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Enviado: Seg Out 08, 2007 7:53 pm
por Carlos Lima
trabuco escreveu:
robonluis escreveu:imaginem senhores um piloto voar em um "caça" deste, no link abaixo. Nem os F-103 que estavam na BANT, nos portões abertos, estão deste jeito kk
http://www.saorbats.com.ar/GaleriaSaorb ... 5_JPG.html


:shock:

Triste isso...

A propósito, que missel é esse?


Matra 550 Magic - o nome do missil

Sem hangaretes isso castiga mais ainda os caças :cry:

Triste mesmo.

[]s
CB_Lima

Enviado: Seg Out 08, 2007 8:16 pm
por robonluis
cb_lima escreveu:
trabuco escreveu:
robonluis escreveu:imaginem senhores um piloto voar em um "caça" deste, no link abaixo. Nem os F-103 que estavam na BANT, nos portões abertos, estão deste jeito kk
http://www.saorbats.com.ar/GaleriaSaorb ... 5_JPG.html


:shock:

Triste isso...

A propósito, que missel é esse?


Matra 550 Magic - o nome do missil

Sem hangaretes isso castiga mais ainda os caças :cry:

Triste mesmo.

[]s
CB_Lima

é isso mesmo CB Lima é muito triste ver uma Força Aérea assim...para mim os da BAAN estão "melhores" e olha que os daqui não voam mais kk

Enviado: Seg Out 08, 2007 9:47 pm
por Arthur
PRick escreveu:Como falei na outra msg, o problema está no seu ponto(iii), hoje a Argentina tem necessidades de dólares, e fica díficil justificar compras vultosas em armamento importado. Como é o caso da Força Aérea, seria necessário importar caças. Veja que bem ou mal estão investindo no Pampa, um avião de fabricação nacional.

Podemos falar em off-set´s, mas para material usado fica complicado, eles são comprados em dólar, em alguns casos à vista. Poderiam contar com a boa vontade do Governo Bush, porém, dentro do quadro atual é pouco provável que as duas partes façam compras por FMS ou a fundo perdido nos EUA. Que o outro país seria capaz de distribuir bondades bélicas? Russos e Franceses vendem, até usados, mas só vendem, nada de doações.

A Argentina ficou numa situação muito parecida com o Brasil, não existe justificativa externa para compras de armas, somente se encararmos elas como desenvolvimento local. Porque, existe a percepção de outras prioridades na maior parte da população.

Hoje, a Argentina está com sua infra-estrutura estagnada, não vai receber invetimentos externos para ela, por conta do que ocorreu. Caberia então ao Estado Argentino investir nela, mas hoje não existe recursos para tal, o Estado pode não estar fálido, porém, não tem qualquer condição de prover o que a economia da Argentina precisa, investimento pesado em infra-estrutura para bancar a retomada do crescimento econômico.

Como os militares estão em baixa por lá, ficam em último nas prioridades de investimento. Não posso considerar isto perseguição. 8-]

[ ]´s


PRick,

Depois da sua mensagem até fui checar se meus dados estavam desatualizados. Mas não.

Quanto ao balanço de pagamentos. Pelo que pude inferir dos dados do Banco Central Argentino http://www.bcra.gov.ar/pdfs/indicadores/Radar.pdf a Argentina continua gerando dólares que a permitem operar com conta corrente positiva. Ano passado o país fechou com conta corrente positiva de US$8bi e este ano, após um primeiro trimestre anormal (mas ainda sim positivo) eles voltaram a gerar saldos positivos fortes.

Não digo que está tudo 100% porque as exportações líquidas cairam, mas isso é normal em uma economia commodities-led que cresce 8% a.a..

Mas mesmo assim eles ainda geram dólares suficientes para importar alguns bens militares (em casos de bens usados vindos não via FMS) e como dito no caso de bens novos os off-sets acabam com o problema. Quanto acesso a crédito, para equipamentos novos, financia-se até bêbado.

Quanto a investimentos externos. Como Bresser-Pereira e Yoshiaki Nakano (e um punhado de outros autores) argumentam e mostram a algum tempo, poupança externa não gera crescimento. Aliás, todos países asiáticos que cresceram muito nos últimos 50 anos o fizeram com base em poupança interna e não com recursos tomados de fora.

Importante é importar tecnologia, não capital. Mas duvido muito que na construção de uma estrada tenha alguma tecnologia especialmente importante a ser importada. Idem no caso do setor elétrico e no caso das telecomunicações, as multinacionais não saíram da Argentina. Assim a falta de investimentos externos em infra-estrutura não me preocupa.

Obviamente, sobra, para investimentos em infra-estrutura, dinheiro local. Ocorre que na Argentina, assim como no Brasil, dificilmente o empresariado local investirá em projetos de tão longo prazo de maturação. Sobra ao governo fazer o trabalho. E como o governo consegue grana para isso? Basicamente via o mecanismo que os governos tem.....impostos!

Do ponto de vista de investimentos militares isso basicamente significa que a pressão que o governo tem para investimentos em infra-estrutura é a mesma na Argentina do que na maioria em desenvolvimento (onde o setor privado não investe ou investe pouco em infra-estrutura). Com a vantagem que a renda média argentina é maior do que a da maioria destes países, ou seja, a base para tributar também o é.

Assim, equacionar investimentos em armas deve ser tão difícil na Argentina quanto é no Chile ou na África do Sul, para citar exemplos de países com renda e situação semelhante. Mas se tais paises podem investir e manter forças armadas modernas, porque a Argentina não seria capaz?

Na minha visão, o problema da Argentina hoje e que pode matar seu crescimento se os preços das commodities agrícolas não se mantiverem altos o suficientes chamam-se crédito e política industrial.

Faltam aos argentinos um sistema financeiro minimamente capaz de canalizar a poupança nacional para investimentos fabris. Nesse sentido, faz falta um BNDES, faz falta uma bolsa de valores mais desenvolvida, faz falta um sistema bancário mais desenvolvido e fazem falta juros reais positivos (mas baixos!) para incentivar poupadores a colocarem dinheiro nos bancos.

Faz também falta aos argentinos incentivos a pesquisas, universidades de ponta, interação universidade - empresas, etc. Nesse sentido, inclusive, comprar armas pode ser (como tem sido na África do Sul) uma maneira de fazer política industrial.

Sem isso, quando os preços das commodities agrícolas estagnarem e a Argentina continuar crescendo o balanço de pagamentos vai ficar negativo e ai é a história que conhecemos, endividamento e depois crise.

Ocorre é que, primeiro, não sei se tal reversão de preços ocorrerá tão cedo (aliás, em meio a crise recente os preços de commodities tiveram foi um salto positivo). Segundo, não sei se a geração interna de lucros das firmas exportadoras compensará a incapacidade do setor financeiro de canalizar poupança para atividades produtivas (nesse ponto sou bem cético mas não sei...). Terceiro, não sei até que ponto a política de câmbio está sendo um substituto (ainda que imperfeito) das políticas industriais tradicionais e garantirá crescentes exportações mesmo sem estas. Quarto, desconheço nuances da política econômica argentina atual. Apesar de não parecer existir uma estratégia tipo asiática de política industrial nada impede que exista uma política tipo Chile, i.e., uma política industrial menos pretensiosa mas que promove uma diversificação e diferenciação da pauta de exportação dentro do próprio setor em que o país já exporta (ex: vinhos baratos - vinhos finos).

Abs

Arthur