Fórum Defesa Brasil

Francoorp escreveu:

Mapinguari escreveu:
Francoorp,

Acho que você desconhece o fato de que a Saab já fez esse tipo de acordo com operadores do Gripen C/D, como a África do Sul, que desenvolveu/fabrica partes do Gripen C/D. Tanto os que foram fabricados para ela, como para todos os Gripen produzidos. A única diferença é que, no caso da África do Sul, não houve montagem local, pois a encomenda era de 28 aviões e não valia a pena. Então, não é "papo de vendedor". Isso já foi feito e a mesma coisa foi proposta ao Brasil, com a diferença que os nossos aviões eriam montados aqui.
Então, só para deixar claro, a proposta é seguinte:

1) Brasil escolhe Gripen NG
2) As aeronaves são montadas no Brasil, com partes estruturais e outros componentes produzidos no Brasil, definidos em contrato.
3) Esses componentes e partes feitos no Brasil não seriam fabricados em nenhum outro lugar do mundo e equipariam tantos os aviões da FAB como todos os Gripen NG eventualmente fabricados, no Brasil, na Suécia ou em qualquer outro lugar em que haja uma linha de montagem da aeronave.

Entendeu?

Conheço sim, mas o ponto é que estamos falando de se vale a pena ou não ter esta planta produtiva por aqui, e isso ai não demonstra nada quanto as garantias que desejamos em relação as ToT, pois sabemos que montando aqui não aprenderemos muito, mas se fizer como o acordo com a França dos Submarinos ai sim temos muito o que aprender, além das garantias do Pact-estratègico.

E estes tais "Componentes" que produziremos aqui devemos ser nós a escolher, e aqui damos com os burros na água, pois o que nos importa mesmo é ter não somente alguns componentes que já sabemos fabricar para se colocar na linha de produção da aeronave, mas queremos mesmo são aqueles que não sabemos fabricar e que a SAAB não garantiu para ninguém, e nem mesmo para nós, pois são tecnologias que não as pertence. Teríamos que ir atras de cada um deles...

O FX2 não é para vender e montar produtos que ja sabemos fabricar, mas para adquirir conhecimentos daqueles que não sabemos fabricar. Isso com os franceses já sabemos como fazer, vemos isso nos SUB's.

Carlos Mathias escreveu:Eu quero saber o que vai sobrar prá HAL fabricar no Gripen-NNGIn, no qual prometeram a mesma coisa.

01/12/2010 - TECNOLOGIA
SAAB ANUNCIA DOIS PROJETOS DE PESQUISA DO CENTRO AEROESPACIAL
http://www.abcdmaior.com.br/noticia_imp ... icia=25802
Por: Felipe Rodrigues (felipe@abcdmaior.com.br)


Prefeito Luiz Marinho, diretor-geral da Saab no Brasil, Bengt Janér, e o presidente da Saab, Hakan Buskhe, participam de apresentação de projetos do centro de pesquisa. Foto: Divulgação / PMSBC

Empresa sueca vai atuar no segmento de radares de proteção e vigilância

O presidente da empresa sueca Saab, Hakan Buskhe, e o prefeito de São Bernardo, Luiz Marinho (PT) anunciaram, nesta quarta-feira (01/12), os primeiros projetos piloto que serão conduzidos pelo centro de pesquisa aeroespacial no município.

O primeiro projeto ocorrerá no setor de radar e proteção de fronteira. As empresas responsáveis por cuidar das ações do projeto serão a Saab e também a Atmos/Atech . Já o segundo projeto anunciado terá a área de vigilância como foco de atuação. Bukshe informou ainda que a empresa segue avaliando outros projetos que serão divulgados em breve.

“O centro de pesquisas que está sendo instalado em São Bernardo vai contribuir muito para a cidade e também para a Região. Na Suécia esse projeto de se ter um órgão para cuidar de pesquisas deu muito certo e a nossa expectativa é de que este que estamos implantando hoje possibilite o crescimento da cidade e do País. Já em relação a valores acredito que os projetos de pesquisas movimentem cerca de U$S10 milhões podendo chegar até U$S50 milhões”, disse.

Já o vice-ministro de Infra-Estrutura da Suécia, Car Von der Esch, disse acreditar que a cooperação entre a Suécia e o Brasil deve-se fortalecer com a instalação do centro de pesquisas aeroespaciais. “Atualmente contamos com muitas empresas suecas trabalhando ativamente no Brasil e a nossa expectativa é de que as empresas brasileiras possam trabalhar juntamente com as do nosso País, buscando sempre a inovação tecnológica”, ressaltou.

O prefeito de São Bernardo, Luiz Marinho (PT), disse em seu gabinete nesta quarta-feira que está muito contente pelo município ter sido escolhido pela Saab para abrigar o complexo de pesquisa. “O nosso objetivo de atrair investimento para a cidade foi alcançado. Seria excelente se os demais concorrentes também buscassem investir independente do resultado da licitação. O importante é que os suecos escolheram o nosso município e estou otimista para ver em breve centro aeroespacial operando”, finalizou.

Mapinguari escreveu:

Francoorp escreveu: Conheço sim, mas o ponto é que estamos falando de se vale a pena ou não ter esta planta produtiva por aqui, e isso ai não demonstra nada quanto as garantias que desejamos em relação as ToT, pois sabemos que montando aqui não aprenderemos muito, mas se fizer como o acordo com a França dos Submarinos ai sim temos muito o que aprender, além das garantias do Pact-estratègico.

E estes tais "Componentes" que produziremos aqui devemos ser nós a escolher, e aqui damos com os burros na água, pois o que nos importa mesmo é ter não somente alguns componentes que já sabemos fabricar para se colocar na linha de produção da aeronave, mas queremos mesmo são aqueles que não sabemos fabricar e que a SAAB não garantiu para ninguém, e nem mesmo para nós, pois são tecnologias que não as pertence. Teríamos que ir atras de cada um deles...

O FX2 não é para vender e montar produtos que ja sabemos fabricar, mas para adquirir conhecimentos daqueles que não sabemos fabricar. Isso com os franceses já sabemos como fazer, vemos isso nos SUB's.

Concordo com tudo o que vc disse. A minha maior preocupação no F-X2 é montar os aviões no Brasil com transferência de tecnologia de processos que a Embraer e empresas participantes não dominem. Esse negócio de avião para exportar é só para dourar a pílula. Principalmente se for para vender na América Latina.
Entretanto, ressalvo que, no caso do Gripen NG, se escolhido pelo Brasil (principalmente se Índia e Suécia acompanharem), existirá maior quantidade de trabalho do que no caso do Rafale, pois acho que as possibilidades de exportação do Rafale são bem menores do que do Gripen NG, mesmo com este enfrentando concorrência de Gripen A/B/C/D usados, F-16, Mirage 2000 e outros reformados e vendidos baratim, baratim. Sempre haverá um ou outro país que prefira adquirir caças novos em vez de usados. Neste caso o Gripen NG leva vantagem, acredito eu.

Penguin escreveu:

01/12/2010 - TECNOLOGIA
SAAB ANUNCIA DOIS PROJETOS DE PESQUISA DO CENTRO AEROESPACIAL
http://www.abcdmaior.com.br/noticia_imp ... icia=25802
Por: Felipe Rodrigues (felipe@abcdmaior.com.br)


Prefeito Luiz Marinho, diretor-geral da Saab no Brasil, Bengt Janér, e o presidente da Saab, Hakan Buskhe, participam de apresentação de projetos do centro de pesquisa. Foto: Divulgação / PMSBC

Empresa sueca vai atuar no segmento de radares de proteção e vigilância

O presidente da empresa sueca Saab, Hakan Buskhe, e o prefeito de São Bernardo, Luiz Marinho (PT) anunciaram, nesta quarta-feira (01/12), os primeiros projetos piloto que serão conduzidos pelo centro de pesquisa aeroespacial no município.

O primeiro projeto ocorrerá no setor de radar e proteção de fronteira. As empresas responsáveis por cuidar das ações do projeto serão a Saab e também a Atmos/Atech . Já o segundo projeto anunciado terá a área de vigilância como foco de atuação. Bukshe informou ainda que a empresa segue avaliando outros projetos que serão divulgados em breve.

“O centro de pesquisas que está sendo instalado em São Bernardo vai contribuir muito para a cidade e também para a Região. Na Suécia esse projeto de se ter um órgão para cuidar de pesquisas deu muito certo e a nossa expectativa é de que este que estamos implantando hoje possibilite o crescimento da cidade e do País. Já em relação a valores acredito que os projetos de pesquisas movimentem cerca de U$S10 milhões podendo chegar até U$S50 milhões”, disse.

Já o vice-ministro de Infra-Estrutura da Suécia, Car Von der Esch, disse acreditar que a cooperação entre a Suécia e o Brasil deve-se fortalecer com a instalação do centro de pesquisas aeroespaciais. “Atualmente contamos com muitas empresas suecas trabalhando ativamente no Brasil e a nossa expectativa é de que as empresas brasileiras possam trabalhar juntamente com as do nosso País, buscando sempre a inovação tecnológica”, ressaltou.

O prefeito de São Bernardo, Luiz Marinho (PT), disse em seu gabinete nesta quarta-feira que está muito contente pelo município ter sido escolhido pela Saab para abrigar o complexo de pesquisa. “O nosso objetivo de atrair investimento para a cidade foi alcançado. Seria excelente se os demais concorrentes também buscassem investir independente do resultado da licitação. O importante é que os suecos escolheram o nosso município e estou otimista para ver em breve centro aeroespacial operando”, finalizou.

as peças para o Gripen NG feitas no Brasil, não serão replicadas em nenhuma outra fábrica no Mundo.

Carlos Mathias escreveu:

as peças para o Gripen NG feitas no Brasil, não serão replicadas em nenhuma outra fábrica no Mundo.

A SAAB prometeu fazer o avião todo aqui.
A Índia então não fabricará nada.

cb_lima escreveu:

Carlos Mathias escreveu: A SAAB prometeu fazer o avião todo aqui.
A Índia então não fabricará nada.

O problema e que eles prometeram a mesma coisa p os indianos... Ai a coisa fica confusa...

[]s
Cb_Lima

MMRCA - Existe um “aviso” no modo como os americanos prejudicaram o Gripen na Noruega?
Sábado, 4 de dezembro de 2010, por Shiv Aroor

Se vocês queriam vislumbrar partes da fria ação política que, todos sabem, afeta uma competição de caças na qual os americanos têm um concorrente, um extrato das mensagens recentemente vazadas pelo Wikileaks as apresentam. É simples (se você perdeu esse detalhe): de acordo com essas mensagens vazadas (entre a Embaixada dos EUA em Oslo e o Departamento de Estado), os norte-americanos negaram a liberação de um radar AESA americano para o Gripen NG em resposta a um requisito norueguês há dois anos atrás e, simultaneamente, fizeram pressão política ("encorajamento" de alto nível proveniente de Washington) para o governo norueguês escolher o F-35 em seu lugar.

Essas mensagens fornecem a mais perfeita visão de como a ameaça relativa às futuras relações políticas/diplomáticas afeta claramente os contratos de armas. É de conhecimento comum que assim acontece, mas desta vez está lá, preto no branco. Uma das mensagens apresenta, na conclusão, em um toque final, que "esforços adicionais de convencimento contribuiriam para ajudar (a Noruega) a reconhecer a importância da sua decisão e a resistir à tentação de fazer uma escolha conveniente no curto prazo, mas que prejudicaria o interesse de longo prazo."

Isto ocorreu há dois anos. Pouco depois, a Saab decidiu cancelar todas as discussões com os americanos, franceses e israelenses (a IAI teria sido pressionada por Washington a se retirar das negociações) e foi para o RAVEN AESA da Selex Galileo, atualmente em desenvolvimento e ensaio, fazendo parte da configuração oferecida à Força Aérea da Índia na competição MMRCA.

Você pode apostar que existem mensagens enviadas por Tim Roemer (embaixador americano na Índia), pedindo o mesmo tipo de coisa (incluindo visitas de alto nível para reafirmar o conceito) antes de uma decisão indiana sobre o contrato de 12 bilhões de dólares americanos no ano que vem; mas há pelo menos uma pergunta muito importante: Será que os americanos ainda têm influência sobre o Gripen NG/IN, considerando que o motor do avião (F414G), aviônicos, head-up/down displays, sistema de controle ambiental, computador de dados aéreos, sistemas de sobrevivência, regulador de pressão, válvulas de corte e radar-altímetro são de fabricação americana? Vale a pena pensar, não obstante o fato de que a Saab (como os outros cinco candidatos, conforme o caso) foram instados a apresentar uma garantia (com aprovação governamental) de que todos os subsistemas da aeronave têm exportação autorizada não apenas pelo país integrador, mas também pelo fornecedor original.