condição de membro do Conselho de Segurança com direito a veto para isso.


Na ocasião, Cristina Kirchner afirmou que o país esperará “um tempo razoável”, mas que no caso de não conseguir dialogar com as autoridades britânicas, seu governo se verá obrigado a revisar a declaração conjunta que permite um voo semanal que parte do Chile às ilhas, seja com escala na cidade de Rio Gallegos, seja simplesmente sobrevoando o território argentino.


“A Argentina não tem intenções de agravar a situação de ninguém, mas também é justo que esta Assembleia e que o Reino Unido tomem consciência de que o cumprimento das resoluções é necessário. Não podemos estar 180 anos, 30 anos [esperando], assim como a Palestina não pode estar peregrinando durante décadas e décadas para ter um lugar no mundo e menos ainda os argentinos para exigir este território que legitimamente nos corresponde”, enfatizou.


Segundo ela, a ocupação do Reino Unido nas ilhas é ilegítima, já que “não é necessário ressaltar que ninguém pode alegar domínio territorial a mais de 14.000 km de ultra-mar”. Cristina Kirchner queixou-se também das “verdadeiras provocações, ensaios de mísseis em maio e julho” e alegou que os recursos naturais pesqueiros e petroleiros das Malvinas são “substraídos e apropriados ilegalmente por quem não tem nenhum direito”.




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Re: Guerra das Malvinas

#1083 Mensagem por Penguin » Qui Dez 22, 2011 11:17 pm

Segundo ela, a ocupação do Reino Unido nas ilhas é ilegítima, já que “não é necessário ressaltar que ninguém pode alegar domínio territorial a mais de 14.000 km de ultra-mar”.
Por esse caminho é difícil...

Imagem




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Re: Guerra das Malvinas

#1084 Mensagem por PRick » Sex Dez 23, 2011 9:50 am

Penguin escreveu:
Segundo ela, a ocupação do Reino Unido nas ilhas é ilegítima, já que “não é necessário ressaltar que ninguém pode alegar domínio territorial a mais de 14.000 km de ultra-mar”.
Por esse caminho é difícil...

Imagem
São coisas bem diferentes, na maioria dessas ilhas não existe contestação ou população local, são bases militares e muitas delas não são capazes de abrigar vida de modo independente.

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Re: Guerra das Malvinas

#1085 Mensagem por Carlos Lima » Sex Dez 23, 2011 11:33 am

La vao os argentinos com a Presidente que acabou de voltar para o cargo fazer a 'Demonstracao' deles com tantos outros problemas para resolver.

Distracao tipica...

La vai os bobocas do Mercosul entrar na onda... e so falta a MB perder o contrato dos Navios Patrulha por conta de mais essa bobagem.

Antes de reinvidicar algo, eles tem muito o que investir.

No mais, quem mora la' fala Ingles e quer mais 'e ficar com a Inglaterra e com meia duzia de A-4 com radar mulambo e FAs sucateadas e tucanos alugados, eles tem que se preocupar com outras coisas.

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Re: Guerra das Malvinas

#1086 Mensagem por Andre Correa » Sex Dez 23, 2011 11:49 am

É mais fácil desviar a atenção dos problemas actuais, e reais, usando-se da evocação ao sentimento patriota da população em relação as FALKLANDS.

Triste mesmo é ver o Brasil a estar de conluio com essa desgovernante...

[009]




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Re: Guerra das Malvinas

#1087 Mensagem por PRick » Sex Dez 23, 2011 12:06 pm

Mas eu diria que esse jogo de cena é conveniente para os dois governos, afinal, UK também anda com problemas até o pescoço, por isso mesmo, não existe qualquer possibilidade de guerra, porém, a pressão econômica sobre a Inglaterra deve continuar, e como a economia da Ilha descendo a ladeira, é tudo que eles não querem arcar, aumentar as despesas com militares para defender o bando de carneiros, afinal, tem mais carneiros nas Malvinas do que gente.

Quem sabe eles usem a cabeça é façam um acordo com os Argentinos. Porque a exploração de petróleo em larga escala só será financeiramente compensadora se puderem usar a Argentina como base de apoio, caso contrário nada feito.

Quanto a nossa posição, creio que comprar OPV tudo bem, como navios de apoio dos Ingleses, o resto, nadinha, escoltas, NAe´s e navios complexos não devem vir de UK.

[]´s




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Re: Guerra das Malvinas

#1088 Mensagem por Boss » Sex Dez 23, 2011 12:14 pm

Eu ficaria NEUTRO, se compra a briga é de ALIADOS, não de pestes que nem os argentinos. Mesmo com todo o apoio brasileiro nesse impasse das Falklands, o que ganhamos ? Bloqueios de produtos brasileiros, mimimi quanto a nossa aspiração no CS, etc...

Já somos os líderes dessa porcaria de continente (somos quase metade da joça, era o mínimo que se esperava), não precisamos bancar as babás dessas criançonas, ainda mais dos argentinos, que sempre tentaram nos f*der...




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Re: Guerra das Malvinas

#1089 Mensagem por Marino » Sex Dez 23, 2011 12:17 pm

Por parte do Brasil, CREIO que é pura retórica diplomática, tão cara aos via..., digo, itamaratecas.
Bandeira das Malvinas?
Barcos ingleses usam bandeira da Grã-Bretanha e estes não são impedidos de entrarem em nenhum porto nacional.




"A reconquista da soberania perdida não restabelece o status quo."
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ue

#1090 Mensagem por Penguin » Sex Dez 23, 2011 12:22 pm

PRick escreveu:Mas eu diria que esse jogo de cena é conveniente para os dois governos, afinal, UK também anda com problemas até o pescoço, por isso mesmo, não existe qualquer possibilidade de guerra, porém, a pressão econômica sobre a Inglaterra deve continuar, e como a economia da Ilha descendo a ladeira, é tudo que eles não querem arcar, aumentar as despesas com militares para defender o bando de carneiros, afinal, tem mais carneiros nas Malvinas do que gente.

Quem sabe eles usem a cabeça é façam um acordo com os Argentinos. Porque a exploração de petróleo em larga escala só será financeiramente compensadora se puderem usar a Argentina como base de apoio, caso contrário nada feito.

Quanto a nossa posição, creio que comprar OPV tudo bem, como navios de apoio dos Ingleses, o resto, nadinha, escoltas, NAe´s e navios complexos não devem vir de UK.

[]´s
E devemos comprar de quem? Dos russos ou chineses? Ou vc acha que se a coisa engrossar devido a essas ilhas, os países membros da OTAN não ficariam do lado do Reino Unido? Não se iluda caro Prick.

Por vias das dúvidas, melhor apressar os trabalhos com a DCNS e o recebimento dos EC725...

[]s




Sempre e inevitavelmente, cada um de nós subestima o número de indivíduos estúpidos que circulam pelo mundo.
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Re: Guerra das Malvinas

#1091 Mensagem por DELTA22 » Sex Dez 23, 2011 2:24 pm

É pura retórica de nossa parte, como bem disse o Marino. Parem de procurar cabelo em ovo. Para nós isso nada significa, para eles isso é importante e não vamos nos indispor com os maiores compradores de nossos produtos industrializados por recusar em fazer uma declaração vazia de impedir navios de entrarem em nossos portos com bandeira que mal existe.

[]'s a todos.




"Apenas o mais sábio e o menos sábio nunca mudam de opinião."
PRick

Re: ue

#1092 Mensagem por PRick » Sex Dez 23, 2011 2:35 pm

Penguin escreveu:
PRick escreveu:Mas eu diria que esse jogo de cena é conveniente para os dois governos, afinal, UK também anda com problemas até o pescoço, por isso mesmo, não existe qualquer possibilidade de guerra, porém, a pressão econômica sobre a Inglaterra deve continuar, e como a economia da Ilha descendo a ladeira, é tudo que eles não querem arcar, aumentar as despesas com militares para defender o bando de carneiros, afinal, tem mais carneiros nas Malvinas do que gente.

Quem sabe eles usem a cabeça é façam um acordo com os Argentinos. Porque a exploração de petróleo em larga escala só será financeiramente compensadora se puderem usar a Argentina como base de apoio, caso contrário nada feito.

Quanto a nossa posição, creio que comprar OPV tudo bem, como navios de apoio dos Ingleses, o resto, nadinha, escoltas, NAe´s e navios complexos não devem vir de UK.

[]´s
E devemos comprar de quem? Dos russos ou chineses? Ou vc acha que se a coisa engrossar devido a essas ilhas, os países membros da OTAN não ficariam do lado do Reino Unido? Não se iluda caro Prick.

Por vias das dúvidas, melhor apressar os trabalhos com a DCNS e o recebimento dos EC725...

[]s
Mas esse é o caminho, parar de comprar de prateleiras e começar a fazer as coisas aqui. Chega de ficar vivendo de esmola alheia.

[]´s




PRick

Re: Guerra das Malvinas

#1093 Mensagem por PRick » Sáb Dez 24, 2011 12:21 pm

DELTA22 escreveu:É pura retórica de nossa parte, como bem disse o Marino. Parem de procurar cabelo em ovo. Para nós isso nada significa, para eles isso é importante e não vamos nos indispor com os maiores compradores de nossos produtos industrializados por recusar em fazer uma declaração vazia de impedir navios de entrarem em nossos portos com bandeira que mal existe.

[]'s a todos.
Gente não tem retórica nenhuma a decisão é clara, não existe Nação nas Ilhas, então não existe bandeira ou navio com pavilhão Falklands, é isso que os ingleses andam armando, eles querem se livrar do abacaxi forjando uma nova nação, um fantoche nas mãos de seu governo. Esse é o movimento claro da diplomacia britânica, que foi rechaçado pelo Mercosul.

Navios britânicos não estão impedidos de navegar para lugar nenhum, navios de bandeiras piratas não podem usar nossos portos, nações que não reconhecemos como tais, não tem direitos a usar nossas águas.

[]´s




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Re: Guerra das Malvinas

#1094 Mensagem por Guilherme » Sáb Dez 24, 2011 12:59 pm

To: Falkland Islands Government Office <reception@falklands.gov.fk>, Legislature Department - Falkland Islands<clerkofcouncils@sec.gov.fk>

Subject: My disapproval of the Mercosur blockade of Falkland Islands Ships

I am a Brazilian citizen and I totally disagree with my country's position in the blockade of Falkland Islands ships by Mercosur countries. It's an unfortunate action that causes unnecessary attrition in the relations between our countries and can harm the economy of the islands.

Merry Christmas and Happy 2012.




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Re: Guerra das Malvinas

#1095 Mensagem por Penguin » Sáb Dez 24, 2011 2:07 pm

LONDRES.- El primer ministro británico, David Cameron , cerró ayer la puerta a una negociación
El conflicto con Gran Bretaña / Sorpresiva respuesta a los países del Mercosur
Ratificó Londres que nunca negociará por las Malvinas
Cameron cuestionó el bloqueo y dijo que no hará gestiones con la Argentina por la soberanía
El bloqueo que causó la reacción británica
http://www.lanacion.com.ar/1435416-rati ... s-malvinas

LONDRES.- El primer ministro británico, David Cameron , cerró ayer la puerta a una negociación con la Argentina por la soberanía de las Malvinas y criticó duramente la decisión del Mercosur de bloquear el acceso a sus puertos de los buques con la bandera de las islas.

En su mensaje navideño a los habitantes de las islas, Cameron calificó de "injustificada y contraproducente" la decisión del Mercosur, tomada esta semana por iniciativa de la Argentina durante la reciente cumbre de Montevideo, y enfatizó que "nunca negociará sobre la soberanía" si no lo desean los habitantes del archipiélago.

"Que quede muy claro. Siempre vamos a mantener nuestro compromiso sobre cualquier cuestión de la soberanía. La base de nuestra política es el derecho de ustedes a la autodeterminación", dijo Cameron, en su mensaje transmitido por radio a las Malvinas.

Las tensiones entre la Argentina y el Reino Unido han aumentado desde que el martes pasado los países del Mercosur (Argentina, Brasil, Uruguay y Paraguay) acordaron prohibir el acceso a sus puertos de buques con bandera de las Malvinas.

La nueva polémica se suma a la intención del gobierno británico de crear un área de reserva natural en torno de las islas Georgias, a 1300 kilómetros de Malvinas, confirmada hace tres semanas por el Foreign Office, y el viaje del príncipe Guillermo a las islas, donde hará tareas de entrenamiento militar, decisión que la cancillería argentina calificó en su momento como "un acto de provocación". La restricción impuesta esta semana por los países del Mercosur forma parte del plan del gobierno de Cristina Kirchner de profundizar las presiones económicas sobre los isleños para forzar la apertura de una negociación de soberanía con Gran Bretaña, objetivo explícito de la Presidenta en su política exterior.

El Reino Unido criticó la medida, pero ha precisado que no planea incrementar su presencia militar en las Malvinas, a pesar de las versiones publicadas en medios londinenses sobre un supuesto refuerzo del despliegue naval en el Atlántico Sur.

Cerca de cumplirse 30 años de la guerra que enfrentó a la Argentina con Gran Bretaña, las tensiones se reavivan, mientras continúan las exploraciones petroleras británicas en la zona y la Casa Rosada amenaza (como hizo en las Naciones Unidas) con impedir los vuelos comerciales a las islas.

"INACEPTABLE"

El primer ministro Cameron dijo ayer que su gobierno quiere tener una relación "constructiva" con la Argentina, pero que la actitud de la Casa Rosada hacia las Malvinas en los últimos tiempos es "inaceptable".

El Reino Unido "no puede aceptar" que se cuestione el derecho de autodeterminación de los isleños, reiteró Cameron en varias ocasiones en su mensaje.

"La Argentina sigue con sus esfuerzos injustificados y contraproducentes para impedir la navegación alrededor del archipiélago y para impedir que los empresarios lleven a cabo un comercio legítimo", aseveró.

Cameron indicó, además, que "el compromiso" del gobierno británico con "la seguridad y la prosperidad de los territorios de ultramar, incluidas las Falkland [Malvinas]", y que la soberanía de las islas sólo se negociará si los habitantes de las islas así lo desearan.

"Ninguna democracia lo puede hacer de otra forma", sentenció el jefe del Poder Ejecutivo británico.

Cameron transmitió su voluntad de acercar posiciones con la Argentina, pero no admite hacerlo en el contexto actual, marcado por una fuerte tensión.

"Se pueden hallar puntos en común en asuntos como la economía mundial y el cambio climático'', dijo el primer ministro. Y añadió: "Queremos trabajar con Argentina en esas cuestiones. Pero el gobierno argentino ha seguido haciendo declaraciones que desafían el derecho de ustedes a la autodeterminación, y nunca podemos aceptar eso''.

La tensión está llamada a crecer, a partir de la visita a las islas del príncipe Guillermo, quien se someterá a un entrenamiento militar, pocas semanas antes de la celebración de los 30 años del intento argentino por recuperar las Malvinas, lo que desencadenó la guerra de 1982. Gran Bretaña mantiene aún unos 1000 soldados en el archipiélago, donde habitan aproximadamente unos 3000 pobladores.

LA POSICIÓN DE URUGUAY

Frente a la reacción de Cameron, el canciller uruguayo, Luis Almagro, se comunicó ayer telefónicamente con su par británico, William Hague, para explicarle la decisión del país de impedir el ingreso a puertos uruguayos de buques con bandera de las islas Malvinas, informaron fuentes oficiales y diplomáticas.

"Dejamos clara la decisión adoptada por Uruguay y dijimos que es consecuente con el posicionamiento histórico del país sobre las Malvinas", comentó el canciller del gobierno de José Mujica.

"Reconocer la bandera de las Malvinas sería reconocer la jurisdicción y la soberanía británica", señaló hoy Almagro, quien dijo además que el país "no tiene problemas" con que embarcaciones con otras banderas efectúen la ruta Montevideo-Malvinas.

Agencias AP y EFE .




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