Visita a Portugal

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Tripeiro
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#106 Mensagem por Tripeiro » Qua Fev 01, 2006 9:37 pm

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#107 Mensagem por Tripeiro » Qua Fev 01, 2006 9:41 pm

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manuel.liste
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#108 Mensagem por manuel.liste » Qui Fev 02, 2006 6:23 am

Tripeiro escreveu:
manuel.liste escreveu:Si alguien busca vida nocturna y chicas en Galicia, tiene dos opciones: Sanxenxo en verano y Vigo todo o ano :lol:


Vou quase todos os anos a Sanxenxo (e a Porto Novo). Gosto muito do Zoo e das chicas Galegas que também gostam muito dos Portugueses :lol:. Para mim os Galegos não são estrangeiros (e a maioria dos Galegos que conheci dizem o mesmo). Sem polêmicas, acho que os Portugueses do norte e os Galegos são o mesmo povo separado pelo destino. Curiosamente o pessoal do sul, especialmente de Lisboa, costuma chamar-nos Galegos como insulto (provavelmente do facto de de os hispânicos gozarem com os Galegos como os Brasileiros gozam com os Portugueses), mas para nós não é insulto nenhum, bem pelo contrário.


Bueno, ese es otro tema. "Gallego" es el apelativo a los españoles en muchos paises latinoamericanos, y también era el apelativo medieval que los musulmanes del sur de la Península aplicaban a los cristianos independientes del norte. :wink:

Sin entrar en polémicas, nosotros también nos sentimos cercanos a los portugueses norteños.




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Rui Elias Maltez
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#109 Mensagem por Rui Elias Maltez » Qui Fev 02, 2006 12:24 pm

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O leão a esmagar a águia, salvo erro na Rotunda da Boavista.

O monumento preferido do P44 :mrgreen:




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#110 Mensagem por manuel.liste » Qui Fev 02, 2006 8:12 pm

Para terminar de convencer a los buenos foristas brasileños de lo conveniente de visitar España en viaje turístico, añadir que en mi país el tabaco, el alcohol y el combustible son más baratos que en Portugal. Vamos, que somos el paraiso fiscal de la Península Ibérica :mrgreen:




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#111 Mensagem por Tripeiro » Qui Fev 02, 2006 8:40 pm

manuel.liste escreveu:Bueno, ese es otro tema. "Gallego" es el apelativo a los españoles en muchos paises latinoamericanos, y también era el apelativo medieval que los musulmanes del sur de la Península aplicaban a los cristianos independientes del norte.


Curioso, desconhecia de todo.




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#112 Mensagem por Tripeiro » Qui Fev 02, 2006 8:43 pm

Rui Elias Maltez escreveu:
O leão a esmagar a águia, salvo erro na Rotunda da Boavista.



Exacto




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#113 Mensagem por P44 » Sex Fev 03, 2006 9:49 am

O leão a esmagar a águia, salvo erro na Rotunda da Boavista.

O monumento preferido do P44


Olha ele todo inchado....

O que vale é que esta fim de semana até estoira... :twisted:

NACIONAL! NACIONAL!

PAISANO! PAISANO!

:P




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#114 Mensagem por Rui Elias Maltez » Sex Fev 03, 2006 3:16 pm

Para terminar de convencer a los buenos foristas brasileños de lo conveniente de visitar España en viaje turístico, añadir que en mi país el tabaco, el alcohol y el combustible son más baratos que en Portugal. Vamos, que somos el paraiso fiscal de la Península Ibérica :mrgreen:



:?

Mas as portuguesas são mehores que as espanholas, todas borradas de cremes comprados nos El Corte Inglés :mrgreen:




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#115 Mensagem por Paisano » Sex Fev 03, 2006 3:55 pm

P44 escreveu:NACIONAL! NACIONAL!

PAISANO! PAISANO!

:P


:shock: :shock: :shock: :shock: :shock:




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#116 Mensagem por Rui Elias Maltez » Seg Fev 06, 2006 8:39 am

União de Leiria!!!

União de Leiria!!!

[082] [082] [082]




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#117 Mensagem por Paisano » Seg Fev 06, 2006 8:53 am

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#118 Mensagem por P44 » Seg Fev 06, 2006 10:03 am

añadir que en mi país el tabaco, el alcohol y el combustible son más baratos que en Portugal. Vamos, que somos el paraiso fiscal de la Península Ibérica


ESPANHA DESTRONA ANDORRA como paraíso fiscal!!!!! :mrgreen:

:lol: :lol:




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#119 Mensagem por manuel.liste » Seg Fev 06, 2006 12:03 pm

P44 escreveu:
añadir que en mi país el tabaco, el alcohol y el combustible son más baratos que en Portugal. Vamos, que somos el paraiso fiscal de la Península Ibérica


ESPANHA DESTRONA ANDORRA como paraíso fiscal!!!!! :mrgreen:

:lol: :lol:


Pobrecitos andorranos :twisted:




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#120 Mensagem por Tripeiro » Seg Fev 20, 2006 6:21 pm

Um texto interessante sobre o norte de Portugal de Miguel Esteves Cardoso que descobri:

Primeiro, as verdades. O Norte é mais Português que Portugal. As minhotas são as raparigas mais bonitas do País. O Minho é a nossa província mais estragada e continua a ser a mais bela. As festas da Nossa Senhora da Agonia são as maiores e mais impressionantes que já se viram.

Viana do Castelo é uma cidade clara. Não esconde nada. Não há uma Viana secreta. Não há outra Viana do lado de lá. Em Viana do Castelo está tudo à vista. A luz mostra tudo o que há para ver. É uma cidade verde-branca. Verde-rio e verde-mar, mas branca. Em Agosto até o verde mais escuro, que se vê nas árvores antigas do Monte de Santa Luzia, parece tornar-se branco ao olhar. Até o granito das casas. Mais verdades. No Norte a comida é melhor. O vinho é melhor. O serviço é melhor. Os preços são mais baixos. Não é difícil entrar ao calhas numa taberna, comer muito bem e pagar uma ninharia. Estas são as verdades do Norte de Portugal. Mas há uma verdade maior. É que só o Norte existe. O Sul não existe. As partes mais bonitas de Portugal, o Alentejo, os Açores, a Madeira, Lisboa, et caetera, existem sozinhas. O Sul é solto. Não se junta. Não se diz que se é do Sul como se diz que se é do Norte. No Norte dizem-se e orgulham-se de se dizer nortenhos. Quem é que se identifica como sulista? No Norte, as pessoas falam mais no Norte do que todos os portugueses juntos falam de Portugal inteiro.

Os nortenhos não falam do Norte como se o Norte fosse um segundo país. Não haja enganos. Não falam do Norte para separá-lo de Portugal. Falam do Norte apenas para separá-lo do resto de Portugal. Para um nortenho, há o Norte e há o Resto. É a soma de um e de outro que constitui Portugal. Mas o Norte é onde Portugal começa. Depois do Norte, Portugal limita-se a continuar, a correr por ali abaixo. Deus nos livre, mas se se perdesse o resto do país e só ficasse o Norte, Portugal continuaria a existir. Como país inteiro. Pátria mesmo, por muito pequenina. No Norte. Em contrapartida, sem o Norte, Portugal seria uma mera região da Europa. Mais ou menos peninsular, ou insular. É esta a verdade. Lisboa é bonita e estranha mas é apenas uma cidade. O Alentejo é especial mas ibérico, a Madeira é encantadora mas inglesa e os Açores são um caso à parte.

Em qualquer caso, os lisboetas não falam nem no Centro nem no Sul - falam em Lisboa. Os alentejanos nem sequer falam do Algarve - falam do Alentejo. As ilhas falam em si mesmas e naquela entidade incompreensível a que chamam, qual hipermercado de mil misturadas, Continente.

No Norte, Portugal tira de si a sua ideia e ganha corpo. Está muito estragado, mas é um estragado português, semi-arrependido, como quem não quer a coisa. O Norte cheira a dinheiro e a alecrim. O asseio não é asséptico - cheira a cunhas, a conhecimentos e a arranjinho. Tem esse defeito e essa verdade. Em contrapartida, a conservação fantástica de (algum) Alentejo é impecável, porque os alentejanos são mais frios e conservadores (menos portugueses) nessas coisas.

O Norte é feminino. O Minho é uma menina. Tem a doçura agreste, a timidez insolente da mulher portuguesa. Como um brinco doirado que luz numa orelha pequenina, o Norte dá nas vistas sem se dar por isso.

As raparigas do Norte têm belezas perigosas, olhos verdes-impossíveis, daqueles em que os versos, desde o dia em que nascem, se põem a escrever-se sozinhos. Têm o ar de quem pertence a si própria. Andam de mãos nas ancas. Olham de frente. Pensam em tudo e dizem tudo o que pensam. Confiam, mas não dão confiança. Olho para as raparigas do meu país e acho-as bonitas e honradas, graciosas sem estarem para brincadeiras, bonitas sem serem belas, erguidas pelo nariz, seguras pelo queixo, aprumadas, mas sem vaidade. Acho-as verdadeiras. Acredito nelas. Gosto da vergonha delas, da maneira como coram quando se lhes fala e da maneira como podem puxar de um estalo ou de uma panela, quando se lhes falta ao respeito.

Gosto das pequeninas, com o cabelo puxado atrás das orelhas, e das velhas, de carrapito perfeito, que têm os olhos endurecidos de quem passou a vida a cuidar dos outros. Gosto dos brincos, dos sapatos, das saias. Gosto das burguesas, vestidas à maneira, de braço enlaçado nos homens. Fazem-me todas medo, na maneira calada como conduzem as cerimónias e os maridos, mas gosto delas. São mulheres que possuem; são mulheres que pertencem.

As mulheres do Norte deveriam mandar neste país. Têm o ar de que sabem o que estão a fazer. Em Viana, durante as festas, são as senhoras em toda a parte. Numa procissão, numa barraca de feira, numa taberna, são elas que decidem silenciosamente. Trabalham três vezes mais que os homens e não lhes dão importância especial. Só descomposturas, e mimos, e carinhos. O Norte é a nossa verdade. Ao princípio irritava-me que todos os nortenhos tivessem tanto orgulho no Norte, porque me parecia que o orgulho era aleatório. Gostavam do Norte só porque eram do Norte. Assim também eu. Ansiava por encontrar um nortenho que preferisse Coimbra ou o Algarve, da maneira que eu, lisboeta, prefiro o Norte. Afinal, Portugal é um caso muito sério e compete a cada português escolher, de cabeça fria e coração quente, os seus pedaços e pormenores.

Depois percebi. Os nortenhos, antes de nascer, já escolheram. Já nascem escolhidos. Não escolhem a terra onde nascem, seja Ponte de Lima ou Amarante, e apesar de as defenderem acerrimamente, põem acima dessas terras a terra maior que é o "O Norte". Defendem o "Norte" em Portugal como os Portugueses haviam de defender Portugal no mundo.

Este sacrifício colectivo, em que cada um adia a sua pertença particular - o nome da sua terrinha - para poder pertencer a uma terra maior, é comovente. No Porto, dizem que as pessoas de Viana são melhores do que as do Porto. Em Viana, dizem que as festas de Viana não são tão autênticas como as de Ponte de Lima.
Em Ponte de Lima dizem que a vila de Amarante ainda é mais bonita. O Norte não tem nome próprio. Se o tem não o diz. Quem sabe se é mais Minho ou Trás-os-Montes, se é litoral ou interior, português ou galego? Parece vago. Mas não é. Basta olhar para aquelas caras e para aquelas casas, para as árvores, para os muros, ouvir aquelas vozes, sentir aquelas mãos em cima de nós, com a terra a tremer de tanto tambor e o céu em fogo, para adivinhar.

O nome do Norte é Portugal. Portugal, como nome de terra, como nome de nós todos, é um nome do Norte. Não é só o nome do Porto. É a maneira que têm de dizer "Portugal" e "Portugueses". No Norte dizem-no a toda a hora, com a maior das naturalidades. Sem complexos e sem patrioteirismos. Como se fosse só um nome. Como "Norte". Como se fosse assim que chamassem uns pelos outros. Porque é que não é assim que nos chamamos todos?




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