Fórum Defesa Brasil

quarta-feira, 26 de Maio de 2010 | 12:21

Imprensa condena Pyongyang e valoriza paciência estratégica

A tensão na península coreana domina a atualidade no nordeste da Ásia, mas nas principais capitais da região, e em particular em Seul, a «paciência estratégica» nas difíceis relações com Pyongyang parece ser a tendência mais forte.

O presidente Lee Myung-bak e a secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton, «concordaram prosseguir uma ‘paciência estratégica’ com a Coreia Norte», realçou hoje a agência noticiosa sul-coreana Yonhap.

«Precisamos de tempo para lidar com a situação», disse Lee Myung-bak.

A atitude coincide também com a diplomacia habitual da China, cujo primeiro-ministro, Wen Jiabao, chega sexta feira a Seul.

No Japão, a agência noticiosa Kyodo destaca a condenação do «comportamento bélico» da Coreia da Norte feita pela Casa Branca e a decisão de Pyongyang de expulsar o pessoal sul-coreano que trabalha num parque industrial junto à fronteira entre as duas Coreias.

A expulsão, anunciada terça feira, em retaliação pela suspensão do comércio bilateral, decidida pelo governo sul-coreano, é destacada também pela Yonhap.

Hillary Clinton esteve em Seul hoje, depois de uma visita de cinco dias na China, onde participou na 2.ª ronda anual do Diálogo Estratégico e Económico sino-norte-americano.

Em Pequim, os resultados daquela ronda continuam a dominar os noticiários e quanto à tensão na vizinha península, a imprensa valoriza sobretudo os apelos à «calma» e à «contenção».

A China é o principal aliado da Coreia do Norte, mas tem também importantes relações económicas com Seul e indicou hoje que vai avaliar «objetivamente» os resultados da investigação ao recente ataque de torpedo que afundou uma corveta sul-coreana, matando os seus 46 tripulantes.

Segundo os resultados anunciados no final da semana passada em Seul, e que Pyongyang considera «uma farsa», o referido torpedo foi disparado pela Coreia do Norte.

«As provas são fortes», afirmou um jornal japonês, num editorial intitulado «Um torpedo norte-coreano».

O jornal exorta as «nações afetadas» a «fortalecer a cooperação», defendendo que «os Estados Unidos, Japão e Coreia do Sul devem trabalhar juntos para levar a China a dissuadir o Norte de seguir um caminho beligerante».

Para a Coreia do Norte, o referido ataque de morteiro contra a corveta sul-coreana «Cheonan», no passado dia 26 de março, é «uma pura invenção, fabricada pelo grupo de traidores de Lee Myung-bak».

A investigação evocada pelo governo de Seul, e que contou com a participação de peritos de países europeus, «não foi conduzida segundo uma base científica, mas unilateralmente», disse a agência noticiosa oficial norte-coreana.

Diário Digital/Lusa

kurgan escreveu:26/05/2010 - 07h40 / Atualizada 26/05/2010 - 07h45
Forças armadas sul-coreanas tentam localizar submarinos do Norte

SEUL, Coreia do Sul, 26 Mai 2010 (AFP) -As forças armadas sul-coreana estão tentando localizar quatro submarinos norte-coreanos que desapareceram dos radares depois de zarpar de suas bases no início da semana.

Citando uma fonte militar oficial não identificada, a agência sul-coreana de notícias Yonhap informou que os quatro submarinos da classe Sang-O, de 300 toneladas, desapareceram das telas de radar depois de partir da base naval de Chaho, na província norte-coreana de Hamkyong do Norte.

O vice-ministro da Defesa, Chang Kwang-Il, disse que aparentemente os submarinos realizavam um exercício naval de rotima. "As autoridades militares estão seguindo de perto a situação", afirmou aos jornalistas.

A tensão entre as duas Coreias é grande depois que, na semana passada, o Sul acusou o Norte de ter afundado uma corveta de sua marinha de guerra.

http://noticias.uol.com.br/ultimas-noti ... norte.jhtm