Fórum Defesa Brasil

Tradicionalmente é onde fica um dos diferenciais, e fica ai porque é onde tem a menor perda de energia, em outras posições precisaria de mais engrenagens.

Também acho que fica baixo demais, em caminhões é comum ver no eixo traseiro um diferencial enorme bem próximo ao chão, parece um pouco a bolsa escrotal de um touro, e estar rodando com o caminhão e bater com aquilo em uma pedra deve ser uma sensação parecida com a de ser fisgado pelos testículos.

Em alguns veículos os diferenciais e toda a transmissão fica mais alta e existe uma engrenagem a mais em cada eixo para "baixar" ao ponto certo, nesses casos essa engrenagem também pode fazer uma redução extra o que permite que toda a transmissão seja diminuída já que terá que suportar menos torque.

E dito tudo isso não sei até que ponto o diferencial baixo é um problema na prática, não faço ideia de quantos veículos já ficaram parados por causa disso, talvez seja uma preocupação sem sentido.

Alguns veículos militares utilizam diferentes sistemas para aumentar o vão do solo. Dá para ver isso nos Unimog e no humvie(sei lá com que escreve isso)


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Eu já vi os Worker na rua em Manaus e em Curitiba. E posso afirmar que a altura deles é algo descomunal em relação as gerações anteriores de caminhões militarizados do EB. Talvez não seja um problema mesmo a questão do eixo, que fica bem alto neste modelo.



No caso dos Constallations 31-320, do qual o modelo mostrado antes é derivado, dá para ver por aqui que ele também é bem alto em relação aos modelos antigos.



abs

Essa peça exposta ao centro, é a caixa de transmissão múltipla-CTM
Num veículo off road puro, ela não estaria tão exposta.
Mas nesse caso, a bola do diferencial faria o caminhão enroscar antes de chegar na CTM.
Nos Worker 15.210 também é assim.
Nestes, tem um problema maior ainda: a barra de direção, que interliga as duas rodas dianteiras, é muito exposta, à frente do eixo, e em caso de atolamento, é a primeira a entortar. Assim, o caminhão fica com as rodas fechadas, ou convergência negativa, tornando-o totalmente indirigível/instável. Resultado: só trocando ou endireitando a barra no campo.
Nos MBB já não é o caso......

eligio, o EB não viu este "detalhe" na avaliação do caminhão?

abs

FCarvalho escreveu:eligio, o EB não viu este "detalhe" na avaliação do caminhão?

abs

Tenho certeza que este detalhe foi levado em consideração. No entanto, há certos limites instransponíveis da militarização de equipamentos civis.

Aproveitando a interessante discussão sobre as transmissões dos atuais caminhões do EB, gostaria de perguntar aos colegas a respeito de uma eventual volta dos caminhões 6x6 no inventário da Força.

Ao observar a situação dessas fotos, surge a dúvida de um potencial incremento de eficiência das viaturas 6x6 em terrenos lamaçentos.





O custo de um eixo adicional presente em caminhões 6x6, como o caso do Reo e EE-25 produz um benefício substancial frente aos atuais Man e Mercedes?




VS

Lucas... Nesses casos extremos só lagartas mesmo.

Mais aí tem o famoso corte de curtos.

Esses 4X4 fazem as tarefas comuns, andam estradas asfaltadas ou de terra em boas condições. Observem como os pneus são os chamados borrachudos de uso misto em terra e asfalto. Existem versões civis 4x4 para percorrer terrenos difíceis e reduzir a possibilidade de atolar, mas não são off-road e evitam lugarem complicados.

Os MAN 6X6 são diferentes. São altos e usam os pneus single off-road. A diferença é brutal, mas não serve para ser usado em asfalto. Até pode, mas vai reverter em custos de operação e acabar bem mais rápido.

O ideal não é compatível com orçamento.

Bourne escreveu:Mais aí tem o famoso corte de curtos.

Esses 4X4 fazem as tarefas comuns, andam estradas asfaltadas ou de terra em boas condições. Observem como os pneus são os chamados borrachudos de uso misto em terra e asfalto. Existem versões civis 4x4 para percorrer terrenos difíceis e reduzir a possibilidade de atolar, mas não são off-road e evitam lugarem complicados.

Os MAN 6X6 são diferentes. São altos e usam os pneus single off-road. A diferença é brutal, mas não serve para ser usado em asfalto. Até pode, mas vai reverter em custos de operação e acabar bem mais rápido.

O ideal não é compatível com orçamento.

Sem dúvidas. Eu não cheguei a comparar o Man Constellation justamente por estar em outra categoria de peso.

Interessante notar, no entanto, que é tendência nos diversos exércitos que os caminhões táticos 4x4 ou 6x6 utilizem a configuração de pneus simples off-road.

Tatra



Renault



Oshkosh



Ural


Kamaz


Scania


Agrale

Aí volta o problema de custo.

Se EB desejar, a MAN e Mercedes entregam o caminhão com essa configuração de pneus. Porém terá perdas quando estiver trafegando no asfalta em que é o grosso da movimentação desse tipo de caminhão, possivelmente, mais lentos e maiores gastos de combustível. E os pneus single off-roads são bem mais caros.

Os fuzileiros tem os Unimog 4X4 que é para situações extremas, como:





Nesse caso, o maior custos é aceitável, mas para as outras funções tem os mercedinhos 4X4.

O problema de custos sempre foi o nó da questão dos caminhões no EB. Por isso vemos hoje proliferar modelos 4x4 quem em geral, além de serem militarizados, não apresentam as características necessárias ao melhor aproveitamento fora de estrada. Os 6x6 há muito foram abandonados aos poucos em virtude do fato do EB não conseguir simplesmente mantê-los financeiramente.

E isso não diz apenas respeito aos modelos que servem as tropas de combate, mas principalmente, onde creio que o problema é mais grave, nas OM's das armas de apoio ao combate, como a artilharia, engenharia e cavalaria, além das OM's de apoio logístico.

É só dar uma olhada rápida na net e ver o quão diferenciada e imprópria a frota do EB é para a verdadeira realidade da guerra moderna. Vídeos de caminhões em áreas de conflito não faltam para corroborar o que digo. A nossa atual política de compras de caminhões está gerando dois custos e dois gastos para nós no futuro, caso venhamos precisar de verdade deles. Uma para manter que há, e outra pra trocar tudo por veículos realmente militares que aguentem o tranco de verdade na hora dos vamos ver.

A Agrale até hoje não se arrisca a colocar veículos 6x6 porque sabe que o EB, além das demais ffaa's, até hoje não tem cacife orçamentário para manter uma frota originalmente militar de seus caminhões. E assim vamos.

Seria muito bom poder ver um projeto do AM-41 6X6, e derivados mais pesados que a Agrale mantém em suas linhas de produção, inclusive com chassis próprios. Mas...

Vamos ver ao menos as gigantes do setor se arvoram a dar um incentivo neste sentido, trazendo as suas linhas de caminhões militares para cá, 4x4 e 6x6.

Se conseguirmos ao menos manter uma frota equilibrada entre "urbanos" e "rurais" já seria grandes coisa.

Necessidade existe. E demanda também. Falta-nos o resto e o principal.,

abs.

Algo muito interessante.

http://www.lexicarbrasil.com.br/bmb/



abs

Aqui os militarizados com pneus comuns não passam. Não é uma situação absurda, possivelmente, bem comum.



O autor do vídeo chora que os velhos MB 1213 (6X6) poderiam ter se dado melhor.