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Re: Pressões Nucleares sobre o Brasil

Enviado: Qui Jun 10, 2010 10:39 am
por Hezekiah
suntsé escreveu:O unico meio do Brasil garantir a propria segurança é se tornando uma potencia militar, eu acho que não podemos contar com os outros paises da AL, por um motivo simples: São facilmente compraveis!
Alem de terem muita dor de cotovelo, ter um pais ao seu lado que sera a 5ª economia do mundo em alguns anos, da uma ciumera danada.

Re: Pressões Nucleares sobre o Brasil

Enviado: Qui Jun 10, 2010 11:41 am
por FOXTROT
Não sei bem onde postar, mas vai aqui memso.

terra.com.br

AIEA debate programa nuclear de Israel pela 1ª vez em 20 anos
10 de junho de 2010 •

Viena, 10 jun (EFE).- O conselho de representantes da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) comemorou hoje em Viena seu primeiro debate sobre o programa nuclear de Israel em quase 20 anos, em uma tentativa dos países árabes de aumentar a pressão contra o Estado judeu após o recente ataque a um comboio marítimo que transportava ajuda humanitária para a Faixa de Gaza.
Sob o título de "capacidades nucleares de Israel", o bloco de 18 Estados árabes colocou o assunto na agenda da reunião, contra a rejeição dos Estados Unidos e da União Europeia (UE), entre outros.

Ao contrário do Irã, que está sob uma inspeção exaustiva da AIEA, Israel não assinou o Tratado de Não-Proliferação Nuclear (TNP), por isso não está exposto a controles de não-proliferação, da mesma forma que a Índia, o Paquistão e a Coreia do Norte.

Especialistas internacionais estimam que Israel dispõe de um arsenal nuclear desde o final da década 60, algo que o Governo israelense nunca negou nem confirmou.

Re: Pressões Nucleares sobre o Brasil

Enviado: Sex Jun 11, 2010 10:17 am
por Marino
Mudança de clima e energia nuclear :: Samuel Pinheiro Guimarães

O Protocolo Adicional da AIEA é um instrumento contra os países onde há capacidade de desenvolvimento tecnológico.


O acúmulo de gases de efeito estufa na atmosfera provoca o aquecimento global com catastróficas consequências. Correspondem a dióxido de carbono (CO2), 77% deles, resultado da queima de combustíveis fósseis para gerar energia elétrica e movimentar indústrias e veículos.

A redução das emissões de CO2 é essencial para impedir que a concentração de gases provoque o aumento de 2º C na temperatura, limiar máximo tolerável, devido ao degelo das calotas polares e ao aquecimento dos oceanos o que levaria à inundação das zonas costeiras, onde vivem cerca de 70% da população mundial.

A solução da crise ambiental depende da transformação da matriz energética, em especial das usinas de geração de eletricidade de modo a que venham a utilizar fontes "limpas" de energia. Os países que são importantes emissores de gases não têm recursos hídricos suficientes ou não têm capacidade para gerar economicamente energia eólica e solar.

Resta a energia nuclear para gerar energia elétrica em grande escala, uma vez que boa parte dos problemas ambientais e de segurança estão superados. Patrick Moore, fundador do Greenpeace, declarou: "A energia nuclear é a única grande fonte que pode substituir os combustíveis fósseis".

Das reservas de urânio, 81% se encontram em seis países. O Brasil tem a 6ª maior reserva de urânio e a estimativa é de que possa vir a deter a terceira maior. O Brasil é um dos oito países que detêm o conhecimento do ciclo completo do enriquecimento de urânio e a capacidade industrial para produzir todas as etapas do ciclo. A China e a Índia, com populações em situação de extrema pobreza, terão de instalar capacidades extraordinárias de usinas não poluentes para aumentar a oferta de energia elétrica sem aumentar suas emissões de CO2.

É urgentíssimo diminuir a emissão de gases de efeito estufa e, ao mesmo tempo, acelerar o crescimento econômico para retirar centenas de milhões da pobreza abjeta em que vivem. Isso só é possível com a geração de energia elétrica a partir do urânio.

A deterioração das condições climáticas e fenômenos naturais extremos farão com que a urgência de medidas de reorganização econômica se imponha. Assim, o mercado internacional para urânio enriquecido será extremamente importante, caso se queira evitar catástrofes climáticas irreversíveis.

Propostas dos países nucleares, sob o pretexto de enfrentar ameaças terroristas, afetam profundamente as possibilidades de participação do Brasil nesse mercado. Essas propostas procuram concentrar nos países altamente desenvolvidos a produção de urânio enriquecido e impedir sua produção, em especial naqueles países que detêm reservas de urânio e a tecnologia de enriquecimento.

Os países nucleares procuram restringir a transferência de tecnologia, impedir o desenvolvimento autônomo de tecnologia e conhecer o que os demais países estão fazendo, sem revelar o que eles mesmos fazem. O Protocolo Adicional aos Acordos de Salvaguarda com a AIEA é um instrumento contra os países onde há capacidade de desenvolvimento tecnológico, como é o caso do Brasil. Onde não há essa capacidade o protocolo não tem nenhuma importância, nem para os que dele se beneficiam nem para aqueles que a suas obrigações se submetem.

A concordância do Brasil em assinar um Protocolo Adicional ao Acordo de Salvaguardas, que é instrumento do Tratado de Não Proliferação (TNP), permitiria que inspetores da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), sem aviso prévio, inspecionassem qualquer indústria que considerassem de interesse além das instalações nucleares (inclusive as fábricas de ultracentrífugas) e o submarino a propulsão nuclear, e tivessem acesso a qualquer máquina, a suas partes e aos métodos de sua fabricação, ou seja, a qualquer lugar do território brasileiro, quer seja civil ou militar, para inspecioná-lo, inclusive instituições de pesquisa civis e militares. Os inspetores são formalmente funcionários da AIEA, mas, em realidade, técnicos altamente qualificados, em geral nacionais de países desenvolvidos, naturalmente imbuídos da "justiça" da existência de um oligopólio nuclear não só militar, mas também civil, e sempre prontos a colaborar não só com a AIEA, o que fazem por dever profissional, mas também com as autoridades dos países de que são nacionais.

O Protocolo Adicional e as propostas de centralização, em instalações "internacionais", da produção de urânio enriquecido são instrumentos disfarçados de revisão do TNP no seu pilar mais importante para o Brasil, que é o direito de desenvolver tecnologia nuclear para fins pacíficos. Essa foi uma das condições para o Brasil aderir ao TNP, sendo a outra o desarmamento geral, tanto nuclear como convencional, dos Estados nucleares, como dispõe o Decreto legislativo 65, de 1998.

Todavia, desde 1968, quando foi assinado o TNP, os Estados nucleares incrementaram de forma extraordinária a letalidade de suas armas nucleares e convencionais e assim, portanto, descumpriram as obrigações que assumiram ao subscrever o TNP. E agora desejam rever o Tratado para tornar sua situação ainda mais privilegiada, seu poder de arbítrio ainda maior e a situação econômica e política dos países não nucleares ainda mais vulnerável diante do exercício desse arbítrio.

Ao contrário da enorme maioria dos países que assinaram o Protocolo Adicional, o Brasil conquistou o domínio da tecnologia de todo o ciclo de enriquecimento do urânio e tem importantes reservas de urânio. Só três países - Brasil, Estados Unidos e Rússia - têm tal situação privilegiada em um mundo em que a energia nuclear terá de ser parte importante e indispensável da nova economia livre de carbono, fundamental à sobrevivência da humanidade. Aceitar o Protocolo Adicional e a internacionalização do enriquecimento de urânio seria um crime de lesa-pátria.

Samuel Pinheiro Guimarães é ministro chefe da Secretaria de Assuntos Estratégicos (SAE)

Re: Pressões Nucleares sobre o Brasil

Enviado: Sáb Jun 12, 2010 2:22 pm
por Valdemort
Lula ta virando piada em Israel por apoiar o Ira


Re: Pressões Nucleares sobre o Brasil

Enviado: Seg Jun 14, 2010 1:03 pm
por Marino
JB:
Fabricando radioisótopos no Brasil
Wagner Granja Victer
PRESIDENTE DA CEDAE
Ao longo da gestão que tive durante oito anos como secretário na área de energia, além do apoio
a projetos de geração núcleo elétrica que levou à finalização de Angra 2 e ao início de Angra 3, sempre
apoiamos as outras atividades pacíficas relacionadas à área Nuclear, entre elas algumas ligadas a
aplicações relativas à área de saúde.
Neste tema, gostaria chamar a atenção para um problema gravíssimo que afeta a saúde pública
brasileira e que ao meu ver merece um melhor debate por parte de nossa sociedade.
Atualmente, o Brasil vive uma severa crise de abastecimento do Molibdênio-99, radioisótopo que
dá origem ao Tecnécio-99, utilizado em cerca de 90% dos exames de medicina Nuclear no país. A crise
teve início quando o reator canadense National Research Universal (NRU) – responsável por quase 40%
da produção mundial do elemento Molibdênio-99 e por toda a demanda brasileira – parou de operar por
problemas técnicos.
Outros reatores dedicados à produção do radioisótopo também apresentaram problemas, o que
agravou ainda mais a situação.
A interrupção no fornecimento causou uma escassez do Molibdênio-99 jamais vista na medicina
Nuclear brasileira.
Hospitais e clínicas por todo o país se viram obrigados a cancelar ou postergar exames
essenciais, como a cintilografia. A Sociedade Brasileira de Biologia, Medicina Nuclear e Imagem
Molecular (SBBMN) estima que, com a crise, cerca de 5 mil pacientes deixariam de ser atendidos por dia.
Dessa forma, estima-se que cerca de 150 mil brasileiros por mês poderiam estar sendo prejudicados.
Independentemente de estes números poderem estar inflados, já é uma situação muito
preocupante. O fato é que existe uma elevada demanda no país, o que pela conjuntura atual pode gerar
graves problemas de atendimento.
Para contornar a crise, o Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (Ipen) – responsável
pela importação do Molibdênio-99 e por sua distribuição para todo o Brasil e que é um órgão de
referência no país, tem buscado outros fornecedores, principalmente a Argentina, que tem um reator
próprio para a produção de radioisótopos.
Mas essa tem sido uma tarefa difícil, pois, como o problema é mundial, a procura pelo produto é
muito maior do que a oferta. Além disso, nossos vizinhos têm uma capacidade limitada de exportação, já
que sua produção é voltada para o mercado interno.
Trata-se de uma crise estrutural do mercado internacional de produção de radioisótopos,
acarretada pelo envelhecimento dos reatores em operação no mundo que se destinam a esse fim. As
medidas tomadas até agora pelo governo federal, que se tem demonstrado atento ao problema,
resolveram a questão de forma apenas temporária.
A solução definitiva ao meu ver e de muitos técnicos do setor passa pela construção de um
reator nacional que torne o país autossuficiente na produção do Molibdênio-99.
Este projeto já existe. Tratase do Reator Multipropósito Brasileiro (RMB), que está sob a
responsabilidade da Comissão Nacional de Energia Nuclear (Cnen). O RMB – que teria entre 20 e 30
megawatts de potência – seria o maior reator de pesquisas do país e teria a capacidade de atender a
toda a demanda nacional de Molibdênio-99, mas seu alcance vai além disso. Ele permitiria que o Brasil
nacionalize praticamente todos os radioisótopos produzidos em reatores que hoje são importados.
E não apenas aqueles usados para diagnósticos, mas também os que são empregados em
radioterapia.
Além de produzir radioisótopos, o RMB seria utilizado na realização de testes de irradiação de
materiais e combustíveis e em pesquisas com feixes de nêutrons. Esse projeto permitiria uma
contribuição para o desenvolvimento de uma infraestrutura científica e tecnológica fundamental para dar
suporte à expansão do Programa Nuclear Brasileiro. Também seria uma importante ferramenta para a
formação de recursos humanos no setor Nuclear, o que é de grande importância, levando-se em conta
que a média de idade dos técnicos da área é superior a 50 anos. Se isso tudo não fosse suficiente, o
RMB ainda seria o primeiro reator de potência construído com tecnologia brasileira, e credenciaria o
Brasil a entrar no mercado mundial de reatores.
Para que seja construído, o RMB demandará investimentos estimados da ordem de US$ 500
milhões, devendo ficar pronto em cinco ou seis anos. Mas isso acontecerá apenas se o reator receber os
recursos necessários para sua concretização. E é esse tema que merece nossa atenção. O projeto por
ser de pouco conhecimento tem muitas vezes dificuldade de ser defendido na disputa orçamentária,
apesar de atuações empenhadas do presidente da Cnen, Odair Gonçalves, e do ministro da Ciência e
Tecnologia, Sérgio Rezende, que são administradores públicos bastantes comprometidos com o setor.
O RMB precisa ser prioritário na agenda do país.
Trata-se de uma aspiração de grande parte da comunidade Nuclear brasileira e também da
classe médica, que na prática sofre na pele as consequências da crise.
Há uma necessidade urgente de se alavancar recursos orçamentários para o reator, pois ele é
essencial para a medicina do país. A crise atual deixou claro que não podemos depender de
fornecedores externos.
Um atraso na implantação do reator manteria o país à mercê das inconstâncias do mercado
externo. É importante lembrar que esta é uma crise estrutural e, portanto, de longo prazo. Ou seja, a
medicina Nuclear brasileira estará fragilizada até que o RMB seja construído e entre em operação. Esse
é o momento de agir.
É por essas razões que, como sugestão de engenheiro e cidadão, considero que o RMB será um
divisor de águas na medicina Nuclear do Brasil. E não tenho dúvida do comprometimento da Cnen, do
Ministério da Ciência e Tecnologia e do próprio Ministério da Saúde na viabilização deste projeto, que
logicamente precisa ser compreendido pela sociedade que muitas vezes vê investimentos nesta área
com certo preconceito.
Em conversas recentes que tive com o ministro da Saúde, Temporão, com o governador Sérgio
Cabral e até com um dos sub-relatores do orçamento federal, como o deputado federal Edmilson
Valentim, não tenho dúvidas da viabilização deste empreendimento que ao meu ver dever ser o estado
do Rio de Janeiro, onde se encontra a maior parte dos investimentos na área Nuclear nacional.
O estado constitui um polo Nuclear, na medida em que sedia as principais instituições do setor:
EletroNuclear com o complexo de Geração de Angra, Indústrias Nucleares do Brasil (INB), Comissão
Nacional de Energia Nuclear (Cnen) e Nuclep, fabricante de equipamentos para o setor. Isto sem falar
nos centros de excelência acadêmica com cursos nas áreas como a UFRJ e o IME. O estado conta
ainda com dois institutos de pesquisa de grande importância: o Instituto de Engenharia Nuclear (IEN) e o
Instituto de Radioproteção e Dosimetria (IRD), na Ilha do Fundão, que, inclusive, contam com espaço
mais do que suficiente em suas cercanias para abrigar o RMB.
Caso se queiram utilizar áreas já classificadas para estas atividades, o reator poderia ficar junto
das instalações das Indústrias Nucleares Brasileiras (INB) pertencentes à Cnen em Resende no sul do
estado ou no complexo de geração elétrica de EletroNuclear em Angra, que potencializariam a logística
de estar entre dois mercados como Rio e São Paulo, e também de instalações portuárias para acesso a
outras partes do país como o Porto de Sepetiba.
Além disso, este é o momento oportuno para aproveitar a sintonia que existe entre o governo
federal e o governo do estado do Rio de Janeiro para viabilizar a construção do reator em solo
fluminense. A parceria entre o Presidente Lula e o governador Sérgio Cabral é inestimável para obter
apoio político para o projeto e para o apoio de diversos já que o governo do estado também poderia
ajudar na obtenção de um terreno para servir de sede para o RMB e outros apoios como incentivos
fiscais na implantação do empreendimento.
Wagner Granja Victer foi também secretário de Estado de Energia, Indústria Naval e
Petróleo.

Re: Pressões Nucleares sobre o Brasil

Enviado: Seg Jun 14, 2010 1:57 pm
por EDSON
Valdemort escreveu:Lula ta virando piada em Israel por apoiar o Ira

Israel é inimigo de quem?

Re: Pressões Nucleares sobre o Brasil

Enviado: Seg Jun 14, 2010 8:16 pm
por Ilya Ehrenburg
EDSON escreveu:
Valdemort escreveu:Lula ta virando piada em Israel por apoiar o Ira

Israel é inimigo de quem?
Como os humoristas judeus são sem graça, conseguem ser pior que os "cassetas"!

Re: Pressões Nucleares sobre o Brasil

Enviado: Seg Jun 14, 2010 8:26 pm
por tflash
Realmente falharam na interpretação do Brasil, Não é um cocktail e uma praia que representa o Brasil.

E eles estavam muito rígidos e formais. no máximo pareciam gregos.

Pusessem as seguranças de biquíni, o pr. Lula a beber cerveja e um papagaio ou um tucano no cenário.

Beber bebidas de cores coloridas com um chapéuzinho é muito gay.

Re: Pressões Nucleares sobre o Brasil

Enviado: Seg Jun 14, 2010 8:49 pm
por Ilya Ehrenburg
tflash escreveu:Realmente falharam na interpretação do Brasil, Não é um cocktail e uma praia que representa o Brasil.

E eles estavam muito rígidos e formais. no máximo pareciam gregos.

Pusessem as seguranças de biquíni, o pr. Lula a beber cerveja e um papagaio ou um tucano no cenário.

Beber bebidas de cores coloridas com um chapéuzinho é muito gay.
E aquele que observa com atenção, percebe o quanto os humoristas judeus revelam o sentimento de superioridade, de "donos" inequívocos da verdade, de arroto do saber embebido em sentimentos discriminatórios de raça e crença.

Basta ver.

Re: Pressões Nucleares sobre o Brasil

Enviado: Seg Jun 14, 2010 9:00 pm
por tflash
O que o meu caro comentou é bem verdade, mas vi excertos de outros programas deles e eles ridicularizam-se da mesma forma. Algum humor norte-americano e da Europa de leste é que tem a mania da superioridade e subserviência à cultura americana. A estes dou o beneficio da dúvida.

Re: Pressões Nucleares sobre o Brasil

Enviado: Ter Jun 15, 2010 12:23 am
por romeo
Ilya Ehrenburg escreveu:
EDSON escreveu: Israel é inimigo de quem?
Como os humoristas judeus são sem graça, conseguem ser pior que os "cassetas"!
Concordo plenamente... Eles são bastante sem graça.

Prefiro o Bope tupiniquim, dando entrevista...



:|

Re: Pressões Nucleares sobre o Brasil

Enviado: Ter Jun 15, 2010 10:52 am
por lobo_guara
O Irã Isolado

Por Pierre Rousselin09/06/2010 às 19:38

Não mais do que as anteriores, as recentes sanções que foram aprovadas pelo Conselho de Segurança da ONU não impedirão a continuidade do programa nuclear iraniano.
Se, para aprovação, a resolução tenha sido privado das sanções mais severas, este pacote não é inferior, aos quatro anteriores aplicados desde dezembro de 2006, como afirmou Hillary Clinton, "mais significativas" Ele é, do ponto de vista diplomático, muito mais do que uma medida.

Primeiro, porque põe fim à abertura dos Estados Unidos para Teerã e sinaliza o fracasso da política de mão estendida, apoiada por Barack Obama, dezesseis meses atrás em sua chegada à Casa Branca, a qual, ele estendeu muito além do tempo previsto inicialmente.

Enfraquecido por falhas presidenciais do ano passado, o regime dos “mullahs” não tenha aproveitado a oportunidade que lhe é oferecido. Seis meses após a rejeição da proposta que foi feita para exportar a maior parte do seu urânio pouco enriquecido para seu tratamento no exterior, Teerã fingiu aceitar uma oferta semelhante, mas se reservou o direito continuar a enriquecer o combustível que poderia ser usado para uma bomba atômica. Apesar da intervenção favorável da Turquia e do Brasil, essa solução não pode ser aceita.

A resolução 1929 é significativa porque os dois principais países emergentes, a Turquia e o Brasil, votaram contra. Assim, ele carrega a visão desses novos poderes para impor sua voz no mundo, distinguindo-se dos cinco membros permanentes do Conselho de Segurança, a Rússia e a China incluídas.
O que deve ver uma mudança dramática e duradoura no cenário internacional, que podem ir além da questão do Irã, mas também uma oportunidade para Brasília e Ancara para prosseguirem na tentativa de mediação.


Especificamente, a resolução irá se traduzir em aumento da pressão sobre o regime iraniano e da economia e do isolamento diplomático do país. As sanções da ONU pavimentarão o caminho para outras medidas mais limitantes em preparação pelos Estados Unidos e a União Européia.
Eles não são uma panacéia, mas sim uma política padrão, a única alternativa disponível para uma operação militar que teria conseqüências incalculáveis.
Fonte: http://blog.lefigaro.fr/geopolitique/

Re: Pressões Nucleares sobre o Brasil

Enviado: Ter Jun 15, 2010 10:54 am
por lobo_guara
Ilya Ehrenburg escreveu:
tflash escreveu:Realmente falharam na interpretação do Brasil, Não é um cocktail e uma praia que representa o Brasil.

E eles estavam muito rígidos e formais. no máximo pareciam gregos.

Pusessem as seguranças de biquíni, o pr. Lula a beber cerveja e um papagaio ou um tucano no cenário.

Beber bebidas de cores coloridas com um chapéuzinho é muito gay.
E aquele que observa com atenção, percebe o quanto os humoristas judeus revelam o sentimento de superioridade, de "donos" inequívocos da verdade, de arroto do saber embebido em sentimentos discriminatórios de raça e crença.

Basta ver.
Nada seria mais motivo de piada do que um israelense tentando fazer humor, que não seja humor negro. Deveriam se ocupar de uma forma melhor.

Re: Pressões Nucleares sobre o Brasil

Enviado: Ter Jun 15, 2010 7:23 pm
por fcmts
Brazil, North Korea: Brothers in trade (nuclear and missile connection?)
Jun 3, 2010
By Bertil Lintner

BANGKOK - For more than a decade, the world around North Korea has been shrinking. In the wake of its missile and nuclear tests and recent accusations that it torpedoed a South Korean naval vessel, the list of internationally imposed sanctions and trade restrictions aimed at isolating the reclusive state has grown ever longer.

But the North Koreans, who have been in a state of war for more than half a century, have often found ingenious ways around those restrictions and added pressures from the United States, Japan and other countries, most visibly seen in the string of front

Recent indications are that Pyongyang has sought willing trade partners outside of Asia and its new closest commercial ally appears to be Brazil. Relations between the two countries have warmed considerably since leftist Luiz Inacio Lula da Silva became president in January 2003.

The official Chinese news agency Xinhua reported in October 2004 that North Korea planned to open an embassy in Brasilia, its fourth in the Latin and South American region after Havana, Cuba, Lima, Peru and Mexico City. On May 23, 2006, the official Korean Central News Agency (KCNA) and the Brazilian media reported that the two countries had signed a trade agreement.

More recently, the KCNA reported last December that a "protocol on the amendment to the trade agreement" had been signed in the capital Pyongyang. "Present at the signing ceremony from the DPRK [Democratic People's Republic of Korea, or North Korea] side were Ri Ryong Nam, minister of foreign trade, and officials concerned and from the Brazilian side Arnaldo Carrilho, Brazilian ambassador to the DPRK, and embassy officials," according to the news report.

China's role in facilitating trade between Brazil and North Korea remains a matter of conjecture, but it is significant that the state mouthpiece Xinhua has eagerly reported on the warming of relations between the two countries. China remains Pyongyang's most important base for all kinds of foreign trade - legitimate as well as more convoluted business transactions through front companies in Beijing and elsewhere.
...continua em AsiaTimes Online

Re: Pressões Nucleares sobre o Brasil

Enviado: Ter Jun 15, 2010 8:42 pm
por Junker
Amorim defende que potências destruam seus arsenais nucleares
15/06/2010 17:41

Renata Giraldi
Repórter da Agência Brasil

Brasília – Em meio às polêmicas internacionais sobre o uso de armas nucleares, o ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, defendeu hoje (15) que as potências que ainda mantêm arsenais nucleares façam a imediata destruição do material. Amorim chamou de “modestos” os avanços obtidos por meio da revisão do Tratado de Não Proliferação de Armas.

“O mundo não atingirá estabilidade sustentável enquanto a protelação do desarmamento nuclear e a contínua modernização dos arsenais estimularem a proliferação”, disse Amorim, durante a Conferência de Desarmamento, em Genebra, na Suíça.

O chanceler disse que é necessária uma mudança de mentalidade e o abandono da lógica da Guerra Fria, da destruição mútua. “Armas nucleares não têm função no mundo mais pacífico, democrático e próspero. Necessitamos não apenas manter, como também incrementar a segurança para todos, especialmente para os países que não possuem e não anseiam possuir armas nucleares”.

Amorim afirmou ainda que o Brasil e a Argentina conseguiram construir um diálogo de “confiança” no campo nuclear. Com isso há condições de o governo brasileiro colaborar na busca por alternativas inclusive no Oriente Médio.

“O Brasil está pronto para colaborar com a conferência. A despeito das evidentes complexidades da situação do Oriente Médio, as lições do exitoso processo de construção de confiança entre Brasil e Argentina no campo nuclear poderiam representar uma contribuição técnica à busca desses objetivos na Conferência do Oriente Médio”, disse o ministro.

Edição: Rivadavia Severo
http://agenciabrasil.ebc.com.br/home;js ... eId=977098