ITAIPU

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talharim
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#106 Mensagem por talharim » Ter Mar 04, 2008 2:24 pm

O Paraguai pelo menos tem terras aráveis para alimentar a população brasileira.

Não é grande coisa más.....

Quem sabes a Petrobrás não descobre por lá reservas de gás ou Petróleo ?




"I would rather have a German division in front of me than a French

one behind me."

General George S. Patton.
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#107 Mensagem por Dandolo Bagetti » Ter Mar 04, 2008 2:54 pm

talharim escreveu:O Paraguai pelo menos tem terras aráveis para alimentar a população brasileira.

Não é grande coisa más.....

Quem sabes a Petrobrás não descobre por lá reservas de gás ou Petróleo ?
É um povo que tem raça ... Índio + Espanhol.
O Brasil é uma salada de povos muito grande.
São vários países dentro de um só. É um verdadeiro laboratório humano.
O que nos falta é termos políticos e juízes competentes e honestos. Só isso ... Juiz que se omite em punir, pra mim é pior do que corrupto.
Precisávamos do Regime da China com Tiro na Nuca, durante uns 10 anos. Que 1000 nucas fosses sacrificadas, para servir de exemplo.
Aí os corruptos iriam pensar duas vezes antes de subtrair o dinheiro do povo. Tratamento de choque ! Se não for desse jeito, não vejo outra solução. Já está tudo dominado e contaminado.
Tecerizaram o Nepotismo. Empresas contratadas por governos empregam seus parentes e amigos. É o fim.
Não gosto falar de política brasileira ... me dá dor no estômago e vontade de vomitar. :?




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saullo
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#108 Mensagem por saullo » Qua Mar 05, 2008 2:05 pm

Dandolo Bagetti escreveu:
talharim escreveu:O Paraguai pelo menos tem terras aráveis para alimentar a população brasileira.

Não é grande coisa más.....

Quem sabes a Petrobrás não descobre por lá reservas de gás ou Petróleo ?
É um povo que tem raça ... Índio + Espanhol.
O Brasil é uma salada de povos muito grande.
São vários países dentro de um só. É um verdadeiro laboratório humano.
O que nos falta é termos políticos e juízes competentes e honestos. Só isso ... Juiz que se omite em punir, pra mim é pior do que corrupto.
Precisávamos do Regime da China com Tiro na Nuca, durante uns 10 anos. Que 1000 nucas fosses sacrificadas, para servir de exemplo.
Aí os corruptos iriam pensar duas vezes antes de subtrair o dinheiro do povo. Tratamento de choque ! Se não for desse jeito, não vejo outra solução. Já está tudo dominado e contaminado.
Tecerizaram o Nepotismo. Empresas contratadas por governos empregam seus parentes e amigos. É o fim.
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Olha Dandolo, quem já teve vítimas fatais de criminosos na família e sente a impunidade que grassa no Brasil, como é meu caso, concorda em gênero, número e grau com você. Quem é correto nesse país anda escondido e com vergonha.

Abraços




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#109 Mensagem por Dandolo Bagetti » Qua Mar 05, 2008 2:54 pm

saullo escreveu:
Dandolo Bagetti escreveu: É um povo que tem raça ... Índio + Espanhol.
O Brasil é uma salada de povos muito grande.
São vários países dentro de um só. É um verdadeiro laboratório humano.
O que nos falta é termos políticos e juízes competentes e honestos. Só isso ... Juiz que se omite em punir, pra mim é pior do que corrupto.
Precisávamos do Regime da China com Tiro na Nuca, durante uns 10 anos. Que 1000 nucas fosses sacrificadas, para servir de exemplo.
Aí os corruptos iriam pensar duas vezes antes de subtrair o dinheiro do povo. Tratamento de choque ! Se não for desse jeito, não vejo outra solução. Já está tudo dominado e contaminado.
Tecerizaram o Nepotismo. Empresas contratadas por governos empregam seus parentes e amigos. É o fim.
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Olha Dandolo, quem já teve vítimas fatais de criminosos na família e sente a impunidade que grassa no Brasil, como é meu caso, concorda em gênero, número e grau com você. Quem é correto nesse país anda escondido e com vergonha.

Abraços
A família do executado deve ter o direito de vingar o seu ente querido. E também serviria de exemplo para a sociedade. Direito humano é para os bons, e não bandidos e assassinos.
A Bíblia diz: Dente por dente, e olho por olho. A lei islâmica também segue isso.
No Brasil existe a pena de morte, mas apenas para as pessoas de bem e que pagam os seus impostos corretamente. E os julgamentos são sumários e a execução feita com requintes de perversidade.
O Lula é o principal responsável por toda essa violência que estamos passando, ou seja, uma guerra civil não declarada.
Se fizerem um plebiscito, a maioria do povo vai querer a pena de morte.
No Japão tem a pena de morte por enforcamento.
Irá morrer alguns inocentes ? Sim, mas inocentes sempre morrem em guerras.
Os políticos brasileiros não respeitam a sociedade, caso contrário já teriam decretado a pena de morte. :shock:




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Re: ITAIPU

#110 Mensagem por PQD » Ter Abr 22, 2008 9:59 am

Mudança poderia gerar calote da dívida

Presidente da hidrelétrica diz que ao fim do contrato Paraguai terá 'uma casa da moeda'

Flávio Freire



SÃO PAULO. O presidente da Hidrelétrica de Itaipu, Jorge Samek, disse ontem que o tratado entre o Brasil e o Paraguai para a construção do complexo foi justo, feito em "época de paz" e beneficia diretamente os dois países. Assim como o presidente Lula, Samek não concorda com a possibilidade de revisão do contrato, como prega o presidente eleito do Paraguai, Fernando Lugo, e diz que alterações nesse sentido terminariam em calote na dívida de US$19 bilhões com organismos internacionais.

- O tratado passou pelo aval dos dois congressos, feito em época de paz e de maneira muito justa. Diferentemente do que aconteceu com a questão do gás, quando o acordo entre a Bolívia e o Brasil passou apenas pelas mãos dos dois presidentes da época - disse Samek, que emendou: - O empréstimo (US$100 milhões) que Itaipu conseguiu foi porque havia compromisso de o contrato ser mantido nos primeiros 50 anos.



Presidente de Comissão de Relações Exteriores da Câmara apóia Lula

Assinado em 1973, o acordo vai até 2023. Samek acredita que a dívida será paga um ano antes do fim do contrato. Segundo ele, Itaipu tem servido para ajudar ao desenvolvimento do Paraguai, o preço pago pela energia é igual para os dois países, e há desinformação sobre valores repassados. O presidente da Itaipu rebate com números as investidas de Lugo contra a empresa:

- O Brasil paga US$39 por megawatz, mais US$2,80 (de cessão de energia). O que são esses US$39? É para pagar a usina, que é metade do Brasil e metade do Paraguai. Trata-se de um investimento que vale hoje US$60 bilhões, US$30 bilhões para cada. O PIB do Paraguai é de US$10 bilhões, o que significa que estão pagando pelo empreendimento que é três vezes maior que o PIB deles. Quando terminar de pagar a dívida em 2022, vão sentar sobre uma casa da moeda.

Se depender dos parlamentares da Comissão de Relações Exteriores da Câmara, deve prevalecer a posição do presidente Lula.

- Os termos do tratado são generosos. Eles não entraram com tostão, e não contribuem com o serviço da dívida - disse o presidente da Comissão, deputado Marcondes Gadelha.

COLABOROU Luiza Damé, de Brasília





Lula descarta rever Itaipu

Amorim diverge de presidente e admite reajuste. Eleito, Lugo diz que vai apostar antes no diálogo

Soraya Aggege* e Ricardo Galhardo**



O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou ontem - após parabenizar, por telegrama, o presidente eleito do Paraguai, Fernando Lugo - que não pretende rever o Tratado de Itaipu, uma bandeira da campanha paraguaia. Lula minimizou a importância do assunto e disse que a agenda entre os dois países tem outros temas importantes. Lugo, por sua vez, em entrevista à imprensa brasileira ontem, em Assunção, disse que não interessa aos paraguaios esperar até 2023, quando expira o tratado, para rever os preços da energia excedente vendida ao Brasil, mas que vai esgotar antes todos os canais de diálogo. Sua proposta é criar um grupo técnico para discutir o assunto.

- Sobre Itaipu, nós temos um tratado e ele vai se manter - afirmou o presidente Lula, em Acra, onde foi perguntado sobre as afirmações do ex-assessor Frei Betto sobre a possibilidade de uma flexibilização em relação a Itaipu: - Veja, eu não posso comentar uma declaração de alguém. Mas o tratado não muda. O Brasil tem constantes reuniões com o Paraguai. São muitos os temas, não é só a questão de Itaipu, é a fronteira, a questão da Ciudad del Leste, de investimento. Temos muito para continuar conversando.

Mas logo depois do embarque de Lula para o Brasil, o chanceler Celso Amorim contrariou o que o presidente dissera e não descartou a possibilidade de o governo brasileiro liberar um eventual reajuste dos valores pagos pela energia. Segundo o chanceler, isso já aconteceu no passado, por causa da defasagem de preços. O tratado prevê que o excedente de um dos sócios deve ser vendido ao outro pelo preço de custo.

- Vamos continuar discutindo com o Paraguai como pode obter remuneração adequada para sua energia. Isso é justo - disse Amorim.

Perguntado se o governo poderá reduzir preços mesmo que em detrimento de interesses nacionais, Amorim repetiu Lula, citando que a prioridade do Brasil é assegurar a paz na América Latina. Ele frisou, no entanto, que o Brasil não cederá a chantagens. O ministro defendeu ajuda brasileira ao parceiro do Mercosul e citou como exemplo os tratos para construção de uma linha de transmissão de Itaipu a Assunção.

- É um absurdo que o Paraguai, sendo sócio da maior hidrelétrica do mundo, sua energia em Assunção seja ruim, não dê para ter uma indústria baseada em energia. Então vamos ajudá-lo a fazer linhas de transmissão importantes. Esse é o bom caminho para o Paraguai. É nossa responsabilidade ajudar os países mais pobres da nossa região - disse Amorim.



Presidente eleito evita comparação com Bolívia

Em Assunção, o presidente eleito, Fernando Lugo, fez questão de salientar suas diferenças em relação ao boliviano Evo Morales, que invadiu refinarias da Petrobras para aumentar o preço do gás natural, e disse que vai esgotar todos os canais de diálogo possíveis. O presidente eleito, no entanto, não descartou levar o caso a cortes internacionais e sugeriu a intermediação estrangeira em caso de impasse.

- No caso de Itaipu existem algumas opções. A primeira é esperar até 2023, o que não convém a nós, paraguaios. A segunda é buscar uma saída negociada, com racionalidade, justa para todos - disse Lugo, segundo quem Lula teria admitido que existem divergências entre os números.

O futuro presidente do Paraguai negou a possibilidade de atitudes radicais e defendeu o diálogo como forma prioritária de ação.

- Creio que exista uma diferença (em relação a Morales). O que temos com o Brasil é um tratado binacional. A Bolívia tinha um contrato com uma empresa (Petrobras). Nossa relação será de governo para governo. Confio muito na racionalidade do Brasil. Não acredito que algum governo da região possa se aferrar à irracionalidade e à unilateralidade - disse.

Lugo não descartou a possibilidade de levar o caso para cortes internacionais. Perguntado se poderia levar o caso para Haia, respondeu:

- Não queremos apontar tão alto e tão longe enquanto não esgotarmos todos os meios locais - disse. - Tenho confiança que não será necessário chegarmos a instâncias judiciais internacionais antes de esgotarmos os meios daqui.

O principal argumento jurídico de Lugo é um documento assinado por Brasil e Paraguai em 1966, o Acordo de Foz do Iguaçu, considerado o primeiro passo para a construção da usina. O acordo diz que o comprador deve pagar um "preço justo" pela energia excedente. Já o tratado garante ao Brasil a prioridade na compra da energia do Paraguai. Para Lugo, o acordo se sobrepõe ao tratado por ter sido firmado antes.

Sintomaticamente, Lula foi o único dos principais presidentes da região que não haviam telefonado a Lugo para lhe dar os parabéns.

- Mas creio que Lula possa ter ligado. Passei a não atender o telefone ontem à noite. Só num dos celulares havia 130 chamadas perdidas. Como uso quatro aparelhos, devia ter umas 400.




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Re: ITAIPU

#111 Mensagem por PQD » Ter Abr 22, 2008 10:06 am

Brasil admite negociar tarifa de Itaipu

Segundo o ministro Celso Amorim, governos brasileiro e paraguaio vão discutir ‘a maneira de fazer’ o reajuste

Tânia Monteiro



O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, confirmou ontem que o Brasil vai mesmo abrir negociações formais para reajustar o preço da energia elétrica de Itaipu comprada do Paraguai. A decisão política está tomada, e, segundo o ministro, o que o governo vai discutir agora com o presidente eleito do Paraguai, Fernando Lugo, “é a maneira de fazer (o reajuste)”.

Em entrevista concedida em Acra, capital de Gana, antes de embarcar para o Brasil, Amorim deixou claro que o objetivo das negociações é saber como o Paraguai “pode obter uma remuneração adequada para a sua energia.” “Isso é justo”, afirmou. O Brasil quer fazer isso, como disseram Amorim e o presidente Lula, sem reescrever o Tratado de Itaipu: “Não muda o contrato”, disse Lula. “Em Itaipu, temos um tratado e ele vai se manter.”

O Tratado de Itaipu formalizou a sociedade entre Brasil e Paraguai, com a inauguração da usina, em novembro de 1982. Pelo acordo, os dois países dividem igualmente o que é produzido, mas o Paraguai, que só consome 5% da energia, é obrigado a vender ao Brasil os 95% restantes da sua cota. Ano passado, o Brasil pagou US$ 307 milhões pela energia paraguaia de Itaipu, mas Fernando Lugo chegou a falar, durante a campanha eleitoral, em um valor anual “justo” em torno de US$ 2 bilhões.

“Devemos fazer com que o Paraguai obtenha o máximo de benefício em função da sociedade que eles têm conosco em Itaipu”, disse Amorim. O ministro fez questão de lembrar um precedente, que não exigiu nenhuma mexida no tratado: “Há uns anos, houve um reajuste numa parcela de compensação pela energia do Paraguai porque estava defasada.”

Fazendo coro a uma entrevista dada minutos antes pelo presidente Lula, que defendeu que o Brasil, “como maior economia da América Latina”, ajude os vizinhos mais pobres, Amorim disse considerar “um absurdo que o Paraguai, sendo sócio da maior hidrelétrica do mundo” tenha uma fornecimento de energia “tão ruim em Assunção” e não possa investir em linhas de transmissão que façam o fornecimento regular de energia.

Questionado sobre a possibilidade de o Brasil enfrentar no Paraguai os problemas que enfrentou na Bolívia com a exploração, produção, distribuição e exportação de gás pela Petrobrás, Lula minimizou: “Não aconteceu nada com a Bolívia, gente. Aconteceu aquilo que eles entenderam que era importante para eles.”

Amorim também abordou a possibilidade de eventuais prejuízos brasileiros, disse que o governo não se comporta assim nem por ser “paternalista” nem “bonzinho” e acrescentou: “A paz na região não é em detrimento do nosso País. Ninguém vai ceder a chantagem.”




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Re: ITAIPU

#112 Mensagem por PQD » Ter Abr 22, 2008 10:06 am

Lugo quer iniciar revisão do Tratado de Itaipu 'o mais rápido possível'

Presidente eleito do Paraguai vai formar equipe técnica para analisar preço real da energia produzida pela usina

Ariel Palacios



O ex-bispo católico Fernando Lugo, presidente eleito do Paraguai, declarou ontem que espera uma reunião “o mais rápido possível” com o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para iniciar o diálogo sobre a revisão antecipada do Tratado de Itaipu. Lugo pretende conseguir o que denomina de “preço justo” para as tarifas que o Brasil paga ao Paraguai pela energia elétrica que o país não consome e repassa como excedente ao mercado brasileiro. Durante a campanha, Lugo havia dito que o Paraguai reenviava a energia ao Brasil “a preço de custo” e não “a preço de mercado”.

Em declarações aos jornalistas brasileiros, Lugo disse que “a primeira medida sobre o caso de Itaipu será formar uma equipe técnica” para analisar o preço real da energia produzida na hidrelétrica. Lugo exige que o governo brasileiro aceite a revisão antecipada do Tratado de Itaipu (marcada originalmente para 2023).

“Lula mostrou-se disposto a isso”, afirmou, em referência à reunião que teve com o presidente em Brasília recentemente. “Ele diz que, em muitos casos, nem seus técnicos coincidem sobre os números”, disse Lugo, para destacar que dentro do próprio governo Lula existem divergências sobre os preços pagos ao Paraguai.

Segundo Lugo, eleito no domingo com 40,82% dos votos, “queremos a chance de sentar à mesa, com diversidade de opiniões, e falar sobre o Tratado de Itaipu, a administração, a transferência de energia, e definir o que é um ‘preço justo’ e o que é preço de mercado”.

“Esperamos que isso possa ser dialogado o mais rápido possível”, disse o presidente eleito, líder da Aliança Patriótica para a Mudança (APC), uma colcha de retalhos que une grupos de extrema esquerda, sem-terra, movimentos indígenas e setores conservadores tradicionais, junto com grupos de centro e centro-direita como o Partido Liberal Radical Autêntico, que será sua principal base no Parlamento.



Sem efeito evo

Lugo não será um “Evo Morales paraguaio”, afirmam os analistas de Assunção em referência ao comportamento que o presidente da Bolívia teve em relação ao fornecimento de gás de seu país para o Brasil. Eles afirmam que, ao contrário do socialista boliviano, o bispo paraguaio “não pode fechar uma torneira de um gasoduto e pressionar o Brasil”. “Com Itaipu é diferente.”

O presidente eleito admite que sua via terá de ser a diplomática. Lugo afirmou ontem que está descartado que as divergências do Paraguai com o Brasil sobre Itaipu possam levar a uma crise como a ocorrida nos últimos anos entre o governo da Bolívia e a Petrobrás. “Acho que é muito diferente. Nós temos um tratado binacional em Itaipu. E a Bolívia tinha um contrato com uma empresa. Isso marca uma diferença. No nosso caso, a conversa é de Estado para Estado. Vamos buscar um consenso que seja bom para os dois países.”

Segundo ele, “esperar até 2023 (data prevista para a revisão do acordo de Itaipu) não é algo que convenha aos paraguaios”. Lugo disse que descarta apelar à Corte Internacional da Haia para resolver a controvérsia, em caso de impasse entre seu governo e o de Lula: “Se for o caso, esperamos resolver isso de forma local, talvez pedindo a mediação de um país da região”. No entanto, ele evitou especular qual país poderia eventualmente ser convocado para mediar um conflito entre o Paraguai e o Brasil. “Eu confio na racionalidade e objetividade do governo brasileiro.”

Setores da sociedade paraguaia costumam criticar a política do Brasil em relação ao país, afirmando que os diversos governos brasileiros - e o empresariado - são “imperialistas” com o Paraguai. Questionado sobre o suposto “imperialismo brasileiro”, Lugo rejeitou esse rótulo: “Não acho que seja assim”.





Consumidor brasileiro é quem deverá pagar a conta

Renée Pereira



A revisão do Tratado de Itaipu poderá representar um custo a mais para o consumidor brasileiro na conta de luz. Hoje a hidrelétrica é responsável por 19% da energia consumida em todo o País (e 91% da energia consumida no Paraguai). Ou seja, qualquer renegociação no preço da eletricidade gerada, conforme pleito do governo paraguaio, vai direto para o bolso dos consumidores brasileiros. O tamanho desse impacto dependeria da forma como ocorreria uma possível negociação entre Brasil e Paraguai.

O professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Nivalde Castro, acredita que, a exemplo do que ocorreu com a Bolívia, o Brasil será obrigado a rever as cláusulas do contrato de Itaipu. A explicação é que o mundo vive hoje uma realidade muito diferente no campo energético, com parâmetros muito diferentes daqueles verificados no passado.

Isso não significa aceitar qualquer imposição do país vizinho, diz o professor. Muito pelo contrário. “O Brasil precisa ter algo em troca para poder rever o contrato, que de fato é um documento assinado por ambos os governos”, diz Castro. Para ele, essa seria uma oportunidade de o Itamaraty conseguir algumas vitórias para o Brasil no país vizinho. Isso poderia ocorrer até mesmo no campo energético, colocando a estatal Eletrobrás, que recentemente ganhou mais poderes, para investir em terreno paraguaio. “O fato é que a situação energética mudou e é preciso encontrar soluções.”




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Re: ITAIPU

#113 Mensagem por joao fernando » Ter Abr 22, 2008 1:06 pm

Só não entendo uma coisa: aqui a gente fala que não se pode confiar com o ovo no cu da galinha. O mesmo governo que fez Itaipu, comprou 7 ou 8 usinas nucleares completas. Que estão criando teia de aranha na França (acho). A 40 anos atraz, os milicos sabiam disso tudo, e agora vamos dizer que não sabiamos de nada???

Itaipu gera 6 GW para o Brasil, e 6 GW para o Paraguai. Angra 2 gera 1200 Gw, então as 7 usinas que temos estocadas, dão bem mais que a parte falsificada, ops, paraguaia. Que isso não vai dar em nada, todos sabemos. O proximo Evo vai chorar pra que gastemos o gás deles. O mesmo com o Lugo, daqui a pouco se esquece que energia é um produto e não tabua de salvação, colete salva vidas e outros.




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Re: ITAIPU

#114 Mensagem por Vinicius Pimenta » Ter Abr 22, 2008 7:44 pm

João, você está cometendo uma série de equívocos.

Existe apenas 1 usina, a Angra III, cujos equipamentos principais já estão comprados e estocados.

E Itaipu gera muito mais energia que Angra I e II juntas.




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Re: ITAIPU

#115 Mensagem por joao fernando » Ter Abr 22, 2008 8:06 pm

Vinicius, eram 12 Gigawatts em Itaipu, com as duas turbinas adicionais funcionando agora são 14 GivaWatts hora.

http://www.itaipu.gov.br/index.php?q=no ... eracao.jpg

Com a ativação da usina Argentina, o nivel do rio vai subir e a potencia de Itaipu volta aos 12 GW/hora.

http://www.angra-dos-reis.com/explorand ... _usina.htm

Já apenas Angra 2, gera 1309 MegaWatts hora, ou seja apenas e tão somente Angra 2 gera 10 % que toda Itaipu, num espaço fisico infimo. Adicionando Angra 1, temos 1966 GigaWatts hora. Ou 1/6 de Itaipu.

Leia no 2º link que eram 8 usinas, como eu havia escrito.

Não sei se consigo as fotos, mas o governo comprou e pagou para o governo da Alemanha ocidental, pelas 8 usinas, ou pelo menos boa parte delas, e todo o maquinario está guardado na França, num deposito climatizado.

Então Vinicius, apenas Angra 1 e 2 gera o mesmo que 20% de toda a potencia de Itaipu, e o plano nuclear feito pelo governo Brasileiro era de ter, em energia nuclear, mais que Itaipu.




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Re: ITAIPU

#116 Mensagem por Vinicius Pimenta » Ter Abr 22, 2008 8:17 pm

Eram oito usinas no planejamento original. Mas só uma foi comprada e está estocada em Angra.

E se as duas juntas geram apenas 20% de Itaipu, logo, Itaipu gera muito mais energia que as duas juntas. :wink:




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Re: ITAIPU

#117 Mensagem por PQD » Qua Abr 23, 2008 9:42 am

O IMPASSE DA HIDRELÉTRICA

Governo já fala em mudar tarifa

Celso Amorim diz que país não deve ser imperialista com Paraguai, mas Lobão discorda de aumento

Soraya Aggege*, Ricardo Galhardo*, Mônica Tavares e Chico de Gois



O ministro do Exterior, Celso Amorim, esclareceu ontem em Gana, na África, que o governo brasileiro não modificará o tratado de Itaipu, mas poderá negociar alterações nas tarifas da energia elétrica excedente repassada ao país pelo Paraguai, pelas brechas do próprio tratado. Um dia depois de o presidente Luiz Inácio Lula da Silva ter dito que o tratado - que estipula o preço destinado à dívida do Paraguai pela construção da usina e o que é diretamente entregue ao país - não será renegociado, o chanceler declarou que o Brasil precisa ser "generoso", e não "imperialista", na sua relação com seus vizinhos. Uma possível negociação com o Paraguai, com aumento da tarifa para o Brasil, foi tema de uma reunião da coordenação política do governo ontem, com a presença do presidente Lula. Essa possibilidade, no entanto, enfrenta resistência dentro do próprio governo, como no Ministério de Minas e Energia.

Amorim considera que as negociações com o Paraguai não prejudicarão os interesses nacionais, mas podem manter a paz na América do Sul:

- Passamos da era de pensar: "Somos grandes e o resto da América do Sul que se adapte a nós." Não podemos ser assim. O presidente Lula sabe que não pode ser assim. Temos que ter uma visão generosa. E quando falamos em generosidade, não é só ser bonzinho. Generosidade é também ver seu próprio interesse de longo prazo, que é o de uma região pacífica. O Brasil não quer ser visto como um país imperialista, que só quer tirar vantagem. Quer o progresso do conjunto.



Lugo reafirma que preço é injusto

Segundo o chanceler, não houve contradição entre suas declarações e as do presidente.

- Na verdade, nós declaramos a mesma coisa, com palavras diferentes. Às vezes, a gente diz (o mesmo) com outras palavras. Mas a maneira como acabou publicado dá a impressão de que são duas linhas diferentes. Eu acho que conversar a gente deve, para entender qual é o problema do outro. O fato é que o tratado não pode ser mudado - disse o ministro do Exterior ontem, em Acra, onde participa da 12ª Conferência das Nações Unidas para o Comércio e Desenvolvimento (Unctad).

A questão está sendo analisada pelo governo brasileiro, que não descarta sequer um pequeno reajuste da tarifa paga pelo país ao Paraguai. Isso foi discutido ontem numa reunião da coordenação política.

A postura, porém, não agrada a setores do governo. O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, afirmou ontem que o preço da energia pago pelo Brasil ao Paraguai é justo e que uma elevação de tarifa não está, hoje, nos horizontes brasileiros. Segundo ele, a energia produzida por Itaipu custa cerca de US$46 (R$77 em valores de ontem) o megawatt (MW), "mais ou menos" o valor da energia a ser produzida pela hidrelétrica de Santo Antonio, no rio Madeira, que foi licitada no final do ano passada com preço de R$78 o MW.

- O que o Paraguai tem falado é uma revisão de tarifas, achando que a que se pratica não é justa. E posso dizer que esta é uma tarifa justa. É a tarifa que se pratica no mercado brasileiro. O ministro Celso Amorim entende que o preço deve ser um preço justo. E o preço é justo - afirmou o ministro, apontado nos bastidores como um defensor dos critérios puramente técnicos na negociação.

Segundo Lobão, se o Paraguai tiver reivindicações a fazer, o governo brasileiro poderá examinar, "com todo o cuidado como sempre fizemos". Mas o ministro afirmou que o Brasil já faz muitas concessões ao Paraguai. Em 2007 o vizinho vendeu toda a energia a que tinha direito ao Brasil - e não apenas os 95% tradicionais - a US$45 e usou para consumo próprio o que Itaipu gerou a mais do que o previsto pela metade do preço. Ganhou US$100 milhões com esta operação.

O presidente eleito do Paraguai, Fernando Lugo, reafirmou ontem que não abre mão da revisão do preço da energia comprada do país, mas se mostrou disposto ao diálogo com o Brasil sobre o tema:

- Consideramos o tratado injusto. Independentemente de não podermos renegociar o tratado em si, porque teria que haver vontade de ambas as partes, cremos que o preço da energia tem que ser um preço justo.

A proposta de Lugo é criar uma comissão técnica binacional para debater o tema. Ontem ele revelou que pretende indicar os representantes na segunda semana de governo.

- Seguramente começaremos na segunda semana depois da posse (em 15 de agosto), indicando as equipes técnicas para podermos iniciar as conversas - afirmou.



Reunião de líderes antes da posse

Embora não abra mão de reajustar os preços e de cobrar uma relação "racional", Lugo se mostrou disposto ao diálogo e a rejeitar a possibilidade de medidas radicais.

- Ninguém pode se negar a manter relações justas, equitativas, no marco da racionalidade. É o que pedimos aos nossos irmãos dos países vizinhos. O próprio presidente Lula nos disse que inclusive os técnicos não concordam sobre os números (de Itaipu).

Lula e Lugo devem se encontrar antes da posse do presidente eleito do Paraguai. aO presidente brasileiro foi convidado ontem por Lugo para a posse. Lula ainda não confirmou se comparecerá, mas disse a Lugo que pretende conversar com o paraguaio antes de ele assumir o governo.

*Enviados especiais





Para Lula, Lugo deve descer do palanque

Governo brasileiro busca outras formas de contentar Paraguai

Eliane Oliveira, Gerson Camarotti, Luiza Damé e Chico de Gois



BRASÍLIA. O governo brasileiro avalia a possibilidade de oferecer compensações ao Paraguai que não envolvam uma renegociação do tratado de Itaipu. O tema da usina binacional foi discutido ontem durante uma reunião da coordenação política em Brasília, comandada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Na reunião, foi dito que o Brasil já vinha se preparando para discutir o valor das tarifas de energia pagas ao Paraguai. A avaliação foi que, no momento oportuno, Brasília vai conversar com o presidente paraguaio. O governo acredita que primeiro é preciso ouvir as reivindicações dele, que podem não se referir a um reajuste.

Incomodado com a pressão de Lugo, Lula disse a assessores próximos que a ordem é endurecer o discurso do governo brasileiro em relação ao pleito do país vizinho num primeiro momento porque não quer fazer de Itaipu o assunto central da agenda bilateral. Lula avalia que Lugo tem que descer do palanque para negociar com o Brasil em outros termos.

Ontem, a ordem no Palácio do Planalto foi afinar o discurso em relação à renegociação do Tratado de Itaipu, após a interpretação de que as declarações de Lula e do chanceler Celso Amorim foram conflitantes.

Na reunião, não se descartou que haja um pequeno reajuste na tarifa paga pelos brasileiros pelo Megawatt/hora, de US$41,80 (US$39 mais US$2,80 por cessão de direito). Segundo avaliação apresentada ao presidente, não seria preciso alterar o tratado assinado pelos países em 1973, com prazo de vigência até 2023.

Um ajuste não renderia ao Paraguai mais do que os cerca de US$400 milhões que hoje ficam líquidos no caixa paraguaio, como diferença entre o pagamento da energia que o Brasil compra e a quitação da dívida que os paraguaios mantêm com o Tesouro Nacional. Os US$2 bilhões pedidos por Lugo estão fora de cogitação.

Compensações adicionais, na forma de obras e financiamento a investimentos, também serão oferecidas, entre as quais a construção de uma linha de transmissão de Ciudad del Este a Assunção, e a execução de obras para que o Rio Paraguai se torne navegável. Somente esses dois projetos somam cerca de US$1,2 bilhão.

No entanto, um ponto já está decidido pelo governo: o Brasil dirá não ao pedido paraguaio de abrir mão da preferência de compra do excedente de energia que cabe ao Paraguai. Assunção indicou que gostaria de vender o excedente por um preço melhor para outros mercados, como Chile e Argentina. Para o Brasil, isso seria uma alteração no tratado.

- Este é o cerne do tratado - disse uma fonte do Palácio do Planalto, lembrando que a economia brasileira vem crescendo, o que demanda mais energia.




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Edu Lopes
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Re: ITAIPU

#118 Mensagem por Edu Lopes » Qua Abr 23, 2008 12:25 pm

Entenda o Tratado de Itaipu e a reivindicação do Paraguai

Da Redação

SÃO PAULO - A revisão do Tratado de Itaipu, firmado em 1973, foi o principal item da plataforma eleitoral de Fernando Lugo, ex-bispo católico eleito presidente da República do Paraguai nesta semana. Isso porque há no país vizinho uma insatisfação com as tarifas que o Brasil paga pela energia elétrica que os paraguaios não consomem e repassam como excedente ao mercado brasileiro.

Com a desvalorização do dólar, o governo paraguaio pede que as regras de pagamento pela energia, cotada na moeda norte-americana sejam revistas. Isso porque a queda nas cotações da divisa reduziram os valores pagos pelo País ao Paraguai.

Pelo acordo, a revisão do tratada só aconteceria em 2023. Mas o governo brasileiro já confirmou que vai abrir negociações formais para reajustar o preço da energia elétrica de Itaipu comprada do Paraguai. Os dois países dividem igualmente o que é produzido, mas o Paraguai, que só consome 5% da energia, é obrigado a vender ao Brasil os 95% restantes da sua cota.

Ano passado, o Brasil pagou US$ 307 milhões pela energia paraguaia de Itaipu, mas Fernando Lugo chegou a falar, durante a campanha eleitoral, em um valor anual "justo" em torno de US$ 2 bilhões

Polêmicas

A Hidrelétrica de Itaipu tem uma história longa, cheia de polêmicas e disputas. Começou a ser idealizada na década de 60, mas só foi iniciada em 1975, dois anos depois da assinatura do tratado da usina pelos presidente da República do Brasil, Emílio Garrastazu Médici, e do Paraguai, general Alfredo Stroessner. O acordo exigiu uma série de ações diplomáticas entre os dois países. Até a Argentina interferiu nos rumos do empreendimento.

O primeiro desentendimento surgiu em 1976, com a definição da ciclagem das turbinas a serem instaladas na hidrelétrica. Os paraguaios defendiam o ciclo de 50 hertz e o Brasil, o de 60 hertz, conforme o que cada país usava na rede elétrica. O acordo veio apenas dois anos depois e, para agradar a ambos os lados, ficou definido que metade da usina teria ciclo de 50 hertz e metade, 60 hertz.

Como o Paraguai não consome toda energia referente à sua metade, o Brasil teve de construir dois sistemas de transmissão para usar a energia de Itaipu: um de corrente contínua e outro de corrente alternada. Ainda em 1978, o engenheiro Enzo Debernardi, diretor-geral adjunto e principal representante paraguaio na diretoria de Itaipu, desencadeou um movimento favorável à renegociação do tratado da usina.

O alvo das críticas era o mesmo que hoje ganha grandes proporções no Paraguai e assombra o mercado brasileiro, especialmente as empresas. Na época, ficou estabelecido que a energia elétrica produzida pela usina seria "dividida em partes iguais entre os dois países, sendo reconhecido a cada um deles o direito de aquisição da energia que não seja usada pelo outro país para seu consumo próprio". O engenheiro afirmava que o Paraguai não vendia a energia, mas cedia o direito de compra.

A principal reclamação estava no padrão monetário usado na época do tratado. De acordo com as regras, a transferência de energia seria remunerada pelo dólar com referência no ouro. Na ocasião, o Brasil não aceitou rever o contrato. Hoje, a remuneração pela cessão de energia está em torno de US$ 40 o megawatt/hora (Mwh).

Com a queda da moeda americana, o assunto voltou ao cenário energético. As reivindicações para revisão do Tratado de Itaipu começaram a ganhar força em 2006, especialmente depois que a Bolívia resolveu rever seus contratos de gás natural e reestatizou o setor, provocando imensos prejuízos à Petrobras.


Fonte: http://www.estadao.com.br/economia/not_eco160843,0.htm




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Re: ITAIPU

#119 Mensagem por brekut » Qua Abr 23, 2008 6:38 pm

novamente, a 8º maior economia do mundo e futura mente a 4º, a 2º maior potência econômica e militar das Americas. vai ser humilhada por um chefe apache de uma republiqueta de bananas !!!!!!!!!!!!!!!!!!!
[024] [024] [024]

brasil, ( histo e uma vergonha [032] [032] ).




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Re: ITAIPU

#120 Mensagem por Marino » Qua Abr 23, 2008 6:40 pm

Celso Amorim diz que país não deve ser imperialista com Paraguai, mas Lobão discorda de aumento
Eu tenho nojo deste senhor.
O Presidente deveria demití-lo imediatamente depois de uma declaração destas.
Deveria haver um regulamento no Itamaraty onde estaria escrito:
- o Chanceler deve defender os interesses nacionais;
- não deve aceitar a agenda imposta por nenhum país ao Brasil; e
- deve usar cueca e calças compridas, e não calcinhas rosas fio dental.




"A reconquista da soberania perdida não restabelece o status quo."
Barão do Rio Branco
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