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Re: O futuro da AAAe no Brasil
Enviado: Qua Mar 18, 2020 8:27 pm
por Alfa BR
FCarvalho escreveu: ↑Qua Mar 18, 2020 2:54 pm
Olá Alfa BR,
Estes manuais, um conta com 18 anos, o outro com 24 anos. Já não passou da hora de atualizá-los? Aliás, sequer conseguimos, ao que parece, dotar as OM com os materiais neles designados.
Muita coisa aconteceu no mundo durante esse tempo, mas nós ficamos na mesma, pelo menos do ponto de vista organizacional e doutrinário.
4 Manpad por Btl não é pouco em tempos de supremacia aérea e VANT de todos os tipos se espalhando pelo TO feito praga do Egito, e mais ainda agora com capacidade de ataque?
Manpads sempre foram armas de auto defesa para nível subunidade. Mas os nossos estão dotando grupos de artilharia desde o começo. No mais, nenhuma outra OM de qualquer tipo é ou possui proteção AAe neste nível.
Como explicar, fora a questão financeira, tal diferença entre o que se faz aqui e o que se vê lá fora no mundo real?
Um Igla não é exatamente um sistema caro de se comprar e manter.
abs
FCarvalho penso que essa dotação de armas é suficiente para os prováveis cenários de enfrentamento contra páises sul-americanos. Seriam frentes estreitas e com densidade de material não muito alta.
O problema é que nem isso temos (o básico)...
Mas concordo que 6 unidades lançadoras de mísseis anticarro e 6 unidades lançadoras de mísseis antiáereos por batalhão trariam mais conforto, pelo menos nas OM mais operacionais e principalmente nas da FAR.
Re: O futuro da AAAe no Brasil
Enviado: Qua Mar 18, 2020 9:32 pm
por FCarvalho
Brasileiro escreveu: ↑Qua Mar 18, 2020 3:22 pm
Teoricamente, com a chegada dos Igla-S e RBS-70, o EB já bancou a substituição dos Bofors C60 e Oerlikon 35 mm. Agora, ainda temos os FILA/Bofors 40 mm, que são dotação principal dos GAAAe, já muito desatualizados e desgastados, talvez com baixa disponibilidade. Minha ideia é que estes últimos sejam substituídos pelo MSHORAD+LMV, com radar SABER M-60.
E sinceramente acho que valeria a pena também investir na modernização dos Gepard, com novos sensores e integração de RBS-70, ao mesmo estilo MSHORAD.
Com isso, estaria completo o nosso sistema de defesa de baixa altura, com todas as unidades minimamente equipadas com equipamento minimamente atual. O que ficaria faltando seria o de média altura, que deveria nascer (acredito que o plano era este) da integração do SABER M-200 com o CAMM, montado em veículo igual ao do ASTROS-2020.
Eu penso que os GAAe, por sua organização, tamanho e objetivos devem ser no futuro objeto de transformação em unidades equipadas com sistemas de médio e longo alcance, a depender da localização e função de cobertura de cada. Isso vai exigir repensar a atual estrutura desses grupos, as demandas necessárias de cobertura AAe do EB e do país, e principalmente, a expansão do atual número de GAAe disponíveis. Isso se quisermos mesmo ter uma defesa AAe efetiva e capaz, não apenas mantenedora de doutrina. Para tanto, espero que o GT da AAe traga enfim uma resposta plausível nos próximos meses para isso.
Sou de opinião que os Iglas deveriam ser substituídos por modelos mais modernos, como o Verba, ou equivalente ocidental. E principalmente, devem ser colocados para onde foram projetados, infantaria e outras OM leves e de pronto emprego e não unidades de artilharia como é hoje. Os primeiros chegaram em 1994, e neste aspecto, temos mais do que experiência para fazer evoluir seu emprego, e os respectivos manuais e doutrina. Como bem mostrado pelo colega Alpha BR, infelizmente nem os manuais nós conseguimos seguir à risca com coisas básicas. Com apenas 4 lançadores por btl, não vejo porquê até hoje o EB não distribuiu tal material direto para as Cia Cmdo Ap de cada OM e outras unidades que precisam deste tipo de arma. Dizer que custo é um problema é até ridículo e irresponsável vide a capacidade de investimento anual do EB frente aos valores de mercado desses sistemas.
Por fim, penso que tanto o modelo sueco como o próprio Igla possuem diversas soluções mundo afora que podem ajudar a contribuir para minorar os problemas que temos atualmente nos GAAe. Acredito que os RBS-70 deveriam substituir todos os Bofors e Fila, que do ponto de vista operacional não são mais válidos faz muito tempo. Junto com o M-60 seriam uma boa dupla para cobrir este hiato material até que possamos comprar algo realmente afeto aos objetivos destas OM.
abs
Re: O futuro da AAAe no Brasil
Enviado: Qua Mar 18, 2020 9:36 pm
por FCarvalho
Alfa BR escreveu: ↑Qua Mar 18, 2020 8:27 pm
FCarvalho penso que essa dotação de armas é suficiente para os prováveis cenários de enfrentamento contra páises sul-americanos. Seriam frentes estreitas e com densidade de material não muito alta.
O problema é que nem isso temos (o básico)...
Mas concordo que 6 unidades lançadoras de mísseis anticarro e 6 unidades lançadoras de mísseis antiáereos por batalhão trariam mais conforto, pelo menos nas OM mais operacionais e principalmente nas da FAR.
Na sua opinião, qual seria a organização material necessária, frente ao que existe de mais moderno nos exércitos do primeiro mundo, caso, por exemplo, pudéssemos nos equiparar a eles?
Considerando que eventualmente alguma(s) de nossas HE estejam ligadas à defesa do país frente a oponentes extra-regionais mais fortes que nós.
abs
Re: O futuro da AAAe no Brasil
Enviado: Sex Mar 20, 2020 4:11 pm
por Alfa BR
FCarvalho escreveu: ↑Qua Mar 18, 2020 9:36 pm
Alfa BR escreveu: ↑Qua Mar 18, 2020 8:27 pm
FCarvalho penso que essa dotação de armas é suficiente para os prováveis cenários de enfrentamento contra páises sul-americanos. Seriam frentes estreitas e com densidade de material não muito alta.
O problema é que nem isso temos (o básico)...
Mas concordo que 6 unidades lançadoras de mísseis anticarro e 6 unidades lançadoras de mísseis antiáereos por batalhão trariam mais conforto, pelo menos nas OM mais operacionais e principalmente nas da FAR.
Na sua opinião, qual seria a organização material necessária, frente ao que existe de mais moderno nos exércitos do primeiro mundo, caso, por exemplo, pudéssemos nos equiparar a eles?
Considerando que eventualmente alguma(s) de nossas HE estejam ligadas à defesa do país frente a oponentes extra-regionais mais fortes que nós.
abs
Essa acima. Pelo menos quanto a defesa AC e AAe.
Re: O futuro da AAAe no Brasil
Enviado: Dom Mar 22, 2020 1:35 pm
por FCarvalho
Os desafios da defesa antiaérea de Média Altura no Exército Brasileiro – Parte 1
Por João Paulo Moralez
https://tecnodefesa.com.br/os-desafios- ... o-parte-1/
Re: O futuro da AAAe no Brasil
Enviado: Seg Mar 23, 2020 1:05 am
por FCarvalho
Uma ideia de organização e desenvolvimento para o futuro sistema de defesa AAe das ffaa's:
MB
Denel Cheetah C-RAM / Umkhonto
FAB:
Barak MX
EB:
S-350E Vityaz
Tanto Denel quanto IAI são empresas cujos países não teriam maiores problemas em transferir tecnologia e off set para o Brasil a despeito da adoção de seus sistemas AAe.
Teoricamente, adotando-se uma única bateria por área/região administrativa na MB e FAB, poderiam ser compradas 9 e 8 baterias respectivamente para cada força, no mínimo.
O EB possui 6 GAAe que respondem pela defesa de área e das OM sob sua jurisdição. O sistema russo é simples, e pode ser adotado somente os mísseis e o container, usando a plataforma do Astros/Tatra como base, assim substituindo os Bofors 40, RBS-70 e Igla nestas OM. Entre 36 e 48 containers (e quantidades de mísseis necessários) poderiam ser adquiridos juntos aos veículos de apoio na Avibras para cada GAAe. Cada bateria do S-350E no modelo russo é composta por 1 veículo posto de comando, 2 veículos radar e até 8 lançadores, além de viaturas remuniciadoras, logísticas e de apoio.
Há de se lembrar que os sistemas C2 e radar serão nossos em todos os casos.
abs
Re: O futuro da AAAe no Brasil
Enviado: Seg Mar 23, 2020 11:38 am
por gogogas
Acredito que poderiam criar um produto complementar para ser usado nas 3 forças , afim de substituir os Mistral , Iglas
Re: O futuro da AAAe no Brasil
Enviado: Seg Mar 23, 2020 12:40 pm
por FCarvalho
gogogas escreveu: ↑Seg Mar 23, 2020 11:38 am
Acredito que poderiam criar um produto complementar para ser usado nas 3 forças , afim de substituir os Mistral , Iglas
Seria bem vindo caso houvesse o interesse em fabricar sob licença algum tipo de Manpad já disponível no mercado. E modelos não faltam.
O problema aí é que antes tem de haver algum tipo de padronização da doutrina e organização do emprego deste tipo de material nas três forças a fim de, também, identificar a demanda de curto, médio e longo prazo. Isso para garantir que a viabilidade comercial e econômica de qualquer sistema que seja adotado.
Um exemplo é o EB, que teoricamente, deveria adotar 4 a 6 Manpad por batalhão de infantaria. Bem, considerando apenas as tropas de selva e tropas FAR-E, seriam pouco mais de 20 OM a serem dotadas deste tipo de sistema. O que significa entre 80 a 120 unidades.
Bom, resta saber se há ao menos vontade de contabilizar as necessidades reais das três forças e se os números indicados valem a compra da licença de fabricação ou simplesmente é melhor comprar já pronto.
abs
Re: O futuro da AAAe no Brasil
Enviado: Qua Abr 01, 2020 7:08 pm
por Alfa BR
Esse vídeo evidência uma coisa: a importância de se estabelecer em cada Batalhão de Infantaria do Exército Brasileiro um Grupo de Autodefesa Antiaérea, com 4 peças (posto de tiro/
lançador e guarnição) de Míssil Antiaéreo Portátil.
https://www.facebook.com/13491717884666 ... 278664301/
É necessário em um cenário de guerra convencional contra um inimigo equivalente ou inferior.
E é necessário em um cenário de guerra de resistência contra um inimigo superior.
Re: O futuro da AAAe no Brasil
Enviado: Qui Abr 02, 2020 11:28 am
por FCarvalho
Assino em baixo. Só falta convencer o exército de que Manpad não é arma de artilharia.
abs
Re: O futuro da AAAe no Brasil
Enviado: Qui Abr 02, 2020 6:47 pm
por Viktor Reznov
FCarvalho escreveu: ↑Seg Mar 23, 2020 1:05 am
EB:
S-350E Vityaz
abs
Caramba, não conhecia esse S-350E, são muitos mísseis nesse veículo lançador.
Re: O futuro da AAAe no Brasil
Enviado: Qui Abr 02, 2020 9:23 pm
por FCarvalho
12 por lançador para ser mais exato.
Agora imagina um desses em um caminhão do Astros...
abs.
Re: O futuro da AAAe no Brasil
Enviado: Qui Abr 02, 2020 10:05 pm
por FCarvalho
Na minha ignóbil opinião, para completar estes sistemas:
Buk M3
E mais este aqui:
TOR M3
Tudo podendo ser operado a partir de uma mesma plataforma, ou no caso do TOR M3, também em sheltters ou containers, que podem ser transportados por caminhões.
Como disse no outro post, o EB é a força que tem as maiores necessidades em termos de AAe. No caso dele, o uso somente dos mísseis e/ou container de transporte sobre a plataforma do Astros mais os sistemas C2 e radar nacionais pode nos oferecer possibilidades de acesso a preços e custos que permitam organizar todos os GAAe necessários para o país inteiro, e ainda prover as brigadas mec e bldas, neste caso, com os Pantsyr SM com a mesma base veicular dos demais.
Olhado a atual organização administrativa e operacional do EB vislumbro o seguinte a partir dos sistema acima:
8 GAAe - Comandos Militares - BUK M3
12 GAAe - Regiões Militares - S-350E
20 Bia AAe - RM/CM - TOR M3
10 Bia AAe - Brigadas Inf Mecanizadas - Pantsyr SM
4 Bia AAe - Brigadas Cav Mecanizadas - Pantyr SM
2 Bia AAe - Brigadas Cav Blindada - Pantsyr SM
Mas tudo isso sou eu pensando alto com os meus botões.
abs
Re: O futuro da AAAe no Brasil
Enviado: Seg Abr 13, 2020 6:07 pm
por J.Ricardo
Armas russas por aqui, só quando acham alguma doença na nossa carne de porco, e pra isso, só comprando vacina Rosoboronexport.
Re: O futuro da AAAe no Brasil
Enviado: Ter Abr 14, 2020 10:36 pm
por FCarvalho
Pois é. Eu vezes penso que bebi alguma coisa estranha antes de postar aqui.
A não ser que o Biden depois de ganhar do Trump resolva invadir a Amazônia e protegê-la de nós para poder nas próximas eleições para o segundo mandato.
Mas até lá a gente tem tempo de conseguir exportar carne de porco sem vírus para os russos.
abs