Fórum Defesa Brasil

soultrain escreveu:Eu acho uma coisa há muito tempo e já o disse uma vez aqui no forum:

Muitos aqui, têm uma visão redutora de um cargo de governo e julgam que o vosso presidente não fez nada, já apanhou tudo feito, não é assim, os exemplos que dei antes demonstram claramente.

Há tanta gente inteligente aqui, mais que o presidente, o que andam a fazer aqui no forum? Estão-se a perder, candidatem-se e governem o Brasil, vou gostar de ver.

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Brazil-France defense pact wrong choice - analysts
Fri Oct 10, 2008 1:14pm EDT

By Eduardo Simoes

SAO PAULO, Oct 10 (Reuters) - Brazil will sign a strategic defense alliance with France in December that it hopes will boost the domestic weapons industry, but critics say it may be choosing the wrong military equipment for its needs.

As part of the pact, Brazil will build a nuclear-powered submarine and around 50 helicopters under license from the French. It has also short-listed France's Dassault in a tender for at least 36 fighter jets.

Brazil, Latin America's largest country and economy, is planning to build up its military capabilities partly to help protect huge recent oil finds off its southern coast.

But defense industry analysts say U.S. or Russian aircraft are generally more suited to Brazil's continent-sized territory and that the nuclear-propelled submarine is too expensive and inappropriate for Brazilian waters.

"I don't think it's our best (choice) strategically," said Gunther Rudzit, a former defense ministry advisor.

Choosing France was a political compromise to neither depend on U.S. technology nor alienate Washington by choosing Russia, which supplies planes to the declared U.S. enemy Venezuela, analysts said.

"With (Russia's) approach to Venezuela, the United States said it wouldn't oppose a military accord between Brazil and France," said Jorge Zaverucha, professor of politics at the Federal University in northeastern Pernambuco state.

Brazil's leftist president, Luiz Inacio Lula da Silva, maintains cordial relations with the United States but often distrusts Washington's interests in South America.

France's President Nicolas Sarkozy said in February he agreed in principle to have French submarines and helicopters built in Brazil and intended to sign a strategic alliance.

Brazil last year earmarked $880 million to complete a nuclear reactor it wants to mount on a submarine built in Brazil under license by the French.

NOISY SUBS

Critics say the nuclear submarines would be easily detected because of the noise of their reactors, especially in the shallow waters along Brazil's coast, and are too expensive for the country's tight budget.

"It'll be the craziest thing we'll ever do," said Expedito Bastos, defense researcher at the Federal University Juiz de Fora in central Minas Gerais state.

"Wouldn't 20 conventional submarines be much better? We'd have a fantastic fleet in the open sea and could control our entire coast," said Bastos.

Brazil's Navy now has only five German-made submarines to patrol a coastline of more than 7,300 km (4,525 miles).

The Navy argues that a nuclear submarine can stay under water longer and travel further, thereby adding to the country's defense powers.

Critics also question Brazil's decision to short-list Dassault's Rafale and for Eurocopter, a subsidiary of EADS, to build around 50 EC-725 helicopters in Brazil.

"For a country of continental dimensions, I think American and Russian equipment would be more adequate," said Rudzit. "The Russians have a tradition of building large helicopters that can carry more soldiers or cargo."

In addition to Dassault's Rafale, Boeing's F-18 E/F Super Hornet and SAAB's Gripen are finalists in the Air Force tender for next-generation, multi-role fighter jet to replace its entire fleet over the next 15 years. The total order could increase to more than 100 aircraft.

The Defense Ministry was not immediately available to comment. (Writing by Raymond Colitt; Editing by John O'Callaghan)

© Thomson Reuters 2008 All rights reserved

orestespf escreveu:

soultrain escreveu:Eu acho uma coisa há muito tempo e já o disse uma vez aqui no forum:

Muitos aqui, têm uma visão redutora de um cargo de governo e julgam que o vosso presidente não fez nada, já apanhou tudo feito, não é assim, os exemplos que dei antes demonstram claramente.

Há tanta gente inteligente aqui, mais que o presidente, o que andam a fazer aqui no forum? Estão-se a perder, candidatem-se e governem o Brasil, vou gostar de ver.

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Até parei de defender o cara, fui chamado de tudo, o mínimo foi de ptista. Pode?

Dizem que brasileiro tem memória curta; na verdade não têm "retrovisor", logo não conseguem olhar pra trás. Ô coisa, sô!!!


Abração,

Orestes

Alcantara escreveu:

transformou-o numa potência emergente

Transformou-o, vírgula... ele já pegou o processo começado. Tanto é assim que ele NÃO mudou, apesar das retóricas, as diretrizes econômicas do governo anterior.

Porra, até dizer que controlou a inflação ele já disse (e lembre-se que ele foi contra o plano de estabilização em 1994)!!!


Abraços!!!

=NOISY SUBS

Critics say the nuclear submarines would be easily detected because of the noise of their reactors, especially in the shallow waters along Brazil's coast, and are too expensive for the country's tight budget.

"It'll be the craziest thing we'll ever do," said Expedito Bastos, defense researcher at the Federal University Juiz de Fora in central Minas Gerais state.

"Wouldn't 20 conventional submarines be much better? We'd have a fantastic fleet in the open sea and could control our entire coast," said Bastos.

The Navy argues that a nuclear submarine can stay under water longer and travel further, thereby adding to the country's defense powers.

LeandroGCard escreveu:

=NOISY SUBS

Critics say the nuclear submarines would be easily detected because of the noise of their reactors, especially in the shallow waters along Brazil's coast, and are too expensive for the country's tight budget.

"It'll be the craziest thing we'll ever do," said Expedito Bastos, defense researcher at the Federal University Juiz de Fora in central Minas Gerais state.

"Wouldn't 20 conventional submarines be much better? We'd have a fantastic fleet in the open sea and could control our entire coast," said Bastos.

Tudo errado.

Os submarinos nucleares que a MB deseja NÃO TERÃO como missão patrulhar nossa costa, e nem mesmo o mar territorial, isso é besteira. Dentro desta área, o patrulhamento em tempo de paz é função de navios de patrulha, o enfrentamento de eventuais navios de guerra agressores é função de aeronaves (que podem perfeitamente ser baseadas em terra mesmo) e navios menores, de corvetas para baixo, e contra sub's inimigos a melhor arma são sub's convencionais de médio porte como os Tupi.

Os Sub's nucleares são um fator de dissuasão, para ameaçar eventuais agressores no meio do atlântico ou até lá no quintal deles, fazendo-os pensar duas vezes antes de tentarem vir até aqui "encher o nosso saco" (da mesma forma que os navios maiores são para garantir nossos interesses em qualquer lugar do planeta, para ficar perto de nossa própria costa não são necessários).

The Navy argues that a nuclear submarine can stay under water longer and travel further, thereby adding to the country's defense powers.

Esta NÃO É a maior vantagem dos nucleares (embora seja uma vantagem). Os japoneses obtêm o mesmo resultado simplesmente construindo sub's convencionais enormes. A característica mais distintiva dos sub's nucleares é sua capacidade de manter altas velocidades por longo tempo. A MB sabe perfeitamente disso, mas parece que o analista não. Duvido que no longo prazo 4 ou 6 sub's nucleares custem mais caro para adquirir e manter que 16 ou 20 convencionais de grande porte, que é o que eles substituem.


Leandro G. Card

Marino escreveu:

knigh7 escreveu: Marino,

Mas não pode ocorrer o risco de ser retirado do PRM a substituição futura do São Paulo?

Atenciosamente

Pelo contrário.
Já começou a ser estudado o REM de um novo...

Segunda semana de fevereiro de 2008. O italiano Pietro Borgo, tipo baixo, pálido, cabelos grisalhos, de aparência não muito simpática, entra no gabinete do comandante da Marinha, almirante Júlio Moura Neto, em Brasília. A Iveco Defense, empresa que o executivo dirige em Bolzano, norte da Itália, acabara de ganhar, em consórcio com parceiros brasileiros, um atraente contrato do Exército para fornecer os protótipos da nova família de veículos blindados leves. Sobre rodas, eles substituirão os já cansados e obsoletos Cascavéis e Urutús, fabricados em São Paulo três décadas atrás.
O Exército requer 1970 desses veículos, e Borgo tinha a informação de que os fuzileiros navais também precisariam de, ao menos, algumas dezenas deles. Basta saber que os Urutus levados por eles para patrulhar as ruas de Porto Príncipe, na missão de paz patrocinada pela ONU no Haiti, exibiram tamanhas deficiências que a Marinha teve de importar, em 2007, uma dúzia de carros suíços para levar seu trabalho a bom termo.
No catálogo multicolorido exibido por Borgo a Moura Neto, saltitavam os últimos modelos de blindados anfíbios, que, levados de barco até perto da praia, navegam lépidos em meio à arrebentação das ondas. Eles já equipam tropas de fuzileiros de diferentes Marinhas da OTAN e, volta e meia, aparecem no Iraque e no Afeganistão.
Moura Neto olha curioso, mas sem interesse objetivo. Num inglês direto diz:
"Poderemos comprar os mesmos carros que os senores vão fabricar para o Exército."
Os olhos claros do visitante piscam rápidos, num gesto automático para se refazer da surpresa. Então não é de blindados aptos ao desembarque nas praias que a infantaria da Marinha do Brasil precisa? Como se adivinhasse a confusão instalada na cabeça do italiano, o almirante brasileiro afirma:
"Queremos esses carros para cruzar rios".
Dessa forma, o comandante da Marinha do Brasil sintetizou há oito meses a realidade estratégica que hoje orienta a defesa do país: os fuzileiros, infantaria de elite desta força armada em qualquer país, cuja missão é lutar nas praias oceânicas durante o desembarque, terão de se deslocar, de forma protegida, a bordo de viaturas blindadas, no emaranhado de rios da Amazônia. Essa região brasileira, que por séculos viveu ao abrigo de quaisquer intervenções, locais ou estrangeiras, é o atual centro dos acontecimentos.