EUA e Colômbia negociam novo e abrangente "Plano"

Área destinada para discussão sobre os conflitos do passado, do presente, futuro e missões de paz

Moderador: Conselho de Moderação

Mensagem
Autor
Avatar do usuário
Guerra
Sênior
Sênior
Mensagens: 14202
Registrado em: Dom Abr 27, 2003 10:47 pm
Agradeceu: 53 vezes
Agradeceram: 135 vezes

Re: EUA e Colômbia negociam novo e abrangente "Plano"

#106 Mensagem por Guerra » Qui Ago 06, 2009 11:18 am

izaias freitas maia escreveu:Paraguai reconhece "soberania" da Colômbia em acordo com EUA
06 de agosto de 2009 • 00h04
É logico que reconhece, estão loucos para fazer a mesma jogada.

E não é só eles. A Guiana Inglesa ameaçou abrir seu territorio para quem quissesse.




Editado pela última vez por Guerra em Qui Ago 06, 2009 11:29 am, em um total de 1 vez.
A HONESTIDADE É UM PRESENTE MUITO CARO, NÃO ESPERE ISSO DE PESSOAS BARATAS!
Avatar do usuário
Guerra
Sênior
Sênior
Mensagens: 14202
Registrado em: Dom Abr 27, 2003 10:47 pm
Agradeceu: 53 vezes
Agradeceram: 135 vezes

Re: EUA e Colômbia negociam novo e abrangente "Plano"

#107 Mensagem por Guerra » Qui Ago 06, 2009 11:28 am

PRick escreveu:
O únicos culpados de existir guerrilha na Colombia, são os COLOMIBIANOS, é a sociedade injusta e corrupta que gerou as FARC, o tráfico de drogas, o outro maior culpados são os consumidores das drogas, ou seja, os EUA, os países vizinhos são vítimas dessa conjuntura, achar que Equador, Peru, Brasil e Venezuela tem como vigiar fronteiras inópitas e cobertas de florestas, é crer em Papai Noel, nem mesmo o Brasil tem condições de impedir que as FARC adentrem o território brasileiro, ou que negociem com brasileiros ou grupos organizados em qualquer países.

Como os EUA não tem condição de impedir o tráfico de drogas, e que as bases seriam para fazer isso, porque o Tráfico de Drogas está crescendo no México, e o consumo nos EUA não dá qualquer sinal de diminuição. Portanto, isso é tudo um teatro semelhante ao que fizeram no Iraque.

[]´s
O que a Colombia vai fazer não é novidade nenhuma aqui na AS. Não sei porque essa polêmica.
A Venezuela vivia abrindo as pernas para os EUA, e agora fica se arreganhando para a Russia. Não entendo porque não deu essa confusão toda quando o Chavez ofereceu o territorio aos Russos, quando recebeu aquele avião russo.

Sobre as intenções do EUA eu não tenho duvida. Eu nunca vi os EUA ajudar alguém sem querer algo em troca. Mas é bom lembrar que os russos não são diferentes deles. E não é só a Venezuela que esta louca para ir para cama com eles, tem mais gente na fila.




A HONESTIDADE É UM PRESENTE MUITO CARO, NÃO ESPERE ISSO DE PESSOAS BARATAS!
Enlil
Sênior
Sênior
Mensagens: 8577
Registrado em: Seg Ago 18, 2008 1:23 am
Agradeceu: 7 vezes
Agradeceram: 28 vezes

Re: EUA e Colômbia negociam novo e abrangente "Plano"

#108 Mensagem por Enlil » Qui Ago 06, 2009 3:20 pm

Sim, Guerra, só q o detalhe é q Rússia só fez uma visita de maquiagem, para mostrar bandeira, na esteira da intromissão (para variar) americana no Cáucaso. Não pretende instalar nenhuma base efetiva na América do Sul; até porque eles não querem e não tem condições financeiras de fazer bases a milhares de quilômetros de seu território e sem ganho geopolítico efetivo só para fazer birrinha com os EUA...




Avatar do usuário
Penguin
Sênior
Sênior
Mensagens: 18983
Registrado em: Seg Mai 19, 2003 10:07 pm
Agradeceu: 5 vezes
Agradeceram: 374 vezes

Re: EUA e Colômbia negociam novo e abrangente "Plano"

#109 Mensagem por Penguin » Qui Ago 06, 2009 7:05 pm

COLUNA NO GLOBO
Visão militar
http://oglobo.globo.com/economia/miriam/


O Exército se sente ameaçado pela presença de bases americanas na Colômbia? Um general me disse que não. Acha que os americanos deveriam ter nos informado previamente, mas lembrou, pragmático: “Entre as bases na Colômbia e o nosso território tem a selva. Não dá para as tropas se movimentarem por terra. Para isso, eles têm porta-aviões, bombardeiros que reabastecem no ar e supremacia aérea.”

Hoje o Brasil tem 53 militares, de patentes diferenciadas, treinando em escolas americanas como West Point. Há uma longa tradição de cooperação. Ainda que mantendo-se a necessária distância. Visitas militares americanas, inclusive de oficiais de alta patente, têm sido mais frequentes.

— A gente sente que eles querem agradar, mas são meio atrapalhados. Não vejo qualquer ameaça militar americana ao Brasil nem direta, nem indireta — disse.

Há pouco mais de um mês houve uma competição das forças especiais de 21 países latino-americanos. É uma competição tradicional, sempre organizada, financiada e arbitrada pelos Estados Unidos. É uma espécie de competição de esportes radicais. O ganhador é sempre a Colômbia cujo Exército é treinado pelos americanos.

Desta vez, foi um pouco diferente. Nossas Forças Armadas disseram que como era em solo brasileiro, a competição seria organizada e arbitrada por brasileiros. Aceitaram apenas o financiamento americano. Quem ganhou foi o Brasil. O segundo lugar, surpreendentemente, foi do Equador, e a Colômbia veio em terceiro.

Ou seja, há espaço para visitas, intercâmbio e até olimpíadas militares entre os países da região. Nada lembra um clima belicoso. Para o general, o mal-estar agora foi causado por uma incapacidade americana de entender quais são os sentimentos e reações dos países latino-americanos em relação a eles.

Até por confusões históricas, o governo americano deveria ter consultado os países da região. Na visão do general, a tensão é causada mais por Hugo Chávez e ela pode vir a ser uma ameaça para o Brasil mais adiante.

— Ele hoje já controla o governo dele, da Bolívia, do Equador, tem influência na Argentina e Paraguai. No Peru, onde seu candidato Ollanta Humala perdeu no photochart, o presidente Alan Garcia está com baixíssima popularidade. Chávez jogará todo o dinheiro possível para controlar o governo de Lima. Quando acontecer isso ele completa seu arco bolivariano. Enquanto o governo brasileiro fizer tudo o que ele quer, fica tudo bem. Mas no futuro pode haver tensão entre nós. Eles têm força econômica, saída para o Pacífico, Atlântico, Caribe e um governo que gosta de confrontos. Nosso problema não é militar com os Estados Unidos, é de geopolítica da região — disse o general.

Para o militar, não há qualquer ameaça dos americanos sobre o território brasileiro. Na avaliação que faz, os americanos perderam a base de Manta no Equador, perderam a presença na Bolívia, onde a DEA (departamento de combate às drogas) trabalhava livremente. Além disso, não têm tido tanto sucesso assim na Colômbia:

— As Farc estão mais enfraquecidas, mas o tráfico não teve queda sensível. Os americanos já estão na Colômbia há muito tempo e todo mundo sabe.

Ontem, Hugo Chávez escalou e falou que as bases americanas na Colômbia podem detonar uma guerra na América do Sul. É claro, pura retórica. Ele gosta de manter esse clima de beligerância no qual cresce, aparece, e foge do desgaste provocado pelas crises política e econômica.

Nesta situação, cabe ao Brasil manter seu tradicional equilíbrio com o qual vem se mantendo em paz por mais de um século com os países do continente. O que deveria ser evitado é tomar satisfação da Colômbia e ser condescendente com a Venezuela. É achar normal que a Venezuela faça exercícios com a esquadra russa, mas tratar o acordo militar dos Estados Unidos com a Colômbia como um risco iminente de invasão do território brasileiro.

Quando veio a esquadra russa, circularam rumores de que o presidente Lula não gostou, mas oficialmente o Brasil não disse que os russos aqui, em águas venezuelanas, lembravam a guerra fria. Hugo Chávez criticou quem pensasse nisso. “Este é um velho plano. Trataram de especular que é a nova Guerra Fria, toda uma manipulação, isso não é nenhuma provocação, é um intercâmbio entre dois países livres e soberanos”, disse Chávez na noite da chegada dos navios russos. No fim, os dois países assinaram um acordo para a construção de uma usina nuclear na Venezuela.

O semi-ministro das relações exteriores do Brasil, Marco Aurélio Garcia, disse sobre as bases americanas na Colômbia que cachorro mordido por cobra tem medo de linguiça. A expressão é engraçada, mas não traduz o clima no país, nem nas relações com os Estados Unidos. O Brasil não é uma republiqueta ameaçada, é um país soberano, que saberá manter essa posição. Não precisa tremer diante de qualquer coisa, nem deixar que o rabo balance o cachorro, como, por exemplo, aceitando que Chávez dê o tom da nossa atitude diplomática, na relação com o nosso maior parceiro comercial e país do qual recebemos o maior volume de investimentos.




Sempre e inevitavelmente, cada um de nós subestima o número de indivíduos estúpidos que circulam pelo mundo.
Carlo M. Cipolla
Enlil
Sênior
Sênior
Mensagens: 8577
Registrado em: Seg Ago 18, 2008 1:23 am
Agradeceu: 7 vezes
Agradeceram: 28 vezes

Re: EUA e Colômbia negociam novo e abrangente "Plano"

#110 Mensagem por Enlil » Qui Ago 06, 2009 8:21 pm

Reportagem com razoáveis reflexões...

>

Quinta-feira, 6 de agosto de 2009, 18:25 | Online

Aliança Colômbia-EUA pode acelerar gasto militar na região

ESTEBAN ISRAEL - REUTERS

HAVANA - O plano para aumentar a presença militar dos Estados Unidos na Colômbia reflete um erro de cálculo do governo de Barack Obama e pode levar alguns países latino-americanos a intensificarem suas compras de armamentos, segundo analistas.

Em meio a um cenário de polarização na região, os EUA negociam com Bogotá para colocar tropas em sete novas instalações na Colômbia, de modo a compensar a desapropriação da base de Manta, no Equador.

"Pode ser que o objetivo declarado seja o combate ao narcotráfico e à guerrilha, mas na realidade é uma ação de dissuasão perante a Venezuela," disse Geraldo Cavagnari, do Núcleo de Estudos Estratégicos da Universidade de Campinas (Unicamp).

Os analistas não preveem, porém, um aumento significativo do contingente norte-americano na Colômbia, já que o Comando Sul dos EUA declara como sua missão realizar operações de inteligência e vigilância.

"É correto dizer que as operações conduzidas a partir dessas bases serão principalmente de reconhecimento militar para combater o narcotráfico. Mas na prática são muitas as coisas que se pode fazer uma vez que se tenha um avião no ar", disse Hal Klepak, professor emérito do Real Colégio Militar do Canadá.

Uma das razões para a desativação da base de Manta foi, por exemplo, a suspeita de que dali teria decolado um avião norte-americano que forneceu à Colômbia informações que resultaram no bombardeio de um acampamento da guerrilha Farc em território equatoriano. Washington nega.

O aumento da presença militar norte-americana na Colômbia poderia também alterar o equilíbrio de forças na região, que em 2008 destinou 1,3 por cento do seu PIB à compra de armas, segundo dados da entidade Rede de Segurança e Defesa da América Latina.

ERRO DE CÁLCULO

A determinação do presidente colombiano, Alvaro Uribe, de elevar a presença militar norte-americana na Colômbia não irritou só críticos de Washington, como o presidente da Venezuela, Hugo Chávez.

Também aliados do governo Obama, como o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a chilena Michelle Bachelet, fizeram ressalvas.

Para muitos, o tratado em discussão contradiz abertamente a promessa de Obama para "um novo começo" com a América Latina.

Michael Shifter, pesquisador da entidade norte-americana Inter-American Dialogue, acha que a Casa Branca não sabe onde está se metendo. "Não acho que o governo Obama compreendeu a seriedade dessa decisão, nem as consequências que vemos hoje", afirmou. "Não acho que seja o resultado de um pensamento estratégico, nem tenha a ver com a Venezuela ou com as Farc."

O certo é que, seis meses depois de assumir o poder, Obama não tem ainda um secretário-adjunto de Estado para o Hemisfério Ocidental que supervisione a região. Seu indicado, o acadêmico de origem chilena Arturo Valenzuela, ainda não foi aprovado pelo Senado.

Analistas, no entanto, afirmam que a presença na América Latina é consistente com a doutrina de defesa do Pentágono que avalia como baixo o potencial de um conflito armado envolvendo um ou mais países da região, mas quer manter sob controle as "organizações terroristas".

Os Estados Unidos têm hoje instalações militares em Aruba, Colômbia, Curaçao, El Salvador, Honduras, Peru, Porto Rico e até em Cuba, país com cujo governo Washington nem sequer mantém relações diplomáticas formais.

MAIS ARMAS

Chávez, que retirou seu embaixador de Bogotá e congelou as relações bilaterais, ameaçou "duplicar" seu poder militar diante do que descreve como ameaças "do império".

"Lamento dizer que vamos ver mais gasto com defesa. Chile, Brasil, Venezuela, Colômbia e México estão gastando um montão de dinheiro. A região está indo de pouco gasto militar para um nível não tão baixo", disse Kleplak.

O Brasil, potência regional, com um orçamento de defesa de cerca de 26,2 bilhões de dólares em 2008, tem uma longa lista de compras, que inclui helicópteros, caças e até um submarino nuclear.

"Essa situação na Colômbia pode contribuir para que o Brasil acelere os planos de elevar seu perfil estratégico militar", disse Cavagnari, da Unicamp.

O gasto em defesa também é significativo na Colômbia, que teve um orçamento para este setor de 6 bilhões de dólares em 2008, segundo a Rede de Segurança e Defesa da América Latina. O México previa gastar no ano passado 4,7 bilhões de dólares; o Chile, 4,47 bilhões, e a Venezuela, 3,35 bilhões.

Para Shifter, a boa notícia é que o debate em torno do Plano Colômbia pode dar transparência aos orçamentos militares da região.

"Esse é o verdadeiro assunto: a necessidade de maior abertura e clareza sobre os níveis de compra de armas e seu objetivo", disse. "Talvez isso leve a uma maior transparência, que hoje em dia não existe."

http://www.estadao.com.br/noticias/inte ... 4693,0.htm




Avatar do usuário
Guerra
Sênior
Sênior
Mensagens: 14202
Registrado em: Dom Abr 27, 2003 10:47 pm
Agradeceu: 53 vezes
Agradeceram: 135 vezes

Re: EUA e Colômbia negociam novo e abrangente "Plano"

#111 Mensagem por Guerra » Qui Ago 06, 2009 8:22 pm

Nukualofa77 escreveu:Sim, Guerra, só q o detalhe é q Rússia só fez uma visita de maquiagem, para mostrar bandeira, na esteira da intromissão (para variar) americana no Cáucaso. Não pretende instalar nenhuma base efetiva na América do Sul; até porque eles não querem e não tem condições financeiras de fazer bases a milhares de quilômetros de seu território e sem ganho geopolítico efetivo só para fazer birrinha com os EUA...
Mas o fato é que Chavez ofereceu o territorio aos russos e ninguém falou nada




A HONESTIDADE É UM PRESENTE MUITO CARO, NÃO ESPERE ISSO DE PESSOAS BARATAS!
Enlil
Sênior
Sênior
Mensagens: 8577
Registrado em: Seg Ago 18, 2008 1:23 am
Agradeceu: 7 vezes
Agradeceram: 28 vezes

Re: EUA e Colômbia negociam novo e abrangente "Plano"

#112 Mensagem por Enlil » Qui Ago 06, 2009 8:33 pm

Nós sabemos muito bem q ele vomita seu "mundo imaginário" da conspiração contra o "bolivarianismo"... No entanto, ele pode oferecer o território venezuelano até para a Coréia do Norte ou Irã; a questão é a efetivação de fato de qualquer base estrangeira no país... Totalmente diferente do caso colombiano...




Avatar do usuário
Guerra
Sênior
Sênior
Mensagens: 14202
Registrado em: Dom Abr 27, 2003 10:47 pm
Agradeceu: 53 vezes
Agradeceram: 135 vezes

Re: EUA e Colômbia negociam novo e abrangente "Plano"

#113 Mensagem por Guerra » Qui Ago 06, 2009 9:10 pm

Nukualofa77 escreveu:Nós sabemos muito bem q ele vomita seu "mundo imaginário" da conspiração contra o "bolivarianismo"... No entanto, ele pode oferecer o território venezuelano até para a Coréia do Norte ou Irã; a questão é a efetivação de fato de qualquer base estrangeira no país... Totalmente diferente do caso colombiano...
Cara, eu penso da seguinte foma. Governar um país não é como administrar um circo. Se o governo diz que vai atacar alguém, isso da legitimidade para aquele governo tomar qualquer atitude defensiva.

O Chavez é um palhaço, e acha que tod mundo esta por conta de brincadeira. Vamos que com essa ele aprende a manter sua boca bolivariana fechada.




A HONESTIDADE É UM PRESENTE MUITO CARO, NÃO ESPERE ISSO DE PESSOAS BARATAS!
Avatar do usuário
Bolovo
Sênior
Sênior
Mensagens: 28560
Registrado em: Ter Jul 12, 2005 11:31 pm
Agradeceu: 547 vezes
Agradeceram: 442 vezes

Re: EUA e Colômbia negociam novo e abrangente "Plano"

#114 Mensagem por Bolovo » Qui Ago 06, 2009 9:16 pm

Nukualofa77 escreveu:Nós sabemos muito bem q ele vomita seu "mundo imaginário" da conspiração contra o "bolivarianismo"... No entanto, ele pode oferecer o território venezuelano até para a Coréia do Norte ou Irã; a questão é a efetivação de fato de qualquer base estrangeira no país... Totalmente diferente do caso colombiano...
A questão é que agora o que o Chaves vai fazer contra a Colômbia por causa das bases americanas? Nada. Ele falava, falava e falava. Agora vai continuar falando, porém as ameaças agora são ridículas, pois tem um fator novo na conta. A Colômbia diz: ok, não gosta das bases? Venha tira-las. O que Chavito fará? Nada, vai ficar com aquela cara de tonto dele falando as bobagens de sempre. Foi genial a jogada do governo colombiano, que é ameaçada interna e externamente, por mais que desaprovem, queiram rasgar as calcinhas ou proclamar o Das Kapital por aí.




"Eu detestaria estar no lugar de quem me venceu."
Darcy Ribeiro (1922 - 1997)
Enlil
Sênior
Sênior
Mensagens: 8577
Registrado em: Seg Ago 18, 2008 1:23 am
Agradeceu: 7 vezes
Agradeceram: 28 vezes

Re: EUA e Colômbia negociam novo e abrangente "Plano"

#115 Mensagem por Enlil » Qui Ago 06, 2009 9:29 pm

Obviamente q ele não vai fazer nada. A questão é q muitos ainda não entenderam q a base de seu "bolivarianismo" é o inimigo externo q desvia o foco de suas hipocrisias internas... ele pode muito menos o q os alarmistas de plantão ficam matraquiando... mesmo q ele agisse militarmente contra qualquer país será q a Rússia iria apoiá-lo a revelia da opinião pública mundial? ignorando seu maior potencial parceiro comercial na região (Brasil)?... duvido q os russos ponham a mão no fogo pela Venezuela...




Rodrigoiano
Sênior
Sênior
Mensagens: 3804
Registrado em: Qua Dez 03, 2008 12:34 am
Localização: Goiânia-GO
Agradeceu: 241 vezes
Agradeceram: 84 vezes

Re: EUA e Colômbia negociam novo e abrangente "Plano"

#116 Mensagem por Rodrigoiano » Sex Ago 07, 2009 2:22 am

Prezados colegas foristas, não morro de amores pelos EUA, mas também não os satanizo! Não sou americanófilo, russófilo, francófilo ou qualquer outro "ófilo", mas, sim, brasileiro. Apenas jogo à reflexão dos nobres participantes do DB, imaginem se os EUA utilizassem, apenas para reabastecimento, num vôo de treinamento, numa base colombiana, um B1!! Imaginem a balbúrdia que aconteceria! Mas os venezuelanos, cederam bases suas, para os russos utilizares os TU-160, seu principal bombardeiro estratégico conhecido!! Sabemos dos numerosos erros americanos do passado, e é mesmo difícil a quebra radical de uma desconfiança, mas, soa como dois pesos e duas medidas.

Deus nos livre se tivesse ocorrido aquele acordo para os americanos utilizarem Alcântara, mas, se tivesse ocorrido, duvido que aceitaríamos pitacos em 'assuntos internos".

Grande abraço!




Avatar do usuário
Guerra
Sênior
Sênior
Mensagens: 14202
Registrado em: Dom Abr 27, 2003 10:47 pm
Agradeceu: 53 vezes
Agradeceram: 135 vezes

Re: EUA e Colômbia negociam novo e abrangente "Plano"

#117 Mensagem por Guerra » Sex Ago 07, 2009 8:45 am

Nukualofa77 escreveu:A questão é q muitos ainda não entenderam q a base de seu "bolivarianismo" é o inimigo externo q desvia o foco de suas hipocrisias internas... ele pode muito menos o q os alarmistas de plantão ficam matraquiando... mesmo q ele agisse militarmente contra qualquer país será q a Rússia iria apoiá-lo a revelia da opinião pública mundial? ignorando seu maior potencial parceiro comercial na região (Brasil)?... duvido q os russos ponham a mão no fogo pela Venezuela...
Eu entendo. E entendo que Colombia também esta se aproveitando das asneiras dele. O que não podemos é dizer que a Colombia não esta de acordo com a politica da américa do sul. A Colombia esta jogando pelas regras.




A HONESTIDADE É UM PRESENTE MUITO CARO, NÃO ESPERE ISSO DE PESSOAS BARATAS!
Avatar do usuário
Izaias Maia
Sênior
Sênior
Mensagens: 843
Registrado em: Seg Fev 12, 2007 5:51 am
Localização: Eusébio -CE
Agradeceu: 9 vezes

Re: EUA e Colômbia negociam novo e abrangente "Plano"

#118 Mensagem por Izaias Maia » Sex Ago 07, 2009 10:08 am

Brasil reconhece soberania colombiana
JB

DA REDAÇÃO - O presidente colombiano, Álvaro Uribe, terminou nesta quinta-feira um tour diplomático por sete países da América do Sul para explicar o polêmico acordo quer permitirá que os Estados Unidos usem até sete bases militares em território colombiano.

A viagem terminou com uma reunião entre Uribe e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que pediu garantias de que as operações se restrinjam a território colombiano.

O Brasil reconhece a soberania da Colômbia no acordo com os EUA sobre o reforço de forças militares americanas em bases colombianas, mas foi enfático ao pedir “transparência”, explicou o chanceler brasileiro, Celso Amorim.

Antes contrário e crítico sobre a ampliação do acordo militar entre Washington e Bogotá, o Brasil quer garantias tanto dos EUA quanto da Colômbia de que o plano tenha como reais propósitos o combate ao narcotráfico e fins humanitários.

– Voltamos a reiterar que o acordo com os EUA, que seja específico e delimitado ao território colombiano, é uma matéria naturalmente de soberania da Colômbia – disse Amorim a jornalistas após o término da reunião dos dois mandatários, que durou cerca de duas horas.

Segundo Amorim, Lula ressaltou em encontro com Uribe o propósito do Conselho de Defesa Sul-Americano, que reúne países da região, para discutir a questão. Na avaliação do governo brasileiro, o órgão seria o melhor fórum para tratar o assunto, foco de tensões na região.

De acordo com o presidente Lula, o grupo tem o objetivo de atuar na gestão do impasse e clima de confiança de forma a dirimir divergências “com tranquilidade e de maneira técnica”.

Na saída, o presidente colombiano limitou-se a uma declaração de 40 segundos, em que saudou a imprensa e o povo brasileiro.

A questão corre o risco de ser levada para a próxima reunião da União das Nações Sul-Americanas (Unasul), que está marcada para dia 10, no Equador. A Colômbia, no entanto, já havia informado que o presidente não participaria do encontro, apesar de Lula ter dito anteriormente que o conselho poderia ser convocado para tratar do tema durante encontro da Unasul.

O Brasil foi o último destino do presidente colombiano para justificar o tratado e diminuir a polêmica sobre a presença de forças militares americanas no território do país. Uribe argumenta que o projeto não inclui a instalação de bases militares dos EUA, mas o uso compartilhado de instalações colombianas, necessário para fortalecer a luta contra o narcotráfico e a guerrilha.

O acordo com os EUA levou o governo da Venezuela a retirar seu embaixador de Bogotá.

Genoino

Antes da reunião entre Lula e Uribe, o deputado José Genoino (PT-SP) afirmou que os EUA utilizam o combate ao tráfico de drogas e às guerrilhas como “pretexto” para dissimular aspirações “expansionistas”. Para ele, países da América do Sul “devem ficar atentos” às manobras, que podem corresponder a uma intenção dos EUA de se instalarem na Amazônia.


http://www.fab.mil.br/portal/capa/index ... a_notimpol




A morte do homem começa no instante em que ele desiste de aprender. (Albino Teixeira)
Avatar do usuário
Izaias Maia
Sênior
Sênior
Mensagens: 843
Registrado em: Seg Fev 12, 2007 5:51 am
Localização: Eusébio -CE
Agradeceu: 9 vezes

Re: EUA e Colômbia negociam novo e abrangente "Plano"

#119 Mensagem por Izaias Maia » Sex Ago 07, 2009 10:10 am

Tensões na América do Sul e o foco dos EUA na região
Obama e Hillary provam que não ficarão de braços cruzados frente à região

Marcelo Ambrósio
JB

Não entendo o que os EUA podem ganhar tentando estabelecer bases militares na Colômbia, mas dá para ter uma boa ideia. Em janeiro último, em um encontro em Washington, o general David S. Fadok, o segundo cargo do US Southem Command, que engloba a região, havia sido bastante claro. Ao ser perguntado a respeito da presença de forças russas em bases navais cedidas pelo governo de Hugo Chávez, Fadok deu de ombros como se não se importasse com o assunto. Disse que não via problema na presença da força naval mesmo em uma região estratégica para os EUA, que o país respeitava o direito soberano dos venezuelanos. E que não considerava a Rússia como o problema maior a ser enfrentado pelos militares, e sim a pobreza - alimentadora de guerras e ameaças transnacionais como o tráfico.

Mas a questão voltou reformulada, acrescentada de um renascimento da Guerra Fria, em ebulição nos últimos dias de Bush e Putin. Novamente o militar não pareceu preocupado, por não considerar a existência de tensões ideológicas tão profundas como no período de confronto entre a URSS e os EUA.

Perguntamos a respeito do fim do contrato pela cessão e uso da base de Manta, no lado oriental da cordilheira andina - ou seja, voltada para o Brasil - e se isso teria algum reflexo do sistema de monitoramento que o USSC faz de sua jurisdição. Fadok afirmou que a base não era exclusivamente voltada para a atuação contra a guerrilha das Farc na Colômbia, mas um ponto de apoio para patrulhamento de uma das áreas mais conturbadas pela presença de papoula e marijuana. O quadro de distensão parecia claro e ficou maior quando, entre opções listadas por Fadok, só apareceram bases na América Central, como em El Salvador e Honduras. Tais instalações seriam uma forma de apoio também à ação da 6ª Frota recriada e que despertou suspeita.



Saímos do salão do Hotel Ritz Carlton, quase em frente ao Pentágono, com a impressão de que o regime de Obama não estava preocupado em elevar tensões com Chávez, pelo contrário. Que procurava saídas que compensassem a perda de Manta. As discussões atuais indicam ou que o general Fadok estava tentando desviar o foco da verdadeira , estratégia, ou que esta teria sido mudada por fatos depois da reunião.



Realmente, se formos considerar o andamento das coisas na Venezuela, a situação deixou de ser incômoda para ser preocupante. E as conversações com o governo colombiano poderiam ser uma nova faceta, mais agressiva, na política, do Departamento de Estado. Argumentos até não faltam: a acusação de armas suecas adquiridas pela Venezuela e usadas pelos guerrilheiros colombianos deixou Caracas em maus lençóis. Outro momento ruim no continente começou com a perseguição sistemática à oposição pelo aparato paramilitar de Chávez. O cerceamento a liberdade de imprensa ordenado pela Justiça segue a mesma lógica. Há também a atribuição em torno do golpe militar que derrubou o presidente Zelaya,de Honduras.



Qbama e Hillary Clinton deram um sinal ao continente de que os EUA não ficarão de braços cruzados se as FARC continuarem se sustentando com o dinheiro do tráfico e o apoio tanto venezuelano quanto da tácita omissão equatoriana. A Colômbia impôs derrotas sérias à guerrilha, mas não significou sua extinção completa, como no caso dos Tamil Tigers do Sri Lanka.



Por esse ponto de vista, a preocupação brasileira com esse acordo até procede por ser um elemento complicador em uma situação política cada vez mais instável.



É bom lembrar que os EUA e a Colômbia são parceiros militares muito próximos desde que o regime Bush lançou o Plano Colombia, pacote bilionário de ajuda militar e tecnológica capaz de ajudar ao Exército de Álvaro Uribe a enfrentar a guerrilha, paralelamente a um combate às fontes de renda das FARC. Dois dos reféns libertados na operação cinematográfica que culminou com a soltura de Ingrid Bettancourt eram pilotos americanos, contratados por empresas de fachada ligadas à CIA para voarem lançando o desfolhante Glifosaato sobre as plantações de coca. A tripulação civil é um velho estratagema para disfarlar a participação direta do Estado na ação. Até Lyndon Johson decretar o reforço de contingente no Vietnã, a guerra no Sudeste Asiático era sustentada por esse modelo.

http://www.fab.mil.br/portal/capa/index ... a_notimpol




A morte do homem começa no instante em que ele desiste de aprender. (Albino Teixeira)
Avatar do usuário
Izaias Maia
Sênior
Sênior
Mensagens: 843
Registrado em: Seg Fev 12, 2007 5:51 am
Localização: Eusébio -CE
Agradeceu: 9 vezes

Re: EUA e Colômbia negociam novo e abrangente "Plano"

#120 Mensagem por Izaias Maia » Sex Ago 07, 2009 10:14 am

Uribe não convence Lula sobre bases

Governo brasileiro queria garantias de Bogotá de que tropas dos EUA não vão atuar fora do território colombiano

Denise Chrispim Marin e Tânia Monteiro


O presidente Luiz Inácio Lula da Silva não se satisfez com as explicações trazidas por seu colega colombiano, Álvaro Uribe, sobre a utilização de sete bases militares da Colômbia por soldados dos EUA. Ao final de uma conversa de duas horas entre os dois presidentes, o chanceler Celso Amorim revelou que o governo brasileiro teme que as forças dos EUA possam atuar fora do território colombiano.

Segundo Amorim, o Brasil não recebeu de Uribe nenhuma garantia sobre essa limitação. Esse mesmo temor foi expresso, dois dias antes, por Amorim e pelo ministro da Defesa, Nelson Jobim, ao assessor da Casa Branca para Segurança Nacional, general Jim Jones.

Na Base Aérea de Brasília, onde se encontrou com um grupo de senadores da Comissão de Relações Exteriores, Uribe afirmou que a Colômbia negocia apenas a renovação do acordo para manter soldados dos EUA em uma única base. Disse, ainda, que ordenou ao embaixador da Colômbia que compareça ao Senado e preste os esclarecimentos necessários, apresentando até mesmo os documentos da negociação com o governo americano. "Ele nos disse que a tropa fará o que sempre faz: ajuda no combate ao narcotráfico", afirmou o senador Heráclito Fortes (DEM-PI).

Amorim disse que o Brasil "reiterou que um acordo com os EUA que venha a ser específico e delimitado ao território colombiano é uma matéria da soberania colombiana, sempre quando os dados gerais que se disponham sejam compatíveis com essa delimitação das ações ao território colombiano".

O chanceler esquivou-se de apresentar à imprensa quais seriam as dúvidas efetivas do Brasil com relação a essa limitação. "O presidente Uribe mais uma vez reiterou que esse é o propósito", reconheceu o chanceler, para logo em seguida indicar que a versão trazida pelo líder colombiano ainda está sob suspeita do governo brasileiro.

Segundo Amorim, a diluição dessas dúvidas exigirá novas consultas à Colômbia e também aos EUA. Conforme relatou, o presidente Lula exigiu de Bogotá garantias de que o combate ao narcotráfico - a razão do acordo EUA-Colômbia, que está em fase de conclusão - não significará ingerência militar americana na região. Também insistiu que o Conselho de Defesa da União de Nações Sul-Americanas (Unasul) é o melhor fórum para a consolidação de um clima de confiança e para que as dúvidas de seus sócios sejam dirimidas "com tranquilidade, de forma técnica". Amorim acrescentou que "os países da América do Sul devem assumir o combate ao narcotráfico, sem ingerências externas".

Uribe dirigiu-se à imprensa para agradecer o "diálogo amplo" que manteve com Lula. Antes de embarcar para Bogotá, na Base Aérea de Brasília, Uribe garantiu a senadores da Comissão de Relações Exteriores que as bases estarão sob comando colombiano e não haverá a presença de forças de combate americanas, mas apenas militares que darão apoio às forças da Colômbia e da área de inteligência. "Manifestamos nossa preocupação, mas ficamos satisfeitos com as explicações de Uribe", afirmou o senador Eduardo Azeredo (PSDB-MG), presidente da Comissão.


RESPOSTAS À VISITA DE URIBE


Brasil - Lula disse que bases americanas não o agradam e defendeu que acordo fosse discutido na Unasul; a Uribe, pediu garantias de que tropas americanas só atuariam no combate ao narcotráfico dentro de território colombiano, mas não obteve resposta clara

Uruguai - Apesar de se dizer contra toda presença militar dos EUA no continente, Tabaré Vázquez diz que não tem direito de intervir em "assuntos internos"

Paraguai - Fernando Lugo diz respeitar decisão colombiana e só espera que a presença dos EUA no país "não cause inconveniente a vizinhos"

Argentina - Segundo assessores, Cristina Kirchner repudiou o acordo, alegando que bases americanas são "elemento perturbador" em uma região onde é preciso reduzir as tensões

Chile - Depois de ter se pronunciado contra o acordo em viagem ao Brasil, Michelle Bachelet recebeu Uribe e amenizou o discurso, declarando que respeita a "decisão soberana" de Bogotá

Bolívia - Considera bases americanas uma "agressão" à região; Evo Morales promete levar à reunião da Unasul proposta para impedir que os Estados Unidos usem bases na América do Sul

Peru - Mesmo antes de receber Uribe, Alan García já havia expressado seu apoio ao acordo militar entre Bogotá e Washington; após visita, disse que Uribe "fez muito pela Colômbia e por todo continente"

http://www.fab.mil.br/portal/capa/index ... a_notimpol




A morte do homem começa no instante em que ele desiste de aprender. (Albino Teixeira)
Responder