ciclope escreveu:Uma marinha equilibrada assim custa muiiito caro. Principalmente para um pais como nosso que tem outras prioridades.
Na END esta estabelecido que a força submarina terá prioridade, porém, o nosso PA SP não é zero quilometro muito pelo contrário logo terá que ser substituido é isso demand tempo e dinheiro.
Se for prá ter um novo PA já eramos para estar analizando e iniciando a sua construção como estamos fazendo com os SUBs, más pelo viasto isso vai demorar muiiito.
A 4ªfrota já esta aí. Se for justificar um gasto desses com ela já era.
Como disse no outro tópico, transferi este post do Cíclope para debatermos aqui.
Primeiro gostaria de sugerir a lida deste tópico, principalmente as páginas iniciais. Uma quantidade de dúvidas seria respondida.
Agora, passemos ao post.
1) Custo de uma Marinha equilibrada: se vc não quer uma Marinha equilibrada, mude o nome da nossa, para Guarda Costeira, Polícia Naval, o que seja. Uma
MARINHA, para ter este nome, precisa cumprir as 4 Tarefas Básicas do Poder Naval (já sabe quais são?), ou não é uma MARINHA DE GUERRA.
Este é o preço a ser pago pelo país, que o pagou até agora. Então, se pagou até agora, e estamos nos movimentando para outro nível econômico, pq não continuaria a pagar?
Isto está refletido no PEAMB, APROVADO IN TOTUN pelo Lula/Dilma. Entendam isso, a questão de custos passou a ser complementar, não a principal.
2) Quanto a END. Muitos a citam, mas CREIO que poucos a leram, inclusive aqui no DB.
Vamos ver o que ela diz sobre a MB:
Na maneira de conceber a relação entre as tarefas estratégicas de negação do uso do mar, de controle de áreas marítimas e de projeção de poder, a Marinha do Brasil se pautará por um desenvolvimento desigual e conjunto. Se aceitasse dar peso igual a todos os três objetivos, seria grande o risco de ser medíocre em todos eles. Embora todos mereçam ser cultivados, o serão em determinadas ordem e sequência.
Aqui começamos. Vemos que as Tarefas Básicas do Poder Naval serão TODAS ATENDIDAS, mas em fases diferentes, por questão de prioridade.
Continuemos.
A prioridade é assegurar os meios para negar o uso do mar a qualquer concentração de forças inimigas que se aproxime do Brasil por via marítima. A negação do uso do mar ao inimigo é a que organiza, antes de atendidos quaisquer outros objetivos estratégicos, a estratégia de defesa marítima do Brasil. Essa prioridade tem implicações para a reconfiguração das forças navais.
Aqui está dada a prioridade INICIAL. Isto se reflete nos contratos já assinados para a construção de submarinos no Brasil.
Seguindo adiante.
Ao garantir seu poder para negar o uso do mar ao inimigo, precisa o Brasil manter a capacidade focada de projeção de poder e criar condições para controlar, no grau necessário à defesa e dentro dos limites do direito internacional, as áreas marítimas e águas interiores de importância político-estratégica, econômica e militar, e também as suas linhas de comunicação marítimas.
Aqui está. O Controle do Mar e a Projeção de Poder também serão atendidos.
Isto acaba com a argumentação de que não teremos uma MARINHA BALANCEADA.
Seguindo.
A doutrina do desenvolvimento desigual e conjunto tem implicações para a reconfiguração das forças navais. A implicação mais importante é que a Marinha se reconstruirá, por etapas, como uma arma balanceada entre o componente submarino, o componente de superfície e o componente aeroespacial.
CQD.
Mais adiante, tratando de submarinos:
Para assegurar o objetivo de negação do uso do mar, o Brasil contará com força naval submarina de envergadura, composta de submarinos convencionais e de submarinos de propulsão nuclear. O Brasil manterá e desenvolverá sua capacidade de projetar e de fabricar tanto submarinos de propulsão convencional como de propulsão nuclear.
Acelerará os investimentos e as parcerias necessários para executar o projeto do submarino de propulsão nuclear. Armará os submarinos, convencionais e nucleares, com mísseis e desenvolverá capacitações para projetá-los e fabricá-los. Cuidará de ganhar autonomia nas tecnologias cibernéticas que guiem os submarinos e seus sistemas de armas, e que lhes possibilitem atuar em rede com as outras forças navais, terrestres e aéreas.
A Marinha do Brasil respondeu: CIENTE É SÓ, e partiu para o cumprimento da ordem recebida. Tarefa cumprida.
Prosseguindo com Projeção de Poder:
Para assegurar sua capacidade de projeção de poder, a Marinha possuirá, ainda, meios de Fuzileiros Navais, em permanente condição de pronto emprego. A existência de tais meios é também essencial para a defesa das instalações navais e portuárias, dos arquipélagos e das ilhas oceânicas nas águas jurisdicionais brasileiras, para atuar em operações internacionais de paz, em operações humanitárias, em qualquer lugar do mundo. Nas vias fluviais, serão fundamentais para assegurar o controle das margens durante as operações ribeirinhas. O Corpo de Fuzileiros Navais consolidar-se-á como a força de caráter expedicionário por excelência.
Desmontada qualquer argumentação contra Projeção de Poder.
Mais adiante, nossa Força de Superfície:
A força naval de superfície contará tanto com navios de grande porte, capazes de operar e de permanecer por longo tempo em alto mar, como de navios de porte menor, dedicados a patrulhar o litoral e os principais rios navegáveis brasileiros. Requisito para a manutenção de tal esquadra será a capacidade da Força Aérea de trabalhar em conjunto com a Aviação Naval, para garantir superioridade aérea local em caso de conflito armado.
Entre os navios de alto mar, a Marinha dedicará especial atenção ao projeto e à fabricação de navios de propósitos múltiplos que possam, também, servir como navios-aeródromos. Serão preferidos os navios-aeródromos convencionais e de dedicação exclusiva.
Isto pode ser lido no site do MD, aqui:
https://www.defesa.gov.br/eventos_tempo ... tugues.pdf
Então, a questão de Controle do Mar está também resolvida, com a MB contando com "navios-aeródromos convencionais e de dedicação exclusiva", os 2 previstos no PEAMB e aprovados pelo Lula/Dilma.
Ponto, acabou.
Podem escrever: ah, mas eu não gostei; não acho que deveria ser isso; vai custar muito; etc, mas ACABOU.
3) Quanto aos estudos para definir o novo PA, vc não deve ter lido o DB recentemente: a MB já sabe qual PA quer.
Resumindo:
- o governo eleito do Brasil emitiu uma END, que está sendo cumprida a risca pela MB;
- este governo recebeu os estudos das 3 FA e OS APROVOU IN TOTUN;
- a MB será uma Marinha Balanceada;
- a MB terá PAs, como previsto na END publicada pelo governo;
- quanto aos custos, antes que perguntem, a verba de CUSTEIO será resolvida em breve, como já adiantado N vezes pelo gaitero e Orestes;
- quanto ao investimento, pergunte a qualquer estaleiro nacional se não quer sua carteira de pedidos ocupada por 10 anos, com transferência de tecnologia, off-sets (estes 2 últimos para o país), etc. Como o nome diz, INVESTIMENTO. seria bom dar uma lida em um post de hoje no tópico de Geopolítica, onde transcrevi um artigo do Estado de Minas.
Como disse, estou fora, mas sempre que possível venho e tento responder qualquer questionamento.