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Re: DESAER ATL-100

Enviado: Dom Jun 20, 2021 4:24 pm
por FCarvalho


Excelente live.
Ótimas notícias sobre o projeto.
Primeiro voo para segundo semestre de 2023 e entregas a partir de 2025.
Novo produto será lançado até agosto. E outros 6 projetos em gestão/negociação.
Produção em Portugal e Brasil.
Assistam vale muito a pena.
O projeto está andando e tem futuro.

Re: DESAER ATL-100

Enviado: Qui Jun 24, 2021 10:33 am
por Duka
Bah, 2 horas é muito...
Faço votos que tenham sucesso, e também que não contem com encomendas da FAB, que claramente optou pela EMBRAER nesse segmento de aeronaves (a meu ver de maneira acertada, sendo a grana limitada melhor investir na vanguarda - aeronave híbrida).

Re: DESAER ATL-100

Enviado: Qui Jun 24, 2021 10:50 am
por Túlio
Duka escreveu: Qui Jun 24, 2021 10:33 am Bah, 2 horas é muito...
Faço votos que tenham sucesso, e também que não contem com encomendas da FAB, que claramente optou pela EMBRAER nesse segmento de aeronaves (a meu ver de maneira acertada, sendo a grana limitada melhor investir na vanguarda - aeronave híbrida).
MY CONGRATZ [009], já começava a pensar que eu era O ÚNICO que não tem sacola para passar horas assistindo gente que sabe - best case scenario - o mesmo que eu perorando sobre seus achismos & wishful thinking (e vendo a trouxaiada dando dinheiro só para ter seu nome mencionado).

Re: DESAER ATL-100

Enviado: Qui Jun 24, 2021 11:03 am
por Justin Case
Olá, amigos.

Há muitas aeronaves Bandeirante ainda operandoo em voos regulares ligando ilhas do Pacífico.
Creio que merecem ser consultados, pois são clientes potenciais.
Abraços,

Justin

Re: DESAER ATL-100

Enviado: Qui Jun 24, 2021 11:38 am
por FCarvalho
O vídeo se trata de uma entrevista com o diretor presidente da DESAER. Onde está o tal achismos & wishful thinking?
As duas horas de entrevista revelaram mais informações sobre a empresa do que todas as paginas discorridas sobre o avião pelo menos aqui no DB. E em várias outras fontes que consultei sobre o tema ao longo do tempo desde que o projeto foi lançado.
Seria mais produtivo comentar-se e debater sobre o que foi colocado pelo entrevistado do que focar no canal em si. Isto não agrega nada a tópico.
E para não dizer que não falei nada, já que quando postei não tive tempo para lançar comentários passo ao que segue, e que penso, é o que há a destacar do vídeo.

1. Primeiro voo para segundo semestre de 2023 e entregas a partir de 2025 - o projeto depende agora de investidores para chegar à fase de fechamento do desenho final do avião e isto está sendo negociado neste momento pela empresa. Os recursos devem vir de fora do pais pois no Brasil é inviável se obter, dada a falta de incentivo por parte do governo e as altas taxas cobradas pelo setor financeiro privado. Até o momento o cronograma de desenvolvimento tem andado a contento e está tudo dentro do previsto. O protótipo deve ficar pronto em 2023 e voar no final do ano. Já há encomendas firmes e opções de compra. Ainda segundo o entrevistado, há negociações para com diversas empresas de linhas aéreas regionais e empresas para a encomenda do avião. A linha deve ser instalada em Aráxá e agora só depende dos recursos que possam ser obtidos para a implantação do poló industrial naquela cidade, que conta com o apoio do governo estadual e municipal. Governo federal tem zero participação neste projeto, em qualquer sentido.

2. Novo produto será lançado até agosto. E outros 6 projetos em gestão/negociação - pelo pouco que foi comentado será um avião maior e com capacidade de carga de 4 toneladas derivado do próprio ATL-100. Irá competir na faixa do Brasília e acima. Há também uma série de projetos em discussão com possíveis clientes dentro do escopo de trabalho da empresa. Pelo comentado na entrevista as perspectivas destes projetos saírem do papel são muito boas. Há no mercado nacional uma grande empolgação com os projetos da Desaeer e a capacidade da empresa de apresentar soluções adequadas as necessidades e condições fáticas do mercado nacional.

3. Produção em Portugal e Brasil - haverá uma linha de produção em Araxá e em Évora, Portugal. As empresas trabalham em separado, com a linha no Brasil atendo principalmente América do Norte e América Latina, enquanto Portugal atenderá Europa e Africa, com oriente médio de lambuja. A empresa foi procurada para instalar uma linha de produção no extremo oriente, a fim de atender o mercado asiático. Está em estudos.

4. A FAB e EB procuraram a DESAER para conversas sobre o projeto, no sentido de apoiar com informações técnicas e outras questões referentes ao desenvolvimento do avião. Há interesse demonstrado de ambos na possível utilização do ATL-100. A marinha também demonstrou interesse no projeto e está colaborando indiretamente também com informações.

É preciso esclarecer o seguinte: não há qualquer compromisso de compra da FAB em relação ao STOUT. Este é um "projeto de pesquisa" da Embraer ao qual a FAB irá aportar, como sempre tem feito, informações que ajudem a desenvolver as características técnicas do avião. Até que ele se mostre viável do ponto de vista técnico e operacional a relação da FAB com o avião é de mera cooperação, e não negocial-financeira.

O projeto da versão maior do ATL-100 (4 ton) releva que o mercado nacional, e internacional, para aviões na categoria do Brasília está apresentando boas perspectivas para a substituição de vários aviões mais antigos que devem ser substituídos nos próximos anos por novos modelos. Aparentemente este novo projeto deve ser algo que visa substituir os Brasília e outros na mesma categoria, com o diferencial, penso eu, de oferecer uma rampa de carga para operações de transporte pax, carga ou combi, o que torna o avião extremamente flexível para operações em lugares desprovidos de recursos de pista e aeródromos mais convencionais.

Se o ATL-100 voar em 2023 e apresentar características que demonstrem ser um vetor robusto, de fácil manutenção e com bom alcance e carga, provavelmente, penso eu, o EB possa encomendar as 12 unidades planejadas inicialmente para a Avex. O preço do avião está cotado em US 5,5 milhões o que é algo bem plausível para a sua categoria e o que ele oferece.

No momento, P&W, GE e Roneywell estão disputando quem irá oferecer os motores, respectivamente, PT6-65B, Catalyst e TPE331.

A aviônica será composta por 3 telas de 14 polegadas, com 3 ou 4 empresas concorrendo para ser a fornecedora.

De mais a mais, por tudo que foi disposto na entrevista, o projeto do ATL-100 já nasce como um produto com grandes perspectivas de mercado e de ser, porque não, um grande referencial de mercado na sua categoria.

Boa sorte para ele.

Re: DESAER ATL-100

Enviado: Qui Jun 24, 2021 3:19 pm
por Pablo Maica
FCarvalho escreveu: Qui Jun 24, 2021 11:38 am O vídeo se trata de uma entrevista com o diretor presidente da DESAER. Onde está o tal achismos & wishful thinking?
As duas horas de entrevista revelaram mais informações sobre a empresa do que todas as paginas discorridas sobre o avião pelo menos aqui no DB. E em várias outras fontes que consultei sobre o tema ao longo do tempo desde que o projeto foi lançado.
Seria mais produtivo comentar-se e debater sobre o que foi colocado pelo entrevistado do que focar no canal em si. Isto não agrega nada a tópico.
E para não dizer que não falei nada, já que quando postei não tive tempo para lançar comentários passo ao que segue, e que penso, é o que há a destacar do vídeo.
[009] [009] [009]

Muito bem dito Carvalho.


Um abraço e t+ :)

Re: DESAER ATL-100

Enviado: Qui Jun 24, 2021 6:34 pm
por Cassio
Vou confessar o que achei de 5 minutos que consegui assistir. Não gostei. Mas boa sorte para eles.
Merecem e vão precisar.

Re: DESAER ATL-100

Enviado: Qui Jun 24, 2021 6:49 pm
por gogogas
Se tudo o que diz sobre este avião der certo, será um sucesso de vendas ! Mas não vai ser fácil entrar neste mercado, mesmo que seja de classe diferente, bater de frente com o Grand Caravan e o futuro Stout , será um tiro no escuro , além de substituir um ícone no nosso país o Bandeirante !
Desejo sorte e sucesso a eles !

Re: DESAER ATL-100

Enviado: Qui Jun 24, 2021 7:09 pm
por Duka
FCarvalho escreveu: Qui Jun 24, 2021 11:38 am O vídeo se trata de uma entrevista com o diretor presidente da DESAER. Onde está o tal achismos & wishful thinking?
As duas horas de entrevista revelaram mais informações sobre a empresa do que todas as paginas discorridas sobre o avião pelo menos aqui no DB. E em várias outras fontes que consultei sobre o tema ao longo do tempo desde que o projeto foi lançado.
Seria mais produtivo comentar-se e debater sobre o que foi colocado pelo entrevistado do que focar no canal em si. Isto não agrega nada a tópico.
E para não dizer que não falei nada, já que quando postei não tive tempo para lançar comentários passo ao que segue, e que penso, é o que há a destacar do vídeo.

1. Primeiro voo para segundo semestre de 2023 e entregas a partir de 2025 - o projeto depende agora de investidores para chegar à fase de fechamento do desenho final do avião e isto está sendo negociado neste momento pela empresa. Os recursos devem vir de fora do pais pois no Brasil é inviável se obter, dada a falta de incentivo por parte do governo e as altas taxas cobradas pelo setor financeiro privado. Até o momento o cronograma de desenvolvimento tem andado a contento e está tudo dentro do previsto. O protótipo deve ficar pronto em 2023 e voar no final do ano. Já há encomendas firmes e opções de compra. Ainda segundo o entrevistado, há negociações para com diversas empresas de linhas aéreas regionais e empresas para a encomenda do avião. A linha deve ser instalada em Aráxá e agora só depende dos recursos que possam ser obtidos para a implantação do poló industrial naquela cidade, que conta com o apoio do governo estadual e municipal. Governo federal tem zero participação neste projeto, em qualquer sentido.

2. Novo produto será lançado até agosto. E outros 6 projetos em gestão/negociação - pelo pouco que foi comentado será um avião maior e com capacidade de carga de 4 toneladas derivado do próprio ATL-100. Irá competir na faixa do Brasília e acima. Há também uma série de projetos em discussão com possíveis clientes dentro do escopo de trabalho da empresa. Pelo comentado na entrevista as perspectivas destes projetos saírem do papel são muito boas. Há no mercado nacional uma grande empolgação com os projetos da Desaeer e a capacidade da empresa de apresentar soluções adequadas as necessidades e condições fáticas do mercado nacional.

3. Produção em Portugal e Brasil - haverá uma linha de produção em Araxá e em Évora, Portugal. As empresas trabalham em separado, com a linha no Brasil atendo principalmente América do Norte e América Latina, enquanto Portugal atenderá Europa e Africa, com oriente médio de lambuja. A empresa foi procurada para instalar uma linha de produção no extremo oriente, a fim de atender o mercado asiático. Está em estudos.

4. A FAB e EB procuraram a DESAER para conversas sobre o projeto, no sentido de apoiar com informações técnicas e outras questões referentes ao desenvolvimento do avião. Há interesse demonstrado de ambos na possível utilização do ATL-100. A marinha também demonstrou interesse no projeto e está colaborando indiretamente também com informações.

É preciso esclarecer o seguinte: não há qualquer compromisso de compra da FAB em relação ao STOUT. Este é um "projeto de pesquisa" da Embraer ao qual a FAB irá aportar, como sempre tem feito, informações que ajudem a desenvolver as características técnicas do avião. Até que ele se mostre viável do ponto de vista técnico e operacional a relação da FAB com o avião é de mera cooperação, e não negocial-financeira.

O projeto da versão maior do ATL-100 (4 ton) releva que o mercado nacional, e internacional, para aviões na categoria do Brasília está apresentando boas perspectivas para a substituição de vários aviões mais antigos que devem ser substituídos nos próximos anos por novos modelos. Aparentemente este novo projeto deve ser algo que visa substituir os Brasília e outros na mesma categoria, com o diferencial, penso eu, de oferecer uma rampa de carga para operações de transporte pax, carga ou combi, o que torna o avião extremamente flexível para operações em lugares desprovidos de recursos de pista e aeródromos mais convencionais.

Se o ATL-100 voar em 2023 e apresentar características que demonstrem ser um vetor robusto, de fácil manutenção e com bom alcance e carga, provavelmente, penso eu, o EB possa encomendar as 12 unidades planejadas inicialmente para a Avex. O preço do avião está cotado em US 5,5 milhões o que é algo bem plausível para a sua categoria e o que ele oferece.

No momento, P&W, GE e Roneywell estão disputando quem irá oferecer os motores, respectivamente, PT6-65B, Catalyst e TPE331.

A aviônica será composta por 3 telas de 14 polegadas, com 3 ou 4 empresas concorrendo para ser a fornecedora.

De mais a mais, por tudo que foi disposto na entrevista, o projeto do ATL-100 já nasce como um produto com grandes perspectivas de mercado e de ser, porque não, um grande referencial de mercado na sua categoria.

Boa sorte para ele.
Obrigado pelo resumo FCarvalho.

Baseado no teu relato, fiquei com uma pulga atrás da orelha...
"fábrica em Araxa"
"fábrica na Europa"
"possível fabrica na Ásia"
"compras garantidas"
"opções de compras"
Tudo isso e os caras não tem nem protótipo nem grana pra fazer o protótipo.

Sei não, espero estar errado, mas parece conto do vigário...
Ta parecendo aquela NOVAER, que tinha anunciado fabrica em Lajes - SC ainda em 2012. Até agora nada...

A maioria das empresas optam por ficar perto dos polos geradores de mão de obra e peças (no caso do BR seria em SJC). Essas duvidosas sempre acabam achando algum município "nada a ver" pra (a meu ver) " vender sonhos"...

A FAB faz muito bem em manter suas fichas na Embraer.

Re: DESAER ATL-100

Enviado: Qui Jun 24, 2021 8:14 pm
por Cassio
Penso o mesmo... Agora a avião de PowerPoint já tem fábricas no Brasil, Europa e é disputado pela Ásia... Já atraiu interesse até de quem não tem interesse, não fizeram nada ainda e já tem mais 6 projetos.
Investidores fazendo fila na porta...

As vezes me parece desespero de quem precisa urgente atrair algum investidor. E aí se cria um cenário ultra otimista.

Vamos aguardar, porque depois de vários anos, ainda não se viu um parafuso, uma parede de hangar ou um cliente sério.

Já vi este filme mais de uma vez. Não é fazer pouco caso, mas sim ter um pé atrás e não acredita em em tudo o que se ouve ou lê.

Achei o cara, o tal presidente, um tanto com cara de coisa que não é boa. Mas sei lá.

Re: DESAER ATL-100

Enviado: Qui Jun 24, 2021 8:32 pm
por Pablo Maica
Dificilmente veremos mais do que um mockup em escala do Desaer.

No Brasil a FAB vai de Embraer, para o resto do mundo já existe o Cessna 408 que além de 100 unidades vendidas, já tem 3 protótipos em fase de certificação e começou a produção serial.

Seria realmente interessante ter mais uma empresa aeronáutica nascendo no Brasil, mas a única coisa que esse pessoal tem é um sales pitch e nada mais.


Um abraço e t+ :)

Re: DESAER ATL-100

Enviado: Sex Jun 25, 2021 11:16 am
por FCarvalho
Duka escreveu: Qui Jun 24, 2021 7:09 pm Obrigado pelo resumo FCarvalho.
Baseado no teu relato, fiquei com uma pulga atrás da orelha...
"fábrica em Araxa"
"fábrica na Europa"
"possível fabrica na Ásia"
"compras garantidas"
"opções de compras"
Tudo isso e os caras não tem nem protótipo nem grana pra fazer o protótipo.
Sei não, espero estar errado, mas parece conto do vigário...
Ta parecendo aquela NOVAER, que tinha anunciado fabrica em Lajes - SC ainda em 2012. Até agora nada...
A maioria das empresas optam por ficar perto dos polos geradores de mão de obra e peças (no caso do BR seria em SJC). Essas duvidosas sempre acabam achando algum município "nada a ver" pra (a meu ver) " vender sonhos"...
A FAB faz muito bem em manter suas fichas na Embraer.
A fábrica em Portugal conta exclusivamente com investimento português segundo o exposto. A de Araxá está em negociação com investidores para levantar a infraestrutura. Virá também de fundos internacionais. Do Brasil nãos sai um centavo. A proposta de uma fábrica na Ásia partiu de investidores asiáticos, não da empresa. Eles foram procurados por gente de lá, que ele não identificou obviamente por questões negociais.

A empresa já tem uma encomenda firme de 5 aeronaves com mais 5 em opção de uma empresa brasileira de logística. Não lembro o nome agora. Mas segundo o próprio há negociações com várias empresas interessadas no projeto. Acredito que eles não teriam vindo até aqui sem o interesse concreto do mercado em fazer este avião sair do papel. Foram dispendidos no projeto até agora cerca de 800 mil reais de fundo próprio da empresa (sócios). A empresa conta hoje com mais de 30 colaboradores.

No caso da sede em Araxá é o que já se sabe até agora. e confirmado pelo entrevistado é receberam um terreno no aeroporto, por doação, e contam com o apoio do governo municipal e estadual, com obras de infraestrutura para adequar a chegada e saída da cidade para o entorno da região e além. A empresa também está em contato com o Instituto Federal Tecnológico - IFET e outras IFES da região para geração de novos cursos e formação de mão de obra relativos aos negócios que serão gerados na empresa lá.

Se ainda não há protótipo é porque a pandemia também atrasou o cronograma de desenvolvimento do avião, pois até o momento está todo mundo na prática em home office. O projeto ainda não teve o desenho final fechado pois ainda falta decidir os motores e a parte aviônica, que devem ter um resultado ainda este ano.

Me parece que antes mesmos de voar, o projeto em si do avião já atraiu pelo exposto no vídeo o interesse de muita gente no mercado internacional e mesmo aqui em casa. O ATL-100 é um avião que se propõe ser simples, robusto e barato de comprar, manter e operar. Algo que pelo menos para o que sobrou da aviação regional no Brasil, e todas as suas muitas limitações, é essencial. Imagino que se ele vier a se tornar realidade, será um bom substituto para os Bandeirante, e também para outros modelos da mesma categoria que voam no país. E este fato é algo bastante auspicioso visto que a realidade do interior do Brasil não difere muito da que se pode observar nos países vizinhos e América Latina. África idem, assim como várias regiões da Ásia.

Em tempo, a Fedex procurou a Desaer, para surpresa dos proprietários, segundo foi falado. E ficaram bastante interessados no ATL-100.

Particularmente eu torço, e muito, para que este projeto tenha sucesso. Ele tem características muito interessantes para o mercado que pretende atuar, e note-se, é um produto novo, algo que não acontece há pelo menos 40 anos, conforme foi argumentado no vídeo. Os concorrentes diretos do avião da Desaer são quase todos projetos dos anos 60.70 e 80 conforme levantamento feito pela empresa.

E se a versão maior que a empresa pretende lançar até agosto for realmente um ATL-100 "esticado" na casa das 4 ton segundo o diretor-presidente, temos aí mais um produto com sério risco de se tornar também um referencial na área. Isto a meu ver, está longe de ser um concorrente direto para o ainda planejamento do STOUT que por enquanto é apenas isso: um planejamento.

Torço pelo sucesso de todos.

Re: DESAER ATL-100

Enviado: Sex Jun 25, 2021 11:27 am
por FCarvalho
Pablo Maica escreveu: Qui Jun 24, 2021 8:32 pm Dificilmente veremos mais do que um mockup em escala do Desaer.
No Brasil a FAB vai de Embraer, para o resto do mundo já existe o Cessna 408 que além de 100 unidades vendidas, já tem 3 protótipos em fase de certificação e começou a produção serial.
Seria realmente interessante ter mais uma empresa aeronáutica nascendo no Brasil, mas a única coisa que esse pessoal tem é um sales pitch e nada mais.
Um abraço e t+ :)
Eu quero crer que, até prova em contrário, o ATL-100 não só vai sair do papel como terá em mãos um mercado que realmente precisa de um produto novo há muito tempo. E ele apresenta qualidades para isso.
O fato de ser um produto de uma starup pode ser algo pouco meritório no Brasil, mas a visão que se tem lá fora sobre este tipo de iniciativa é bem diferente. O pessoal lá fora está acostumado a correr riscos. No Brasil, risco é quase um palavrão no mundo dos negócios via de regra geral.
No mais, como disse, o compromisso da FAB com o STOUT é o mesmo que ela mantém com a Embraer desde a sua fundação. Até isso se tornar uma encomenda e dinheiro público colocado no caixa da empresa vai uma distância um pouco maior.
A Fedex, como disse ao Duka, procurou a Desaer e mostrou interesse no avião. Para surpresa dos próprios donos. E não dá nem para comparar o desenvolvimento do SkyCourrier com o ATL-100. Estamos falando de duas empresas que vivem em mundos diferentes, em níveis de existência completamente diferentes.
Enfim, se ele chegaram até aqui, com tudo o que já foi falado sobre o projeto e seus arcabouços financeiros, tecnológicos e comerciais, penso que deve haver algo de concreto nisto tudo.
Vale a pena dar um voto de confiança para eles.

Re: DESAER ATL-100

Enviado: Sex Jun 25, 2021 11:29 am
por Túlio
Pablo Maica escreveu: Qui Jun 24, 2021 8:32 pm Dificilmente veremos mais do que um mockup em escala do Desaer.

No Brasil a FAB vai de Embraer, para o resto do mundo já existe o Cessna 408 que além de 100 unidades vendidas, já tem 3 protótipos em fase de certificação e começou a produção serial.

Seria realmente interessante ter mais uma empresa aeronáutica nascendo no Brasil, mas a única coisa que esse pessoal tem é um sales pitch e nada mais.


Um abraço e t+ :)
É outra dessas arapucas que - creio eu, notar isso 8-] - os caras pagavam Sites (hoje pagam Youtubers) para divulgar e tentar convencer a bugrada a investir numa furada, afinal, a safra de otário está a mil (já teve Rekoff, fábrica de Pst que nunca fabricou nada - o Caiafa ficou puto comigo quando falei :mrgreen: - e por aí vai). Mas o exemplo do 408 é SUBLIME: vamos comparar uma aeronave feita por uma potência como a Cessna e que já está voando com um monte de desenho e conversa mole, necas de protótipo (quanto mercado já teria perdido até então?), hangar, linha de montagem, nada.

Só no Brasil mesmo pras engolirem isso... [003] [003] [003] [003]

Re: DESAER ATL-100

Enviado: Sex Jun 25, 2021 11:33 am
por FCarvalho
Cassio escreveu: Qui Jun 24, 2021 8:14 pm Penso o mesmo... Agora a avião de PowerPoint já tem fábricas no Brasil, Europa e é disputado pela Ásia... Já atraiu interesse até de quem não tem interesse, não fizeram nada ainda e já tem mais 6 projetos.
Investidores fazendo fila na porta...
As vezes me parece desespero de quem precisa urgente atrair algum investidor. E aí se cria um cenário ultra otimista.
Vamos aguardar, porque depois de vários anos, ainda não se viu um parafuso, uma parede de hangar ou um cliente sério.
Já vi este filme mais de uma vez. Não é fazer pouco caso, mas sim ter um pé atrás e não acredita em em tudo o que se ouve ou lê.
Achei o cara, o tal presidente, um tanto com cara de coisa que não é boa. Mas sei lá.
Creio que a empresa merece um voto de confiança assim como o projeto. Eles começaram isso lá em 2018 salvo engano. E já se vão 3 anos, dois deles muito turbulentos, em que o projeto vem sendo tocado da forma como a empresa pode. Se chegou até aqui é porque deve ter alguma coisa de concreto mais do que uma projeção em tela de computador.
Como disse, não vejo o ATL-100 e seu eventual derivado como concorrentes da Embraer e nem do STOUT. São aviões em níveis muito diferentes de vida e realidade. E entendo, com clientela (civil) também diferente.
Se as ffaa's comprarem de ambos, fico mais do que satisfeito. Acredito que temos espaço para todo mundo.
Mais para frente vamos saber.