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Re: caminhões em uso pelo EB

Enviado: Sex Out 24, 2014 11:38 am
por Clermont
Paulo Bastos escreveu:O 1º Esqd C Pqd, que contem três Pelotões de Cavalaria Pára-quedista.
Não existe nenhuma previsão ou estudo de dotar esse Esquadrão com veículos blindados.


Sempre achei que um "Ogum" com canhão de 20 mm poderia ter sido uma ferramenta bem útil para apoiar a infantaria em ação. Paraquedista ou não.

Enfim, que pena...

Re: caminhões em uso pelo EB

Enviado: Sex Out 24, 2014 12:30 pm
por Lucas Lasota
Muito obrigado pelas informações, eligio e Paulo!

Talvez a ausência de viaturas blindadas nas unidades de cavalaria paraquedista deve-se à ausência bastante de meios aéreos para transportá-las. As 30 unidades planejadas do KC-390 podem têm capacidade de mudar esta situação.

Seria o caso do 4x4 vencedor do projeto VBMT-LR fazer as honras da casa?

Re: caminhões em uso pelo EB

Enviado: Sex Out 24, 2014 2:37 pm
por FCarvalho
Talvez uma versão menos pesada do mesmo poderá vir a ser uma alternativa Lucas. Mas primeiro, precisamos escolher um.

abs.

Re: caminhões em uso pelo EB

Enviado: Sáb Out 25, 2014 8:18 am
por eu sou eu
http://g1.globo.com/mg/sul-de-minas/not ... em-mg.html


E é dos novos vw 31.320, que foram recebidos pelo EB


e o reporter, dando a entender, que o eb não cumpre as regras de transito, ao transportar soldados na carroceria, e sem cinto de segurança.

Re: caminhões em uso pelo EB

Enviado: Seg Nov 17, 2014 1:02 pm
por FCarvalho
17 de Novembro, 2014 - 11:30 ( Brasília )
Terrestre

RMMV SOLUÇÕES EM VEICULOS SOBRE RODA PARA AS FORÇAS ARMADAS
DefesaNet participa em Munique da apresentação dos Veículos Logísticos da Rheinmetall MAN Military Vehicles.

Imagem

Ricardo Fan
Enviado Especial a Munique / Alemanha



Em um típico dia europeu de outubro, nublado e levemente frio, a Rheinmetall MAN Military Vehicles (RMMV) fez uma apresentação dinâmica de seus veículos militares sobre rodas para imprensa especializada em sua sede em Munique (Alemanha), em um campo de provas tendo ao fundo a linda Arena Allianz . E o DefesaNet estava presente.

A Rheinmetall AG e MAN Nutzfahrzeuge AG formaram uma empresa conjunta para o desenvolvimento de veículos sobre rodas para emprego militar. A nova empresa formada chama-se Rheinmetall MAN Military Vehicles GmbH (RMMV), tornando-se assim um das mais importantes fornecedora de soluções completas no mercado para esse tipo de veículo. A Rheinmetall tem uma participação de 51 por cento e 49 por cento MAN na nova empresa, com sede em Munique.

Hoje a intenção da RMMV é oferecer uma gama de caminhões militares para todas as funções, com excepcionais custos de ciclo de vida, desempenho - e o mais importante - com proteção da tripulação. Abrangendo toda a gama de veículos de transporte blindado e não blindado, de comando e de funções específicas para as forças armadas internacionais.

As linhas apresentadas foram:

- Medium Mobility Truck System (TGA series)

A série TGA compreende caminhões militarizados, que têm tração nas quatro rodas, com um único pneu em todos os eixos, melhorando assim a mobilidade "off-road" (fora de estrada).

Conta com suportes especiais para equipamentos militares e para tudo mais que o cliente solicitar.

Devido às suas melhoradas capacidades off-road, o objetivo principal desses veículos é o apoio. Eles são usados como tratores (rebocadores), cisternas ou para transporte.

Esses caminhões são adequados para apoiar as tropas, mesmo em terrenos acidentados. E já eles que são baseados em modelos comerciais, os seus custos de ciclo de vida e manutenção são relativamente mais baixos.

- High Mobility Truck System (HX series)

Segundo a RMMV, a série HX pretente estabelecer um novo parâmetro do custos de ciclo de vida e custo total do veículo. Eles são verdadeiros caminhões táticos com baixos custos de manutenção, devido ao uso de componentes modificados do TGA comercial. Ao mesmo tempo, eles possuem as vantagens táticas necessárias, tais como: aerotransportavel e de fácil aplicação da blindagem adicional.

Embora classificado como um caminhão "medium-mobility truck" (média mobilidade), o HX superou todas as expectativas e provou suas capacidades em uma variedade de testes realizados por forças militares internacionais*.


*contratos firmados de venda: abril / 2014 a maio / 2014

Austrália - 2536 veículos, modelos: HX/SX
Noruega - 120 veículos, modelos: HX/TGS
Suécia - 215 veículos, modelos: HX/TGS
Nova Zelandia - 194 veículos, modelos: HX


- Extreme Mobility Truck System (SX series)

Os Veículos da série SX são caminhões militares com importância estratégica. A série SX é provavelmente caminhão mais móvel e mais confiável do mundo, segundo a RMMV.

O desenvolvimento deste veículo é pensado na alta mobilidade tática e é alcançada através de uma combinação da livre-torção, "boxed frame structure" e molas helicoidais progressivas. O chassis robusto e sólido permite a integração de mais pesadas estruturas e cabinas altamente protegidas (blindadas).

Esta navegação rápida, segura e praticamente isento de vibrações é possível até mesmo no pior terreno. Por esta razão, os veículos da série SX são ideais para o transporte de alta qualidade de sistemas táticos e armas. E aqui pode ser uma solução para o EB como base para o sistema de armas Pansir adquirido junto a Rússia.

Os caminhões da série SX, realmente impressionam com as suas capacidades únicas off-road.

- Armouring - The Modular Armoured Cabin (MAC) / The Integrated Armour Cabin (IAC)

A RMMV acredita que o mais importante nos dias de hojé é dar proteção a vida para aqueles que conduzem os veículos em zonas de conflinto. Assim, desenvolveu duas soluções: um veículo com Cabine Modular Blindada (MAC) e/ou com Cabine Integrada Blindada (IAC) para proteção das tripulações.

A blindagem modular permite não só a proteção contra balística, minas e armadilhas (IED), mas também conta com um alto grau de flexibilidade, uma vez que os elementos de proteção são instalados conforme a necessidadede do cliente. Tanto a MAC como a IAC podem também compor os caminhões da séries HX e SX.

- SURVIVOR R 4x4

Apresentado publicamente pela primeira vez na Eurosatory 2014. O SURVIVOR R é o resultado inicial de uma estratégica cooperação entre RMMV e a empresa austríaca Achleitner .

Desenvolvido apartir do chassis do caminhão MAN TGM-series 4x4 utiliza apenas componentes produzidos em série. O veículo é uma combinação perfeitamente equilibrada de mobilidade, proteção e carga útil. A cabine monocoque oferece excelentes níveis de proteção aos tripulantes, e ainda oferecendo um dos maiores volumes internos na classe de veículo até 15 toneladas sobre rodas.


Família de veículos SURVIVOR R

Transporte de pessoal
- Motorista & Comandante
- Além disso, até 8 pessoas

Veículo de Comando
- Motorista & Comandante
- 3 Computador - estação de trabalho

Ambulância
- Motorista & Comandante
- Até 4 macas

Pick Up
- Motorista & Comandante
- Carroceria aberta com carga até 5 t

Variantes adicionais
- Reconhecimento
- Reconhecimento QBRN


A RMMV e o Brasil

A RMMV embora formada recentemente tem o Brasil na su alça de mira. O presidente é Pietro Borgo, ex-presidente da IVECO Defence, e que teve grande participação no desenvolvimento do blindado Guarani, atualmente em produção na unidade da IVECO, em Sete Lagoas (MG).

A MAN entrou recentemente no mercado brasileiro com a aquisição da unidade Volkswagen Caminhões. Uma das suas primeira medidas foi reavaliar os seus produtos oferecidos pela filial brasileira dentro do padrão MAN de unidades militares.

Deu início ao desenvolvimento de novos projetos como o MAN 6x6.

Também há a expectativa de plataforma MAN (RMMV) ser empregada em vários projetos nacionais, tanto com o sistema AVIBRAS ASTROS 2020, ou recém anunciado AVIBRAS / MBDA CAMM.

Na LAAD 2013 foi apresentado o sistema de defesa Antiáreo russo Pantsir- S1 montado em uma plataforma da Rheinmetall Man Military Vehicles (ver foto na série).

http://www.defesanet.com.br/terrestre/n ... s-Armadas/

Re: caminhões em uso pelo EB

Enviado: Qua Dez 03, 2014 12:35 pm
por FCarvalho
Olha, não é por apenas dizer, e posso estar até sendo muito chato, e mesmo inconveniente com isso, mas cada vez que vejo esses caminhões da TATRA na net, e depois fico pensando em nós aqui usando e abusando de veículos civis adaptados para tudo quanto é tipo de missão nos diversos projetos da ffaa's, cara, sinceramente, me dá um nó na garganta... :roll:

http://www.sae.org/dlymagazineimages/8370_9214_ZOM.jpghttps://encrypted-tbn3.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcShjEqcc2yMQPSZe10u5fCOMwgpukYpQ2LbNTnzI9Dk4KnGKsYJ
http://www.amcars.cz/fWork/Tatra815-790R99383008x8-MSH-165-SC_1.jpghttps://encrypted-tbn2.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcSRsTa05qQCTO-OgCS9ry_E-9th55lG7a4JsC4bk8A1aIhRZ9WO

A TATRA possui uma fábrica no Canadá. Mas aqui que é bom, nada...

abs

Re: caminhões em uso pelo EB

Enviado: Qua Dez 03, 2014 2:57 pm
por Alcantara
FCarvalho escreveu:Olha, não é por apenas dizer, e posso estar até sendo muito chato, e mesmo inconveniente com isso, mas cada vez que vejo esses caminhões da TATRA na net, e depois fico pensando em nós aqui usando e abusando de veículos civis adaptados para tudo quanto é tipo de missão nos diversos projetos da ffaa's, cara, sinceramente, me dá um nó na garganta... :roll:

http://www.sae.org/dlymagazineimages/8370_9214_ZOM.jpghttps://encrypted-tbn3.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcShjEqcc2yMQPSZe10u5fCOMwgpukYpQ2LbNTnzI9Dk4KnGKsYJ
http://www.amcars.cz/fWork/Tatra815-790R99383008x8-MSH-165-SC_1.jpghttps://encrypted-tbn2.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcSRsTa05qQCTO-OgCS9ry_E-9th55lG7a4JsC4bk8A1aIhRZ9WO

A TATRA possui uma fábrica no Canadá. Mas aqui que é bom, nada...

abs
FCarvalho, as nossas FFAA convivem com cortes orçamentários todos os anos... é culpa delas tentar presenvar a operacionalidade (traduzida, em última instância, em logística fácil e de de baixo custo) ou do "dono da caneta" (adoro essa alcunha... os mais antigos aqui acompanharam os debates e sabem o que é) que não dá a devida importancia a vertente puramente militar das FFAA?

FFAA, no Brasil, servem para fazer obras e/ou serviços baratos (ferrovias, rodovias, atendimento médico/hospitalar, desastres, etc) ou incentivar as indústrias. A componente puramente militar É SECUDÁRIA para o GF. Até porque, não podemos assustar os vizinhos... você sabe. Se os Comandos (EB, FAB e MB) não puderem justificar os gastos nos dois itens, esquece. MPOG "Mãos de Tesoura" cortam...

Veja que isso NÃO é exclusividade do último governo. Para ser sincero, desde os governos militares a realidade é esta. Da redemocratização pra cá, entretanto, esse processo está mais visível (fruto da obsolescência de décadas a fio, provável...).

Re: caminhões em uso pelo EB

Enviado: Qua Dez 03, 2014 5:02 pm
por talharim
A RMMV e a Tatra precisam ser mais epecificas e informar quantos Gripen cabem em cada caminhao

8 ? 16 ? 32 ? Gripens empilhados ? esta pequena aeronave sera a espinha dorsal da FAB por 50 anos isso é uma informaçao muito importante .

Re: caminhões em uso pelo EB

Enviado: Qua Dez 03, 2014 8:50 pm
por FCarvalho
Alcantara escreveu:
FCarvalho escreveu:Olha, não é por apenas dizer, e posso estar até sendo muito chato, e mesmo inconveniente com isso, mas cada vez que vejo esses caminhões da TATRA na net, e depois fico pensando em nós aqui usando e abusando de veículos civis adaptados para tudo quanto é tipo de missão nos diversos projetos da ffaa's, cara, sinceramente, me dá um nó na garganta... :roll:

http://www.sae.org/dlymagazineimages/8370_9214_ZOM.jpghttps://encrypted-tbn3.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcShjEqcc2yMQPSZe10u5fCOMwgpukYpQ2LbNTnzI9Dk4KnGKsYJ
http://www.amcars.cz/fWork/Tatra815-790R99383008x8-MSH-165-SC_1.jpghttps://encrypted-tbn2.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcSRsTa05qQCTO-OgCS9ry_E-9th55lG7a4JsC4bk8A1aIhRZ9WO

A TATRA possui uma fábrica no Canadá. Mas aqui que é bom, nada...

abs
FCarvalho, as nossas FFAA convivem com cortes orçamentários todos os anos... é culpa delas tentar presenvar a operacionalidade (traduzida, em última instância, em logística fácil e de de baixo custo) ou do "dono da caneta" (adoro essa alcunha... os mais antigos aqui acompanharam os debates e sabem o que é) que não dá a devida importancia a vertente puramente militar das FFAA?

FFAA, no Brasil, servem para fazer obras e/ou serviços baratos (ferrovias, rodovias, atendimento médico/hospitalar, desastres, etc) ou incentivar as indústrias. A componente puramente militar É SECUDÁRIA para o GF. Até porque, não podemos assustar os vizinhos... você sabe. Se os Comandos (EB, FAB e MB) não puderem justificar os gastos nos dois itens, esquece. MPOG "Mãos de Tesoura" cortam...

Veja que isso NÃO é exclusividade do último governo. Para ser sincero, desde os governos militares a realidade é esta. Da redemocratização pra cá, entretanto, esse processo está mais visível (fruto da obsolescência de décadas a fio, provável...).
Olá Alcântara,

Somos sabedores de que defesa no Brasil nunca foi assunto sério mesmo, desde sempre.
Mas também sabemos que os militares de ontem, de hoje e os de amanhã também, sabem e saberão quais são os referenciais utilizados pelos "donos da caneta" para realizar investimentos em defesa.
No presente caso, as vezes eu fico pensando que, por exemplo, uma Agrale da vida poderia muito bem ser "incentivada" de forma a promover uma representação industrial da Tatra por aqui, ao invés de gastar seu orçamento lançando caminhões originalmente militares que nunca saberemos se serão adquiridos ou não, vide a situação do AM-31/AM-41. Ao invés disso, poderia colocar as suas linhas de produção a disposição daquela empresa e oferecer as facilidades de uma nacionalização dos modelos tchecos, de forma a poder oferecer soluções caseiras de acordo com as necessidades e oportunidades que hora vemos.
A MAN e a MB estão há anos praticamente dominando o mercado militar de veículos no Brasil e ninguém se habilita a fazer-lhes sombra. Se a Agrale chegasse a fazer isso que citei como exemplo, eu sinceramente duvido de que em pouco tempo, mais que fazer sombra às gigantes alemães, seria na verdade uma concorrente à altura das mesmas. E tenho certeza que isso nos levaria a um novo patamar industrial, logístico e econômico, pois, os alemães não ficariam parados vendo a Tatra/Agrale invadir/dominar um mercado que praticamente lhes é cativo há décadas. E tal fato incluiria trazer para cá, ou mesmo desenvolver aqui, todas as soluções de suas frotas de caminhões militares de origem, e a preços bem mais convidativos, como diversas vezes já mostrei aqui. E mesmo instalando novas linhas de produção e investimentos em expansão da rede de apoio e fabrico. Este é o tipo de investimento que político nenhum se negaria a promover, mesmo que de cunho militar.
Mas vamos ver até onde vai isso tudo. Uma hora a nossa frota civil militarizada terá de mostrar serviço de verdade, como menos se espera.
E aí eu tenho certeza, vamos dar-nos conta de duas coisas. Uma, nossa frota de caminhões militarizados não presta. E dois, vamos ter que gastar dinheiro público duas vezes. Uma para substituir a frota anterior, e outra para manter uma nova linha de veículos verdadeiramente militares.
Mas quem liga pra isso? O dinheiro é do contribuinte mesmo... :?

abs.

Re: caminhões em uso pelo EB

Enviado: Qui Dez 04, 2014 1:30 pm
por Alcantara
A meu ver, existem dois problemas para que o que você propõe dê certo:

1) Não existe "desenvolvimento" de tecnologia, know-how, etc e bla-bla-bla se a Agrale simplemente passar a produzir aqui no Brasil o que quer que seja do portfólio da Tatra. Você acha que, ainda assim, poderia ela fazer jus aos incentivos da BID? Não sei... tenho as minhas dúvidas.

2) Mesmo que o item 1 não se configurasse impeditivo, você acha que existe base para que este projeto tenha prosseguimento? Sim, porque já foram adquiridos vários lotes de caminhões modernos. A base antiga, bem ou mal, já foi substituída por algo bem mais novo. Esses caminhões ainda ficarão em serviço por muitos anos.

Até que a Agrale efetivamente se instalasse como representação industrial da Tatra por aqui, a demanda de caminhões antigos a serem substituídos já estaria praticamente zerada. Aí, nova "janela", só na substituição destes que estão sendo adquiridos atualmente.

Re: caminhões em uso pelo EB

Enviado: Seg Dez 08, 2014 7:49 pm
por FCarvalho
Alcantara escreveu:A meu ver, existem dois problemas para que o que você propõe dê certo:

1) Não existe "desenvolvimento" de tecnologia, know-how, etc e bla-bla-bla se a Agrale simplemente passar a produzir aqui no Brasil o que quer que seja do portfólio da Tatra. Você acha que, ainda assim, poderia ela fazer jus aos incentivos da BID? Não sei... tenho as minhas dúvidas.
R: A Tatra, assim como a Agrale, apresentam certas simbioses tecnológicas que são complementares entre as suas respectivas linhas de produtos. Em sendo assim, é certo que poderíamos expor aqui uma linha da Tatra com a devida nacionalização de meios e insumos, além de poder exportar, via Tatra, o material motorizado da Agrale na Europa. Uma solução possível e de mão dupla.
A END, como qualquer outro documento de caráter legal público, está exposto ao gosto das interpretações que se queira fazer da mesma. Desta forma, existem as brechas de sempre que podem, e devem, ser usadas pelas empresas nacionais para auferir melhores condições de negócios a si, no campo industrial da defesa brasileira. Inclusive podendo se verificar uma troca de ações e investimentos entre estas empresas, de forma a capitalizar a ambas, e provendo-lhes condições mais abrangentes de negócio.
O problema é saber se alguém nessas altura do campeonato da nossa economia, e da atenção dispensada pelo governo para o assunto defesa, iria acreditar nestas possibilidades.
:|


2) Mesmo que o item 1 não se configurasse impeditivo, você acha que existe base para que este projeto tenha prosseguimento? Sim, porque já foram adquiridos vários lotes de caminhões modernos. A base antiga, bem ou mal, já foi substituída por algo bem mais novo. Esses caminhões ainda ficarão em serviço por muitos anos.
R: Meu caro amigo Alcântara, acredite-me, a quantidade de veículos a serem substituídos no EB, e nas demais forças é tamanha, que mesmo a desculpa do PAC caminhões para MB e MAN não é, como não foi, capaz de prover todas as necessidades apontadas pelas forças. Não antes de uns 10/15 anos iremos conseguir substituir plenamente toda a frota que precisa ser renovada. Não no ritmo e na disponibilidade de modelos que temos hoje no Brasil. Como já disse antes, nem sequer sabemos o que foi feito dos projetos do AM-31/41, muito embora ambos os veículos estejam aprovados. De 0,5 a 10 tons, temos demanda para uma miríade de versões e possibilidades de veículos nas ffaa's. É só dares uma olhada na quantidade de tipos e versões que hora estão sendo encampados pelo SISFRON - afora outros projetos, áreas e OM's não atendidas pelos simples desinteresse o GF - e que nem de longe lembram veículos militares de origem. O que não temos, como sempre, é vontade e interesse para suprir tal questão como e quando necessário.

Até que a Agrale efetivamente se instalasse como representação industrial da Tatra por aqui, a demanda de caminhões antigos a serem substituídos já estaria praticamente zerada. Aí, nova "janela", só na substituição destes que estão sendo adquiridos atualmente.
Como disse, a coisa não é tão fácil e rápida assim. Temos uma demanda reprimida de mais de 40 anos, para citar apenas os veículos fabricados de 1970's para cá. Sim, pois ainda existem dinossauros motorizados com mais de 50 anos andando por aí no EB... e ao que parece, a sua vida ainda será longeva... :?
A Tatra tem espaço, e mercado, de sobra para se instalar aqui, com ou sem a Agrale. E com sérios riscos de emplacar fortemente seus modelos civis também. Da mesma forma outra empresas como a própria Renoaut andam a pensar em trazer suas marcas de caminhões para cá.

Imagines que até vinte e poucos anos atrás, tínhamos apenas duas marcas efetivas de cavalos mecânicos andando por aí, e fabricados no Brasil, Scania e Volvo, que praticamente eram sinônimo de caminhões pesados e dominavam o mercado sem maiores problemas. Em pouco menos de vinte anos, o que vemos hoje é um mercado coalhado de marcas e versões destes caminhões, e mesmo assim, com uma necessidade cada vez mais crescente por mais e melhores caminhões, e que com toda a disponibilidade existente hoje, ainda assim não damos conta do que o mercado quer. O mercado militar de caminhões da mesma forma, só que continua reprimido e dependente da boa vontade de alguém achar que comprar caminhão militar pode ser algo bom para a economia... :roll:

Mas uma hora a gente acerta.

abs

Re: caminhões em uso pelo EB

Enviado: Dom Dez 21, 2014 1:41 am
por prp
:shock:

Re: caminhões em uso pelo EB

Enviado: Qua Dez 24, 2014 8:57 pm
por FCarvalho
PRIMEIRA COMPANHIA DE ENGENHARIA DE COMBATE MECANIZADA RECEBE NOVAS VIATURAS

Imagem

http://naargrosbar.blogspot.com.br/2014 ... ia-de.html

abs

Re: caminhões em uso pelo EB

Enviado: Qui Dez 25, 2014 4:54 am
por Lucas Lasota
Caraca! Caminhão top!

Re: caminhões em uso pelo EB

Enviado: Qui Dez 25, 2014 2:04 pm
por jeanscofield
Muito legal mesmo o caminhão. Mas uma pergunta de leigo, essa peça entre os eixos de transmissão não está muito baixa e exposta?