Crise Econômica Mundial

[P44]

Ben Bernanke fala em "retoma lenta no início"
Presidente da Fed diz que economia dos EUA tem "boas" perspectivas no curto prazo
21.08.2009 - 16h19
Por Agências
A economia norte-americana “evitou o pior”, está a caminho de estabilizar e com “boas” perspectivas de curto prazo, disse hoje o presidente do banco central dos Estados Unidos (Fed), Ben Bernanke.

Bernanke afirmou que a retoma deverá “ser relativamente lenta no início”, devido às tensões que persistem, nomeadamente no consumo das famílias norte-americanas.

“Apesar de temos evitado o pior, esperam-nos ainda grandes desafios”, declarou o responsável da Fed num encontro com economistas.

“A actividade económica parece a caminho de estabilizar, tanto nos EUA como no exterior, e as perspectivas de um regresso ao crescimento a curto prazo parecem boas”, disse.

Para Ben Bernanke, “apesar dos progressos notáveis, há grandes desafios: as tensões persistem em numerosos mercados financeiros mundiais, as perdas suplementares ameaçam as instituições financeiras, e muitas famílias e empresas continuam a enfrentar dificuldades consideráveis no acesso ao crédito”. No texto distribuído à imprensa, o banqueiro central considera que “por esta razão e outros factores, a retoma económica deverá ser relativamente lenta no início, com a taxa de desemprego a baixar pouco a pouco dos seus níveis mais elevados”, que poderão ser atingidos em 2010, segundo as últimas previsões da Fed.

Ben Bernanke sublinhou que o recurso às ajudas excepcionais para estabilizar o sistema financeiro norte-americano “diminuíram fortemente desde o início do ano”, vendo nesse facto “um sinal claro de diminuição das pressões sobre a liquidez e um regresso dos mercados à normalidade”.

Voltou também a reafirmar a urgência de “construção de um novo quadro de regulação financeira” nos EUA e no mundo, que aproveite as “lições da crise e [impeça] a repetição dos acontecimentos dos últimos dois anos”.

[Sterrius]

AP sources: $2 trillion higher deficit projected

Higher number over next decade could spell trouble for Obama in Congress


WASHINGTON -- The Obama administration expects the federal deficit over the next decade to be $2 trillion bigger than previously estimated, White House officials said Friday, a setback for a president already facing a Congress and public wary over spending. The new projection, to be announced on Tuesday, is for a cumulative 2010-2019 deficit of $9 trillion instead of the $7 trillion previously estimated. The new figure reflects slumping revenues from a worse economic picture than was expected earlier this year. The officials spoke only on the condition of anonymity ahead of next week's announcement. Ten-year forecasts are volatile figures subject to change over time.

But the higher number will likely create political difficulties for President Barack Obama in Congress and could create anxiety with foreign buyers of U.S. debt. Earlier this week, the White House revealed that it expects a budget deficit for the fiscal year ending Sept. 30 to be nearly $1.6 trillion. That figure was lower than initially projected because the White House scratched out $250 billion that it had initially added to the budget as a bank rescue contingency. The administration ultimately did not ask Congress for that money. Still that number, together with the 10-year projection, represents a huge obstacle for an administration trying to undertake massive policy overhauls in health care and the environment.

Economists predict a slow recovery from the recession, further testing Obama's goal of cutting the deficit to $512 billion in 2013. Even as he seeks higher revenues to pay for new climate change and health care measures, the president could face pressure to increase revenues or make deep spending cuts to tame the deficit. Earlier long-term estimates released in February and May relied on now-outdated projections of economic growth. Then, the White House predicted the economy would shrink by 1.2 percent this year, but the economy shrank 6.4 percent in the first quarter, the worst in nearly three decades.

Both the White House and the Congressional Budget Office scheduled announcements for Tuesday on their new budget estimates. Relying on more pessimistic economic projections than the White House, the CBO earlier this year predicted deficits totaling $9.1 trillion over 2010-19. Those predictions were based on expectations that the economy would shrink by 2.2 percent this year. In its earlier projections, the White House said the deficit would be manageable if it slides to 3 percent of gross domestic product. Earlier projections barely met that standard -- even after relying on optimistic assumptions like the wars in Iraq and Afghanistan costing $50 billion a year instead of the $130 billion budgeted for 2010. Now, the deficits could easily exceed 4 percent of GDP, even after cost-cutting efforts or new revenues claimed in Obama's budget. Such deficits have always prompted Congress and the White House to take politically painful steps to curb them, such as former President Bill Clinton's tax-heavy 1993 deficit reduction plan. A companion effort by Obama could force him to break his promise to not raise taxes on individuals making less than $200,000 a year.

Source: http://www.msnbc.msn.com/id/32513705...s-white_house/

Resumindo: O rombo americano de 2010 até 2019 sera de 9 trilhões, 2 trilhões a mais do que o programado. Este ano esta programado pra 1,6 trilhões.

Serão 2 decadas perdidas pros EUA. 1 ajeitando as contas, e outra pagando a conta!

[P44]

25-08-2009 09:17 - China ultrapassa Alemanha como maior exportador mundial

Foi por pouco e não é certo se é para durar. Mas, pela primeira vez desde que há registos estatísticos comparáveis, a China ultrapassou a Alemanha como maior exportador do mundo em valor, numa renovada indicação de que o gigante asiático está em passo acelerado para liderar a economia global.

Entre Janeiro e Junho, a China exportou mercadorias no valor de 521,7 mil milhões de dólares (cerca de 365 mil milhões de euros), ao passo que a Alemanha, tradicionalmente o maior exportador do planeta, vendeu ao mundo 521,6 mil milhões de dólares de bens.

Os dados referem-se à primeira metade do ano e foram ontem divulgados pela Organização Mundial do Comércio (OMC). No início do ano, a China já tinha superado os Estados Unidos, tornando-se o segundo maior exportador do mundo.








Jornal de Negócios - Eva Gaspar

[Túlio]

O ouro e os banqueiros centrais da Europa
por Charles E. Carlson [*]


Segundo a Associated Press:
"Dezanove bancos centrais da Europa, incluindo o Banco Central Europeu, o Banco Nacional Suíço e o Sveriges Riksbank concordaram em estabelecer uma nova limitação de cinco anos às vendas de ouro. Estas instituições decidiram que as suas vendas anuais de ouro não excederão 400 toneladas durante os próximos cinco anos e as vendas totais não excederão 2000 toneladas. O Banco Nacional Suíço disse que não tem planos para quaisquer novas vendas de ouro no futuro previsível. Com haveres em ouro de 1040 toneladas, ele mantém uma parte substancial das suas reservas na forma metálica".

( http://news.ino.com/headlines/?newsid=80720090545 )

Qual o significado deste acordo entre 19 banqueiros centrais europeus para limitar as vendas a 400 toneladas/ano e não mais de 2000 toneladas em cinco anos?

Para aqueles de nós que possuem algum dinheiro em contas bancárias, um tal compromisso nada preocupa. O anúncio do acordo sobre o ouro não tem significado pois os banqueiros centrais podem alterá-lo, ou ignorá-lo – e eles não têm de nos contar o que estão a fazer.

Este anúncio foi feito provavelmente a fim de nos convencerem de que toneladas de ouro estão a ser colocadas no mercado e portanto que o preço será instável. Querem fazer-nos acreditar que é um investimento mau em comparação com dólares de papel.

Note-se que o único banco central a fazer um anúncio individual foi o da Suíça, o qual possui um montante relativamente grande de ouro (1004 toneladas). De acordo com a sua declaração, eles não têm qualquer plano para vender.

Não há motivo para acreditar em qualquer banqueiro central, mesmo o suíço, mas vamos examinar o seu significado se eles fizerem o que dizem e venderem realmente 400 toneladas por ano.

Vamos começar com quanto é uma tonelada de ouro. É aproximadamente o valor da assinatura do passe exigida por um jogador de futebol de 21 anos chamado Michael Crabtree. Ele diz que não participará da temporada a menos que a administração do San Francisco lhe prometa mais do que os US$20 milhões oferecidos (2/3 de tonelada de ouro) a fim de assinar o contrato.

Aqui está o cálculo: uma tonelada métrica de ouro equivale a cerca de 32.500 onças troy [1 onça troy = 31,103 gr], multiplicando por US$950 por onça troy equivale a cerca de US$30,5 milhões por toneladas, aproximadamente o que o sr. Crabtree pensa que vale como um apanhador de bolas (pass catcher). Assim, a venda de 400 toneladas de ouro pode produzir dólares suficientes para cobrir um ano de folha de pagamento da National Football League, ou os bónus executivos de uns poucos banqueiros da Wall Street — alguns ganham tanto como 4 toneladas por ano.

Portanto todas as 2000 toneladas que podem ser vendidas em cinco anos valem US$65 mil milhões aos preços de hoje (US$3,2 milhões por tonelada vezes 2000 toneladas), uma verdadeira ninharia quando consideramos que o Tesouro dos EUA e o Fed (não incluindo os 19 banqueiros europeus) imprimiram e gastaram algo entre os US$6 milhões de milhões (trillion) e os US$12 milhões de milhões só nos últimos 12 meses. Dificilmente vale a pena discutir qual número de triliões é o certo porque qualquer um que utilizemos estará ultrapassado dentro de um ano ou dois.

Colocando os gastos do Fed de Washington e de New York numa perspectiva de ouro, seis milhões de milhões de dólares constituiriam, a US$950 por onça, 200 mil toneladas de ouro, ou cerca de 100 vezes tanto ouro quanto os banqueiros europeus sugeriram que poderiam vender e quase duas vezes tanto ouro quanto o mundo alguma vez produziu, incluindo toda onça de ouro perdido e aquele nos nossos dentes e nos antigos aros de óculos em museus.

Segundo o World Gold Council, que foi o meu primeiro clique na minha pesquisa Google da oferta mundial de ouro, todos os governos do mundo possuem cerca de 30 mil toneladas de ouro (os EUA detêm a maior parte, com 8000 toneladas) e apenas cerca de 110 mil toneladas foi acumulada por toda a gente no vasto mundo desde a aurora da humanidade. Daí a nossa estimativa de que o Fed e o Tesouro tomaram emprestado e/ou imprimiram dinheiro suficiente em um ano para comprar todo o ouro possuído por todos os governos 7 a 14 vezes mais (conforme os números que se utilizem quanto às despesas deficitárias) e aproximadamente o dobro de todo o ouro possuído por todas as pessoas e governos em conjunto! (1) (2)

Assim, como é que se relacionam o ouro, os banqueiros centrais e o alto custo de um jogador de futebol? A usura é uma palavra bíblica por defraudar o dinheiro das pessoas através da sua diluição. Eu diria para não se preocupar demasiado se a sua colecção de moedas de ouro (se for bastante feliz para ter uma) cair em termos de dólar devido a esta campanha de propaganda dos banqueiros centrais. É realmente o valor do dólar que está a flutuar para cima e sobretudo para baixo. Parece que países em desenvolvimento, incluindo China, Rússia e Índia estão a comprar ouro mais depressa do que os banqueiros centrais podem vendê-lo.


10/Agosto/2009

(1) The Gold Council: http://www.research.gold.org/supply_demand/
(2) Freemarket Gold and Money Report: http://www.fgmr.com/gold.htm

O original encontra-se em http://www.globalresearch.ca/index.php? ... &aid=14717

[Izaias Maia]

Lula reafirma a ''marolinha'' e cobra desculpas

Presidente acredita ter acertado na previsão sobre efeitos da crise no País, mesmo sabendo que era grave

Clarissa Oliveira


Confiante de que não errou ao dizer que o Brasil estava pronto para o "espetáculo do crescimento" e que a crise econômica passaria pelo Brasil como uma "marolinha", o presidente Luiz Inácio Lula da Silva cobrou ontem um pedido de desculpas dos que o criticaram.

"Eu me lembro, como se fosse hoje, que fui na Ford em julho ou agosto de 2003, quando citei a frase do espetáculo do crescimento. Ninguém nunca me pediu desculpas. Eu também não quero mais", ironizou.

Em São Bernardo do Campo, onde participou de um debate sobre o impacto da crise na região, Lula disse ter enxergado o potencial do País na época. O mesmo, destacou o presidente, ocorreu quando procurou fazer uma avaliação do impacto que a atual crise poderia ter na economia brasileira. "Quando nós dizíamos que era marolinha, não é porque nós não tínhamos ideia do tamanho da crise."

O presidente investiu no discurso de que a indústria brasileira exagerou ao reagir à eclosão da crise nos Estados Unidos, no fim do ano passado. "Não exista nenhuma razão para a brecada que demos nos meses de novembro, dezembro e janeiro."

Sem esconder a satisfação em devolver as críticas, ele prosseguiu com as cobranças. Lembrou, por exemplo, que foi atacado por viajar demais. E ainda por ter adquirido o Aerolula. "Quando eu comprei o avião, vocês estão lembrados? É o Aerolula, o avião é do Lula, o avião é do Lula, o avião é do Lula. Uns disseram: Vamos vender e fazer dez hospitais. Hoje eu acho que o avião é pequeno."

O entusiasmo foi tanto que Lula precisou se desculpar para a plateia quando discursava sobre seu empenho em rodar o mundo para promover produtos brasileiros. "Hoje, não tem mais esse negócio de o presidente ficar com a bunda na cadeira - desculpem o palavrão - achando que as pessoas vão vir aqui comprar", disse.

Esse não foi o único momento em que Lula arrancou risos da plateia. Ao comentar as dificuldades de estimular as vendas de carros usados, ele disse ter ouvido da direção do Banco do Brasil que faltava "expertise" ao País nesse segmento. "Não tem expertise, vamos comprar. O Corinthians não está sem centroavante? Compra um. Comprou o Fofão, mas o Fofão cismou de fazer lipo", brincou, em referência ao jogador Ronaldo.

Lula lembrou as inúmeras vezes em que foi retratado em charges. E aproveitou a chance para alfinetar a imprensa. "Hoje eu fico orgulhoso porque não sou só eu que falo", disse, ao exaltar as conquistas de sua administração. "É só ler. Se vocês lerem a imprensa brasileira, vão ler pouco. Mas leiam a imprensa estrangeira especializada em economia para vocês verem o que falam do Brasil a Alemanha, a França, a Espanha, a Inglaterra, os Estados Unidos, todo o mundo."

No Brasil, entretanto, Lula disse que "uns poucos" aprenderam a "vender só desgraça". "Mas os números desmentem qualquer invenção diabólica. Os números são irrefutáveis", concluiu.

http://www.fab.mil.br/portal/capa/index ... a_notimpol

[soultrain]

Bónus na banca
"Cruzada moralizadora" de Sarkozy assusta Wall Street
Sarkozy quer criar regras precisas para enquadrar os salários e os prémios, em especial os pagos aos corretores, tendo ontem ameaçado que o Governo francês deixará de trabalhar com instituições financeiras nacionais ou internacionais que não sigam a nova cartilha.
Eva Gaspar
egaspar@negocios.pt

Diversos representantes de bancos norte-americanos reagiram hoje com uma boa dose de alarme às medidas ontem anunciadas pelo presidente francês para disciplinar as remunerações no sector financeiro.

Nicolas Sarkozy quer criar regras precisas para enquadrar os salários e os prémios, em especial os bónus pagos aos corretores, tendo ontem ameaçado que o Governo francês deixará de trabalhar com instituições financeiras – nacionais ou internacionais – que não sigam a nova cartilha.

“A partir de agora, a França não negociará com bancos que não sigam estas regras”, anunciou no final de um encontro com os maiores banqueiros do País. “É possível mudar as regras do capitalismo financeiro”, acrescentou.

As novas directrizes de Paris, que o Presidente francês quer ver assumidas como modelo a seguir por todo o mundo já na próxima cimeira do G20 de 24 de Setembro, suscitaram alarme do outro lado do Atlântico, onde têm sido recorrentes os escândalos relacionados com bancos salvos pelos contribuintes que continuam a pagar bónus milionários a alguns dos seus colaboradores.

“Considero as declarações de Sarkozy ameaçadoras”, disse à agência Bloomberg Bruce Foerster, antigo alto quadro do falido Lehman Brothers, e actual presidente do South Beach Capital Markets, uma corretora de Miami.

Outros dirigentes bancários contactados pela agência norte-americana temem que a pressão vinda de Paris acabe por levar Barack Obama a tomar medidas mais duras de moralização dos salários na banca, que, até ao momento, parecem ter gerado mais polémica na rua do que na Casa Branca.

Em Fevereiro, depois de receber dinheiro do Estado, a Merrill Lynch atribuiu 3,6 mil milhões de dólares (2,66 mil milhões de euros) em bónus. O Departamento do Tesouro impôs limites às instituições financeiras, mas não forneceu orientações precisas.

Operadores sob fogo

Já Sarkozy anunciou ontem uma série de medidas de aplicação “imediata”. A mais controversa visa os "traders", ou corretores, que trabalham na Bolsa, que apenas poderão receber bónus uma vez os ganhos que consigam obter se revelem minimamente sustentáveis. Assim, dois terços do montante prometido só será pago após três anos, “o tempo para avaliar a contribuição real do empregado para os resultados da empresa”, disse ontem Sarkozy.

“É imperativo que ponhamos fim aos excessos e aos abusos que não são toleráveis para a opinião pública – o que é legítimo – e que incitam à exposição ao risco”, acrescentou a sua ministra das Finanças, Christine Lagarde.

Em Fevereiro, os bancos franceses anunciaram uma série de medidas para enquadrar as remunerações variáveis, propondo a limitação a um ano dos bónus garantidos e o pagamento escalonado no tempo dos prémios que passam, portanto, a estar relacionados com a avaliação do desempenho num prazo mais dilatado.

Mas a Imprensa continuou a estar repleta de casos de “cheques” milionários que os bancos justificam pela necessidade de reter ou captar os melhores – sobretudo os que melhor se mexem na Bolsa.

Há duas semanas, o “Le Monde” noticiou que os dez assalariados melhor pagos pelo BNP Paribas receberam 49,9 mil milhões de euros. Isto depois de o banco ter reconhecido, no início deste mês, que provisionou mil milhões de euros para o pagamento de bónus aos seus “traders”. Essa terá sido a “gota d’água” para o Eliseu.

Também no Reino Unido a pressão contra os altos salários na banca tornou-se ainda mais quente com a chegada do Verão. Mais de uma centena de figuras públicas, entre as quais deputados do próprio partido Trabalhista, no poder, assinaram uma petição lançada por um grupo da sociedade civil que quer ver criada uma comissão para acompanhar de perto os salários elevados, em especial os pagos pelos bancos que tiverem de ser socorridos pelos cofres públicos.

A acompanhar a petição para a criação de uma “High Pay Commission” para lutar contra salários “excessivos”, foi divulgado um comunicado em que se sublinham as crescentes disparidades salariais no Reino Unido: quem recebe o salário mínimo teria de trabalhar 226 anos para receber um ordenado anual comparável ao dos CEO das 100 maiores empresas cotadas no FTSE.

Na sequência desta pressão da sociedade civil, o ministro das Finanças Alistair Darling admitiu, na semana passada, alterar a legislação para reduzir os bónus pagos pelas instituições financeiras.

[Túlio]

Estou começando a gostar do estilo do Sarkozy...

[Bourne]

Se o mundo todo seguir, inclusive os países centrais incluindo os EUA, pode até dar certo. Caso contrário, ou é uma jogada política para lá de picareta ou é uma tentativa de suicídio, pois é só mudar de país juridicamente.

[Vitor]

A proposta de Sarkozy é ridícula e populista. Quer determinar o "salário máximo" dos outros, o que é algo que o mercado já faz de maneira bastante eficiente, enquanto o Estado francês, que deveria ser a preocupação dele, é um dos mais inchados do mundo e que mais depende de uma pesada carga tributária sobre a população economicamente ativa.

Além do mais, os vários políticos que condenam os "altos salários" dos banqueiros são os mesmo que "salvam" os bancos por conveniência política, empurrando o problema para o sucessor. Pois se deixassem o mercado punir os banqueiros e investidores incompetentes, estes não teriam os tais bônus excessivos.

[P44]

já se provou que o mercado não pune os banqueiros e investidores LADRÕES, que se aproveitam das ajudas para ainda roubarem mais, portanto acho muito bem a proposta de Sarkozy.
Oxalá se concretize.


Quem ainda acredita que o mercado "per se" pune quem é incompetente, não aprendeu nada com esta crise mundial!

[Túlio]

Isso é óbvio, é só ver o que estão fazendo em Wall Street neste momento, a jogatina voltou a toda, para eles a crise passou, vem aí o Grande Estouro, aí não serão mais Cidades de Barracas mas Países de Barracas...

Não adianta, sem supervisão rigorosa do Estado a banca enlouquece e joga tudo á lona...

Que me perdoem os amantes do 'laissez-faire' em sua forma pura, mas este já provou sistematicamente que é CATASTRÓFICO, principalmente em tempos como os atuais, onde operações são feitas, refeitas e desfeitas em segundos, as fronteiras geográficas foram de há muito abolidas para o dinheiro virtual; ou há algum controle ou ficamos com o que está aí, e vou repetir o que tenho dito faz tempo: O PIOR AINDA NÃO CHEGOU...

[Vitor]

já se provou que o mercado não pune os banqueiros e investidores LADRÕES, que se aproveitam das ajudas para ainda roubarem mais, portanto acho muito bem a proposta de Sarkozy.
Oxalá se concretize.


Quem ainda acredita que o mercado "per se" pune quem é incompetente, não aprendeu nada com esta crise mundial!

O mercado pune sim.

O mercado puniu a GM e Chrysler. O governo salvou. Goldman Sachs deveria estar fálida, mas quem salvou e possibilitou que seus controladores tivessem grandes bônus? O governo. Mas aí o governo chega com a ladainha "mas não era assim que eles deveriam dar o dinheiro", se fazendo de bobo. É a mesma coisa de ficar livrando alguém irresponsável das confusões que arruma e esperar que essa pessoa amadureça sem encarar as consequências do que faz.

[delmar]

já se provou que o mercado não pune os banqueiros e investidores LADRÕES, que se aproveitam das ajudas para ainda roubarem mais, portanto acho muito bem a proposta de Sarkozy.
Oxalá se concretize.


Quem ainda acredita que o mercado "per se" pune quem é incompetente, não aprendeu nada com esta crise mundial!

O mercado pune sim.

O mercado puniu a GM e Chrysler. O governo salvou. Goldman Sachs deveria estar fálida, mas quem salvou e possibilitou que seus controladores tivessem grandes bônus? O governo. Mas aí o governo chega com a ladainha "mas não era assim que eles deveriam dar o dinheiro", se fazendo de bobo. É a mesma coisa de ficar livrando alguém irresponsável das confusões que arruma e esperar que essa pessoa amadureça sem encarar as consequências do que faz.

O mercado só pune os investidores. Os banqueiros mentem aos cliente dizendo que o investimento é seguro e coisa e tal. Eles estão trabalhando com autorização do estado e teoricamente fiscalizados. Na hora em que o banco vai a falência os diretores, executivos et caterva ficam desempregados, mas riquinhos, com o dinheiro ganho desonestamente. O banco está falindo, eles sabem, e continuam a ganhar bonus por desempenho. Na realidade estão roubando dos investidores. A livre iniciativa não é permissão para fraudar balanços, enganar investidores, pegar o dinheiro aplicado pelos clientes e transforma-lo em bonus para os executivos. O Srkozy está mais que certo.

saudações

[Bourne]

Bueno, se por hipótese os investidores, correntistas e mercado soubessem todas as informações imediatamente sobre como é administrada certa instituição, como age e qual o risco das operações, seria impossível os executivos enganarem alguém. Portanto, qualquer regulamentação ou intervenção do Estado no mercado e na administração das instituição é desnecessário ou, melhor, inútil na medida que o mercado é perfeito.

Porém, pergunto, a realidade é assim?

[Beronha]

A crise mundial vista por um norte americano bem humorado.


O sujeito é norte americano e se chama Marc Faber. Ele é Analista de Investimentos e empresário. Em junho de 2008, quando o Governo Bush estudava lançar um projeto de ajuda à economia americana, ele encerrava seu boletim mensal com um comentário bem-humorado, não fosse trágico:

"O Governo Federal está concedendo a cada um de nós uma bolsa de U$ 600,00.
Se gastarmos esse dinheiro no supermercado Wall-Mart, esse dinheiro vai para a China.
Se gastarmos com gasolina, vai para os árabes.
Se comprarmos um computador, vai para a Índia.
Se comprarmos frutas e vegetais, irá para o México, Honduras e Guatemala.
Se comprarmos um bom carro, irá para a Alemanha ou Japão.
Se comprarmos bugigangas, irá para Taiwan.
E nenhum centavo desse dinheiro ajudará a economia norte americana.
O único meio de manter esse dinheiro na América do Norte é gastá-lo com prostitutas e cerveja, considerando que são os únicos bens ainda produzidos por aqui.
Estou fazendo a minha parte."


Comentário de um brasileiro igualmente bem humorado:

"Realmente a situação dos americanos parece cada vez pior.
Lamento informar que, depois desse seu e-mail, a Budweiser foi comprada pela brasileira AmBev. Portanto restaram apenas as prostitutas.
Porém se elas repassarem parte da verba para seus filhos, a grana virá para Brasília"