REVANCHISTAS

Área destinada para discussão sobre os conflitos do passado, do presente, futuro e missões de paz

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rodrigo
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Re: REVANCHISTAS

#106 Mensagem por rodrigo » Ter Nov 04, 2008 1:27 pm

Gilmar: terrorismo também é crime imprescritível
:lol: :lol: :lol: Não é a toa que os esquerdetes querem derrubar o ministro!!!




"O correr da vida embrulha tudo,
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Re: REVANCHISTAS

#107 Mensagem por lobo_guara » Ter Nov 04, 2008 2:12 pm

SGT GUERRA escreveu:
lobo_guara escreveu: Pois é meu caro, é mais ou menos assim que estou vendo esse tópico. Os militares em 64 (e nos anos que se seguiram ao golpe a situação somente se agravou) baixaram o sarrafo geral e quando alguns procuram reagir motivados por uma ideologia que na época parecia ser para muitos a única alternativa para uma situação que se mostrava (e depois provou ser) insustentável e aí querem crucificar os caras e chama-los de bandidos e covardes,
Claro. os comunistas no Brasil eram puros como os antigos cristãos. O odio mortal dos militares pelos comunistas em 64 era uma provação de Deus e não devido aos crimes que cometeram contra militares a 30 anos atrás.
Entre os comunistas de 35 também haviam vários militares, não é mesmo? Na verdade Guerra, não existe essa de militar X comunismo em 64, o que existiu em 64 é que um grupo de oficiais superiores (que não eram marjoritários, muito pelo contrário pois apenas dois anos antes haviam colocado a sua violinha no saco) cooptados por uma pequena elite empresarial (e sócia minoritária do capitalismo internacional) que organizadas em institutos como o IPES e IBAD (ONG' da época) as quais eram patrocinadas por multinacionais através de uma ação planejada e coordenada pelo governo Norte-americano (talvez venha daí o temor dos militares em relação as ONG's), aproveitaram uma sucessão de acontecimentos para promover um golpe de estado que infelizmente visava atender aos interesses norte-americanos e evitar o fortalecimento de um governo populista e nacionalista ao qual o governo norte-americano perdia cada vez mais o controle. Foi isso, não teve nada de ação consciente dos militares em função de ódio contra os comunistas, aliás o Jango nunca foi comunista nem aqui nem na China, o que havia era uma certa aproximação com o PCB e o cresciemento desse partido. Guerra, eu também já fiz parte do EB (como temporário na verdade) mas tenho grande respeito e admiração por essa instituição por tudo o que representa e pode representar para o nosso país, também me considero um nacionalista e defendo o meu país antes de qualquer ideologia, mas isso não me impede de ver que esse episódio não é um capítulo de nossa história pela qual possamos nos orgulhar e no qual infelizmente o nosso Exército desempenhou um papel ao qual eu díria lastimável, talvez se houvesse sido mais breve a sua passagem no poder, talvez se não se submetesse tanto aos interesses pouco louváveis que estavam por trás do movimento, talvez se adotasse uma postura nacionalista autônoma e verdadeira a exemplo do que fizeram os coronéis egípicios na mesma época (algo parecido com isso somente ocorreu tardiamente no governo Geisel), emfim... talvez o custo fosse menor ou ao menos tivesse valido à pena, mas infelizmente o que ocorreu foi a deposição de um governo nacionalista legitimamente eleito a fim de atender os interesses financeiros de uma elite egoista e corrupta e servir aos propósitos geopolíticos norte-americanos, portanto penso que não valeu à pena. A propósito meu pai era primeiro sargento e foi passado para a reserva sem maiores xplicações após o moviento de 64 por ter participado do movimento de 62 ao lado dos legalistas e ele não é e nuca foi comunista, no máximo um brizolista como a maioria dos militares gaúchos na época.




Deve, pois, um príncipe não ter outro objetivo nem outro pensamento, nem tomar qualquer outra coisa por fazer, senão a guerra e a sua organização e disciplina, pois que é essa a única arte que compete a quem comanda. (Machiavelli)
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Re: REVANCHISTAS

#108 Mensagem por lobo_guara » Ter Nov 04, 2008 2:29 pm

rodrigo escreveu:
Gilmar: terrorismo também é crime imprescritível
:lol: :lol: :lol: Não é a toa que os esquerdetes querem derrubar o ministro!!!
Não brinca, não é por isso não, esse sujeito é o advogado de defesa do Dantas (aliás por coincidência também foi ex-chefe de gabinete do FHC), com um ministro desses no STF juís nenhum tem moral para colocar ninguém na cadeia.
Agora num ponto concordo contigo terrorismo também deve ser crime imprescritível o problema é definir o que é terrorrismo ou ato de guerra revolucionária... sequestro é terrorismo (o gabeira que o diga - ah, mas agora ele é de direita - nesse caso então além de terrorista é traidor1), mas ataque a um quartel é ato de guerrilha então vai dar um pouco de trabalho para julgar, mas acho que é por aí mesmo tem que colocar todo mundo em julgamento, pois penso que guerra é guerra, mas mesmo na guerra tem que ter regras se não vira fiofo de louco. Agora aí a coisa piora para os militares, pois ainda assim teríamos o seguinte, uma meia dúzia de ex-guerrilheiros condenados (o Zé Dirceu ia ser julgado mais uma vez) e umas boas centenas de militares e policiais igualmente condenados (pois se sequestro é terrorismo quantos os agentes da repressão sequestraram? isso sem contar as bombas - pelo menos duas são as mais famosas - na OAB e no Riocentro) e aí não pode ter choro a justiça ia ser geral e irrestrita... e lavavámos de uma vez por todas a roupa suja, aí ninguem ia dizer que a nossa democracia é de mentirinha, o judiciário decide e tá acabado. E eu acho que é isso que vai acabar acontecendo mesmo.




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Re: REVANCHISTAS

#109 Mensagem por Guerra » Ter Nov 04, 2008 3:29 pm

lobo_guara escreveu: Entre os comunistas de 35 também haviam vários militares, não é mesmo?
Na verdade Guerra, não existe essa de militar X comunismo em 64.
Com certeza existia. Mas se em 35 tinha porque em 64 não tinha? E como eles apareceram em 1985?
Foi isso, não teve nada de ação consciente dos militares em função de ódio contra os comunistas,
Não coloque palavras na minha boca. Eu não diria algo tão simplista assim. Eu até concordo em parte com a sua analise, mas que havia também o temor e o odio dos militares devido ao que aconteceu em 35, isso havia sim. E o que eu quis dizer é que 64 não foi causa, foi uma consequencia.

aliás o Jango nunca foi comunista nem aqui nem na China, o que havia era uma certa aproximação com o PCB e o cresciemento desse partido.
Por isso não, tem mulher que beija outra mulher na boca e diz que não é lesbica. To falando sério....eu já vi isso.
cara, por ai nós vemos a bagunça que estava esse pais.
Guerra, eu também já fiz parte do EB (como temporário na verdade) mas tenho grande respeito e admiração por essa instituição por tudo o que representa e pode representar para o nosso país, também me considero um nacionalista e defendo o meu país antes de qualquer ideologia, mas isso não me impede de ver que esse episódio não é um capítulo de nossa história pela qual possamos nos orgulhar e no qual infelizmente o nosso Exército desempenhou um papel ao qual eu díria lastimável, talvez se houvesse sido mais breve a sua passagem no poder, talvez se não se submetesse tanto aos interesses pouco louváveis que estavam por trás do movimento, talvez se adotasse uma postura nacionalista autônoma e verdadeira a exemplo do que fizeram os coronéis egípicios na mesma época (algo parecido com isso somente ocorreu tardiamente no governo Geisel), emfim... talvez o custo fosse menor ou ao menos tivesse valido à pena, mas infelizmente o que ocorreu foi a deposição de um governo nacionalista legitimamente eleito a fim de atender os interesses financeiros de uma elite egoista e corrupta e servir aos propósitos geopolíticos norte-americanos, portanto penso que não valeu à pena. A propósito meu pai era primeiro sargento e foi passado para a reserva sem maiores xplicações após o moviento de 64 por ter participado do movimento de 62 ao lado dos legalistas e ele não é e nuca foi comunista, no máximo um brizolista como a maioria dos militares gaúchos na época
Eu também concordo que o "golpe dentro do golpe" foi um erro. Mas ninguém pode negar que o Brasil estava uma bagunça generalizada.




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#110 Mensagem por vmonteiro » Ter Nov 04, 2008 4:31 pm

Bagunça essa criada pelos golpistas, a desordem causada faz parte do do golpe, desunir desorientar e implantar.

Mas acho que a esquerda no Brasil foi equivocada em suas ações, eles sabiam do golpe e pouco fizem pra dete-lo. A esquerda sim deveria te-lo dado, que detinha maior apoio social para sustenta-lo.




Senhores, sejamos razoáveis.
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#111 Mensagem por Wolfgang » Ter Nov 04, 2008 4:59 pm

vmonteiro escreveu:Bagunça essa criada pelos golpistas, a desordem causada faz parte do do golpe, desunir desorientar e implantar.

Mas acho que a esquerda no Brasil foi equivocada em suas ações, eles sabiam do golpe e pouco fizem pra dete-lo. A esquerda sim deveria te-lo dado, que detinha maior apoio social para sustenta-lo.

Você sustenta o golpe de esquerda e uma ditadura à la Cuba, certo? Porque era isso que tinham em mente os esquerdistas que hoje estão aí...




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#112 Mensagem por rodrigo » Ter Nov 04, 2008 5:48 pm

Mas acho que a esquerda no Brasil foi equivocada em suas ações, eles sabiam do golpe e pouco fizem pra dete-lo. A esquerda sim deveria te-lo dado, que detinha maior apoio social para sustenta-lo.
Só se chamasse cubanos ou russos para fazê-lo, porque com a coragem dos comunistas brasileiros, não reuniam nem um grupo para soltar rojão.




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Re: REVANCHISTAS

#113 Mensagem por vmonteiro » Ter Nov 04, 2008 9:36 pm

rodrigo escreveu:
Mas acho que a esquerda no Brasil foi equivocada em suas ações, eles sabiam do golpe e pouco fizem pra dete-lo. A esquerda sim deveria te-lo dado, que detinha maior apoio social para sustenta-lo.
Só se chamasse cubanos ou russos para fazê-lo, porque com a coragem dos comunistas brasileiros, não reuniam nem um grupo para soltar rojão.

ehehhe uma lastima mas é verdade.




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Re: REVANCHISTAS

#114 Mensagem por Bolovo » Ter Nov 04, 2008 10:51 pm

vmonteiro escreveu:Bagunça essa criada pelos golpistas, a desordem causada faz parte do do golpe, desunir desorientar e implantar.

Mas acho que a esquerda no Brasil foi equivocada em suas ações, eles sabiam do golpe e pouco fizem pra dete-lo. A esquerda sim deveria te-lo dado, que detinha maior apoio social para sustenta-lo.
Eu acho que Brasil era, na época, um grande e gigantesco "nada de mais". Não tinhamos como posso dizer... total controle da "coisa". Não eramos gente grande. Ou virava uma casinha aliado aos EUA, como foi, rompendo relações com URSS e tudo mais ou virava uma Cubão hahaha. Não tinhamos muita escolha. Não dava para ficar neutro nessa história, o contexto geopolitico da guerra fria na epoca era bem cruel. Hoje as coisas mudaram. Continuar falando nisso é coisa pra Museu.




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Re: REVANCHISTAS

#115 Mensagem por Guerra » Qua Nov 05, 2008 7:55 am

vmonteiro escreveu:Bagunça essa criada pelos golpistas, a desordem causada faz parte do do golpe, desunir desorientar e implantar.
Com certeza você esta falando da esquerda, né. Porque nem a direita e os militares tinham um movimento tão organizado.




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Re: REVANCHISTAS

#116 Mensagem por Guerra » Qua Nov 05, 2008 8:08 am

rodrigo escreveu: Só se chamasse cubanos ou russos para fazê-lo, porque com a coragem dos comunistas brasileiros, não reuniam nem um grupo para soltar rojão.
O EB também nunca foi unanimidade em nada. Nas crises anteriores a 64 teve caso de unidades divididas na hora de tomar um partido. E isso não tinha sido superado em 64.
O que havia era temor, de ambos os lados.




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Re: REVANCHISTAS

#117 Mensagem por PQD » Qua Nov 05, 2008 10:27 am

Declaração de Mendes sobre terrorismo incomoda Planalto

Discurso do presidente do STF é visto como resposta à ministra Dilma

Tânia Monteiro, BRASÍLIA



As declarações do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, que afirmou anteontem que o terrorismo "também" é um crime imprescritível, foram entendidas por assessores do Palácio do Planalto como resposta à ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff - militante de um grupo armado que atuou contra o governo militar. Para Dilma, crime de tortura não deveria prescrever.

Mendes repetiu o discurso das Forças Armadas de que, se for para reabrir a discussão sobre a Lei de Anistia, todos os lados que foram perdoados em 1979 terão novo julgamento. Nesse caso, seriam submetidos a novos julgamentos não só os militares, mas muitos dos atuais integrantes do primeiro escalão do governo, que teriam praticado atos considerados terroristas, como seqüestros e assaltos.

Desde julho, quando a polêmica sobre a Lei de Anistia voltou ao noticiário com a realização de seminário pelo Ministério da Justiça e Secretaria de Direitos Humanos, os militares reeditaram livretos que circularam no início do governo, identificando cada um dos ministros e outros ocupantes de cargos de relevância que participaram da luta armada e que acusam de terem praticados atos terroristas.

Desta lista constam, além de Dilma, os ministros da Secretaria de Direitos Humanos, Paulo Vannuchi; da Justiça, Tarso Genro; da Comunicação Social, Franklin Martins; do Meio Ambiente, Celso Minc; da Cultura, Juca Ferreira; e da Secretaria-Geral da Presidência, Luiz Dulci.

Apesar de o presidente Luiz Inácio Lula da Silva ter pedido o fim das discussões públicas sobre o tema, as manifestações prosseguem. Ontem, ao comentar as declarações de Mendes, Tarso disse que esta "é uma visão do ministro" e que ela "faz parte do debate jurídico do País". Ele encerrou acrescentando que, por isso, a fala de Mendes "tem que ser recebida com toda naturalidade".

Minc foi mais político, afirmando que "essa discussão deve ser feita no âmbito do Poder Judiciário". Para o ministro, ela "deve ser desideologizada".




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Re: REVANCHISTAS

#118 Mensagem por WalterGaudério » Qua Nov 05, 2008 12:39 pm

PQD escreveu:Declaração de Mendes sobre terrorismo incomoda Planalto

Discurso do presidente do STF é visto como resposta à ministra Dilma

Tânia Monteiro, BRASÍLIA



As declarações do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, que afirmou anteontem que o terrorismo "também" é um crime imprescritível, foram entendidas por assessores do Palácio do Planalto como resposta à ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff - militante de um grupo armado que atuou contra o governo militar. Para Dilma, crime de tortura não deveria prescrever.

Mendes repetiu o discurso das Forças Armadas de que, se for para reabrir a discussão sobre a Lei de Anistia, todos os lados que foram perdoados em 1979 terão novo julgamento. Nesse caso, seriam submetidos a novos julgamentos não só os militares, mas muitos dos atuais integrantes do primeiro escalão do governo, que teriam praticado atos considerados terroristas, como seqüestros e assaltos.

Desde julho, quando a polêmica sobre a Lei de Anistia voltou ao noticiário com a realização de seminário pelo Ministério da Justiça e Secretaria de Direitos Humanos, os militares reeditaram livretos que circularam no início do governo, identificando cada um dos ministros e outros ocupantes de cargos de relevância que participaram da luta armada e que acusam de terem praticados atos terroristas.

Desta lista constam, além de Dilma, os ministros da Secretaria de Direitos Humanos, Paulo Vannuchi; da Justiça, Tarso Genro; da Comunicação Social, Franklin Martins; do Meio Ambiente, Celso Minc; da Cultura, Juca Ferreira; e da Secretaria-Geral da Presidência, Luiz Dulci.

Apesar de o presidente Luiz Inácio Lula da Silva ter pedido o fim das discussões públicas sobre o tema, as manifestações prosseguem. Ontem, ao comentar as declarações de Mendes, Tarso disse que esta "é uma visão do ministro" e que ela "faz parte do debate jurídico do País". Ele encerrou acrescentando que, por isso, a fala de Mendes "tem que ser recebida com toda naturalidade".

Minc foi mais político, afirmando que "essa discussão deve ser feita no âmbito do Poder Judiciário". Para o ministro, ela "deve ser desideologizada".

Por essas e por outras é que é a esquerda e não os militares que além de não querer, não vão deixar nunca que se abram arquivos do gov militar.




Só há 2 tipos de navios: os submarinos e os alvos...

Armam-se homens com as melhores armas.
Armam-se Submarinos com os melhores homens.


Os sábios PENSAM
Os Inteligentes COPIAM
Os Idiotas PLANTAM e os
Os Imbecis FINANCIAM...
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Re: REVANCHISTAS

#119 Mensagem por Junker » Qua Nov 05, 2008 8:35 pm

rodrigo escreveu:Só se chamasse cubanos ou russos para fazê-lo, porque com a coragem dos comunistas brasileiros, não reuniam nem um grupo para soltar rojão.
Talvez o Setembro Negro/Al Fatah?
Setembro Negro no Brasil
Como os órgãos de repressão quebraram a conexão do terror palestino no Brasil nos anos 70
26 de fevereiro de 1997

Imagem
O ataque do Setembro Negro nas Olimpíadas de Munique em 1972 ...

MARIO CHIMANOVITCH

ISTOÉ EXCLUSIVO

A libertação da brasileira Lamia Maruf Hassan e de outras prisioneiras palestinas por Israel, na semana passada, assinala uma etapa significativa no processo de paz do Oriente Médio. Gradativamente, palestinos e israelenses estão tentando sepultar décadas de ódio. O que pouca gente sabe é que o Brasil também foi teatro dessa batalha, justamente numa época em que vigorava a linha-dura do regime militar, que se sentia ameaçada por uma possível aliança entre o terror palestino e a guerrilha de esquerda do País. Essa história não tem um desfecho conhecido. As versões divergem: algumas aludem a um processo de liquidação física, semelhante àquele empregado pelos esquadrões da morte policiais; outras insistem que os caçados empreenderam fuga, retornando ou às capitais européias ou às suas bases no Líbano, na Síria, Líbia, no Iraque, Sudão ou Iêmen do Norte.

Na primeira quinzena de fevereiro de 1973, um palestino residente em Anápolis, cidade goiana distante cerca de 100 quilômetros de Brasília, fez amizade com dois sargentos da Aeronáutica, que serviam na base aérea local, e manifestou interesse em entrar em contato com as autoridades de segurança e informações da FAB. Revelou que era membro da organização Setembro Negro, o braço terrorista do Al Fatah, a principal facção da Organização para a Libertação da Palestina (OLP). Levado imediatamente a Brasília, o palestino foi interrogado no quartel-general do Cisa (Centro de Informações e Segurança da Aeronáutica, um dos mais ferozes organismos militares de combate à subversão e à luta armada). Ali, o palestino, que portava uma identidade uruguaia falsa, com o nome de Alberto Cuitinho Chiparelli, fez revelações devastadoras que se converteriam num golpe de morte sobre os esforços do terror palestino em montar bases de operação no Brasil associando-se aos movimentos terroristas brasileiros. Suas revelações indicavam também que ele tinha profundas conexões com os demais grupos de resistência latino-americanos, como o MIR chileno, o ERP e os Montoneros argentinos e os Tupamaros uruguaios. Contou que as organizações terroristas palestinas estavam servindo de ligação entre esses grupos, fornecendo-lhes ocasionalmente recursos financeiros, armas e até mesmo treinamento de guerrilha no Líbano, na Síria e no Iêmen do Norte. Disse que sua vida corria perigo, uma vez que participara, indiretamente, do assassinato de 11 atletas israelenses nas Olimpíadas de Munique, em setembro de 1972, uma operação de responsabilidade do Setembro Negro. Seu nome constaria de uma lista elaborada pelo Mossad, o serviço secreto de Israel, que estava caçando e liquidando os assassinos de Munique através do mundo. O informante insinuara também que os serviços especiais sírios estariam promovendo uma "queima de arquivo" a fim de apagar vestígios de seu envolvimento naquela operação.


Imagem
... documentos mostram que a deserção de um terrorista levou o serviço secreto da Aeronáutica a fotografar suspeitos que estariam atuando no Brasil


Os oficiais do Cisa perceberam imediatamente que tinham ouro puro em suas mãos e converteram o delator palestino num agente duplo. Montaram então, com a aprovação do ministro da Aeronáutica da época, brigadeiro Araripe Macedo, uma operação ultra-secreta batizada de Operação Artigas. Era tão sigilosa essa operação que ela foi escamoteada dos demais órgãos de informação militares, o Centro de Informações do Exército (CIE) e o Centro de Informações da Marinha (Cenimar). Nem mesmo o poderosíssimo SNI (Serviço Nacional de Informações, que coordenava e centralizava as operações de inteligência e repressão) teve conhecimento dela. O segredo durou pouco. Segundo ISTOÉ apurou, os homens do Cisa, com a aprovação do ministro, tomaram uma decisão "geopolítica": o terrorismo assolava o mundo no início da década de 70 e uma aliança entre as suas vertentes estrangeiras e nacionais poderia representar uma séria ameaça para o regime militar brasileiro. Em outras palavras, nada poderia comprometer o sucesso da operação.

Na ficha elaborada pelo Cisa consta que Alberto Cuitinho Chiparelli nascera na Palestina, em 1940. Em 1949, mudou-se com a família para a Espanha, ali permanecendo durante dez anos, onde foi recrutado pelo Movimento de Libertação da Palestina. Ainda em 1959, viajou para a Argentina, onde fez contato com o ERP (Exército Revolucionário do Povo), através do qual fez cursos de capacitação política, armamento, inteligência e guerrilha urbana. Durante o tempo que permaneceu naquele país, Chiparelli teve por missão estabelecer contatos externos com os movimentos esquerdistas latino-americanos. Em 1960, foi deslocado para o Uruguai, onde posteriormente operou com os Tupamaros, até 1970. Em seguida, foi para o Chile a fim de tomar parte na preparação do que seria chamado de Movimento de Guerrilhas na América Latina. Em 1971, veio para o Brasil, fixando-se em Porto Alegre, já como membro da organização Setembro Negro. Seu trabalho era controlar as finanças arrecadadas junto à coletividade árabe para a organização. Chiparelli propôs então aos homens do Cisa colaborar para levantar as atividades do Setembro Negro no Brasil e das guerrilhas latino-americanas. Em troca, pediu que fosse aprovada a sua permanência no Brasil e que lhe fosse fornecida uma identidade brasileira, para que pudesse depois recomeçar sua vida. Os homens do Cisa aceitaram e foram então delineadas as fases de ação da Operação Artigas, posteriormente rebatizada de Operação Tulipa, quando envolveu diretamente a caçada aos quadros do Setembro Negro.

Na planificação inicial elaborada pelo Cisa constava o seguinte: Missão: a) levantar a organização Setembro Negro e seus colaboradores; b) levantar as ligações da organização com as organizações revolucionárias brasileiras; c) prender os componentes do Setembro Negro e das organizações revolucionárias brasileiras; d) infiltrar-se no comando do Movimento Latino-Americano de Libertação no Chile; Condições de execução: 1ª fase: a) confeccionar cartão de identidade brasileira para o agente; b) o agente deverá conseguir fora do Brasil um passaporte latino-americano para poder entrar legalmente no Brasil; c) providenciar no DPF (Departamento de Polícia Federal) uma carteira modelo 19 (para estrangeiros residentes no País) para ser utilizada pelo agente após o seu regresso ao Brasil; d) o agente deverá comunicar-se com a organização Setembro Negro para afastar-se temporariamente da área; e) levantar os elementos da organização em Anápolis; f) levantar os componentes da organização no Rio Grande do Sul; g) manter um sistema de contato de segurança com o agente, para o caso de ele ser preso por outros órgãos de segurança no território brasileiro; h) providenciar a ida do agente ao Chile; i) manter um sistema de comunicação com o agente no Chile.

As delações do palestino Chiparelli desencadearam, nos três meses seguintes à sua deserção (março, abril e maio de 1973), uma série de operações que resultaram em prisões de inúmeros cidadãos árabes vinculados com a Al Fatah ou o Setembro Negro. Essas ações incluíram até mesmo a detenção de Ribhi Haloum, codinome Abu Firas, conselheiro da embaixada da Argélia, libertado com pedido de desculpas após forte pressão feita pelos embaixadores árabes sobre o governo brasileiro. Abu Firas havia sido detido "por engano", foi o que se alegou, mas os homens do Cisa conseguiram se apoderar de uma preciosa caderneta de endereços em que constava uma relação de árabes residentes no Brasil e em outras partes do mundo. Abu Firas, ele próprio palestino, era um homem vinculado à Al Fatah e o título de conselheiro da embaixada da Argélia lhe dava excelente cobertura e imunidade. Através de sua detenção, ficou-se sabendo que estavam ocorrendo sérias divergências entre a Al Fatah e o Setembro Negro. A primeira estava atuando no Brasil prioritariamente na coleta de fundos e na manutenção de bases de trânsito de guerrilheiros palestinos que operavam em outros países. O seu setor de finanças já conseguira arrecadar grandes somas entre a grande coletividade árabe brasileira. Essas contribuições eram feitas de maneira espontânea ou às vezes forçada, sob ameaças, ao mesmo tempo que se utilizava o estratagema de fazer crescer os negócios comerciais para depois incendiá-los criminosamente com o objetivo de receber os altos seguros. Setembro Negro, por seu turno, defendia ações radicais contra os "capitalistas judeus brasileiros", para "dar maior ênfase à luta pela libertação da Palestina". O Cisa descobriu então que o Setembro Negro pretendia praticar as seguintes ações terroristas no Brasil: a) sequestro duplo de aviões nos trechos de Porto Alegre, Montevidéu e Buenos Aires. Essas ações seriam auxiliadas pelos Tupamaros com o objetivo de libertar militantes que se encontravam presos no Uruguai; b) uma ação terrorista contra o Clube Israelita de Porto Alegre, para provocar represálias dos judeus contra os árabes; c) sequestro de um dos diretores da Brahma para conseguir fundos. Ele deveria ser executado após o recebimento do resgate; d) assassinato de um capitalista árabe cujo nome seria Gosef Abu Kalil, residente em São Paulo ou no Rio de Janeiro, que estaria fazendo grandes negócios com empresas americanas. Para esta ação, que seria realizada em abril de 1973, viriam elementos de fora; e) sabotagem de navios cargueiros no Rio Grande do Sul e em outros portos que estivessem transportando mercadorias israelenses.

O documento do Cisa assinala que o desmantelamento dessas organizações apresenta os seguintes pontos favoráveis: a) interrupção temporária do envio de dinheiro arrecadado da colônia árabe para o Exterior; b) elucidação de crimes praticados pelas organizações no Rio Grande do Sul; c) proteção a residentes árabes no Brasil que estão se opondo a colaborar com as organizações terroristas; d) interrupção temporária das ligações do Setembro Negro com os movimentos subversivos brasileiros. E recomenda: "Após a ação, será necessário que o Ministério de Relações Exteriores tome ações enérgicas junto aos países árabes por estarem interferindo em assuntos internos brasileiros" e, ao mesmo tempo, "será necessária uma campanha de esclarecimento junto à colônia árabe do Brasil sobre os reais objetivos da Al Fatah, tendo em vista que grande parte da colônia não tem noção do que seja marxismo-leninismo, e que a libertação da Palestina será (sic) a implantação do regime comunista naquele território".

O documento alerta, por outro lado, que o desencadeamento das ações poderá trazer para o Brasil problemas de natureza grave, tais como:

"a) Dificuldade nas relações diplomáticas entre o Brasil e os países árabes. Sabe-se que todos os líderes da Al Fatah que operam no mundo possuem imunidades diplomáticas; b) início das ações terroristas no território brasileiro, a exemplo do que vem acontecendo em outros países, em represália às ações praticadas contra os árabes; c) ampliação da ajuda por parte da Al Fatah aos movimentos subversivos brasileiros; d) início de uma campanha contra o Brasil por parte do Al Fatah no Exterior."

Alguns oficiais da velha guarda do Cisa ouvidos por ISTOÉ negaram que o Mossad tivesse participado das operações destinadas a liquidar com o Setembro Negro no Brasil. Garantiram que em momento algum houve envolvimento direto daquela instituição e que tanto o Mossad como a CIA e alguns serviços europeus chegaram a ser consultados quando havia alguma dúvida para se identificar esse ou aquele nome suspeito. Esses oficiais confirmaram, no entanto, que algumas informações que pudessem ser de interesse direto desse ou daquele "serviço" eram repassadas através de um intercâmbio informal. É o caso, por exemplo, de um informe secreto, datado de 6 de julho de 1973, elaborado pelo agente Chiparelli, que trata do assassinato do adido militar de Israel nos EUA, coronel Yossef Allon: "Membros da FPLP (Frente Popular para a Libertação da Palestina) envolvidos no planejamento do assassinato de Allon chegaram ao Brasil aproximadamente uma semana antes de ter lugar a matança (sic). No Brasil o grupo manteve contatos com Abu Yussuf. Acredita-se que este esteja em contato com o sr. Jacob Saleh (residente à avenida Silva Paes, 360, em Rio Grande, RS)." O informe acrescentava que o grupo estava no Brasil para recolher fundos para levar a cabo mais duas missões de natureza desconhecida. Esse informe foi repassado aos israelenses. Outro informe, elaborado pela inteligência da Polícia Federal, chegou ao Cisa, que o repassou imediatamente à CIA: "Soubemos por fonte idônea a informação de que um palestino chamado Adel Sayed, estudante universitário na Austrália Ocidental, disse em 27 de março de 1974 que os palestinos têm em mira matar o dr. Henry Kissinger, secretário de Estado dos EUA, dentro de três semanas. El-Sayed é considerado como idêntico (sic) a Adel Mohamed Abdelrahim El-Sayed, nascido em 28 de julho de 1940, em Mena, Egito. Chegou à Austrália em 5 de janeiro de 1968, com passaporte da RAU (República Árabe Unida) no 20.908. Naturalizou-se australiano em 24 de janeiro de 1974. A fonte informou que El-Sayed, tão logo se forme, deixará a Austrália com destino ao Brasil, por via marítima." Os americanos levaram a informação a sério.

A Operação Tulipa acabou se estendendo por vários Estados brasileiros. Além do Rio Grande do Sul, foram investigados e presos palestinos em São Paulo, Rio de Janeiro e Amazonas. Uma das versões não confirmadas por ISTOÉ foi revelada por um antigo cabo da Aeronáutica que serviu na agência central do SNI, sob o comando do general Newton Cruz. Segundo ele, nada menos do que 13 importantes membros do comando da Al Fatah e do Setembro Negro teriam sido fisicamente exterminados: três em Anápolis (GO), dois em Brasília (DF), quatro em Caxias do Sul (RS), um em Cruz Alta (RS) e três em Manaus (AM). Segundo ainda o autor dessa versão, os corpos teriam sido queimados para que não restassem vestígios. Isso foi fortemente negado por alguns ex-oficiais do Cisa (hoje Secint - Secretaria de Inteligência da Aeronáutica). Segundo eles, houve fugas, deportações e arrependimentos por parte dos caçados. Nenhum desses oficiais admitiu saber o paradeiro do agente Alberto Cuitinho Chiparelli. ISTOÉ apurou, contudo, que o palestino traidor recebeu documentação brasileira e submeteu-se a uma cirurgia plástica. Estaria vivendo hoje no Uruguai, sob nova identidade falsa, vindo ocasionalmente ao Brasil para rever velhas amizades. O que todos confirmam é que o seu trabalho como agente duplo teve realmente consequências funestas para dezenas de militantes árabes e latino-americanos no Uruguai, Chile, Brasil e Argentina. Graças aos seus informes, muitos morreram sob tortura ou em confronto direto com as forças de segurança locais.

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Re: REVANCHISTAS

#120 Mensagem por PQD » Qua Nov 05, 2008 9:24 pm

cicloneprojekt escreveu:
PQD escreveu:Declaração de Mendes sobre terrorismo incomoda Planalto

Discurso do presidente do STF é visto como resposta à ministra Dilma

Tânia Monteiro, BRASÍLIA



As declarações do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, que afirmou anteontem que o terrorismo "também" é um crime imprescritível, foram entendidas por assessores do Palácio do Planalto como resposta à ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff - militante de um grupo armado que atuou contra o governo militar. Para Dilma, crime de tortura não deveria prescrever.

Mendes repetiu o discurso das Forças Armadas de que, se for para reabrir a discussão sobre a Lei de Anistia, todos os lados que foram perdoados em 1979 terão novo julgamento. Nesse caso, seriam submetidos a novos julgamentos não só os militares, mas muitos dos atuais integrantes do primeiro escalão do governo, que teriam praticado atos considerados terroristas, como seqüestros e assaltos.

Desde julho, quando a polêmica sobre a Lei de Anistia voltou ao noticiário com a realização de seminário pelo Ministério da Justiça e Secretaria de Direitos Humanos, os militares reeditaram livretos que circularam no início do governo, identificando cada um dos ministros e outros ocupantes de cargos de relevância que participaram da luta armada e que acusam de terem praticados atos terroristas.

Desta lista constam, além de Dilma, os ministros da Secretaria de Direitos Humanos, Paulo Vannuchi; da Justiça, Tarso Genro; da Comunicação Social, Franklin Martins; do Meio Ambiente, Celso Minc; da Cultura, Juca Ferreira; e da Secretaria-Geral da Presidência, Luiz Dulci.

Apesar de o presidente Luiz Inácio Lula da Silva ter pedido o fim das discussões públicas sobre o tema, as manifestações prosseguem. Ontem, ao comentar as declarações de Mendes, Tarso disse que esta "é uma visão do ministro" e que ela "faz parte do debate jurídico do País". Ele encerrou acrescentando que, por isso, a fala de Mendes "tem que ser recebida com toda naturalidade".

Minc foi mais político, afirmando que "essa discussão deve ser feita no âmbito do Poder Judiciário". Para o ministro, ela "deve ser desideologizada".

Por essas e por outras é que é a esquerda e não os militares que além de não querer, não vão deixar nunca que se abram arquivos do gov militar.

bingo cicloneImagem




Cabeça dos outros é terra que ninguem anda... terras ermas...
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