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Enviado: Dom Mar 07, 2004 7:05 pm
por Naval
RUSSOS COM SOTAQUE

Tinha lido esta notícia na sexta, mas não postei pensando em boatos, mas serve pra discussão.

Li em um jornal aqui do RJ, ''O dia'', que as chances do caça russo ganharem a corrida são maiores, cresce a cada dia o favoritismo do mesmo. Parece que os pilotos vão ficar felizes. Disseram que só falta os russos se entenderem com a Embraer pra ''firmar''. Blz.

Abraços.

Enviado: Qua Mar 10, 2004 12:07 pm
por Spetsnaz
Fonte: JB Onilne.

Ministro da Defesa afirmou que resultado da licitação de caças sai no fim do
mês


"O ministro (Viegas) afirmou ainda que a aviação brasileira não ficará de
mãos vazias caso o consórcio russo vença a concorrência para a venda de 12
caças para o governo brasileiro, em operação que chega a US$ 760 milhões.
Neste caso, serão negociados contratos da Embraer com o consórcio vencedor.

- Ainda não sabemos quem vai ganhar, mas se não for a Embraer, vamos
conversar com o vencedor para estimulá-lo a contratar a empresa brasileira
em serviços específicos. Isso não está previsto no processo de compra, mas
vamos conversar - disse o ministro, durante encontro com empresários na
Associação Comercial do Rio de Janeiro, ontem à tarde.

O resultado da licitação de compras dos caças deve sair ''nas próximas
semanas''. A decisão caberá ao Conselho de Defesa Nacional - composto por
integrantes do governo federal e do Congresso Nacional. Dois consórcios
estão na disputa. Num deles, a Embraer é parceira da francesa Dassault. O
outro é o grupo russo que negocia os aviões Sukhoi."

Espero que dentro em breve eu possa estourar aquela champagne, e que
possamos discutir aqui coisas importantes como "qual será o esquema de
pintura dos Su-27/35 da FAB??)

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Bom pelo que eu entendi então...
"Dois consórcios
estão na disputa. Num deles, a Embraer é parceira da francesa Dassault. O
outro é o grupo russo que negocia os aviões Sukhoi."


O resto foi descartado já....

Enviado: Qua Mar 10, 2004 12:49 pm
por Vinicius Pimenta
Não acreditem em tudo que sai na imprensa. Todos os consórcios ainda estão na disputa.

Enviado: Qui Mar 11, 2004 7:13 pm
por Spetsnaz
Ministério da Defesa nega que Embraer terá ajuda especial sobre caças

Por Axel Bugge

BRASÍLIA (Reuters) - O Ministério da Defesa informou nesta quarta-feira que tentará assegurar que empresas nacionais se beneficiem da concorrência para a compra de novos caças de combate, mas negou que dará ajuda específica à Embraer caso a companhia e seus parceiros franceses não ganhem o contrato.

Em comunicado, o Ministério da Defesa informou que as interpretações das declarações do ministro José Viegas esta semana de que a Embraer iria receber ajuda especial do governo se perdesse o contrato dos jatos, avaliado em 700 milhões dólares, "não estavam corretas".

"A (interpretação) correta é que, sim, o governo fará o possível para assegurar que a indústria nacional como um todo se beneficie", disse o comunicado. Uma porta-voz do ministério disse que a afirmação se aplica a todas as companhias do país, incluindo a Embraer.

Ela acrescentou que a decisão sobre o grupo vencedor do contrato agora é esperada para o final deste mês ou início de abril.

Uma porta-voz da Embraer disse que a empresa não irá comentar a declaração do Ministério da Defesa.

Após abrir em alta, as ações da Embraer encerraram em queda de 3,23 por cento, cotadas a 21 reais, puxadas pela queda geral da Bovespa, que caiu 4,4 por cento.

O analista da BES Securities Alexandre Garcia afirmou que "a maioria das pessoas considera que a Embraer já ganhou o contrato" por causa da vantagem de ser uma empresa nacional. "Se eles não ganharem, será uma surpresa."

A Embraer, junto com a francesa Dassault Aviation --que detém uma participação na fabricante brasileira-- ofereceu uma versão especial do jato de combate Mirage.

As outras empresas na disputa pelo que pode ser o maior contrato militar da história recente da América Latina são a Lockheed Martin, com o jato F-16, a Saab e a BAE Systems com o caça Gripen. A russa Sukhoi ofereceu o avião Su-35 "Super Flanker".


CONCORRENTES IRRITADOS

Com a condição de ser a quarta maior fabricante de aviões civis do mundo e com a promessa de produzir grande parte dos Mirages no país, a Embraer tem argumentado que é a escolha natural para o contrato.

Porém, os outros competidores mostraram irritação com a alegação da Embraer, afirmando que a empresa exagerou na quantidade de aviões que fabricará no Brasil.

Eles também afirmam que as empresas brasileiras se beneficiarão de qualquer forma já que uma importante exigência da oferta é a chamada compensação tecnológica (offsets), quantidade de conhecimento tecnológico que será transferido ao Brasil pela empresa vencedora.

A Força Aérea Brasileira já avaliou os aspectos técnicos dos aviões e a decisão final será tomada por uma comissão especial composta por vários ministros, o vice-presidente e os líderes do Congresso.

Enviado: Sáb Mar 13, 2004 12:32 am
por César
Ultimos dias antes da escolha do FX, faço a pergunta que não quer calar, e agora definitiva: Qual avião você acha que deve ser o FX?

Supreendendo a todos, lá vou eu, depois explico melhor. Depois de ler mensagens em outros fóruns, e ver o tamanho do problema dos custos para a operação de um futuro vetor, fiz a minha escolha final.

Acredito que o avião que deveria vencer a concorrência é o JAS-39C "Gripen". Seguido de muito perto pelo Su-35, vindo atrás o Mirage2000-5BR, e BEM lá atrás, os retardatários F-16 e MiG-29.

Abraço a todos

César

Enviado: Sáb Mar 13, 2004 12:44 am
por Spetsnaz
Ainda acho que nossos pilotos vão tomar Vodka para comemorar o FX.. :lol:

Enviado: Sáb Mar 13, 2004 12:50 am
por FinkenHeinle
Spetsnaz escreveu:Ainda acho que nossos pilotos vão tomar Vodka para comemorar o FX...



Olá Spets,


Assim espero. Talvez possamos, ainda nesta década, passar para um nível onde quantidade não represente qualidade, e saber que não é possível possuir uma força de qualidade e grande. Isso, só potências.

E espero que a tomada do F-X possa permitir um aumento dos recursos destinados à defesa, e també um melhor aproveitamento dos mesmos pelas FFAA, bem como apdronização entre elas, reduzindo ainda mais os custos.

Quero salientar que, antes da tomada de qualquer decisão importante, deveríamos fazer uma autoreflexão, e definirmos como devem ser as FFAA do Brasil nos próximos 50/100 anos. Só assim saberemos tomar as melhores decisões para tornar no futuro, as FFAA capazes...

Enviado: Sáb Mar 13, 2004 12:51 am
por Slip Junior
César escreveu:Acredito que o avião que deveria vencer a concorrência é o JAS-39C "Gripen". Seguido de muito perto pelo Su-35, vindo atrás o Mirage2000-5BR, e BEM lá atrás, os retardatários F-16 e MiG-29.

Idem.

Só uma pequena correção: a designação dada a tal versão do M2K oferecida para o Brasil é Mirage 2000BR (sem o "traço cinco").

Abraços

Enviado: Sáb Mar 13, 2004 3:06 am
por Malandro
Estou mais inclinado com a opinião do César se bem que depdendendo donível de transfer6encia prometida pela Dassault , talvez um champahe pipoque na Embraer .

Enviado: Seg Mar 15, 2004 7:42 pm
por Slip Junior
Compra de caças na reta final

Intriga e mistério em disputa por negócio que envolve bilhões de dólares


Andrea Catta Preta
Repórter

Mistério, lobbies e muita expectativa. Neste clima, chega à reta final a disputa pela milionária venda de 12 caças supersônicos que vão substituir os F-103 Mirage III, operados pela Força Aérea Brasileira (FAB) desde a década de 70. Ainda este mês, a Comissão Especial criada pelo Governo para analisar a disputa entre cinco fabricantes dará seu parecer sobre todo o processo da concorrência conduzida pela FAB. Os 13 membros da comissão vêm se reunindo - cercados de sigilo - três vezes por semana. Eles representam os componentes do Conselho de Defesa Nacional, que receberá as análises e subsidiará a decisão final do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Este último capítulo na novela, que já dura 12 anos, está previsto para abril e vai encerrar uma batalha "aérea" avaliada em US$ 760 milhões apenas para a aquisição dos caças. A médio prazo, esta decolagem promete ser um negócio de US$ 2,1 bilhões, destinados à manutenção dos primeiros aviões, por dez anos. No longo prazo, os números podem aumentar astronomicamente. A decisão de Lula neste mês determinará o padrão tecnológico de pelo menos 105 aviões de defesa da FAB para os próximos 30 anos, o que renderia à vencedora da disputa cerca de US$ 22 bilhões, além de abrir-lhe as portas para o mercado Sul-Americano de aviões de guerra.

Os 13 membros da Comissão terminaram em 23 de fevereiro o primeiro período de 30 dias concedido pela portaria que os nomeou. A prorrogação por mais 30 dias é a última e termina em 25 de março. As discussões giram em torno de questões estratégicas para o país do ponto de vista operacional bem como de compensação comercial. O trabalho é lento, pois a FAB foi meticulosa no processo e os integrantes da comissão não são especialistas no assunto, o que os obriga a estudar item a item. "Trata-se de um produto de alta tecnologia. As discussões acontecem na medida que queremos ou não aprofundar mais em um assunto", explica o representante da presidência da Câmara dos Deputados, José Umberto de Almeida. O último ato do trabalho será o rompimento do lacre de um super sigiloso relatório da FAB, que os membros da comissão não sabem ainda se marca claramente uma preferência ou aponta vantagens e desvantagens dos concorrentes.

As últimas cartadas desta disputa incluem a intensificação dos contatos de missões comerciais a autoridades brasileiras. No último dia 17, uma ampla delegação russa esteve no Ministério das Relações Exteriores reservando boa parte da agenda para as qualidades do Sukhoi Su-35. Já a Suécia enviou o seu ministro do Desenvolvimento Político e Industrial, Për Nuder, que em missão ao Brasil defendeu o Saab JAS-39 Gripen, do consórcio Saab/BAe Systems. No carnaval, quem passou por Brasília em nome do F-16 foi o diretor para as Américas da norte-americana Lockheed Martin, Richard Singer, reforçando a oferta de compensações comerciais (offset), consideradas ponto crucial na decisão do presidente Lula.

As empresas tentaram também um "corpo-a-corpo" com os membros da comissão. O Ministério da Defesa chegou a advertir as concorrentes para não mais enviarem "presentes" aos 13 representantes dos órgãos do Conselho de Defesa Nacional. José Umberto de Almeida confirma ter recebido vários pacotes, mas nem sequer os abriu. "Imagino que sejam prospectos publicitários", minimiza.

Como armas de batalha, valem ainda propagandas em revistas e jornais, como tem feito a Gripen. Um olhar mais atento pode, inclusive, associar as peças publicitárias a notas "plantadas" com ataques a concorrentes.

Escolha do caça é batalha antiga travada desde o Governo Fernando Henrique

A batalha para substituir a frota de aviões que cuidam da segurança de Brasília e de pólos industriais do Sudeste se arrasta desde o Governo Fernando Henrique Cardoso. Em meados de 2002, a FAB já elaborara o secreto relatório, apontando, de acordo com o que foi especulado na época, para o Gripen como melhor escolha. Mas, diante do tamanho do negócio e de pressões vindas inclusive do então candidato à presidência Lula, que prometeu que se eleito não haveria concorrência pois daria preferência à Embraer, FH decidiu paralisar o processo.

Empossado, o presidente Lula disse que a compra de aviões não era prioridade e, mais uma vez, o Governo federal adiou a escolha. Nesse meio tempo, as empresas aproveitaram para melhorar suas propostas. Ao perceber a força do nacionalismo a favor da Dassault, que possui 20% da Embraer, todas as concorrentes se dispuseram a cooperar com empresas brasileiras.

Em setembro do ano passado, com a retomada do projeto, a FAB reconsiderou as novas propostas e desta vez os votos no relatório teriam sido em maior número para o avião russo, seguido pelo da Embraer. O lobby dentro do próprio Governo teria influenciado na subida do Mirage 2000 BR do terceiro para o segundo lugar. Já para obter a primeira colocação, os russos teriam mudado radicalmente sua proposta offset, até então um pacote de produtos primários, tradicionais do Brasil, proposta pouco interessante para o país.

Desta vez, impressionaram ao oferecer, em parceria com a Avibrás, a transferência integral de toda a tecnologia ao Brasil, construindo um centro de tecnologia supersônica no país que totalizaria um investimento de até US$ 3 bilhões. A sueca do Gripen, por sua vez, ressaltou a extensa base no Brasil, maior pólo industrial da empresa fora da Suécia, para transferir tecnologia e cumprir suas obrigações offset, bem como insistiu na sua vontade de trabalhar em conjunto com a Embraer, comprometendo-se a dar 100% em contrapartidas. Já a americana, resistente a repassar todos os códigos-fonte de seu caça, se dispôs a fazer acordos com empresas brasileiras para o desenvolvimento de algumas peças do F-16. Diante das propostas feitas pelas concorrentes, a Dassault chegou a oferecer a transferência total de tecnologia, a montagem e a fabricação de algumas peças na Embraer.

Todas as empresas, à exceção da norte-americana Lokheed Martin, se comprometeram a repassar a tecnologia do avião, como códigos-fonte de softwares, permitindo ao Brasil fazer futuras adaptações de armamento por exemplo.

Governos de países concorrentes entram em cena para tentar garantir o negócio.

Além das propostas oficiais, os Governos dos diversos países concorrentes entraram em cena. Propostas de criar fábricas de peças e de montagem no Brasil, que se tornaria um pólo exportador para o resto das Américas, além de propostas comerciais atrativas vem surgindo por fora, de forma a seduzir o Governo federal, dono do voto de Minerva.

As empresas, no entanto, admitem que a instalação de fábricas ou inclusive a simples montagem dos aviões no Brasil só passaria a ser interessante do ponto de vista financeiro no caso do país comprar pelo menos 50 máquinas.

Só passa a ser conveniente a partir de uns 60 aviões. Então sim estamos dispostos a montar uma fábrica de peças de reposição no Brasil que poderia atender a todos os países da América do Sul" explica Erik Hjelm, representante da Gripen no Brasil.

Para o analista em assuntos de defesa e editor da revista eletrônica Defesanet, Nelson During, é preciso ter cautela na hora de analisar as propostas de offset. "As compensações são muito mais uma questão política para vender à sociedade. É um complicador a mais. Muitas vezes, as contrapartidas ficam na retóricas e não se concretizam", alerta.

Enquanto por fora empresas e Governos se enfrentam numa interminável batalha de lobbies e propostas, a Comissão começa a elaborar o seu próprio relatório final, antes mesmo de ter acesso ao da FAB. "Não sabemos sequer quando teremos acesso ao documento da FAB. Mas a comissão já entrou no processo de elaboração do seu relatório final", adianta José Umberto de Almeida, que classificou o tema offset (compensações comerciais) como o mais complexo de todos os analisados pela comissão. "Há empresas que estão trabalhando para colocar aspectos novos no offset, mas a Comissão não pode incluir essas novas propostas na sua análise", acrescenta.

Na medida em que a concorrência chega à reta final, o medo de dar qualquer informação sobre o assunto se espalha. Nem mesmo os brasileiros falam à imprensa. "Ninguém tem autorização para dar qualquer informação sobre o FX.

A empresa não fala mais sobre o tema", comunicou a Embraer por meio de sua assessoria de imprensa. A representação da Dassault, em Brasília, tampouco se dispôs a falar, indicando a Embraer como fonte e os russos, por sua vez, se dizem muito ocupados para atender a imprensa. Apenas a sueca e a americana se dispuseram a dar informações.

Entre os motivos, está o medo de influenciar qualquer decisão do presidente Lula. "Trata-se de uma questão de segurança e soberania nacional. Não é uma licitação qualquer. A decisão é superior, você não pode apresentar um constrangimento ao presidente da República", analisa José Umberto de Almeida

Os silêncio das empresas por sua vez, deve-se ao tamanho do projeto. "As empresas querem manter segredo de suas ofertas para não mostrarem seus pontos fracos", acredita During.


Fonte: Jornal Hoje em Dia.

Abraços

Enviado: Ter Mar 16, 2004 3:53 pm
por FinkenHeinle
Vamos lá, corrente prá frente...

Flanker!!! Flanker!!! Flanker!!! Flanker!!! Flanker!!! Flanker!!! Flanker!!! Flanker!!! Flanker!!! Flanker!!! Flanker!!! Flanker!!! Flanker!!! Flanker!!! Flanker!!! Flanker!!! Flanker!!! Flanker!!! Flanker!!! Flanker!!! Flanker!!! Flanker!!! Flanker!!! Flanker!!! Flanker!!! Flanker!!! Flanker!!! Flanker!!! Flanker!!! Flanker!!! Flanker!!! Flanker!!! Flanker!!! Flanker!!! Flanker!!! Flanker!!! Flanker!!! Flanker!!! Flanker!!! Flanker!!! Flanker!!! Flanker!!!

Enviado: Dom Mar 21, 2004 10:52 am
por Naval
FAB terá acesso irrestrito à tecnologia dos caças

Concorrentes cedem nas propostas finais e País garante outras vantagens, como carência de 4 anos

ROBERTO GODOY Jornal Estado de são Paulo

A próxima máquina de guerra do Brasil, um avião supersônico de combate para equipar pelo menos três esquadrões do 1.º Grupo de Defesa Aérea, mantido pela aviação militar em Anápolis, Goiás, será montado no País. Mais ainda: terá toda a tecnologia de projeto transferida, incluindo a dos avançados códigos-fonte dos sistemas eletrônicos. O lote de 12 unidades vai custar no mínimo US$ 700 milhões. A médio prazo, esse custo pode chegar a US$ 6,6 bilhões, porque há um plano para encomendar mais 108 caças até 2010.

No abrangente sistema de armas especificado pelo Comando da Aeronáutica, haverá mísseis ar-ar com alcance acima de 40 quilômetros e a capacidade de lançar bombas dirigidas por satélite/GPS ou ainda mísseis leves de cruzeiro que podem encontrar seus alvos a 300 quilômetros do ponto de lançamento.

Isso tudo vale para qualquer que seja o avião selecionado por meio da concorrência FX, destinada a escolher o novo jato de superioridade da Força Aérea Brasileira (FAB).

A poucos dias da decisão, que será tomada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em reunião do Conselho de Defesa Nacional (CDN), os três consórcios mais cotados entre os quatro participantes da licitação igualaram suas ofertas técnicas e comerciais.

As três associações - Embraer-Dassault, Saab Gripen/BAe-Varig/VEM e Avibrás-Sukhoi - incorporaram novos componentes ao seus pacotes referentes a essa operação.

O Mirage 2000/Br, da Embraer, levará os mísseis Mica, franceses, com raio de ação além do horizonte, na faixa de 50 quilômetros. O avião vai receber parte da tecnologia do jato Rafale, o mais avançado da Armée de L'Air, que comprou 290 aviões. O radar do Mirage 2000/Br é o RDY da Thomson, que faz a detecção simultânea de oito diferentes alvos e estabelece prioridades de acordo com o grau de ameaça. Esse equipamento pode receber parte dos componentes do radar Detexis-RBE/2, do Rafale, que incorpora uma unidade ótica com câmeras infravermelhas, telêmetros laser, sensores de seguimento e localização de objetivos também em terra, gerando imagens digitais, tridimensionais.

A Embraer anunciou em dezembro de 2004 que os supersônicos serão montados na nova fábrica da empresa em Gavião Peixoto, região norte de São Paulo. O vice-presidente de Mercados de Defesa, engenheiro Romualdo Monteiro de Barros, garante que "absolutamente 100% de todas as tecnologias serão transferidas, códigos-fonte inclusive". Para Romualdo, a Embraer-Dassault tornou viável uma solução global na sua proposta para o FX: "O programa vai permitir aprender a fazer nossos próprios caças de superioridade aérea."

Mantega - Há dois dias o pequeno e sofisticado JAS-39 Gripen, submetido pelo consórcio anglo-sueco, ganhou fôlego no processo. Muito moderno, compacto e único modelo da quarta geração entre os concorrentes ao contrato do Ministério da Defesa, o jato passou por mudanças técnicas - teria ganhado um sistema para realizar reabastecimento em vôo - e no conjunto do financiamento oferecido ao governo brasileiro.

O esquema apresentado pessoalmente pelo ministro de Assuntos Econômicos da Suécia, Gunnar Lund, ao ministro brasileiro do Planejamento, Guido Mantega, e ao presidente do Banco Central, Henrique Meireles, prevê carência de quatro anos e taxas juros abaixo dos níveis de mercado, além de acesso irrestrito à tecnologia.

Na mesma linha, o vice-primeiro-ministro da Rússia, Boris Alioshin, revelou em Brasília que o Su-35 Super Flanker, um avião espetacular capaz de voar a 2,8 mil quilômetros por hora e transportar até 8,7 toneladas de armas, "terá todas as informações de projeto, de sistemas e de conjuntos de armas entregues a parceiros locais nos termos definidos pelo governo do Brasil". O Sukhoi seria também montado no País.

"Prometer é uma coisa, cumprir o prometido é outra. As promessas precisam ser bem cotejadas com o que de fato é possível fazer", alerta um ex-comandante da FAB que esteve diretamente envolvido com o processo FX até meados de 2002. Participam com poucas chances do processo FX também a russa Rac-MiG com o Mig-29 Fulcrum (modelo descontinuado) e a americana Lockheed-Martin, com o F-16/50/52, cuja tecnologia não pode ser transferida.

Três esquadrões do GDA??acho que confundiu com três esquadrilhas.
Tinha que ser ele rsrsrs

Abraços.

Enviado: Dom Mar 21, 2004 11:51 am
por Slip Junior
Naval escreveu:Três esquadrões do GDA??acho que confundiu com três esquadrilhas.
Tinha que ser ele rsrsrs

Exatamente o que eu ia comentar... :lol: :lol:

Abraços

Enviado: Dom Mar 21, 2004 11:57 am
por César
Mais uma matéria paga, no Defesanet....

Mirage 2000 BR - A visão de especialistas


Segunda parte da entrevista com o vice-presidente da Embraer para o Mercado de

Defesa, Romualdo Monteiro de Barros. A entrevista foi complementada

no dia 12 de março último, na Embraer





Defesanet - Retomando a conversa anterior, o sr. poderia falar sobre o desempenho do Mirage 2000 BR?
Romualdo Monteiro de Barros - A Embraer tem em seus quadros vários pilotos de caça, com grande experiência, oriundos da FAB. Tivemos também a oportunidade de fazer consultas a pilotos de caça, inclusive com experiência em combate, de outras origens, assim como temos podido conversar também com especialistas internacionais em defesa. No conjunto, eles desenvolveram interessantes considerações sobre os principais concorrentes no Programa F-X BR...

Defesanet - E o que dizem essas considerações?
Romualdo - Vejamos, por exemplo, o aspecto do múltiplo emprego das aeronaves de caça. Esta é uma matéria recente na Suécia. A tradição sueca sempre foi de aeronaves voltadas contra a ameaça aérea vinda do Leste e a ameaça naval no Báltico, tudo isto no ambiente da velha "guerra fria", tendo o enorme poder militar da OTAN em seu flanco Sul. Devido às pequenas dimensões físicas desse Teatro de Operações doméstico e ao conceito estratégico fixado, as aeronaves, como é o caso do Gripen, tendem a tamanho reduzido, pequena autonomia e capacidade limitada para transportar armas, como resultado do tamanho do avião, mas com elevada capacidade para escapar de suas bases e operar em pistas improvisadas. Outro resultado evidente do reduzido ambiente operacional é, por exemplo, a ausência de aviação de Patrulha na Suécia, estando toda a responsabilidade de combate a submarinos entregue a helicópteros, meios flutuantes e alguns sensores especiais. Este é o contexto sueco.

Defesanet - Em termos da velha "guerra fria", qual seria a situação do outro lado?
Romualdo - No lado oposto, estão as aeronaves russas, projetadas inicialmente para o contexto da União Soviética e preservadas como tal. A Rússia atual possui um território duas vezes maior que o do Brasil, um monumental Teatro de Operações possível e conceitos estratégicos de natureza global. Exatamente o oposto da Suécia. O resultado prático são aeronaves de porte gigantesco, multimotoras, com grandes autonomia e capacidade para transportar e lançar armas de qualquer tipo. Não existem grandes preocupações com economia de combustível, nem com refinamentos nas aeronaves. A mais alta tecnologia fica normalmente reservada para as armas e não para os vetores que as transportam.

Defesanet - A primeira versão do Mirage 2000 foi concebida também no ambiente da "guerra fria".
Romualdo - Exato, mas estando a França em complexa situação estratégica, tanto no âmbito da Europa como em seus territórios localizados a grandes distâncias, inclusive na América do Sul. O resultado evidente dos conceitos franceses representa um meio termo entre as visões e necessidades da Suécia e da Rússia. O Mirage 2000, hoje representado no estado da arte pela família 2000-5 Mk2, que inclui o 2000-9 e o 2000 BR, significa algo muito mais próximo ao Brasil do que as concepções dos outros países.

Defesanet - No que se refere ao raio de ação, é clara a vantagem do Su-35, como é também indiscutível, comparativamente, a pequena autonomia de vôo do Gripen.
Romualdo - Sim, e essa pequena autonomia representaria um elevadíssimo risco. É exatamente aqui que aparece de forma notória a posição do Mirage 2000 BR, como solução mais compatível com o quadro brasileiro. Em hipótese alguma deveria o Brasil investir elevados recursos financeiros para que sua defesa aérea não conseguisse nem chegar a seus objetivos, para que seus pilotos continuassem a realizar vôos sobressaltados pela carência de combustível. O fato de o Gripen ter sido modificado para receber reabastecimento em vôo em nada melhora a sua baixa autonomia, para fins de defesa aérea. Além do que, não pode o Brasil investir ainda mais recursos em aviões abastecedores para corrigir erro induzido na aplicação dos recursos referentes aos caças.

Defesanet - Em termos de radar, quais seriam as considerações?
Romualdo - O desempenho do radar é algo que forçosamente precisa estar associado à confiabilidade. Um radar pouco confiável é algo extremamente perigoso, ainda que, quando em funcionamento, apresente características excepcionais. Uma regra geral relaciona tamanho de antena com alcance efetivo e espaço disponível com resfriamento adequado do equipamento. Em ambos os casos, o radar do Mirage 2000 BR supera amplamente o do Gripen. Nesse ponto, seria de se esperar que o Su-35 fosse superior, por suas dimensões, no entanto, talvez pelo conceito operacional já mencionado, destina a mais alta prioridade aos sensores instalados nos mísseis e não ao do avião, resultando em desempenho inferior ao das aeronaves menores. Vale a pena salientar que esse radar faz parte da combinação que torna o Mirage 2000 BR um sistema de armas realmente sem concorrência. Refiro-me à combinação do radar RDY-2, reconhecidamente o melhor do mundo em sua classe, com os mísseis BVR (além do alcance visual) MICA, uma verdadeira ruptura dos conceitos tecnológicos e operacionais tradicionais, e com o sistema digital de guerra eletrônica ICMS Mk-3, tudo operando integrado e simultaneamente aos demais sistemas do avião. Aliás, diferentemente de outras alternativas, os mísseis MICA serão entregues ao Brasil sem qualquer restrição e com o total apoio do Governo Francês.

Defesanet - Além da aeronave, o que o sr. poderia comentar sobre a proposta do Consórcio para o Projeto F-X BR?
Romualdo - Algo que tem também sido objeto de pronunciamentos recentes são as transferências de tecnologias. Para um dado receptor, a questão fundamental sobre transferência de tecnologia reside em quem é realmente proprietário da tecnologia e se está disposto a repassar o conhecimento de forma completa, ou com imposição de alguma restrição. No caso do Gripen, por exemplo, existem incertezas, em função da dependência de tecnologias de terceiros. Sobretudo quanto à integração à aeronave de armamentos diferentes daqueles previamente qualificados, especialmente os brasileiros. No Mirage 2000 BR, toda a tecnologia é de propriedade francesa, dos parceiros estratégicos da Embraer, e será completamente aberta, tornando-se a Embraer e a Força Aérea Brasileira co-proprietárias do conhecimento. Isto significa, fundamentalmente, liberdade para acessar códigos da aeronave, desenvolver novos métodos operacionais de emprego e integrar qualquer armamento, podendo-se incluir aí os norte-americanos e os russos, mas, principalmente, os brasileiros. Obviamente, como co-proprietários, a Embraer e a FAB protegerão o conhecimento crítico adquirido, sobretudo no que tange a códigos-fonte e suas aplicações. O salto tecnológico decorrente, tanto para a Embraer, como fabricante de aeronaves, como para a FAB, enquanto Força Armada, é até difícil de dimensionar, tal a sua grandeza.

Defesanet - É difícil avaliar o impacto real disso, sem um bom exemplo. O sr. poderia ilustrar esse aspecto mais concretamente?
Romualdo - Uma implicação imediata desse domínio nacional da tecnologia é a implementação do sistema de enlace de dados (data link) do F-X. O enlace de dados, entre aeronaves e com o solo, essencial no contexto da guerra moderna, precisa ser implementado no software embarcado de missão. A dependência estrangeira nessa atividade tornaria vulnerável todo o sistema defensivo do País, pela inevitável abertura de dados sensíveis que definem seu funcionamento. A Embraer já desenvolveu, em total autonomia, o sistema de enlace de dados do ALX, implementado através dos rádios Rhode & Schwarz, padronizados pela FAB. Nossa experiência inclui também o desenvolvimento do sistema de enlace de dados para o México que utiliza o SATCOM.

Defesanet - A propósito, a Embraer participou junto ao Comando da Aeronáutica, dos trabalhos que levaram à definição do padrão brasileiro de enlace de dados. Qual é o status desse processo?
Romualdo - Este assunto tem evoluído muito positivamente. Estaremos implementando o data link do F-5BR e do A-1M (AMX modernizado). A Embraer é responsável pelo software embarcado de missão de todas essas aeronaves, como será também para o Mirage 2000 BR, o que nos torna, de fato, a única empresa nacional capaz de assegurar que essas tarefas fiquem 100% restritas aos brasileiros, garantindo o sigilo, a interoperabilidade, inclusive com o SIVAM e, futuramente, com as demais Forças Armadas. Este é um resultado prático das transferências de tecnologias. E este é também o resultado dos grandes investimentos da Embraer em capacitação, ao longo de muitos anos, redundando hoje em uma força de trabalho altamente especializada, que conta com mais de três mil engenheiros. São essas pessoas que materializam o acúmulo de experiência da Embraer e que a tornam tão capaz e competitiva. E daí provém a maior contribuição que podemos dar ao Programa F-X BR.



Acho que, em questão de parcialidade, essa matéria só perde para aquela do "Avião Revue", há mais de um ano atrás.
Uma pena que o defesanet esteja perdendo o seu profissionalismo..

Abraços

César

....

Enviado: Dom Mar 21, 2004 12:00 pm
por Super Flanker
Lamentavel, eu to pegando raiva desse Mirage 2000, só por causa dessas propagandas enganosas, veja que os outros concorrentes não fazem nada disso. :evil: :x