Fórum Defesa Brasil

Olha, F Carvalho, não acho isso não. Não acho que a maioria aqui deseje uma marinha "guarda costeira". Acontece que, ano após ano, plano de re-equipamento após plano de reequipamento, promessa após promessa, o "realismo fantástico" do nosso Governo Federal frustra cada esperança de seriedade no trato da segurança do país.

Alcantara escreveu:Olha, F Carvalho, não acho isso não. Não acho que a maioria aqui deseje uma marinha "guarda costeira". Acontece que, ano após ano, plano de re-equipamento após plano de reequipamento, promessa após promessa, o "realismo fantástico" do nosso Governo Federal frustra cada esperança de seriedade no trato da segurança do país.

Alcantara, quando me refiro a "muitos por aí", estou me referindo à existência de não poucas pessoas, com influência sobre o poder de decisão de quem de direito, dentro do aparato governamental, e que nunca viu, e não raro, não esconde isso, com bom olhos, quaisquer atitudes de parte do poder público em vigor, que venham de encontro ao favorecimento das ffaa's, seja por motivos pessoais e diferenças ideológicas, seja por que sua visão de mundo e de país, ainda presa a outros tempos. As coisas mudaram, o país mudou, as ffaa's mudaram, mas tais tipos insistem em não modificar-se. E agora que estão atrelados ao poder, menos ainda se pode esperar por estas mudanças. As desconfianças de ontem ainda continuam a permear e pautar as relações institucionais de hoje. Apesar dos discursos. E isto tudo, apesar de outros tantos não acreditarem neste triste realidade.


No mais, concordo consigo em gênero, número e grau.

abs.

Pessoal,

1) Quanto a recuperação do São Paulo tenho uma grande dúvida. O São Paulo sofreu um 1° incêndio decorrente da explosão de uma canalização de vapor. Após isso passou por uma grande reforma que inclui entre outras coisas toda a substituição do revestimento do convés, a reforma das catapultas, a substituição de um dos eixos de umas das hélices em função da trepidação, e segundo alguns aqui mesmo do site, muitas outras coisas. Depois disso durante os preparativos para o seu retorno houve outro incêndio, desta vez localizado em uma das cabines decorrente de um curto-circuito (ao menos pelo que lembro foi isso que foi noticiado). Bueno, minha dúvida é a seguinte: apenas este último incêndio é responsável por mais esse longo período de parada do NAe São Paulo ou a mais alguma coisa por traz disso? Afinal de conta esse navio presta ou não presta para a MB?

2) Não acho que a decisão em ter ou não ter um NA implique necessariamente em transformar a MB em uma guarda costeira, pois nesse caso teríamos algumas Guardas Costeiras muito poderosas, como a da Alemanha, da Holanda, do Canadá, da Turquia, do Japão, da Austrália, e por aí vão tantas outras poderosas marinhas que não vêem o Porta Aviões como navio essencial as suas atividades. Penso que isso depende mais da estratégia nacional adotada. O Brasil é grande, tão um grande domínio marítimo mas felizmente temos uma postura não intervencionista, sem inimigos próximos. Além disso possuímos poucas ilhas oceânicas e as que temos são relativamente próximas da costa. Por fim a própria manutenção da aviação de caça sera colocada em xeque nos próximos anos com o avanço dos VANTs (que podem facilmente operar a partir de navios como os da classe Mistral). Portanto a colocação do Lord Nauta é bastante importante, será que realmente é interessante a MB ter todo este trabalho com o São Paulo? Qual o custo disso para a nossa Esquadra?

Vou dar a minha opiniao com base no que sei. A utilidade do navio é para manter o conhecimento na operação de um navio complexo e grande como aquele. Operacionalmente ele acrescenta muito pouco a MB com sua configuração atual, pois sua capacidade antiaérea é quase nula, capacidade antimissil nula, de detecção dificultada pela confição do radar de busca ser unico no mundo (quebrou já era) entre outras coisas que basta ver um navio que não sai do porto é porque tem dificuldades. Então acredito que a MB aguarda tempos melhores para ter um navio que opere a contento e vai mantendo este por questões de manter a capacidade de operar.

Mas não tem condições de trocar o radar?

repetido

Tem condições, mas o valor para isso talvez não valha o investimento. O que tem hoje atende para o fim que se destina. Só torcer para não quebrar alguma peça rara que não seja um simples eletronico.

Boss escreveu:

sapao escreveu: E o financeiro é responsabilidade da FAB?

Claro que não.

Quero ver se faço claro meu ponto de vista, e vou atrela-lo ao topico.

É claro que fico feliz com a assinatura de contratos, com inicio das obras e com tudo mais relacionado aos projetos em andamento. Mas para mim AINDA são projetos em ANDAMENTO.

Nenhum submarino foi lançado ao mar ainda, nenhum 390 decolou e nenhum Guarani realizou uma patrulha.
Isso na parte operacional, não estou nem falando de transferencia de tecnologia.

Ou seja, o processo todo é como uma cirurgia: só acaba quando termina, e mesmo assim o paciente tem que ficar em observação!

Qualquer mudança na politica nacional, seja por fatores internos ou externos, pode atrasar ou cancelar um programa desses.
Esse é o meu medo e a minha razão de não soltar fogos com algo que ainda não apresentou os resultados que EU espero.

Por isso, quando digo que ainda estão no Gerundio, faço no papel do escravo que ia ao lado do Generais vitoriosos quando estes entravam para o desfile da vitoria em Roma: lembrar que tudo pode mudar.

E acredite, tenho minhas razões para pensar assim.

E o que isto tem a ver com o São Paulo?
Na minha opinião ele é muito mais do que um navio de Guerra, ele é uma fonte de conhecimento que marinha NENHUMA no mundo vai vender por completo.
Pode até vender as partes, mas nunca o pacote fechado.

E para atingir o grau atual de eficiencia, a MB empenhou gerações de marinheiros na tarefa de desenvolver a Doutrina de operação, desde os primodios com o saudoso Minas Gerais.
No papel, temos então cerca de 5 DECADAS de aprimoramento continuo, coisa que não se compra com transferencia de tecnologia.

Não acho que ela deva cometer o mesmo erro que a FAB, que extingiu sua capacidade de ASW ao aposentar o P-16 sem ter alguma aeronave para substitui-lo.
Acredite, praticamente QUASE todo o conhecimento foi perdido, porque nesse hiato de menos de uma geração as tripulações foram pulverizadas dentro da força.

Com o tempo, como não havia a quem passar o conhecimento e como não se podia criar um esquadrão de Coroneis e Suboficiais; teve-se que mandar gente para fora aprender a fazer algo que nos JÁ faziamos no passado.

Se a MB definir que NUNCA vai ter um NAe, ai eu entendo.
Mas se estiver em seus planos uma força com esse tipo de navio a medio prazo (2020-2030), eu acho que seria um erro aposentar o São Paulo.
Como disse, o processo é um cirurgia e as vezes tem-se que tomar decisão com a CERTEZA de que a geração a que você pertence não verá os frutos ainda no serviço ativo (quiçá com vida).

Ai quando a quilha bater na agua, talvez, seja a hora de soltar uma meia duzia de rojões antes de começar a faina do adestramento operacional...

Reitero o meu questionamento. O que houve com o SP de tão grave que o colocou totalmente fora de serviço após o segundo incidente (noticiado como um incêndio localizado num alojamento). Pois afinal de contas, após o primeiro incidente (esse parecia-me que mais grave), houve um longo tempo de reparos, ocasião na qual segundo consta informações de diversas fontes foram feitas grandes melhorias em diversas áreas no navio. Então porque agora a dificuldade de retomar a capacidade operacional do navio? Quanto mais seria necessário fazer para que o SP voltasse a operar? Mesmo em termos de eletrônica, se existe a previsão de operar o navio por mais 10 ou 15 anos, não valeria apena um revisão/substituição dos seus sistemas, pois se vamos arcar com os custos de manutenção de um navio do porte do SP, não seria adequado mante-lo em condições operacionais para que seja possível cumprir a sua missão em caso de necessidade. Pois entendo que caso contrário trata-se de total desperdício de recursos, tal como manter um carro velho quebrado para não perder a prática de dirigir.

Vejo o problema por outra ótica, o SP faz parte do organograma da MB, existe um orçamento para manutenção e muitos cargos atrelados a este organograma. Se a MB aposenta-se o SP ela correria o risco do desmonte destes quadros, e dificilmente poderia remontá-los no futuro, pois não haveria orçamento para tal. Pois os recursos humanos e materiais seriam absorvidos por outros meios da esquadra. Talvez seja esta a verdade por trás do inoperante SP. Porque, essa história de manter a expertise e algo que não atua na prática também não funciona.

Vejo o problema por outra ótica, o SP faz parte do organograma da MB, existe um orçamento para manutenção e muitos cargos atrelados a este organograma. Se a MB aposenta-se o SP ela correria o risco do desmonte destes quadros, e dificilmente poderia remontá-los no futuro, pois não haveria orçamento para tal. Pois os recursos humanos e materiais seriam absorvidos por outros meios da esquadra. Talvez seja esta a verdade por trás do inoperante SP. Porque, essa história de manter a expertise e algo que não atua na prática também não funciona.

Alcantara escreveu:

joao fernando escreveu: Mas só o FX-2 não deslanchou correto?

Ademais, a porra de FX tá travando a MB. A escolha da FAB, definirá o que a MB deve ter. E a MB não pode anunciar o que quer, mas deve direitinho saber

Resumo: o FX da FAB atrapalha a MB, e a MB, no resto, anda fazendo o dever de casa. A MB sabe o quanto vale o polo de produção de subs, e esse, parece que vai de vento em popa. E ninguem fala absolutamente nada, nem um pio, como é do feitio da MB

Caralho, que porra é essa de "escolha da FAB"? A FAB já fez o que tinha que fazer, passou a bola para o GF. Cadê a porra da escolha?

Aos fatos:



Taí a "porra da escolha".

Pois é. Na hora de sentar e agarrar o anuncio do bebum, teve beicinho. Rafale ganhador, um PA convencional sobre o CDG. Pows, mas não tem grana

Tá. A MB faz magica e o estaleiro dos subs é ilusão de ótica

Aos fatos:
pelo mostrado no vídeo não teve "porra de escolha" nenhuma. Teve um anúncio de início de conversações que não se sustentou por mais do que 24 horas. Quem negou foi o próprio MD e quem havia anunciado, que vinha a ser quem decide, Lula, não falou mais nada...

Cara, quando o presidente fala, tá falado. Há, esqueci: Brasil né

Fora notinhas e cochichos da imprensa como sempre. E só com uma das FA´s...